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Ac.2018
• E~.5 SE>IAC-GO BIB
A EVOLUÇÃO DA ESCRITA
HISTÓRIA ILUSTRADA
CARLOS M.
HORCADES
senac rio
E D I T O R A
"Cada vez que vejo um
erro tipográfico,
penso que algo novo
foi inventado."
PAI E MÃE
(ouro de mina)
NICHOLAS BIDDULPH
(meu grande mestre)
ED BENGUIAT
(amigo e mestre)
BRIAN YATES E FRED PACKER
(mestres e amigos)
ANTONIO HOUAISS
(amigo e guru)
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS - - - - - - - - - - - - - - - - 8
APRESENTAÇÃO - - - - - - - - - - - - - - - - 9
PREFÁCIO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 10
1.1NTRODUÇÃO 15
2. A INVENÇÃO DA ESCRITA 16
3. O ALFABETO LATINO 24
4. A IDADE MÉDIA 28
5. A RENASCENÇA 34
5.1 Quem eram os tipógrafos 56
5.2 A dominação francesa 62
5.3 Dürer e os módulos 67
5.4 A letra em chapa de cobre 70
5.5 A tipografia holandesa 71
5.6 A nova letra (preâmbulo) 74
5.7 A letra transicional 79
6. A NOVA LETRA (FINALMENTE) - - - - - - - - - - - - 82
7. O SÉCULO XIX 88
7.1 A Kelmscott Press - - - - - - - - - - - - - - - 92
8. ESTILOS TIPOGRÁFICOS E MESTRES DA TIPOGRAFIA 94
7
AGRADECIMENTOS
8
APRESENTAÇÃO
Em uma interessante viagem através do tempo, Carlos M. Horcades
nos apresenta aos principais mestres da arte da escrita - tipógrafos,
calíg rafos, grafistas e impressores- que, aliando a técnica à sensibi lidade
estética, tornaram possível a evolução da mais importante forma de
comunicação já criada pelo homem- a letra. Nada menos do que trezentas
fotos e ilustrações enriquecem esta obra, cuja narrativa se estende da época
do surgimento da escrita até os dias de hoje.
Dos primeiros registras pictográficos, passando pe los alfabetos
protocanaanita, grego arcaico, romano e latino, somos levados a conhecer
mais profundamente o aperfeiçoamento dessa arte, especialmente na Europa.
Nesse percurso, acompanhamos suas transformações e aprendemos como
a evolução da l etra semp re esteve assoc iada ao est i lo artístico de
determinado momento histórico, entre os quais, o clássico, o gótico, o
renascentista, o moderno e o construtivista.
A ênfase dada pelo autor à vida dos grandes artistas desse ofício
descortina sua fundamental importância na construção da cu l tura .
.. Gut enberg, Jenson , Griffo, Vicentino, Garamond, Aldus, Grandjean, Caslon,
Baskerville, Bodoni e Didot estão entre os brilhantes mestres do passado
que ajudaram a tecer a história das letras e da impressão, graças a seu
talento e conhecimento diversificado- muitos dominavam a mecân ica das
prensas, a finalização de ligas, o processo de fab r icação de papel, a
formulação de tintas, as técnicas de encadernação e diagra mação, além de
outros idiomas e escritas.
É com orgulho, portanto, que o Senac Rio participa deste projeto.
Temos a convicção de que se trata de um trabalho de grande utilidade e
relevância para todos os interessados no assunto, uma vez que nosso país,
como lembra o autor, não tem tradição nessa área. Por sua abordagem
singular e objetiva, este livro constitui-se uma fonte de referência essencia l
- sobretudo para as novas gerações de designers.
Regina Cury
Centro de Cultura e Comunicação do Senac Rio
9
PREFÁCIO
Londres, 1975. Central School of Art and Design. De vez em quando eu
passava em frente a uma sala de aula e, olhando pelo vidrinho da porta, via belas
letras que eram projetadas em uma tela. Como aluno de mestrado, eu tinha dire ito de
freqüentar quaisquer cursos da escola e, um dia, pedi licença e entrei. Era uma au la
de Typography 1, e o professor se chamava Nicholas Biddu lph, um inglês culto e
atencioso que se propôs a me ensinar tipografia, já que, apesar de fo rmad o na velha
e boa Esdi (Escola Superior de Desenho Industrial) do Rio de Janeiro, essa mat éria
(tipologia) não era lecionada naquele tempo.
De ignorante total passei a interessado fervoroso nas aulas do Nick, que foi o
melhor professor de tipologia que conheci. O homem usava dois projetares de slides ao
mesmo tempo e conseguia despertar nos alunos interesse e paixão pela tipografia. Meu
mestrado passou a ser muito menos importante do que as aulas de tipografia do Nick.
Quando apresentei minha tese e me vi livre daquela "pesada carga", passei mais
alguns meses na louca Londres dos anos 1970 me especializando em tipologia, já com a
assistência de Nicolete Gray, além de Nicholas Biddulph. Os bons mestres não só me
passaram mais e mais conhecimentos de tipologia como também me cederam seu grande
arquivo de imagens que até hoje me acompanha. Voltei para o Brasil em 1977 e, em 1978,
já dava o primeiro curso na Coordenação Central de Extensão (CCE) da PUC Rio, Técnica
e Estética da Palavra Escrita, que no fundo no fundo queria dizer: tipologia. Desde 1978,
no século passado, até o ano de 2003, venho desenvolvendo a idéia deste livro. Onde
aprendi tipologia? No Central School of Art and Design, de Londres; também no London
College of Printing, conversando com Nicho las Biddulph, Nicolete Gray, Anthony Froshaus,
Walter Tracy, Herbert Spencer, AI Hill, Fred Packer e o velho Brian Yates, que tantas tardes
passou conosco os "Type Freaks", contando histórias dos velhos tipógrafos, causas efofocas
dos grandes escribas, desmanchando livros antigos para estudar o papel, a encadernação,
a capa, enfim, todos os elementos que compõem o universo da letra e, finalmente,
conversando com o grande Ed Benguiat, este, amigo novo, que em pouco tempo me
ensinou anos de tipografia.
As histórias deste livro flutuam entre o real e o suposto, pois coisas que
aconteceram há cem, mil ou cinco mil anos podem•ter mudado ou são contadas de várias
maneiras diferentes. Eu estou contando só um pedacinho da história. Quanto mais livros
eu leio, menos certeza tenho das coisas. Tantos são os fatos, os personagens, as causas, os
efeitos. A cada segundo, em vários lugares do mundo, acontece algo relacionado à tipografia.
Tem acontecido há milhares de anos.
10
1. INTRODUÇÃO
Letras são como abelhas. Uma abelha sozinha é apenas um inseto irracional.
Mas, se observarmos uma colméia com seu funcionamento extremamente complexo,
com operárias, soldados, babás, faxineiras, zangões e rainha, veremos que esses
insetos primitivos desempenham funções bem determinadas. A abelha não tem
inteligência individual, mas a colméia possui inteligência coletiva.
Isso acontece também com as letras. Uma letra sozinha não vale nada.
Mas letras juntas fo rmam palavras, e palavras são pensamento.
Mas o que são letras? As letras devem ser diferentes entre si, pois se todas
fossem "as" e "bês" não se conseguiria ler.
Letras também devem ser parecidas; todas as letras de um alfabeto devem
apresentar o mesmo estilo e grafismo. Por isso, chamamos alfabetos de famílias.
Mas não nos esqueçamos da função primordial da letra : informar.
Uma letra sem leiturabilidade ou legibilidade é como um borrão no papel;
não significa nada. As letras juntas formam alfabetos e registram as idéias. Uma
letra deve dar conforto ao leitor, ou seja, deve ser lida com facilidade e ao mesmo
tempo precisa ter estética agradável. É o casamento da técnica com a estética
celebrado pela inteligência humana.
Os velhos arti st as da letra eram possuidores dos dois talentos.
Conhecimento técnico de processos gráficos, fabricação de papéis, tintas, ligas de
metais, prensas, e conhecimento de arte, sensibilidade para formas, concordâncias,
harmonia e equilíbrio.
Eram pessoas muito especiais. E dessas pessoas especiais este livro vai
falar. Ao mesmo tempo, ao estudarmos a letra, vamos ver que todos os estilos
inventados pelo homem - classici smo, gótico, renascentismo, modernismo,
constru tivismo, etc.- trazem consigo letras que conservam as mesmas características
culturais e estilísticas dos estilos a que pertencem.
Mas o que são letras em última instância? As letras são o cavalo que
transporta a inteligência. As letras são a maior invenção do homem, o que o
diferenciou definitivamente dos homens das cavernas.
Hieróglifos (original do autor).
2. A INVENÇÃO DA ESCRITA
Uma das maiores realizações do homem na Terra é a invenção da escrita.
Sabemos hoje que os primeiros hominídeos datam de aproximadamente cinco
milhões de anos. Mas o homem permaneceu quase tão primitivo como na pré-
história por praticamente esses mesmos cinco milhões de anos até pelo menos dez
mil anos atrás. Naquela época, os agrupamentos humanos começaram a crescer
mais e mais e, com tanta gente nas vilas, foi preciso organizar a sociedade. Só a
palavra falada já não era suficiente. Então o homem inventou a escrita.
A escrita possibilitou o acúmulo de conhecimento humano. Antes dela,
Benefícios
tudo o que um homem aprendia durante sua vida morria com ele. Depois da invenção
da escrita da escrita, o conhecimento passou a se acumular e a não se perder, assim, ao nascer,
o homem tem a seu dispor toda a experiência e as descobertas de seus antecessores.
Não vamos considerar escritas os desenhos rupestres das cavernas pré-
históricas, que eram manifestações artísticas e mais emocionais do que o ato racional
de criar sinais que representem idéias quando associados, gerando então os alfabetos.
As plaquetas de barro do templo da cidade de Uruk, feitas aproximadamente
seis mil anos atrás, com listas de cereais e cabeças de gado, são as formas de escrita
mais antigas encontradas. Naquela época, existiam outras escritas simul taneamente,
em geral pictográficas, com imagens f igurativas simbolizando palavras. Havia t ambém
uma escrita cuneiforme dos sumérios feita com cunhas de diferentes formas, que
eram pressionadas sobre barro mole. Essa escrita, que, presume-se, foi uma evolução
da pictográfica suméria, foi adotada posteriormente pelos babilônios, assírios, elamitas
16
A Pedra de Roseta foi um marco na
história do entendimento da escrita
hieroglífica. Continha o mesmo
texto em três escritas:
hieroglífica, demótica {uma
escrita mais rápida, também
utilizada pelos egípcios) e
grega. O pesquisador
francês Champollion
conseguiu decifrá-la
comparando os três textos
por analogia ao notar que
os nomes dos nobres eram
circundados por uma linha.
Ex: ~ =Cavalo
A escrita fonética, a nossa escrita, utiliza símbolos que representam sons.
Esses sons são analisados pela mente humana e seu significado é decodificado.
e
Ex: O som da palavra cavalo significa o animal.
Ex:
.~VAlO
A escrita ideográfica, usada pelos orientais, utiliza símbolos que representam
idéias. A associação de duas idéias gera uma terceira e assim sucessivamente.
18
~xtn m.~~v ~~ff~4rm
1q!>W>-~vr ~ IT~~ 1
~t- ~ nrtr.t
Abecedário aproximado.
Disco de Phaistos
[séc. XVII a.C.).
~ \1? I di>@
2'f i,GZI(J>I
§~6> l'ji lt!JllJ
C~ 17 Y-?i
zl (\ lf<;PJI\
Escritas pictográficas
Escrita pictográfica hitita. de Creta e Micenas. Escrita hieroglífica egípcia {origina l do autor).
19
Alfabeto
protocanaanita
Características
1. Razoavelmente
simples: 25-30
caracteres;
2. podia se escrever
em todas as
direções;
3. combina elementos
das 4 escritas
principais:
a. cuneiforme suméria
b. pictográfica hitita
c. escrita de Micenas
d. hieróglifa egípcia.
tt
Mais ou menos no ano 1000 a.C., a forma do fenicio clássico já tinha evoluído
para ( Cf {j- v). Quando os gregos aprenderam o alfabeto protocanaanita, a
posição do alef ainda não havia sido estabilizada. Nas inscrições arcaicas dos
séculos XVI II e XVI I a.C. podem-se encontrar três rotações para alfa. Uma é se-
melhante ao fenício a/ef, ( q=. V A ) e as outras estão em posições diferentes
como -\,L ou ~.
A última forma foi aceita por todos e copiada pelos romanos.
HEBREU M
ÁRABE c
GREGO H
LATIM
H
A letra H desenvolveu-se a partir do pictograma protocanaanita de uma
cerca, feito em duas posições, (JI[ ~).Mais tarde, as inscrições protocanaanitas
tinham o het com a forma de um retângulo seccionado ao meio. Essa forma se
desenvolveu do grego arcaico para H sendo também adotada para o latim. Os usos
das letras variam de acordo com a língua, mas aqui nós estamos acompanhando
somente a evolução gráfica das letras e não a fonética.
21
HEBREU
'S1
ÁRABE
~
GREGO
0
LATIM
o
A letra O desenvolveu-se da representação pictográfica de um olho na
escrita protocanaanita, ( 8 ).
Em hebreu, a palavra para olho é a mesma para a letra O, ayin. A pupila
do olho foi preservada em algumas inscrições protocanaanitas até o século XII a.C.
Às vezes, no grego arcaico, omícron era usado com um ponto no meio. É difícil
acreditar em outra corrente que afirma que esse ponto no centro era a marca feita
pela ponta de um compasso.
A letra W foi
introduzida no século
XI em razão da
necessidade de·
registro sonoro das
línguas germ~nicas.
A letra J foi
introduzida na Idade
Média para se
diferenciar a letra I
consoante da I vogal.
22
Capitalis Romana - Coluna Trajana.
3. O ALFABETO LATINO
O alfabet o latino não usava todos os caracteres do arcaico grego porque
não havia necessidade de todos eles. Nas mudanças de uma língua para ou t ra, às
vezes inventam-se símbolos correspondentes a sons estranhos às líng uas
de origem, ou eliminam-se caracteres desnecessários. O alfabeto grego arca ico
tinha 27 let ras, usava 22 letras do original semítico e cinco letras acrescida s pelos
gregos para satisfazer às suas necessidades.
Em 700 a.C., o alfabeto latino aparece. Descendente direto do grego ar-
caico, ainda era escrito da direita para a esquerda, da esquerda para a direita e em
boustrofedon (ziguezague).
Os romanos, no ano 100 d.C., tinham quatro escritas em uso. A primeira ,
Capitalis Romana ou Capitalis Monumentalis, era uma letra monumental. Bem
espacejada, era uti lizada na arquitetura em fachadas, prédios e monumentos,
combinando com os contornos arquitetônicos e com as formas quadrat izada s. O
melhor exemplo da Capital is Romana é a letra da Coluna Trajana (1 14 d.C.) em
Roma. Essa letra é considerada em todo o mundo o gabarito estético para as let ras
romanas no que diz respeito a suas proporções altura/largura , curvas, serifas e
espessuras. Quando se diz que uma letra tem proporções clássicas, significa que
ela segue as relações da Capitalis Romana, que só existia em caixa-alta.
As letras eram primeiramente pintadas na pedra com um pincel de ponta
reta nas partes superiores e inferiores e depois entalhadas. Não havia espacejamento
entre palavras e nem letras em caixa- baixa.
24
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Capitalis Monumentalis (acima) e Rústica Romana. Quadra ta (acima) e Cursiva Romana.
25
Jor•de1r•~rec4:u~•r•J rxfa~ ... rcf"· "~'." • t''\""' "'"''11"" "f"li-;-t,,_, ~)l:,.J"
,..,O,..., I fo.i '(_~ur-c·t~,·t,tv'- nu'\~l /•1\..'::-'""-lL.,..J , ,.,v ""' ' ,,~~ / (A'-)l'
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Meia Uncia/ {St. Hil/ary de Trinity) ano 509 {acima) e Um Quarto de Uncia / e Uncial {Probus Vet. Urbinatus)
Uncia/ (Homero Ambrosiano) ano 374. ano 7 754 (acima) e Uncia / (Livro de Kells).
A pa rtir de 500 d.C., começa a aparecer a letra Uncial ou Insular, que vem
do Norte da Europa, Inglaterra e Irlanda. Sua forma é arredondada, com serifas
bem desenhadas, e seu traçado é elegante e cheio de ritmo, unindo estética agradável
e legibilidade. As unciais eram também mais rápidas para se escrever. O nome
Uncial vem da Únci a, uma moeda romana de forma circular. Vêem-se ascendent es
e descendentes em profusão e as minúsculas predominam.
O livro de Kells, feito por monges na Irlanda, no século VIII, foi escrito em
Uncial de raro e elegante desenho. As serifas t riangulares eram acrescen tadas às
letras depois de escri t as. Esse livro, que ainda existe no Museu de Trinity College,
em Dublin, é considerado o livro mais belo de sua época, não só por sua let ra, mas
ta mbém por todo t ipo de let ras capitu lares, decorações e iluminuras. Iluminuras
são as ilustrações dos livros da época, e capitulares são as grandes letras decoradas
util izadas para abrir parágrafos ou capítulos.
As letras usadas no texto têm extrema beleza e são originalmente alinhadas
por cima e irregulares na sua base, ao contrário das demais. As serifas eram acres-
cent adas depois das letras prontas. Existe um fac-símile do livro de Kells impresso
e vendido comercialment e para os estudiosos. As unciais são classif icadas em Meia
Uncial, com ma is ascendentes e descendentes, Um Quarto de Uncial e Uncial, de
acordo com o informal ismo que apresentam.
26
m-
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~pn um · Ttmu1
~-rum tf ue1- bu nl
~......,.~on etnbnc. rrau .~
As letras minúsculas finalmente aparecem no século VIII, quando Carlos
Magno, cujo reinado cobria quase toda a Europa e partes da África, encomendou
ao bispo de York, o anglo-saxão Alcuin, grande escriba, o desenho de uma letra
que tivesse fluidez e legibilidade, além de uma estética agradável. Essa seria a
letra oficial para todos os escritos do seu reinado.
A fabricação de um livro era considerada a grande obra de um rei, já
que a impressão ainda não tinha sido inventada e os livros eram peças únicas.
Naquele tempo, a equipe de produção de um livro envolvia copistas, pesquisadores,
tradutores, iluministas e, desde o papel , passando pela encadernação, tintas e
ferramentas, tudo era fabricado nos ateliês dos escribas. Os caríssimos livros
produzidos eram conquistas comparadas às cruzadas e outros feitos. O resu ltado
foi a Minúscula Carolingia (Carolus Magnus), talvez o primeiro trabalho de iden-
tidade visual encomendado na história das artes gráficas feito nos mesmos mol-
des das identidades visuais de hoje - todo um sistema gráfico foi planejado,
letra, mancha e um controle rigoroso no desenho da letra manuscrita. Esse sistema
facilita a datação dos documentos da era de Carlos Magno nos nossos dias.
A unificação das escritas no reino de Carlos Magno teve como obj~tivo
uma interpretação uniforme da Bíblia, mas, na realidade, criou uma das mais belas
letras escritas que o homem já viu.
27
4. A IDADE MÉDIA
A procura por livros menores e portáteis fez com que a largura das letras
diminuísse gradualmente. Acredita-se que a idéia de se produzirem livros menores
em tamanho partiu da necessidade de a Igreja fazer bíblias portáteis para uma
melhor difusão da doutrina católica. A letra gótica aparece, então, com seu desenho
solene e severo, trazendo todo o formalismo da Idade Média.
Nascida originalmente na França, a Gótica ou Letra Preta (black letten
espalha-se pela Europa e em cada localidade ela assume características regionais.
Assim, há diferenças básicas entre a Gótica francesa (Textura), a alemã (Fraktur) e as
italianas e espanholas, latinamente arredondadas, também chamadas de Rotundas.
Havia também a Gótica Bastarda, uma letra menos formal e mais cursiva.
A arte mais importante da Idade Média foi a arquitetura gótica, que teve
seu apogeu aproximadamente no ano 1200 d.C. A arquitetura gótica chamava a
atenção pelo tamanho monumental de suas construções, geralmente catedrais imen-
sas, que eram o centro do poder da época. As torres terminavam em agu lhas e as
janelas eram estreitas, exatamente como as letras góticas, que terminavam também
em pontas e têm seus buracos interiores estreitos. Havia também esculturas de
pedra em profusão que combinavam com a arquitetura. Os vitrais davam o toque
final nas construções e foram um dos pontos altos na arquitetura gótica.
A posição do homem no mundo também era diferente. A vida do homem
era mais importante após a morte do que durante a vida propriamente dita. Tudo
isso se reflete na letra solene, escura e severa como a Inquisição católica.
28
Catedral gótica.
· f Utlllllt Blgnd•tmttDlllldOii
Oi 1}!1 i nit.t mídnútifdin nr
Uf'lf..IQn'".~......~
Letra Gótica.
rologue 8rct4
rati(9et4 matíte:e
9e ce p~(ent fiur:e._
appea'êft(autcõ~ 1{1) ([-{) ~ tf () 1b 3' l
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Hiemgllifos
lli!Jlpdos
Champ Fleury- Geoffroy Tory.
5. A RENASCENÇA
O século XV traz a Renascença, talvez o momento mais fértil e criativo
da existência humana. Com as descobertas de outras terras, expansões coloniais
e conseqüente enriquecimento da sociedade, os ganhos das classes altas e da nobreza
possibilitaram o aparecimento de uma nova classe média que as servia e vivia com os
excedentes de riqueza ganhos. O homem reavaliou seu papel no mundo e abandonou
a servidão da Idade Média, para se valorizar e repensar a sociedade com todos os outros
valores, como mora l, estética, arte, filosofia e relig ião. Durante a Idade Média, a
vida do homem era menos importante do que a sua morte. Na Renascença, o papel
do homem no mundo recebeu maior destaque.
A maior personalidade da Renascença foi, sem sombra de dúvida, Leonardo
da Vinci (1452-1519). Conhecido como o melhor desenhista de toda a raça
humana, Leonardo inventou toda sorte de equipamentos, muitos dos quais ainda
não podiam ser fabrica dos por falta de tecnologia na época; veículos, armas de
guerra, aquedutos, sistemas hidráulicos, pontes, foi chefe de cozinha, escritor,
pensador e participava de praticamente todas as atividades criativas do mundo
renascentista. Não podemos deixar de falar em Mona Lisa, o quadro mais con hecido
dos mundos antigo e moderno. Há registras de outros empree nd imentos de
Leonardo, como um restaurante que abriu em sociedade com o pintor Sandra
Botticelli, para o qual foi criado o primeiro menu esteticamente agradável, assim
como pratos que não eram só saborosos, mas também bem apresentados.
34
~~~~~~~~----~~~--~~~-------------------------- ~
Leonardo da Vinci costumava escrever ao contrário: com as letras invertidas e da direita para a esquerda. Naquele tempo, suas
invenções valiam muito e não podiam ser reveladas. Havia também o perigo de se escrever alguma coisa que fosse contra a
doutrina católica, o medo do braço pesado da Santa Inquisição. Para se ler a escrita de Leonardo, utiliza-se um espelho. .
Luca PISCID!i: 15 0 9
36
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Árabe do Oriente.
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Árabe do Ocidente.
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Números Hindus.
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Árabe Ocidental.
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Europa - números mais recentes.
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Claude Garamond.
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Página ao lado: Bíblia de 42 1inhas de Gutenberg.
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A maior figura da Renascença, nas artes da letra, foi sem dúvida Johannes
Gutenberg. Originalmente um ourives de alto nível, Gutenberg, ou Johan n
Gensfleisch zur Laden, chamado de Gutenberg por causa da casa em que a famíl ia
morava, nasceu na Mogúncia (atual Mainz) provavelmente entre 1394 e 1399.
Filho de Friele Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, um associado do bispo na
fundição da igreja, desde pequeno teve contato com os metais e seus segredos.
Há menções de atividades relacionadas a experiências com os tipos móveis
e com metais com promessas de sigilo e multas, caso essas experiências fossem
reveladas a outros. Isso aconteceu em 1439, na cidade de Estrasburgo, França, onde
Gutenberg residiu até voltar para a Mogúncia. Ali, em 1445, finalmente ele imprimiu
a Bíblia de 42 linhas, provavelmente na gráfica que montou com os oitocentos ducados
emprestados por Johann Fust e que se chamava Das Werk der Buchei (Fábrica de
Tipos). Considerado o primeiro livro impresso no mundo, a Bíblia de Gutenberg é
composta em Textura, uma Gótica muito em moda naquela época e que foi ainda
usada na Alemanha por alguns séculos. Tem duas colunas de 421inhas. Provavelmente
foram impressas 150 bíblias em papel e trinta em pergaminho durante três anos. A
tinta gráfica era uma mistura de óleo de linhaça com negro de fumo. Alguns detalhes
como ilustrações e capitulares eram acrescentados à mão após a impressão do texto.
As ilustrações e cores, manufaturadas, valorizavam os livros e eram fe itas por mulheres
e crianças, a mão-de-obra mais barata.
Havia, por parte dos possuidores de livros, preconceito contra livros
impressos em detrimento dos livros manuscritos. Em algumas cidades, os poderosos
49
Entalhe da punção. Fundição de tipos.
Impressão. Encadernação.
50
':4 morte visita
uma oficina de
tipografia"-
representação
artística do clima
de instabilidade
e desordem que
predominava
na Alemanha,
nos primórdios
da impressão,
fazendo
com que os
impressores
fugissem
gradualmente
para a Itália.
As caveiras
representam
a morte.
51
- - -- -- -- - - - -- - - - - - --
52
Sed plane (plelh remeanf pte utél:or olymp\.
T artera preffa tacent.nec fua tura tenent.
Inferuftnfdturabtltcer caua gurturd pádenf
Q!..tt raperer femper =ftt tua preda deuf.
Enptftnnumerú populú decarcere morttf.
Et fequttur hber quo fuuf c:tuétor abtf.
Euomtt abforptam paUtde fera belua plebê.
Et de fc1uce lupt fubtrabtt agnuf ouef.
Htnc tumulú reperéfpoft tclrtara carne refúpta.
Belhger ad celofampla tropbea referf .
~ofbabutt pena[e cbaof: 1am reddtdtt tfl:e:
Et quof morfpereret:hofnoua utta cenet.
R ex facer ecce cut radtat parfmagna crophet:
Um dos primeiros livros impressos na Itália por Conrad Sweinheim e Arnold
Pannartz utilizando as letras romanas da Renascença.
53
CHAnRlADIS VITA.
,,..nru,.. .., A1HENIENSIS HIC
'us:~Au
quoq;infummishabttus é duobus:
resq; multas memona dtgnas gdftr.
Sed ex hlS eluc& maxune muentum
aus i prcdio quodapud rhebas feor:
""-'-"'="-'-=-__..,..:.J rum boeriis fubfidio uentlf&.Nanq,
in ea uid:oria fidentem fummum ducem Ageftlaum
fugaris iam ab eo cõdu&cús careruis reliq uã phalangé
loco uecuir ced.:re:obmxoq; genu fcuro ,pied:aq; ha!la
impetum exopere hoilium docutt .Id nouü Ageftlaus
intuens progredi nó ell: aufus: fuosq; iam mcurrenres
tuba reuocauit.Hoc ufq;oo grzciafamacelebratüé :ut
foartã
illo ll:atu Chabrias ftbi ll:atuá fie ri uoluerir:quz publice
j_
ti ab atheniéfibus m foro cõll:itura ell:. Ex quo fattum Nicho/as Jenson/Eusebius ( 7470}.
éut pofi-eaArhleta: czurig; arnftces his !lanbus !laruis
ponendis uterentur cü uiél:oná elfent adepti .Chabrias
autem multa in europabellaadmmifi-rauit. Cum dux
atheniéfiü elf& :in zgypto fua fpóregelftt.NãNepte-
nabum adiutum profeél:us regnum ei conll:ttutt .Feor
idé cypn :fed publice ab atheniéftbus Euagor.e a.diutor
poribu
datus :neq~ prius inde difceíftr qtoram inful.un pello
deuinceret.~Ja ex re athenienfes magnam gloriá funt.
adcpri.Interim-bellú mter zgyprios & perfas cóflatú é:
Nicho/as Jenson.
t.Sed
Nicho/as Jenson/Eusebius (7470}.
54
Aldus Manutius, Veneza (1501).
ASPAVEN'I
pato Nemoreeu
fomnochefe hat le Aetna poitLtl
-v-r~~ fnfo reliéti,meril
fito aiTai pi u eh ec: lllO tlterq; 11oft
"' ti horridi,& crep
finun ofi iugi . Ma compofirame LáCtimeífelntts Marca de
Aldus/Hypnerotomachia (1499]. Griffo/de Aetna (1495). Aldus ivlanutius.
mas há outras versões chamadas Jenson Old Style, de 1893; Mazarim, de 1895;
Kelmscott, de 1897; Cloister Old Style, de Morris Fuller Benton, e muitas outras.
~ Algumas das versões modernas da letra de Jenson afastaram-se da família
~na I, e a sua versã o para dísplaycomb i na com praticamente todos os alfabetos.
Aldus Manutius (1449- 1515) foi o grande impressor dos intelectuais da
Renascença. Extremamente rigoroso com seu trabalho, Aldus, que nasceu em Veneza,
foi o primeiro dos grandes mestres e impressores da história da tipologi a. Começando
em 1495, sua maior ambição era editar os grandes autores clássicos. A primeira
aparição de uma itálica dá-se nos livros de Aldus.
55
1
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56
SENAC-AR-GO
Livro· N°.Jl O 4 5.9 6
--·
.
em quê? Griffo, grifo, grifado. Pelo nome já deu para ver que a letra grifada ou itálica foi
inventada por ele. Ou letra cursiva - cursiv, como chamam os alemães. Griffo não só
inventou as primeiras letras itálicas como também entalhou os primeiros tipos itálicos
desenhados por Aldus Manutius que, juntamente com Ludovico degli Arrighi da Vicenza
(Vicentino), formavam o trio de mestres que lançaram as itálicas mais conhecidas.
Aldus escreveu, no seu primeiro livro, utilizando a itálica:
57
t V)( lI J V V lN A 1. t.S A ~ t NA
I RITRATTI
:r IS S A T l ll A 1' A I MA·
DI.M .GIOVA.N CIWRGIO
lMl'llt lCO AVOITOII. TRISSINO.
ernMn?llllll~ll~l/llllYtpo~~«m
J V tltiiiJtS t<ttcs T"IICI tbtjiJt
CodrH ITROVANDOSI
I ~~tpUIIltrl' l'lll~inc:••crit 1Ur M1Jtr Luio Portpt(,o 111 Fcrr-ra,
"'t'ttJI
H Ú" tltgtsl1mp1111lthms mtfomr/tritiffrs 11 111 caja tL MaiuMI M•~~~rtla
:r rlrrhllsi,llt {NmlrH plnu ,__'&''" lil>ri CIUlldm&I(('f/rt' D~~tf1.J. á Sura,ne' fa 1"'&
S mp,..s,ttmJt'fgtmcJ~~mfillillls,On~st v'tra una 'r~ata di va[OTif(' lunnt', 1 á. 4uojlu•
N ••-wsru;l/tio-srf1(.",1-""hilMe~~s
M nt!S ,tt .toliisiÜciiii<IIU'Wfib»OIIITlfm m~t1Jimt GICVII/IÍ, IA ftrcilltrtdl tutti ;orflrcl/o,
V Nlt.lli. ~ld•tmtiUfttl,'{*-1rltT1•r•t-"'~ con' ay~rfart 1nCom1ncr~ . $(' io hu '!nt la 1n/tn •
 tiiiMS,MMtllitiiSfortl~~.tJcNtl,..tlllfrlfm
/fOlie' v".fira intcjó Gratioj1Jim4,!/ 1 ffujlre- Ma•
P rlliCNI.c, 1lllfflllls ••Cidr,.,. wonychNsO'I'fllt,
'S riJI!fiiÍs pW.IH, cv11111dfoq; _,_, c!.m.rrtt /.um~. 1yarimcntt' yf[a /,Mia jucjla no&(1Jrm•
S flfll'fl',tt •IJitlllorNpt.C l.t&ncol-m.c • cortp-gota,votvofrtr, cbcrmc v•J• namno J"'[~
1 xptflrtrunuficrw~. mllli~podl·
1 ,,., "'gD ,..,.,.p»l.e foJ.Jumws,ttfSis r~•ot~~~mrn[l, chcforono Ira M1Jcr Puro fiCinbo,
c ~Pii-JrJimllsr,ll.c,ptU..IItsllt •Úiolll ' M1Jtr Vwn/to M«rroj•lt• 1n Mtfano ; 1~ 1
D ormlrtt·f1IIÚ. rf1clmtn~rtii,Cltlfl ft>t "'i~wr jUII(I COn(I.JJra Ct.Jta Cb~ VOin'h.U.afc' Urkfo TOj'O•
V •rtl>•s omm'•r ,pmtlrr.c p~~r=tcl..irt.c •
C 1rr ,.lfiClt hoc llbt•t pottws de"'""'' til"'/'O,
nar~ /, C~l n1 nom1 ,111 [uujh', n! /1my• vt}'lyc'
I' tr ~»mm ""'f'"'S l1IIOI A NnHSr.Cflcxlt 111NifiiiMI, ord.IUilamtn/~ lfi••:Jucr(' , burf la m(', com<" J,
S i !III<WI,tt p!AciJi Y"l:tolllffl4ilmltntts., rJ•"'· ycrjona, cbt'yrr}nte' vijur,J"ff7oprt•famcn/e' ~
C Nmlrlll'r!IXWmtJttattfP.do,MttÜ4tbU{Clt•
J ii:" •pr~Htt,cttflfJII~D"tNhl.t ,.,m,., nctrcalc; 1/ 10 foJ~r~ y1u chl vofrllltcrt ;!"".;
~ lltrilies olfllfll •tibus Qlrtt l"411ottt Nlllls, cf,(', &avusM, .rtrt' V!.. &e- r~lt//1,!" mt 1Ja• C(l)e'
A itálica de Aldus Manutius. A itálica de Vicentino.
Uma vez criada a letra itálica, mais estreita e ocupando menos espaço na
linha de texto, sua utilização foi maior na composição das primeiras bíblias de
bolso. Sempre interessou à Igreja a difusão de suas idéias, e as pequenas bíblias
nesse formato eram mais um difusor da doutrina católica pelo mundo.
Os impressores rivais, da cidade de Lyon, Balthasar da Gabiano e Barthélemy
Trot, não demoraram a copiar os tipos itálicos criados por Griffo, Aldus e Vicentino.
Aldus chegou até a revisar e corrigir algumas das edições de Lyon. Em 1503, ele fez
críticas a essas edições dizendo que "eram impressas em papel inferior, muito
texturizado", e que "as consoantes não combinavam bem com as vogais".
Outros desenhistas de tipos e impressores que se destacaram na época
foram Luca Pacioli, Sigismondo Fanti, Francesco Tornielo e Giovani Baptista Verini.
Antes do fim da metade do século XVI, todos os impressores já utilizavam
itálicas, sendo o desenho de Aldus o mais difundido. Três livros muito famosos na
época foram impressos na Itália e marcaram o panorama da impressão: a edição de
1516 do Decameron, impressa por Fillipo Giunta em Florença; as primeiras edições
dos trabalhos de Maquiavel impressas em Roma por Antonio Blado em 1531 e 1532;
e o livro A divina comédia, de Dante, impresso por Marcolini em 1544. A versão
original de Aldus tinha muitas maiúsculas com ligaduras. assim como a primeira
versão desenhada por Griffo, mas essas ligaduras e letras dobradas não eram util izadas
com freqüência. O ângulo de inclinação dessas letras variava muito conforme o
desenho, assim como a largura e as proporções. Não havia também uma grande
58
AENE·
p abulapáruale~ns,nidisq; loqllácibus e{ats,
E tnunc porticibus uctcuis,nanc humidct circum
s ftl[llâ fonat,fimilis medios Iuturna per hofles
F erturequis,rapidotp uoláns obit omniacurru.
r am(p hic ~rmanam,iam'q; hic ojkndit ouantem
N ec conftrre t~Utnam patitur,uolat duia lonf]!·
Itálicas éntalhadas por Griffo, com desenho de Aldus Manutius.
59
:)(1ent.:aJca~it primNs f'Í n.:a1c profon&m, 10 L I B E R
i Et r~li6HS remis Jo«icitAHit "iH.:as: C11i [ictt acadat Vírttló ,tdlntn ufqui pri!'rts
Q!i áu6ijs aufus committmJfatthus affiHtn: F crt F atum paruú in re quacunqutgcrcnàa.
Q!!.4S na~r11 n~.:at,pr.rG!Iit me "'li4s. R""""'"'""' lm- Fato Romaní pojl tot àifcrimilla, po!l tot
f""""' "1'""'1 • 'Pr.:elia, dtbcllatum Orbtm rcxerc monarcbtr:
T ra~ilfis primHm tnpidlu Jc cret!idit vnlis:
F..oma caput~ foit Munài,prüls txtgurugrtx
Littora Jccnro tramite jHmtn4 frgens. ~m paflorum babítabat, o trrans exul ab aruú
.M ox Congos tentare Jimu,& Cin'l"erc terr4S, . . F initímú ( ut aJYlum) pojlJcclu~ omnt colcbat •
Et lmi caepit p.:andere vc(.:a noto. Vt dmu coiTI<U• J.l[ox Fato inclinantt, Juis fpolíat4 triumpbis
Aft v6i pm.riltim praeps 4HÓ4cia cre~it: Corruit, o patrío ( infandum) iugulata tyranno
Coráá1J fallJKcntem lcdidicere metum: ]'Jil, niji nomw, babct Romtt, dtfcrtap jõrdct .
I am "114JlU irr~pit pcfaao:c.efú'"iJ ftQiflls, cr~oru.,.pottn• Fato uiam Gra-ci nil non potucrc ucl armú,
e.g.tas ~emu lonjJÍiftiJ dom4t. ti<. J/ c/ jludiú:tcrra omni pojlbabita, auxit ._Atlunas
A itálica de Colines. A itálica de Basle.
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~1!}L~Oo1>~~_s1J7}?v:VV~
J~ZZ:Sfé<&~TJ
Itálicas floreadas, de Johannes Baptistus Palatinus (Palatino).
muito usada e copiada na primeira metade do século XVI. Vicentino criou uma letra mais
luxuosa e espaçosa que foi, então, absorvida e copiada na segunda metade do século,
assim como seu grafismo refinado.
Outro fato digno de nota foram os livros de Gian Giorgio Trissino, autor da
tragédia Sofonisba e do poema épico /ta/ia Liberata dai Gothi. Trissino introduziu em seus
livros algumas letras gregas e, pela primeira vez, fez-se uma distinção entre as letras V
vogal e V consoante, aparecendo então a letra U.
Marca do impressor Além dos impressores de Lyon, havia em Paris Simon de Colines, um grande
Michel Fezandat. tipógrafo que, em seu primeiro tipo itálico, copiou características das letras de Aldus e
Vicentino. Não se sabe se o próprio Colines entalhou os tipos ou se ele empregou Claude
Garamond para realizar esse trabalho. Quando Colines morreu, em 1546, os desenhistas
f ranceses já haviam incorporado características próprias ao desenho das itálicas.
Os primeiros alemães a usarem a itálica estavam estabelecidos em Viena; eram
Hieronymus Vietor e Johann Singrenius. Há referências à itálica de Basle, de desenho
sofisticado e elaborado muito admirado na época e que, por sua aceitação, foi usado
intensamente por no mínimo vinte anos, inclusive em Lyon. As letras em caixa-alta fogem
dos padrões de comportamento da época, ressaltando as letras M, N, Re V. A letra O não
é inclinada e o P e o A são floread as.
60
LIBE R I V DI T
lntcrpGr::rc. J O T..1U A.
F .HYL4E ftdAtfop•m,(tumt~~mbm...ún-
ri•riifmmr,,..tl{lll•g.:foi:f•~uú.q•ippt&ll•
=• & Htjiodo, mt non & Ar<bil•rhl '" LJ<un~m
t•,.fllir.fid•õ M/ip•h•m.,..,•mni• d{dtihl re-
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fophlllur llllttm piéhtrt~ & {ttbld.u-Mn: torpwA. BrutA.
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piil•tr1. vtitNTmim,. At/ip•M lllinijir.u&•-
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ç,.,,dú, Christophe Plantin.
AESOPI
A itálica de Granjon, Cicero. Bíblia poliglota, de Christophe Plantin.
61
,,
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62
Vertere MccClllas, vlmifquc adiungcrc vires
Cõueni:u:quzcura boum,quis cultus habedo
Sit pccori:atq;apibusquâcaexperiêtia pareis:
Hinc.cancre incipiã. Vos ô clariffima 1nundi
lumina, labcntem czlo quz ducitis annum:
Lib~r,& alma Ceres,vefiro fi munerc cellus
Chaoniam pingui glandcm mutauit arifta:
Poculáquc inuentu Acheloia mifcuit vuis:
Garamond.
LHOMME L ETRE
do Alphabetum Graecum, publ icada por Estienne. Os t rês jogos orig inais das
punções desse tipo ainda encontram-se na lmprimerie Nationale de Paris, a gráfica
do Rei.
Em 1545, Garamond fundou sua própria editora, que utilizava os tipos no
livro De Aetna de Pietro Bembo, publicado por Aldus Manutius. O Rei Francisco I '~lJt~
encomendou- lhe a criação de uma família de tipos gregos que seria conhecida por
Grecs du Roi, baseada em desenhos de Angelos Verget ios. Essa fonte foi utilizada
para a primeira edição feita por ele, além de uma nova letra cursiva. Os trabalhos de
Aldus Manutius são forte referência em seu estilo, com margens generosas, impressão
esmerada e magnífica encadernação.
As referências tipográficas de Garamond incluem trabalhos de Conrad
Sweinheim, Arnold Pannartz, NicholasJenson, Aldus Manutius, Francesco Griffo, Henri,
Desenho de
Robert e Charles Estienne, Ludovico Arrighi, Tagliente e Palatino. Geoffroy Tory.
A letra de Garamond foi redescoberta no século XX. Várias reproduções
foram recriadas. Uma das melhores redesenhadas é a Garamond Stempel de 1924.
Garamond morreu em 1561 e seus bens f oram comprados por Christophe
Plantin. Em 1592, o tipógrafo Conrad Berner publicou um catálogo com as fontes de
Garamond que até hoje serve de referência para os estudos sobre esse grande tipógrafo.
63
Versões variadas da Garamond.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyza:<rfffiflffifH
&1ECE;{I23456789o.,;:-! ?"()
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyzaaffjiftjijl
& IECE;{I234J6J890.,/:-!?u()
Monotype 156
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyzfiffflffiffiétSt
&$1234567890.,-:;!?"
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyzftffftjfijft{fft
&$1234567890.,-:;!?(J
ATF
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghi jklmnopqrstuvwxyza:cxfffiflffiffi
&.!ECEfl234567890.,:;-!?"()
ABCDEFGHI]KLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdejghqklmnopqrstuvwxyzcecelfftjlfftffl
f5JE(E[J234567890)";·-!7~
Ludlow
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghij klmnopqrstuvwxyzcea:Hfiffffiffi
&JECIEI23456789o.,;:-!?"O
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijk_lmnopqrstuvwxyzaceflfiffffijjl
& .IE(]EI234JÓ78yo.n·:-.'?"0
Oeberny Et Peignot
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyzéecefffiflffiffl
&lECEf1234567890.,;:-!?()
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuv1JJxyzcecefffiflffiffl
64 & .IECEE1234567890. ,;:-/?()
Nebiolo
tC]6ere lrgptnteti.J tt, lnoh of d,i Cúbtpi ·btCtlupea
anil § ables oEêfo~ \lll)tct, \\lEre tmnClattll out
cf .:ftttdii, ín ro ~nglplll;e bp \\lPUtam 6:arron
st \llrítmPnftte :Jn t~ pttt of oure lollle.qy.
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~~~ tfj~ grauttt ma ~olbu" namq~ '!.monto f
tb~id~ lbae a nongq o~ õpffOlrtt"~ M~ m!?!l'~ fflct~t}/ ~a:
I;~~ " gwtt tt~ I Car~ ~~f~ /C:Ottg" ~ olb"e/fflatp ~~/a
(lj01t nccfte J ro:wlhdh~fgu-tt &iCp f gtttt Ctgg"eJan~ ~argr
fM( lt.nr.>z ~ t{Jctt lb~i~ lbae; lb"tf9 ~ lbae t~om&j cm~ cou.a:
tlot fl;~!l" /6ut not lVi<fj(tonõ~ng aC t()ie 6l f;:\b-a_~tt tbpf~ (!
~elo ~tt!tCp ~ngenEouejfÚ6~it n) au~p~acione J14it~ ~o~
tvil·1-.. -•, ~o;\'IZ.:s
Uma página do livro The subtyl hystori es and fa bles of Ezope, traduzido e impresso por
Caxton, em Westminster, em 7484.
65
~o6~rt 6ranlo!J,
t'~!l -~íf . 5.Dc-. ~s;,,
{4,J ~» ê' &- fA.I ~o.t
-- ~ai(t-w---r JnnoCC:""--
.!J i'~t} ~i{ . 5.Dc-. ~Si
&f~~»--- C1..__, & f~ ~
66
~IBfãi~l abcDtftrb
~~~Jrrr~ tklmnop
[fh~9~' qrtfsruu
i~~~J~~- tUIUilt
Manuscrita de Dürer.
70
SERENISSIM.tE
VENETORUM
REIPUBLIC.IE
CLAUDIUS SALMASIUS
S.
,~~~~Um in eo eífem Sapientif]imi e§ lliu.ftrif}imi Pro-
iii: cem, ut poft abfolutum Exercitationum Plinia-
narum opus , delegendis) ut fit , patronis , &
parandis ei defenforibus ex illufl:ri aliquo loco
cogitare deberem , non di'u mihi dubitandum
fuit , an veftrum nomen clariffimum fronti earum
infcriberem , qui multo ante, ab eo nempe rem-
pore , quo prima operis fundamenta ponere
crepi, id rotum vobis dicandurn ddbnarim. Qgod non folum quam
libenrer , fed etiam quam meriro fecerim ~'x veteri vororum ac de-
dicatjo~m fot mula , mea refcn: plurimum à me ipfo pra:dicari , ne
qui fim fciliccr quibus mirum videri poffit, arque criam reprehenfio-
nc -dignum, me foris & apud exteros quxfiviJfe quod in patria ac do-
mi poífem hab<;rc, quod. utique hãbcrem. Profeéto tamedi hujus
mci f,lél:i nulbm f<ltionem mihi rcddcre libcret, non tamen ullam a
me exigi magis par cffer quam ab illis folct, qui vulgo ali quem íibi
privara religionc colendum fumunt ex aJfcripticiorum crelitumor-
Holandesa (Sa/masius}, ano de 1689.
71
Non inchoantibus prcemium,
fed perfeverantibus datur. Het
loon word niet aan den begin-
nende belooft, maar het word
aan de volhardende gegeeven.
acefgklopqrstwxyz.cfghjkprcetuw.
Lors qu' Aspafie étoit concubi-
ne d' Artaxerxes : On ne fauroit
lui donner moins de vingt ans à la
mort de Cyrus: elle avoit clone
foixante- quinze ans lors qu'un
nouveau Roi la demande comme
une grace particuliere. PLTGA
ABCDEFHIJKMNOQSU
VWXYZJE JEABCDEFGHIJKL
I 234567 89 I ot( [~ § !'?~pjúmfi
Itálica e normal por Johann Fleishman para a fundidora Enschedé, em Haarlem.
72
l
Sa/masius (7689).
desas. Essa hegemonia no fornecime nto de matrizes seria quebrada alguns anos
depois com a entrada dos ingleses, primeiramente Caslon e depois Baskerville, no
mercado, com seu desenho bem mais elegante e refina do.
Os tipos holandeses não possuem a exuberância de formas dos italianos
da Renascença. Quando comparados a estes, parecem meio pesados e deselegantes.
73
PRISE DE LA VILL E ET DE LA CITAD ELLE
Dt B t SA N ÇON.
~~r;.;:1~>-;!~~~-E~g~;~efll'ar~v~t~~·:~~=feJ~~
\by ,.s.. fitou' rir b t1'111ch« k 6. Lu plu)o& ks n~gefcontmud
k:s IOCOMrnoderent tlln-mcmnu lo troupo, &: !'ttanléran beaucoup
~ tn,~n U \'illc nc Wl'ta ll<,)j d'dt~ prifc ~ huit joo~ lcs Ennc-
rrw. k rt1UUO'II d.u'l~ b C1udc:Uc,qui pill"oit pour imprtnable. lhcn
.1\0IC!It xhC\C b fôrufic~• fur blondcmmu JCllcz.pu la Fran-
eurcn 166.i. [UccR prdquc: cnut"R:mcnt cmiroontt d c la n\to.:re.du
o...a,,& ~.r fur 1.1nRoc darpé. On rau~~ cn pk:in mMfyokl
fiokl..l~ • .tl. f.\Nrdunnon q..a'on U"Oit milcn b.l.uaic(urdntx ~U·
1
. h:un, plu..~ c.bi-n. cncvrc q\lc b Citaddlt. gagnifC1t le h.J.ut d u R~
' c.hcr cn _!:;f'.l'•lúot,ô. l pl.antc-rnn bD l)npou._ Cct tc 2dion , do
I''"' funlK"'>~tu'on &.t ~m.1.1.. '~·•numl<b fi fon.l~ Arf!igc-& , quiL.
fc I"C'ndutnL
Ccflk: ru,ct decttt(' \(,-dJ,IIc. Ony \Oit lc n cu\C duDout :tppu)('
fur fon Umc. li "';;;mie a\tc cRonnlmt nt la Viéloírt,qui part dr li
pomtc d'un RociKr, .!'\ CJU• d·une m.lm u cnt une Couronnc murale, 6.
th l.tun(' un FoU<In:. On a rC:t>rlfÇJm dan~ faloignement l.a: Ville , &
ne
l'!u,Jtaut L.Cit,.cJdko.~kR O'I ht>rctuic:fl \l.....t-\il.. l..õmou dc b lq;m·
de, \ IRTl., C\IIIC'\, li~n•f•cm, W ,.JrMrMs Frti"{Rs.. ~Ji c..ll
I"E\4~Ue. \ r S l ' rtn ITI lll 'I ("""PTA. M. D C. LXXI ' · \ C:II
kmthn,&fom-.~'1'"'1"'•'1.4f.,NJ,foo ,4:~+
74
II pose ce fondement tant de son histoire que de
sa doctrine et de ses lois. Apres, ii nous fait v o ir tous
fes hommes renfermés en un seu I homme, et sa femme
même tirée de Iui; la concorde des mariages et la
société du genre humain établie sur ce fondement;
Ia perfection et la puissance de l'homme, t~t .qu'ii
porte l'image de Dieu en entier; son empire sur les
animaux; son innocence tout ensemble et sa félicité
dans le Paradis , dont la mémoire s'est conservée dans
l'âge d'or des poetes; le précepte divin donné à nos
premiers parents; la malice de I'esprit ten.tateur, et
son apparition sous la forme du serpent; la fattte
d'Adam et d'Eve , funeste à leu r postérité; le premier
homme juste ment puni dans tous ses enfants, et le
genre humain maudit de Dieu; la premiere promesse
de la rédemption, et la victoire future des hommes
sur le démon qui Ies a perdus.
La terre commence à se remplir, et Ies crimes
s'augmentent. Cain, Ie premier enfant d' Adam et d 'Eve,
fait v o ir au monde naissant la premiere action tragique;
et la vertu commence des-lors à être persécutée par
le vice. Là paraissent les caracteres opposés des freres,
l'innocence d'Abel, sa vie pastorale, et ses offrandes
Roman du Roi.
75
A SPECIMEN
ByW.CASLON, Letter-Founder,inlronmonger-Row, Old-Street,LONDON.
DouBLE PICA Ro~IA N. Do:tú!e Pira Italick. J.3ita'lCiact.
-..ttec.-..... :q.~u--...our.n.o•
ABCDEFG ~oufqu~
Gl.E.o\T PJt.I l.!Eit Roau.s.
t&ndem abutêrc, C:ttilina, p;1~
Grtat Prim:r lta/itl.
ft~ufilue taudtm ~t/r.:, C~tili11a, pa-
tt=o • ..-~~CIIu.oalilllajll:bMI"'l-n~ '&f,
Pi<a(}.Wd;.
/.TT/l nuS.AK "'" :au JUMllfJ\M VtlhuJ\I
ABCDEFGHI titnti:t noftra? O!lamdiu nos ctiam fu-
ror illc tuus dud~t? quem :1.d finem fc-
fe cffrcn:ua jaéb.bit :1udaci.a ? nihilnc te
titntia n'.fira ' fjtUJt.':diu mr tlimn f::- NJ\H~ tPGIU UJMJ\1 $mc.\IN;\SSilS 41e:rus
ror ij!e 111111 tluáet 1 fUtm aá finuufefi
e.ffrmtrta jcllabit nuáacia 1 11ihibu te
VJ\1).~(';\I VIAÇJ\ $GI!1S svs \:N hiMIUA
ABCDEFGHIJK nOCl:urnum pr.cli.dium J>alatii, n;hil ur-- t•.,['/ur;:fllll pr~Jiáium palntii1 uihil m·-
bcK
P'k.& Cof<U.
o·a..pJC~t l..~'f' ~t...u..U in'<-e nc.u. m:-
bis vigili:e, nihil rimor populi, nihil con- th <:.·;:;ili4C, nihil timor p:puli, 11ihil ron-
ABCDEFGHIJKL ABCD E FGH l JKLMN OPQ]ZS ABCDEFGHIJKLMNOPSJ..R
Lt,.tt·- mr..t...V lo.C uc o-tJ..ott4.'l t:poq nc o-toe,
i\LTco.G.-t O'tX.LJ:J av.,.qx;tt txtl\ 4ottO't t\ o-ro~
ABCDEFGHIKLMN E~cLtSII Ro:1Ar>. Erglifo lt11liok. o,.~ itTc!-t ru.qnKO"' vxcn ruu~r ~._ o-
Frcnch Cannon.
~?~a!ili~os ~~(~~~~O:~~fci~~ fo//Jh;~~~:J:~(J:~:*c~~~';; J:~:;i:~t t:::n!~"Z; i'lu At.m.:.:..
al f..:~ c:!frcmu ptb.hit :;.c.bci:J. ?p.•:lf Q,! fir.tm fifi !ffi•IICI• ja..~a!à tl!ldcá: 1 llr~-" (i)...~......,.r· "r'tt·J.' t.. '"~... "r'!l ..t..U.
Quoufque tan- ~!i~~~~·~ n,!~~~nitifiJ:c ~u~i~:n~ !~"~j7·.·:!~,~~':j'~~~i~~~"tt~·:
C}ll::m (!.Mm
mhi!f'e te r«lumum ~flo.Ü1~n pili:i.i, nihil ,:i!:ib1,' f~ nt0M171UIII pr~~;'iJ.:ulll fa1111ii, '"'' v- 4 ..,-...4-•,: "'""l~ .. "-
t · """ ..../" l!-l.'"'".i
,.t... ~ F-•1--•·; :... "L... .,.-~....s. 'J. '!}r .r:•" t:J.r
Pw-t--ur-3· 4 .r......., ~:.J"-<-P~, •rL"'of• '"r(!.J.
KLuloP~Rs.Jiu
dem abutere, .\BCOEFGHIJKLl\I~Oi'QB.STVUW
l' u:.\ RoltA::.
Mcll\:m, no'/;s rc:M ftuà:r=1, r:-·..~m f.Ll occlJit.
AB.CDI;l'<1 11Ij
Catilina, pati- Fuir, f~.:1t ifb q-~ in i'.x rtplh. v:n~.oJ, \.C yjri
forta ttriota.a f.:pplá:üs ci\"Cr.l fK'nliciof~t, qr.mn
accrbil""""mholkm~r~. }-J.;~IftlSm.imk
r.H'.Jfconfu!n:m i4te,C.:.u~ '-'ti~ &pr.on:
~ufque tandem
rlCia dcdl rrip. con!ilamt, no;= a.t:UC"i:.u b..:;""' cw-
cL::i:$: 110$. nos. &oapatr.~d.:(...n;.~s.- D..._
ADCDEFGHljKLMXOPQ.RST\'UWX.
76
Some Paífages from the Diary
of Lady Wil/oughby.
1635·
Rofe at my ufual houre, Gx of the
ABCDEF
clock, for the fidl: time fmce the
Birth of my l.ittle Sonne; opened GHIKLM
~~~~ the Cafement, ,and look'd forth
upon the Park; a drove of Deer pa1I'd bye,
leaving the traces of their Footíl:eps in the dewy
NOPQRS
Grafs. The Birds fang, and the Air was fweet
with the Scent ofthe Wood-binde and the freíh TUVJWX
Birch Leaves. Took down my Bible; found the
Mark atthe 103d Pfalm ; read the fame, and
return'd Thanks to Almighty God that he had
YZ;[&
brought me fafely through my late Peril and
a Extrernity, 1234567890
Abertura de capítulo do Diário de Lady Willoughby Cas/on 0/d Face da fundição
(1844}, composto em Caslon 0/d Face. Stephenson 8/ake.
77
P. VIRGILII MARO.NIS
GEORGICON.
L I B E R PR I M U S.
An C. CILXIUM MAECE.}{ATEM.
78
P. TERENTII
A N D R I A.
PR O L O CU S.
O ETA cum primum animum ad fcribendum ap·
P Id libi negoti credidit folum dari,
Populo ut placerent, quas fecilfet fabulas.
(pulit,
79
PUBLII VIRGLLII
MARONIS
1
BUCOLICA,
GEORGICA,
E r
AE N E I S.
BIRMINGHAMIAE:
T)'pis JO H A N N I S B A S K. E R V I L L E.
MDCCLVII.
Baskervil/e, Virgil.
, , , ..
- ~ .r
)
I ,
//
/
(I IJ,
/J I
'J J tf,
•
,.
Punções originais de Baskerville.
Os tipos dele (Baskerville) são cortados com muita personalidade; sua itálica é a
melhor de toda a Inglaterra, apesar de os seus caracteres romanos serem um
pouco largos demais. Ele já publicou algumas edições impressas com esses novos
tipos, que, pelo seu brilho, são verdadeiras obras-primas.
Mas os críticos também diziam que "as serifas muito finas iriam ferir os
olhos do povo". Benjamin Franklin era um dos admiradores do trabalho de John
Baskerville. Após sua morte, a família Didot comprou seus tipos.
81
i
ASCHER JWITTWOCH
82
born in Paris in I 720, was the mostrenowned printer ofhis day.
He died in 1804. He started his activities as a printer in 17S7,
The Didot type, like the Bodoni, shows a striking contrast
hetween the heavy main-strokes and the thin serifs and
A fonte Didot, do patriarca François-Ambroise Didot, desenhada em 7755, é o melhor
exemplo da dinastia Didot, que não só criou tipos como também acrescentou diversas
inovações a tecnologia da impressão por várias gerações.
P· R É FAC E.
83
PVBLII
VIRGILII MARONIS
GEORGICON
L I B E R P R I M V S.
MA.NUA LE
TlPOCR.H'I CO
GL\MBAITISTA BODONI
AD C. CILNIVM MAECENATEM.
PAR MA
84
..,.
ABCDEF
GHIKLM
NOPQRS
TUVXYZ
ABCDEF
CHIKLM
NOPQRA~)
TUVXYZ
Bodoni normal e itálica (1788).
85
29+ LA GERUSALEMME
XXII.
XÀI I 1.
Bodom,.Jmpressor de reis e príncipe dos impressores. Jerusalém libertada, de Torquato Tasso (original do autor).
LIBERATA. CANTO XX. 293
XX.
XXI.
J
-.J\ li I '\ - I I'\ !'I~ \ •
ftbtdt
Mao ~i[~
---- -- -
Letras usadas comercialmente no final do século XIX.
7. O SÉCULO XIX
O século XIX transcorreu com a invenção das famílias sem serifa e um
movimento libertário em relação ao formato das letras, que se viram deformados e
distorcidos na forma e nas proporções, sem limites e sem critério. Começou-se a
usar tipografia comercia lmente e, sem nenhum controle estético, a apa rência das
letras deteriorou-se, assim como o design dos livros da época . Faziam- se let ras
obesas, ilegíveis, páginas desalinhadas, margens desproporciona is aos textos, et c.
Durante o marasmo t ipográfico do século XIX, a indústria da impressão
continuou florescendo. As fábricas de papel desenvolveram novos moin hos com
capacidade de fabricação de até seis mil metros por dia. As novas impressoras
rodavam em maior velocidade e as primei ras máqu inas de composição de tipos
foram inventadas.
88
Máquina compositora Compositora Young Et Delcambre. Fundidora de tipos David
Thorne Type. Brune Jr. - América (1877}.
89
THE WEAK ANO LANGUI D,
A..ND .A...LL ~BO BUFFER FR.Ol\14
ELECTROPATHIC BELT.
~1?S:~~E~~~--=~-~~~~~~~~
o• Cl LL I r POI!IJI•u;,
NOIT THE
AODRESS-
MR. c. B. HARNESS, PRESIOEHT, THE ELECTROPATHIC ANO ZANDER INSTITUTE,
O::X:FOR.D STR.EET. LO:N"DO:N"o ~.
33 & 3 7 ,
PICCADilLY CIRCUS,
90
I'Yiqde Of' HOPE FOR THE BALO.
~ DR. SGOTT'S ELEGTRIG HAIR BRUSH
;~Jto&. W ARRANTED TO CURE
~J,~ Nervous Headache
~J' Bilious Headache lN
5MIHS.
J ~ Neuralgia
'From
~li<>'l
' J.
. ~ Prevents Falling Hair and Bald-
~ness ! Cures Dandruff and
A.
::.T,\ :-JLE\"1
The
~~::!fJ,~r~.
~Promptly Arrests Prema-
.anc.:J.Shire,
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'" 1 wassulfer-
.:~~:from
~ ture Greyness ! Makes
a. \·ery
•vere attack
Seural.t:ia i.n t
.~r.ead,i n fact it
aoseve re th at I was
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\ the Hair Grow Long and
~ Glossy ! Soothes the
•eek. I procured one
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-::ii~f. itlah~,;; tb':ee~ J~in~di.t ~ Weary Brain 1
~~~~~~!~~ched ~:;,e :i~~~.rr:;:d 9> P rice 12S. 60. Post Free, from the
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to be carcful t hat Dr. Scot t' s namc Is on the box. nnd ELECTRfC on the Brush. All others are
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liEALTll" (publisl~td at One Shilling), POS T FREE.
N oü A ddrus-
The PaU Mail Electric Association, Lmtd., 21, Holborn Viaduet, London, E.C.
h.""'l~,....!! oncc :s. young m.tn
~-.-... offr<c kindrcd and
whosc namc W:~.S
Hallblithc: hc was
fa.ir, strong, &. not
untricd in b.tnlc ;
hcw.tsofthc H ousc:
~~éz~if:~-~ofthc Ravcn ofold
time. 4[ This m.tn lovcd an cxcccding fair ~.,~~1~1J
damscl ollcd thc Hostagc, who W>S of th< FHI~-t:.lli111
H ouse of thc Rost, whcrcin it w.ts right &
due t hat thc mcn of th< Ravcn should wcd. ••'""'~.-
41: Shc lovcd him no lcss, & no man of thc ""''"~•••r,..
kmdrcd g•insaid thcir !ove, and thcy wcr< liliillí.f~'i..
to bc wcddcd on Midsummcr N ight.
4I But onc day of carly spring, whcn thc
d.tys wcre yct short and thc nights long,
Hallblsthc satbcforc th< por<: h of th< housc
smoothing iln ash stavc for his sprar, and
hc h urd thc sound ofhorsc-hoofs · ~~~~!3
and hc lookcd and S>W
7. 7 A Ke/mscott Press
O final do século XIX trouxe-nos uma iniciativa ímpar na história da
impressão. A reconstituição de uma tipografia nos mesmos moldes da prim eira
gráfica inventada por Gutenberg, com as mesmas prensas, tipos e papéis artesanais.
William Morris (1834- 1896) era um grande ilustrador e entalhador britânico que
até os cinqüenta anos nunca tinha desenhado um alfabeto. Um dia, ao assistir uma
palestra de seu am igo Emery Walker, que projetava letras em uma pa rede, em
novembro de 1888, Morris viu pela primeira vez caracteres em grandes ta manhos
e se senti u motivado a desenhar letras que seriam depois reduzidas e impressas.
O estudioso William Morris possuía uma grande coleção de livros an tigos,
que também eram fonte de pesquisas e discussões com seus amigos Walker e
Sydney Cockerel. Das discussões, Morris passou a desenhar seus prime iros t ipos
para seus próprios livros que, no começo, eram impressos na gráfica Chiswick Press,
do famoso impressor Charles Wittingham.
No ano de 1891 , Morris resolveu fundar sua própria gráfica, a qual chamou
de Kelmscott Press. O perfeccionista Morris propôs-se a reestudar todo o processo que
resultou na invenção da imprensa. Começando pelo papel, muito encorpado e parecido
com os velhos papéis do século XV. Depois de muito procurar, Morris encontrou um
fabricante de papéis artesanais na loca lidade de Little Char, em Kent. O moinho passou
a fornecer papel com as marcas d'água desenhadas pelo próprio Morris, que também
produzia alguns livros em pergaminho para seus clientes mais ricos.
92
Livro The history of Godefrey of Boloyne (7893).
HBCO€f6BljKLMNOPQRSCOVW
xyz & abcdefghijlllmnopqrstu"w:x:yz
Golden Type, de William Morris.
93
8. ESTILOS TIPOGRÁFICOS E MESTRES DA TIPOGRAFIA
8. 7 Art Nouveau
O movimento Art Nouveau, com sua
exuberância de formas curvas, forneceu-nos exemplos
de tipologia que incorporaram todas as características
que os objetos, as ilustrações e a arquitetura trouxeram
a partir de 1890. As letras eram usadas com fartura na
publicidade, em revistas, jornais e pôsteres. O estilo art
nouveau difere ligeiramente de acordo com o pa ís onde
foi criado. Inglaterra, Escócia, França, Bélgica e Espan ha
tinham seus próprios subestilos.
Arthur Mackmurdo.
94
Al\IBCDEe?G~~JKLffiHOPOR
517LU\JWXYü Z 1234567890
Edda.
RBCDEFGHIJKL!1NOPQRSTU
VWXYZ(&.,:; -" !? $Ç) 1234567890
abcdelghijklmnopqrsfuvwxyz
Berolma Medwm.
líllC!D:EfGij:fJK.hüffiOP~fi
~1'CIVWXYK0123456'7B9
ubcdeighijklmnopqrstuvwxyz
Arnold Bocklin.
AABC~~rTcH~UKT(l.M/tfJM~O'PtpQ
~~5T1ü\JVWWY.~Z ~~ 1234567a9c
ab,defsbij~lmoopqrstuvwxyz ~~~ &?!E$
1'
Lotus.
,::1
11 1111111111
IIIHmlll ,mIIIHIII
Carmen lnitia/s.
95
L
8.2 O novo grafismo
No fim do século XIX, os grafistas russos,
suíços, austríacos e alemães também começam
a apresentar seu estilo, que introduziu os novos
conceitos de programação visua l que norteariam
a evolução do design gráfico e da tipografia a
partir de então.
M. V. Uchatius.
96
DiEf~rnE
Louis Oppenheim.
KOLA ZA
SPASAVANJE
Ljubonir Micic. 97
8.3 Dadaísmo
O movimento dadaísta, no começo do sécu lo
XX, trouxe novos ingredientes à tipografia no que se
refere à diagramação e à quebra de vários dogmas, como
misturar famílias, caixa-alta e caixa -baixa, alinhamen -
tos, espaços brancos e capitulares.
A filosofia dadaísta parte do quest ionamento e
da negação dos preceitos incorporados pelo pensamento
humano em relação à arte e a outros valores subjetivos.
"'
Ll~~une
bltl 1
Scheuche
Olelch
mach 1ch
d'ch aur
1 ..1ch ..
98
TH' a t re
~
..- M~fz.~l~L
•e4 1
l>rfl, ~ea.\
tQ6
et "9-
Ju.Ll.ET
1923
I R e
,
J
D
u ~u
la grandt semalne
a été prolongée
jusqu'au 7 juille
t
•
1·• rang ..... 15 Ir. Paul Ros~rg, 2t, Rue la BotUe
rau~wl 4e bõl.lco~ ·-· ·- l2 Ir. ' ' a~J Tb61U"e MJc.be,l. Tü . Glol\. ~.
99
1.
8.4 Bauhaus
Nos anos 1920, a Bauhaus revolucionou os conceitos
que regiam a tipografia tradiciona l. As letras vindas da Bau-
haus eram geométricas construídas racionalmente. Pensou-
se em abolir a caixa-a lta, a serifa, e em usar letras em
caixa-baixa apenas. Utilizavam-se títulos e textos em
diagonal para "quebrar" a perpendicularidade da página e
criar tensão visual. A página assumiu nova feição e o design
de letras, a arquitetura e a arte caminharam junt os à sombra
do construtivismo.
Paul Klee.
100
Joos Schmidt (1923).
abcdefGhiiK lmn
opqrstuvwXLf2a
Herbert Bayer Universal Alphabet (1925)- todo construído com arcos, linhas
verticais e horizontais, iniciado em 1925 e finalizado em 1928.
abcdefGhiiHimn
pqrs tuvw x 4za s
Herbert Bayer- Universal Alphabet Condensado (1925).
8.5Art Déco
A tipografia art déco também
acompanhou o geometr ismo do est ilo que
teve seu apogeu nos a nos 1930. Os pontos
altos nesse esti lo estão nos geometrismos,
na i lustração e na arquitetura com ta ntos
exemplos presentes até hoje.
102
-...-.~..._ ....
Tadeusz Gronowsky (7930). Niklaus Stoklin (1930). Bergemann (1924).
A~I31CI[)IEif~l31tiiiJIII\I~~'~
~() IV ~o ll2 S lr lU Vl\~X"" Z
aa IJ ~c dl~e 1fg1lll i Ji lk lllllllll~() IV q1
lr\~luiV\\~X)VZ~Uli23~~~137S9~
Broadway Engraved.
llt- ~ ~· ~ ~ c , )i ~ I ·~
~g1il .~ { ~ ~\ _. C IE&
1928.
A gcocrCU IJkLMNOPORS
TUVW XVZ abcdef ghijklmnopq
rstu vwxyz0 123456/89
Elisia.
103
ABCDEFGH IJ KLMNOPQR
STUV~XYZ0123456789
abcdefghijklmnoprstuvwxyz
Kabel.
:ZS:BCDEFGHIJKLMNOPOR
STUVWXYZ 1234567890 &
abcbefghíflllmnopQr[stuomxyz
Jessen.
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
JTUVWXYZ01lJ456189
ABCDEFGHIJKLMNOPRJTUVWXYZ
Neuland.
104
ABCDEFGHIJKL
MNOPQRSTUV
WXYZ0123456789
abcdefghijklmn
opqrstuvwxyz
Times New Roman.
e~a ella
Times New Roman corpo
700 comparada à Bodoni
também corpo 700,
demonstrando o melhor
aproveitamento do espaço.
105
ABC DE FG H IJ KLM NO PQ
RSTUVWXYZ0123456789
abcdefghiiklmnopqrstuvwxyz
Futura Bold.
ABCDEFGH IJKLMNOPQ
RSTUVWXYZ0123456789
a bcdefg hij kl m nopq rstuvwxyz
Futura L1ght.
AABCDEEFGHIJKKLMffiNnDP
QRSTUVWWXYZ 1234567890
abcdefgh ijklmnopqrstuvwxyz
Top1c.
Outro grande tipógrafo responsável por uma das famílias mais celebradas
em todos os tempos foi Paul Renner. Trabalhou como desenhista gráfico, tipógra fo,
pintor e professor. Logo estava diretamente relacionado com o movi mento Bauhaus
dos anos 1920. Paul Renner lançou a letra Futura em 1927, exemplo máximo das
letras geométricas sem serifa. Renner nasceu na Alemanha em 1878 e defendia suas
posturas com fervor, transformando-se num defensor reconhecido da nova tipografia.
· Em 1926 é nomeado diretor da Escola de Ofícios de Impressão em Munique
e também torna-se co- fundador e diretor da Escola de Mestres para Impressores
Al emães. Perseguido pelos nazistas, seus estudos t ipográficos e criações funcionalistas
foram considerados subversivos. Renner, tachado de "Bolchevique Cul tura l", f oi
condenado a nunca mais conseguir um emprego regulament ado na Alemanha.
Sua principal contribuição foi o tipo Futura, que desenhou no período de
1924 a 1926. Está baseado em formas geométricas, representativas do estilo visual
da Bauhaus dos anos 1920- 1930 e prontamente passou a ser considerado um tipo
da nova t ipografia. Inicialmente, a Fundição Ba uer emitiu a Fut ura com seis pesos
distint os e, com aut orização, a Fundição Deberny Et Peignot a editou na França sob
o nome de Eu ropa. Pau l Renne r morreu em 1956. Seus desenhos originais do t ipo
Futura podem ser contemplados na Fundição Tipog ráfica Neufvi lle de Barcelona.
106
ABCDEFGHIJKLMNOP
RSTU~012345678
abcdefgh ijklmnopqrstuvwxyz
Franklin Gothic.
AUCU~r=C3tii"I\LM~
()V()l2~TlJVWX~Z
a bcdef!! h iJ kl m nupq
r-stuvwxyz() 1 ~34-ltf37SCJ
Broadway.
ABC DE FG H IJKLM NO P Q R ST
U VWXYZ & abcdefgh i j klmn
opqrstuvwxyz 1234567890
Stymie.
107
-
ABCD EFGHIJKLMNO PQ R
STUVWXYZ 1234567890
~pcdefghijklmnopqrstuvwxyz
IIIS~I~IIII~IIISI·II!II l!l~llt:II~I~IIIIIIS~I, :~
· ~l~lat·l~•••~•allltt,~•·•·••••••••at·l~~••••ai•a•·•·
11
Transito.
"'
t:igenart vo/1 Vornehmheit und Eleganz
ztJfage,. die sie weit erhebt über
alies Hergebrachte und Alltãg/iche.
\;\ler eindrucksvoll und doch vo/1 A1ilde
Saskia.
108
ABCDEFGHIJKLMNOPQ
RSTUVWXYZ0123456789
c:;~,ç~efgfiij k[mnopqrstuvwxyz
ABC DE F G H IJ KLM N OPOR
STUVWXYZ0123456789
g;pcdefgh ij kl mnopq rstuvwxyz
109
ABCDEFGHIJ KLMN
OPQRSTUVWXYZ &
1234567890 a bcdefgh
ij klmnopqrstuvwxyz
110
ABCDEFGHIJKLMNOPQRS
TUVWXYZ & 123456 78 9o
p~~cdefghijklmnopqrstuvwxyz
ABCDEFGHI KLMNOPQR
STUVWXY O123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
Gil/ Sans.
I~ .lJ>
Esboços de Gil/ para a família Gil/ Sans.
·~
Eric Gill nasceu em 22 de fevereiro de 1882, em Brighton, na Inglaterra,
estudou na escola de arte de Chichester e aos 17 anos empregou-se como aprendiz de
W. H. Caroe, arquiteto da Comissão Eclesiástica em Westminster. No Central School of
Art a Design, assistiu a aulas de caligrafia e, em um curto período de tempo, tornou-
se um considerado artesão. Gil I esculpiu letras em pedra e madeira para os títulos das
capas dos livros. Começou a desenhar tipos para a imprensa somente depois de um
grande trabalho de persuasão exercido por Stanley Morison, já que ele dizia que a
tipografia não era seu campo de atuação e não tinha nenhuma experiência sobre o
tema. Ainda que durante sua vida ativa tenha desenhado outros tipos, os mais conhecidos
permaneceram sendo Gill Sans e Perpetua.
Em 1931, Gill criou o tipo Golden Cockerel Roman e outros gravados em
madeira, que são utilizados para a produção de Four Gospels, uma peça-chave na
imprensa inglesa. Durante o mesmo ano, publicou seu Essay on typography, usando
seu próprio tipo Haghe a Gíll Joan na . Gill era comparado a um Leonardo da Vinci do
século XX. Inventou vários equipamentos e máquinas, desenhava locomotivas e
orgulhava-se de seu tipo Gill Sans estar na f rente da famosa locomotiva The Flying
Scotsman. Gill faleceu em 17 de novembro de 1940.
111
ABCDEFGHIJKLMNOPQ 1
RSTUVVVXYZ0123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
Helvettca.
.AEICDEFGHI..JKL
.MNOPQRSTUVW
XVZ12345B7BSD
Horizontal.
AI CIIFDB IJELMNOPQ R
STUVIXYZ 1234587890
Pro Arte.
112
ABC DE FG H IJ KLM NO PQ
RSTUVWXYZO 123456789
abcdefgh ijkl mnopq rstuvwxyz
Univers 55.
ABCDEFGHIJKL~OPQ
RS 0123456789
abcdefghijklnmopqrstuvwxyz
Serifa.
113
ABCDEFGH IJ KLM NOPQR
STU Z0123456789
abcde g
Eurostlie.
IJ Jmnopqrstuvwxyz
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefqhijklmnopqrstuvxyzw 1234567890
Oscar.
· A/3~-erGJe??~GGmnopOPe
8 --cu v
tp~ ~~o 12 3 4 56 7 8 9
:; ~ 6 c d ~I~ 4 i i k t ~h- c- p 9 !- ~ t" v tv X ~ z-
5/ogan.
• •I
AiCi)iEi=GI-i.i<LmnOrtO=I)
LUVWX~i01~;~;6i89
Stop.
114
AA~BCDEFGHIJKLMMNOPQR
STU\JVVWWXYZ 1234567890
01CFAb41RG1Hr~l41LNr~R4$ST1HlJr
abccdeefghijklmnopqrsttu'Jvv
wwxyyz B&?~~$ ( .,;: ) >>'<<I .:..." ..
Avant Garde.
t
AOCDEEFGHIJKLLMNOPQRSTUVWXYZ
f3 & ?!L$ C.,;:) ;; <;I~, ... 12345678090
aÇ)bcdeeffghUI~I~mnopqrrsstruvwxyzz
Sertf Gothtc.
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZO 12 3456 7 89
Lubalin Graph.
Herb Lubalin (1918- 1981) criou a Avant Garde (1970), um marco no desenho
de letras, pois oferecia mais de uma variação para cada letra do alfabeto, o que fazia
com que o usuário pudesse optar por uma das variações e se t ransformasse em um
designercriativo. Era um grande intelectual da tipografia americana. O estilo pessoa l
I de Lubalin era um reflexo de todas as coisas que o cercavam. Ele dirigia os mais
novos carros esporte importados e apreciava ser admirado pelos outros motoristas.
Viveu e trabalhou em ambientes refinados. Adorava a era vitoriana e colecionava
pôsteres art noveau muito antes de se tornarem moda. Adorava móveis decorados
de madeira natural e trabalhava profissionalmente em carpintaria.
Lubal in trabalhou com Lou Dorfsman em mu itos proj etas para a CBS. O
mais espetacular f oi a pa rede trid imensional para o restaurante self-sevice da
empresa. A idéia era de Dorfsman. Depois de resolver os problemas de engenharia,
construção e medições, Dorfsman contratou Lubalin para executar layoutsem escala
para todos os painéis da parede. Herb trabalhou em maquetes de painéis individuais,
criando áreas vazadas nas quais Dorfsman pretendia incluir formas t ridimensionais
de com ida. Quando os layouts eram aprovados, Herb pedia a Tom Carnase pa ra
I
desenvolver os intrincados desenhos dos tipos manuscritos por ele criados.
Desde sua inauguração, vários artigos surgiram para descrevê-la . A parede
prende a vi são - um exemplo visual do que pode ser alca nçad o por designers que
utilizam a energia criativa para polir sua arte. Outros tipos de Lubalin: Lubali n
Graph (1974) e Serif Gothic (1974).
11 5
ABCDEFGHI]KLMNOPgR
STUVWXUZ0123456789
abcdeftJhiJklmnopt{rstufi«<XIJZ
Cascade Scnpt.
ABCDEFGHIJiaMNOPQR
STUVWXYZO 123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
/TC Gal/iard.
ail3~(])6ff§XSJJt2JK3CEJ~[R
sftu ~ w x 1J z o 1 2 3 4 5 6 7 s 9
a, ,g c 2J e f9' ~ ij KCm op qtó tu, v w a:,~ z tt
Gando Ronde.
116
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZ0123456789
abcdefghljklmnopqrstuvwxyz
Bengwat.
ABCDEFG HIJKLMNOPQRSTU
VWXYZ0 1 23456789
abcdefghUklmnopqrstuvwxyz
Benguiat Gothic.
ABC DE FG H IJ KLM NO PO A
STUVWXYZO 123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
Bauhaus.
117
~~L~ffD~ J~l~~~r~~~~~~~~~Ulr~
Type Face Five.
RBCD[fCHIJHLMNOPORSTUYWXYZ ~ •
,abcdefohiikllmnopqrsttuvwx~z~
Type Face Two.
ABCDEFGHJJKL!v1NOPORST
lNWXYZabcdefghuklmnopq
rstuWJY.YZ ?~[.,;: '](/)1234567890
8/ur.
11
118
~ ~ [ ~ f f ~ ~ 1 J ~ l m ~ ~ ~ ij ~
~ l ~ ~ ill ~ ~ l ~ 1 ~ J ~ ~ ~ l ~ ~
a~ctlefg~ j~lmno~~rstuuwH~2
Modula Tal/.
ABCDEfGEljKlMN0PQR
§'f1U\VWXYlo[2]456789
mh00kef~jlkilmrm({))pqprsttl1lvwxp
Matrix in Line Extra Bold.
Dogma.
11 9
'
i
9.APÊNDICE
As letras dividem-se em letras com e sem serifa.
')
'
LETRAS COM SERIFA - CLASSIFICAÇÃO
finos3:1 .
.l Desenho informal.
Ênfase oblíqua.
Serifas grossas.
Desenho controlado.
Ênfase vertical.
Serifas afinando.
120
SERIFA EGÍPCIA
Recebeu esse nome porque Napoleão, ao invadir o Egito, usou letras com essas
serifas para uma nova sinalização em francês na cidade do Cairo.
SERIFAS DECORADAS
Vêm com todo tipo de decoração em vários estilos.
ABCDEFGHIJ
KLMNOPQR
STUVWXYZ
LETRAS SEM SERIFA
ABCDEFGHIJKLM
NOPQRSTUVWXYZ
INDUSTRIAIS- Caracterizam - se pela grande quantidade de variações dentro de
uma mesma família. Exemplo: a Helvética tem mais de trinta variações en t re
estreitas, largas, pretas, cla ras, itálicas, etc.
123
Topic ....................................................... 106 COLINES, Simon de .............................. 60
Transito .................................................. 108 CRANE, Walter ...................................... 93
Type Face Two ..................................... 118 DA GABIANO, Balthasar ..................... 58
Type Face Five ..................................... 118 DA VINCI, Leonardo ............ 34, 67, 111
Uncial ....................................................... 26 DANIEL ..................................................... 70
Univers ......................................... 112, 113 DARCI, Fabio ............................................ 8
Universal Alphabet.. ........................... 101 DEBERNY & PEIGNOT ....................... 106
Universal Alphabet Condensado .... 1O1 DENNE, Edua rdo ..................................... 8
Zapf Chancery ..................................... 109 DIDOT ................................... 9, 81, 82, 83
DORFSMAN, Lou ................................ 115
DÜRER, Albrecht ............................ 67, 68
~ ESTIENNE, Charles ................................ 63
11. ÍNDICE ONOMÁSTICO ESTIENNE, Robert ......................... 56, 63
FANTI , Sigismondo ............................... 58
ALBERS, Josef ...................................... 101 FELICIANO, Fel ice ................................. 38
ALCUIN .................................................... 27 FEZANDAT, Michel ....................... 60, 61
AUGEREAU, Antoine ............................ 62 FLEISHMAN, Johann ............................ 72
AYRES, John ........................................... 70 FO NSECA. Rosane ................................... 8
BARTHOLOMAEUS, Nicolaus ............. 71 FOURNIER, Pierre Simon .................... 79
BASKERVILLE, John ......... 74, 79, 81, 91 FRANCISCO I (Rei) ................................ 63
BASLE ....................................................... 60 FRANKLIN, Benjamin ........................... 81
BAYER, He rbert ................................... 101 FROSHAUS, Anthony ........................... 1O
BEMBO, Pietro ....................................... 63 FRUTIGER, Adrian .............................. 11 3
BENGUIAT, Ed ................ 6, 1O, 107, 117 FUST, Johann ................................. 49, 51
BENTON, Linn Boyd ............................ 107 GARAMOND, Claude ....... 9, 38, 54, 60,
BENTON, Morris FuI ler ............... 55, 107 62,63,71,116
BERGEMANN ....................................... 103 GASKIN, A. J. .......................................... 93
BERNER, Conrad ................................... 63 GERE, C. M.............................................. 93
BIDDULPH, Nicholas ................ 6, 1O, 13 GETHING, Richard ................................ 70
BLADO, Antonio .................................... 58 GILL. Eric ....................................... 13,11 0
BODONI, Giambattista .......... 9, 13, 74, GIUNTA, Fillipo ...................................... 58
82, 86 GOETHE...................................................... 5
BOTTICELLI , Sandra .............................. 34 GRANDJEAN, Phill ipe ..................... 9, 74
BOWYER, William ................................. 77 GRANJON, Jean ..................................... 61
BRODY, Neville .................................... 118 GRANJON, Robert.. ...... 13, 61, 66,116
BRUNELESCHI, Filippo ....................... 36 GRAY, Nicolete ............................... lO, 13
BURNE-JONES ....................................... 93 GRIFFO, Francesco ........... 9, 54, 55, 56,
BURNS, Aaron ..................................... 117 57, 58, 59,62,63
CAMPOS, Marcos Pires de .................... 8 GRONOWSKY, Tadeusz .................... 103
CARNASE, Tom .................................... 115 GUTENBERG, Johannes .......... 9, 49, 51,
CAROE, W. H........................................ 111 54,92
CARTER, Mathew ................................ 116 HAMMER, Victor ................................ 104
CASLON 11, William .......... :................... 77 HENRY ..................................................... 63
CASLON ......................... 9, 54, 73, 76, 77 HILL, AI .................................................... 10
CASLON, William ........................... 54, 77 HUMERY, Conrad .................................. 51
CAXTON, William .................................. 65 JENSON, Nicholas .................. 54, 62, 63
CHAPEL, Warren ................................. 104 JOHNSTON, Edward ................. 109, 11 O
COCKEREL, Sydney ............................... 92 KERDEL, Fritz ...................................... 104
124
I
125
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Londres: Cassei, 1973. Grafton Books, 1934.
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126
-••
s enac
Goiás
BIBliOTECA
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BIBliOTECA
Goiás