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2006
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Introdução
DEFINIÇÃO:
NÍVEIS DE CERTIFICAÇÃO/OPÇÕES:
- Introdutório – Superfície ou Combinado
- Fundamental - Superfície ou Combinado
- Supervisão – Superfície ou Combinado
NÍVEL SUPERVISÃO/COMBINADO:
- CURSO - Controle de Poços - 40 horas
- REQUISITOS - Presença mínima de 36 horas e notas mínimas de 7,0 nos testes
escrito e no do simulador de kicks
- REVALIDAÇÃO – A cada 2 anos
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Agradecimentos
Meus sinceros agradecimentos aos amigos e colegas pela colaboração em fornecer ma-
terial, fotos, desenhos e gráficos para elaboração deste manual, pela revisão previa de alguns e
pelas sugestões futuras, que eu sei que virão, de outros. Em especial aos engenheiros Helder
Mamede Frota, Jose Eduardo Lima Garcia, Francisco Stenio Bezerra Martins, Nilo de Moura
Jorge, Orlando Scaringi filho, Otto Luiz Alcântara Santos, Edson Széliga, Joaquim Ibiapina,
Rubens Ribeiro de Paula Júnior, Curt Max de Ávila Panisset, Mauricio Moraes Neves Jubior,
Rafael Guedes, e aos técnicos José Eugenio Almeida Campos, Marcio Koki, Julio Bittencourt
Neto, Jaqueline Soares, Antenor Beckert, Luana Martins, Luana Martins, Viviane Menezes,
entre outros que de um modo ou outro colaboraram.
Meus agradecimentos também a minha esposa Rosana, meus filhos Mariana, Humber-
to e Lucas, pela ajuda em algumas montagens e principalmente por aceitar e compreender a
ausência paterna por vários dias. E aos meus pais pelo contínuo e persistente incentivo.
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1. Operações de Completação e Intervenção em Poços
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1.3. Filosofia da Completação
Atalho:
im en
formação
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x poço
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Barreira:
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Poço
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5
A obrigatoriedade, em quaisquer operações ou fases de produção, de duas barreiras
para o controle do poço, pela norma da Petrobrás N-2757, faz com que, a qualquer falha ob-
servada em um componente de uma barreira, se intervenha no poço para o seu reparo ou subs-
tituição. Atualmente o conhecimento da área de produção e do poço, reservatórios atravessa-
dos pelo poço e isolamento entre eles, são considerados na definição das barreiras necessárias
para segurança do poço.
Tanto as barreiras, quanto os conjuntos solidários de barreira são definidos e caracteri-
zados em função do evento topo a ser evitado e quanto ao caminho.
Por exemplo, na Fig. 1.1 o evento topo indesejável escolhido no caso de sistema "po-
ço marítimo" é a erupção (fluxo descontrolado para fora) do poço, o exemplo mostra os cami-
nhos mapeados para poços marítimos. No seu mapeamento foram usados os poços-tipo da
Bacia de Campos.
O hidrocarboneto ou fluido da formação pode chegar naturalmente à superfície através
de camadas sem competência ou camadas permeáveis que chegam até a superfície, “Oil-
seepages”.
Ou pode atingir o meio ambiente através do poço aberto, do anular entre o revestimen-
to e poço, do anular entre dois revestimentos, do interior do revestimento, do anular entre co-
luna e revestimento e do interior da coluna.
Problema de Atalhos
A definição de barreira proposta, não impede que o evento topo indesejável seja atin-
gido através de atalhos ou desvios entre os caminhos mapeados, veja, por exemplo, o caminho
“poço aberto”. Apesar de se ter uma barreira (o tampão de cimento), pode encontrar um atalho
para o caminho “camadas permeáveis até a superfície” através de uma fratura na formação
que pode ocorrer durante a execução do tampão de cimento devido a pressurização excessiva.
O outro exemplo, o desvio do caminho “interior da coluna”, que apesar de ter como
barreira a válvula de segurança de subsuperfície (downhole safety valve – DHSV), pode atin-
gir a superfície através do caminho “anular da coluna x revestimento” através do furo na co-
luna.
Isto é, apesar de ter barreiras em todos os caminhos possíveis, não há garantia de que
todos os atalhos foram também isolados.
Baseado nesta definição, uma barreira de segurança de poço de petróleo pode ser posi-
tiva, quando é testada no sentido de fluxo da formação para o poço, ou condicionais, quando
não é testada, ou quando sua estabilidade e eficácia são comprometidas com o passar do tem-
po. Podem ser:
- Líquida: coluna de líquido à frente de um determinado intervalo permeável, pro-
vendo pressão hidrostática suficiente para impedir o fluxo de fluido do intervalo
em questão para o poço. Um fluido somente poderá ser confirmado como barreira
de segurança depois de um monitoramento confiável por um período de tempo, pa-
ra assegurar que quaisquer expansões térmicas do fluido tenham cessado, ou qual-
quer efeito de perda de fluido esteja controlado. O fluido de perfuração, por formar
reboco, é uma barreira estável, enquanto do fluido de completação/intervenção,
por ser isento de sólidos e não formar reboco, é uma barreira instável, ocorre uma
perda constante de fluido para a formação e pequenas trocas de fluidos entre o po-
ço e a formação;
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- Sólida consolidada é aquela que não se deteriora com o tempo e pode ser constitu-
ída de:
o Tampões de cimento ou outros materiais de características físicas similares;
o Revestimentos cimentados;
o Anulares entre revestimentos cimentados;
o Canhoneados squeezados e testados positivos por dry test;
- Sólida mecânica é aquela considerada como temporária e pode ser constituída de
um dos seguintes elementos:
o Tampão mecânico permanente (bridge plug permanente);
o Tampão mecânico recuperável (bridge plug recuperável);
o Retentor de cimento (cement retainer);
o Obturadores (packers), de qualquer natureza;
o Válvulas de segurança do interior da coluna de produção;
o Tampões mecânicos do interior da coluna de produção;
o Equipamentos de cabeça de poço.
- Natural quando a própria natureza prover o recurso para impedir o fluxo:
o Hidrostática da água do mar, se esta for maior que a pressão estática e o poço
for submarino;
o Hidrostática do próprio fluido da formação da cabeça do poço até o fundo, se
este for maior que a pressão estática, poço não surgente;
o Depleção do reservatório em conseqüência da explotação do mesmo;
o Camadas litológicas que isolam o fluido.
As barreiras de segurança dependem da intervenção em execução, por exemplo, se o-
perando com sonda terrestre ou em plataforma fixa são consideradas barreiras de segurança o
fluido de intervenção e o BOP instalado e testado na cabeça do poço, como dito anteriormente,
o conhecimento da área e reservatórios expostos é considerado uma barreira de segurança, um
poço em reservatorio depletado, com razão gás/óleo baixa (RGO < 300 m3/m3) pode ser ope-
rado com o fluido em nível estático ou alimentado em pequena vazão. Outros exemplos, um
poço em produção tem como barreiras de segurança os conjuntos Packer/DHSV e
ANM/Tubing Hanger, uma intervenção em sonda flutuante com Árvore de Natal (AMN) ins-
talada, operando com flexitubo, tem como barreiras de segurança o BOP de workover acima
da ANM, a própria ANM e injetor e BOP de flexitubo na plataforma de operação.
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1.3.3 Aspectos Econômicos
Para que se tenha uma completação bastante econômica, devem ser considerados os
aspectos técnico, operacional e de padronização. Os aspectos técnico e operacional trazem
benefícios econômicos quando maximizam a produção de óleo e minimizam o tempo e a fre-
qüência das intervenções, minimizando conseqüentemente o custo com sonda, que é um dos
custos mais relevantes numa intervenção. A padronização dos equipamentos utilizados nos
poços reduz os custos com estoques.
A completação tem reflexos em toda a vida produtiva do poço e envolve altos custos,
fazendo-se necessário um planejamento criterioso, onde os seguintes fatores são considerados:
- Investimentos necessários;
- Localização do poço (mar ou terra);
- Tipo de poço (pioneiro, extensão, desenvolvimento);
- Finalidade (produção, injeção, monitoramento de reservatório);
- Fluidos produzidos (gás seco, óleo, óleo e água, etc);
- Volumes e vazões de produção esperados;
- Número de zonas produtoras atravessadas pelo poço;
- Possível mecanismo de produção do reservatório;
- Necessidade de estimulação (aumento da produtividade);
- Controle ou exclusão da produção de areia;
- Possibilidade de restauração futura do poço;
- Tipo de elevação dos fluidos (natural ou artificial) e previsão futura de elevação
artificial;
- Necessidade de recuperação secundária.
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- Tampões mecânicos na coluna de produção ou injeção instalados com ara-
me (Wire Line Plugs).
c. Nas operações de completação ou restauração (workover) de poços:
- Coluna de fluido de completação em nível estável, com densidade suficien-
te para conter a pressão da formaçao;
- Revestimento ou liner cimentado testado pressão;
- Conjunto de preventores contra erupção (BOP stack) de acordo com norma
Petrobras N-2753;
- Tampões mecânicos na coluna de produção ou injeção instalados com ara-
me (wire line plug);
- Válvula de contrapressão (BPV);
- Tampões mecânicos no revestimento (Bridge Plugs);
- Obturador hidráulico (Packer) tamponado, assentado acima do canhoneado
superior, testado com pressão e peso;
- Tampão de cimento no revestimento, testado com pressão e peso;
- Preventor de cabo ou arame (Wire line BOP);
- Cabeça de injeção, no caso de estimulações ou tratamento químico.
d. Nas operações de produção:
- Válvula de segurança de subsuperfície (SSSV ou DHSV) com controle na
superfície;
- Árvore de Natal (ANC ou ANM) de acordo com o API Spec.6A;
- Tampões mecânicos na coluna de produção ou injeção instalados com ara-
me (Wire Line Plug);
e. Nas operações com arame e poço com Árvore de Natal (ANM ou ANC):
- Árvore de Natal (ANC ou ANM);
- Conjunto de preventores contra erupção,BOP, para arame;
- BOP de Workover (RT, BOP e FIBOP) nas operações com ANM;
- Válvula capaz de cortar o arame acima da válvula máster de fechamento
automático.
f. Nas operações com tubo flexível (Flexitubo ou Coil Tubing):
- Árvore de Natal (ANC ou ANM);
- Conjunto de preventores contra erupção,BOP, para tubo flexível;
- BOP de Workover (RT, BOP e FIBOP) nas operações com ANM.
- Válvula capaz de cortar o flexitubo acima da válvula máster de fechamento
automático.
g. Nas operações de estimulação:
- Válvula de segurança se Subsuperfície (SSSV) com controle na superfície;
- Cabeça de injeção ou Terminal Head;
- Arvore de Natal;
- Arvore Submarina de Teste (AST) em operações com BOP submerso.
h. Na manutenção de equipamentos de processo nos módulos da plataforma, em
conjunto ou paralelo com construção e perfuração/workover:
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- Válvula de bloqueio tipo esfera, soldada, trancada ou fechada com corrente;
- Raquete ou figura oito (Spactacle Blind) na linha a jusante do poço;
- Tampão soldado ou rosqueado, sobre-soldado em terminais de linha.
Obs.:
1. Todas as barreiras de segurança devem ser testadas de acordo com o procedimen-
to em vigor, com a pressão especificada, pelo tempo determinado e, sempre que
possível, na direção esperada do fluxo que deve ser bloqueado;
2. Sempre que houver perda de circulação em presença de zona portadora de hidro-
carbonetos exposta, ou trabalho de controle de poço, verificar a necessidade da
paralisação de outras operações simultâneas;
3. Um dispositivo de segurança de subsuperfície (DSSS) que falha na posição fe-
chada, mantendo a pressão de fundo do poço, sem vazamentos, não é considerado
como falha de barreira de segurança, salvo a necessidade de desequipar o poço
para substituí-la;
4. Poços fechados temporariamente podem ter seu dispositivo de segurança de sub-
superfície (DSSS) substituído por tampão mecânico.
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1.6. Tipos de Completação
A completação pode ser classificada quanto ao posicionamento da cabeça do poço em
completação seca ou completação molhada ou submarina. Na completação seca a cabeça do
poço fica na superfície, poços em terra ou em plataformas marítimas fixas ou de completação
convencional, permitindo o acesso direto dos operadores às válvulas da cabeça do poço e da
Árvore de Natal, e ao poço. Na completação molhada ou submarina a cabeça de poço fica no
fundo do mar, sendo instalada uma Arvore de Natal Molhada, ANM, que, estando submersa,
somente permite acesso remoto para acionamento das válvulas, esse acesso pode ser hidráuli-
co, eletro-hidráulico ou por veículo de operação remota (ROV).
Quanto ao revestimento de produção a completação pode ser em poço aberto, com re-
vestimento ou liner cimentado e canhoneado, com liner rasgado ou perfurado ou com tela que
pode ser “stand alone” ou com engravilhamento. No caso de completação a poço aberto, liner
não cimentado ou tela, o revestimento de produção é descido e cimentado acima da zona pro-
dutora sendo, então, perfurada a última fase. Caso de completação em revestimento ou liner
cimentado, o revestimento é canhoneado, perfurado, para colocar a zona produtora em contato
e permitir a produção ou injeção de fluidos.
Atualmente os tipos de completação mais usados são com revestimento ou liner ci-
mentado ou com tela e gravel pack, ou seja, ou anular tela/poço é preenchido com elemento
de sustentação (areia, bauxita, cerâmica ou outro produto de granulometria homogênea e con-
trolada).
Quanto ao número de zonas explotadas a completação é classificada em simples quan-
do uma única coluna equipa o poço, ou múltipla quando diferentes zonas ou reservatórios são
colocados em produção num poço, seja com duas coluna, ou com válvulas de fundo que per-
mitam o controle independente das mesmas.
Após a completação inicial do poço, se faz necessário uma série de operações, deno-
minadas de manutenção da produção, visando avaliar a produtividade ou corrigir problemas
de produção ou de elevação, ou ainda, alterar as condições de equipagem do poço.
De modo a garantir a vida produtiva futura do poço e drenagem adequada do reserva-
tório, as operações de completação e intervenção, além do aspecto econômico, devem ser e-
xecutadas atendendo requisitos básicos, destacando-se:
- Durante e após perfuração da zona produtora é imperativo obter o máximo de in-
formações relativas às características da formação, tipos de fluidos, profundidade e
espessura das zonas de interesse atravessadas;
- Para que haja uma comunicação reservatório-poço desobstruída, com o melhor a-
proveitamento de energia do reservatório na vida útil do poço, as zonas produtoras
devem ter alterado o menos possível sua permeabilidade, ou seja, o dano na forma-
ção deve ser minimizado com a menor invasão de filtrado dos fluidos de perfura-
ção e de completação ou do filtrado da pasta de cimento;
- Manter o diâmetro do poço o mais uniforme possível, principalmente em frente às
zonas produtoras;
- Abrir ao fluxo a maior área possível e economicamente viável das paredes do poço
(revestimento), sem, contudo, causar danos ao poço e reservatório, levando-se em
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conta os contatos gás/óleo e óleo/água no reservatório e tendência de avanço destes
contatos;
- Manter isoladas entre si as várias zonas produtoras e portadoras de fluidos diferen-
tes atravessadas pelo poço;
- Ser o mais permanente possível, a depender das facilidades para intervenções futu-
ras no poço;
- Prover condições para execução racional e econômica de quaisquer trabalhos de
manutenção, restauração ou recompletação futuros;
- Permitir o desenvolvimento normal das operações de produção ou injeção de flui-
dos no poço minimizando as perdas causadas pelo próprio poço ou equipamentos
de cabeça de poço ou internos (diâmetro revestimento ou de coluna, ou de quais-
quer acessórios da coluna – niples, mandris, etc);
- Poço produtor de gás somente está amortecido se estiver “bebendo”;
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2. Características e Comportamento dos Gases
Um kick pode ser constituído de água salgada, óleo, gás ou uma combinação deles. Se
o influxo é de gás, este pode ser hidrocarboneto, sulfídrico (H2S) ou carbônico (CO2). Os dois
últimos são tóxicos e requerem equipamentos de segurança de poço e procedimentos preven-
tivos e de controle específicos. Quando existe gás livre no poço, o seu controle torna-se mais
difícil devido às propriedades de expansão do gás e à grande diferença entre as massas especí-
ficas do gás e do fluido de amortecimento. Os efeitos da expansão podem ser avaliados pela
lei dos gases reais.
P ×V = n × R × T
Onde:
P: Pressão absoluta do gás
V: Volume do gás
T: Temperatura absoluta do gás
n: Número de moles do gás
R: é uma constante que depende das unidades escolhidas
M
n=
MM
Com:
M Massa do gás
MM é a massa molecular do gás
No caso de gases a pressão hidrostática varia com a pressão e temperatura a que está
submetido. A pressão na base da coluna de gás é dada pela equação a seguir e a pressão hi-
drostática é a diferença entre a pressão de base e a pressão de topo.
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⎛ M ×h ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ Ptg
× ×( + )
Pbg = Ptg × e ⎝ 472 Z T 460 ⎠
Onde: h
Pbg: pressão na base do gas (psia)
Ptg: pressão no topo do gás (psia)
M: massa molecular do gás (grama)
T: temperatura do gás (ºF) Pbg
h: altura do gás (m)
Z: fator de compressibilidade do gás
A massa molecular do gás poderá ser encontrada através da sua densidade. A massa
molecular de um gás resulta da densidade do gás (dg) pela massa molecular do ar, que é igual
a 29 gramas.
Lei de Boyle: “Numa dada temperatura, o produto da pressão pelo volume de uma cer-
ta massa de um determinado gás é constante”. Trata-se de uma transformação isotérmica (à
temperatura constante):
P1 . V1 = P2 . V2 = constante
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E se o poço for mantido fechado durante toda a migração do gás?
.
Ps = 300psi Ps
Ps ==1.575psi
1.575psi Ps = 2850 psi Ps = 5.400 psi
3000m
3000m 1 bbl gás
BHP = PF = 5.400 ps BHP = 6.675 psi BHP = 7.950 psi BHP = 10.500 psi
Fig. 4.2 Migração do gás com BOP fechado sem drenar pressões
No exemplo da fig. 4.2 a migração do 1 bbl de gás produzido no fundo do poço ocorre
com controle da pressão na superfície, mantendo o BOP fechado e não permitindo a expansão
do gás, ou seja, considerando gás ideal (Z = 1) e processo isotérmico (T = cte), o volume
mantido constante em 1 bbl, a pressão do gás também se mantém constante e igual a pressão
original (pressão da formação). Conseqüentemente, quando o gás migra com volume e pres-
são constantes, a pressão no poço aumenta proporcionalmente à elevação do gás e à pressão
na superfície. O controle da pressão na superfície é essencial para evitar pressões excessivas
no poço e equipamentos do poço.
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P é a pressão exercida sobre o gás;
K é a constante de proporcionalidade e de compatibilização de unidades.
A lei de Henry somente é valida quando não há interação química entre o gás e o lí-
quido.
Em altas pressões o gás pode ser comprimido ao estado líquido, havendo um influxo
de gás em estado líquido, não ocorrerá migração ou expansão desse gás até que, com a circu-
lação do poço, a pressão de bolha seja alcançada e o gás se expandirá rapidamente.
Os hidrocarbonetos gasosos e o H2S são mais solúveis em fluidos sintéticos que em
fluido base água.
2.5.Hidratos
Hidrato é um sólido parecido com gelo que é formado a depender da pressão e tempe-
ratura, quando gás fica em contacto com água. O hidrato são moléculas de água que formam
pequenos reticulados onde o gás fica
aprisionado. É estimado que um pé
cúbico de hidrato pode conter o equi-
valente a 180 pés cúbicos de gás nas
condições padrão.
As condições para a formação
de hidratos são:
a. Gás (de pequeno peso molecu-
lar tais como: metano, etano,
propano, isobutano, normal-
butano, nitrogênio, dióxido de
carbono, gás sulfídrico, argônio,
kriptonio e xenônio).
b. Água
c. Pressão alta
d. Temperatura baixa
Fig.4. 3 Estrutura cristalina do “Hidrato”
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A depender do gás haverá uma
região de temperatura e pressão que
permitirá a formação do hidrato, essa
região é conhecida como envelope de
hidratos.
Logo, locais mais prováveis de
ocorrência de hidratos serão próximos ao
fundo do mar, onde a temperatura é bai-
xa e, a depender da lâmina d’água, a
pressão será alta.
Os principais locais onde pode
haver a formação de hidratos serão:
a. BOP submarino;
b. Linha de choke;
c. Arvore de natal molhada;
d. Linhas de produção submari-
nas;
e. Choke Manifold Fig. 4.4 Estrutura cristalina dos hidratos
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Enfim, deve-se operar no sentido de evitar a formação de hidratos, que dificulta o con-
trole do poço, tanto na circulação pelo congelamento das linhas de choke, quanto pelo eventu-
al travamento de válvulas.
A fig. 4.6 mostra a possibilidade de formação de hidratos em função da profundidade,
lâmina d’água e da temperatura da água.
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3. Procedimentos Operacionais
3.2. Na perfuração
1. Manter a planilha de informações prévias atualizada, isto inclui os cálculos e/ou
registros da pressão reduzida de circulação, das perdas de carga nas linhas do
choke e de matar (sondas flutuantes), das pressões máximas no choke, do volume
de lama total no sistema, do deslocamento volumétrico e eficiência das bombas e
da configuração do poço.
2. Manter a linha verde sempre na sua condição de operação, isto é, todas as válvu-
las do choke manifold abertas exceto a HCR (ESCP de superfície) e as válvulas
submarinas (unidades flutuantes) e o choke.
3. Ajustar os alarmes dos indicadores do nível dos tanques e do fluxo de retorno do
poço.
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4. Manter um plataformista junto às peneiras monitorando as principais propriedades
do fluido (massa específica e viscosidade) e comunicando de imediato ao sonda-
dor anormalidades verificadas tais como o aumento do fluxo de retorno e corte de
gás ou óleo do fluido de perfuração.
5. Circular uma vez por dia as linhas de choke e de matar para evitar o entupimento
das mesmas nas sondas flutuantes. Utilizar nesta circulação o mesmo fluido que
está no poço.
6. Fazer flow check preventivo em todas as conexões, quando se estiver perfurando
uma zona potencialmente produtora. Fechar o BOP e registrar pressões de fecha-
mento quando o flow check não for conclusivo devido aos movimentos da embar-
cação.
3.3. Na manobra
1. Manter na plataforma da sonda o inside-BOP e a válvula de segurança da coluna
de com as roscas lubrificadas. Manter também na plataforma os substitutos que
poderão ser usados durante a manobra da coluna.
2. Condicionar o fluido de perfuração para minimizar os riscos de pistoneio durante
a retirada da coluna.
3. Encher o tanque de manobra e verificar a adequação da escala. Acompanhar a re-
tirada da coluna através do programa de enchimento do poço e utilizando o tanque
de manobra. Utilizar para este fim a planilha de manobra (trip sheet) onde cada
manobra é comparada com a anterior com o objetivo de detectar comportamento
anômalo. Atentar para o enchimento do tanque de manobra.
4. Verificar através da realização de um flow check preventivo se o poço está estável
antes de iniciar a manobra. Em situações em que há duvidas sobre a pressão de
poros, fazer uma manobra curta (10 seções) e circular um bottoms-up.
5. Retirar a coluna com velocidade compatível com a margem de segurança de ma-
nobra adotada. Caso seja observado pistoneio, descer a coluna até o fundo do po-
ço e circular um bottoms-up para remoção de uma possível fluido contaminado.
6. Efetuar um flow check preventivo antes dos comandos passarem pelo BOP. Exer-
cer cautela quando o BHA passar em frente ao BOP.
7. Em sondas flutuantes, manter aberta a gaveta cisalhante após a passagem da broca
pelo BOP pois existe a possibilidade de dano a esta gaveta no caso da queda da
coluna de perfuração. Assim, deve-se observar atentamente o retorno de fluido
pelo riser e só se deve fechar a gaveta cisalhante no caso da comprovação de que
o poço está em kick. Em sondas com ESCP de superfície, após a broca passar pela
mesa rotativa, fechar o poço pela gaveta cega ou cisalhante e observar se há cres-
cimento de pressão no manômetro do choke.
8. Antes de iniciar a descida da coluna de perfuração, esvaziar o tanque de manobra
e observar a adequação da escala. Acompanhar a descida da coluna utilizando o
tanque de manobra e a planilha de manobra.
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3.4. Na descida de coluna de revestimento
1. Inserir na planilha de informações prévias os dados relativos à coluna de revesti-
mento que está sendo descida no poço.
2. Em sondas com ESCP de superfície, antes da descida da coluna de revestimento,
deve-se trocar a gaveta cega ou cisalhante por gaveta vazada compatível com o
tubo de revestimento a ser descido.
3. Descer a coluna de revestimento com velocidade compatível com a pressão de
fratura da formação mais fraca exposta no poço para evitar problemas com o sur-
gimento de pressões.
4. Em sondas flutuantes, fazer um flow check preventivo antes da coluna de reves-
timento passar pelo BOP. Permanecer o menor tempo possível com a coluna de
revestimento frente ao BOP.
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4. Técnicas de Controle de Poço durante a Produção ou
Fluxo, antes ou durante a Completação ou Intervenção
de Poços
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4.2. Objetivos dos métodos de controle de kicks
Os objetivos básicos dos métodos de controle de kicks são os de remover do poço o
fluido invasor e de restabelecer o seu controle primário através do ajuste da massa específica
do fluido. Durante a remoção do influxo e aplicação do processo de ajuste da massa específica
do fluido, o estado de pressão no poço deve ser mantido num nível suficiente para evitar in-
fluxos adicionais sem contudo causar danos mecânicos às formações e ao equipamento de
segurança de cabeça de poço ou ao revestimento. Isto é conseguido utilizando-se o princípio
da pressão constante no fundo do poço. Em poços revestidos a primeira opção é recalcar o
kick para a formação através do bullheading, opção raramente usada em poços quando em
perfuração.
4.4. Bullheading
Bullheading é o método de controle no qual o gás ou outro fluido é forçado de volta à
formação bombeando fluido de amortecimento da superfície. Com o poço fechado, fluidos do
kick e de amortecimento são recalcados para as formações expostas. Em perfuração não é um
método de controle usual, mas pode ser útil caso o influxo seja composto com gases tóxicos,
quando tiver expectativa de exceder as pressões limites de equipamentos de superfície ou do
revestimento frente a alguma zona sensível, quando ocorrer entupimento ou quebra coluna e o
método volumétrico seja inadequado ou de difícil realização, ou ainda quando a vazão do in-
fluxo é maior que a de circulação do poço. Em poços revestidos é método mais usado, salvo
se existir risco de fratura na formação produtora que poderia resultar em danos permanentes a
zona produtora ou ao poço.
Para execução do bullheading são necessários as seguintes informações previas:
- Máxima pressão que não frature a formação exposta;
- Máxima pressão baseada na resistência dos tubos e revestimentos expostos à pres-
são de bombeio;
- Cálculo das pressões estática e dinâmica durante o bullheading;
- Capacidades e volumes dos tubos, revestimentos e anulares;
- Quantidade de strokes para bombeio do fluido da superfície até os canhoneados;
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- Vazão mínima para recalque do fluido invasor, principalmente se for gás.
Iniciar o bullheading bombeando fluido para o poço, monitorando as pressões de bom-
beio e no revestimento, aumentar a vazão até atingir a vazão de recalque do fluido no poço.
Bombear 1,5 volume da coluna ou do poço, fechar o poço e verificar pressões, se houver pres-
são remanescente efetuar novo bullheading.
É um método mais eficiente em poços de menores diâmetros, devido a facilidade de
recalcar o fluido para a formação. Durante o bullheading a vazão de bombeamento deve ser
maior que a velocidade de migração do gás, uma indicação da vazão ser insuficiente é a ocor-
rência da redução da pressão de bombeio com pequenos acréscimos na vazão da bomba. Para
determinar a vazão necessária para Bullheading é preciso calcular a razão de migração do gás,
que pode ser estimada pela formula:
Rgm = ∆SICP / Gf
onde: Rgm: razão de migração , ft/h;
∆SICP: variação de SICP após 1 h, psi
Gf: gradiente do fluido, psi/pe
Ou
∆P/n
Rgm =
Gf
onde: Rgm: razão de migração, m/min;
∆P: variação de pressão após n minutos, psi
n: minutos quando observada variação de pressão no revestimento ou tubo.
Gf: gradiente do fluido, psi/m
Para estimativa da vazão mínima para recalque, é necessária a capacidade (CTB) da tu-
bulação ou do revestimento por onde se está efetuando o Bullheading:
∆SICP
Q RECALQUE ≅ n ×C ≅ R ×C
TB gm TB
Gf
Por exemplo, amortecer um poço por bullheading pressurizando pelo tubo de produçao:
Informações prévias:
- Profundidade da formação, em poço vertical: 3050 m;
- Pressão de poros, em fluido equivalente: 9,0 ppg;
- Pressão de fratura da formação, em fluido equivalente: 14,0 ppg;
- Tubos: 4½” EU, N-80, 11,6 lb/pe, capacidade: Ctb= 0,0508 bpm
- Resistência pressão interna do tubo: 7.770 psi
- Pressão de fechamento do poço: SIDPP = 3.650 psi
- Perda de carga na linha de matar (kill line): ∆Pkl = 0 ( considerado desprezível para
este caso)
- Gradiente do gás: Gg = 0,328 psi/m
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Cálculos:
- Volume interno da tubulação: Vtb = 3.050 x 0,0508 = 155 bbl
- Máxima pressão de bombeio: Pmax=(0,17x14,0x3050 – 0,328x3.050) = 6.260 psi
- Máxima pressão com fluido 9,0 ppg: Pmax,9 = 0,17x(14,0-9,0)x3050 = 2.590 psi
- Pressão inicio de bombeio: PIC = SIDPP + ∆Pkl = 3.650 psi
- Pressão final de bombeio: PFC = ∆Ptb,9 (perda de carga na tubulação com fluido
9,0 ppg)
A pressão máxima de bombeio não deve exceder ao valor Pmax menos um fator de se-
gurança para evitar um eventual fraturamento da formação, recomenda-se um fator de 500 psi,
ou seja P’max = 5.760 psi.
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5. Diferenças no Controle de Poço entre Operações em Po-
ço Aberto (Perfuração) e Poço Revestido (Completação
ou Workover)
Existem diferenças importantes no controle de poço em operações de perfuração e o-
perações em poços revestidos. Os conceitos válidos e aplicados em perfuração nem sempre
são apropriados para as operações de completação ou workover. Existem diferenças que im-
plicam em requisitos específicos para a segurança e controle em poços revestidos e as técnicas
desenvolvidas e aplicadas em operações de perfuração e a poço aberto podem ter pouca apli-
cação ou serem inapropriadas para poços revestidos em operações de completação e workover.
Estas técnicas podem resultar em situações de maiores riscos para a segurança do poço e da-
nosas para os reservatórios explotados.
Algumas diferenças no controle de poço entre operações em poços abertos e operações
em poços revestidos estão nos pontos fracos ou limitadores de pressão, na diferença entre os
fluidos de perfuração e de completação; na velocidade de migração do gás no fluido; nos mé-
todos de controle de poço, no comportamento dinâmico dos fluidos em frente a formação a-
berta em poços revestidos, entre outros.
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O fluido de perfuração, contendo sólidos, forma um reboco ao longo do poço aberto,
principalmente em frente às formações porosas. Esse reboco é um selo efetivo que dificulta e
reduz a perda de fluido e filtrado para a formação, além de permitir operar com sobrepressão,
overbalance, com margem de segurança de 0,5 a 1,0 ppg de peso de fluido equivalente. A
sobrepressão tem função de conter os fluidos das formações expostas e as paredes do poço.
O fluido de completação e workover, geralmente limpo e sem sólidos, não forma re-
boco, portanto as condições de fundo de poço nunca são estáticas, sempre ocorrendo perda de
fluido para a formação, a depender da sobrepressao exercida pelo fluido. Quanto maior o
“overbalance” maior é a perda de fluido para a formação e mais difícil o controle do poço.
Muitos kicks em workover ocorrem devido à perda de nível de fluido, e conseqüente perda de
hidrostática em frente às formações portadoras de hidrocarbonetos expostas.
Como as condições de fundo de poço não ficam estáticas quanto operando com fluidos
isentos de sólidos, fluidos de completação e intervenção, existe constantemente uma perda de
fluido para a formação e, em formações portadoras, influxo de gás para o poço, esta barreira
fluida é instável, não compondo uma barreira de segurança eficaz. Em fluido com sólidos
existe uma condição estática de fundo de poço após a formação do reboco, permitindo a exis-
tência de uma barreira fluida estável que efetivamente é uma barreira de segurança.
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cida se não for testado na intervenção. Valores estimativos são usados, e mesmo com fatores
de segurança elevados podem ocorrer operações em situações inseguras.
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5.6. Quanto às barreiras de segurança
Nos poços em perfuração as principais barreiras de segurança são o BOP e o fluido de
perfuração, esse, formando reboco compõe uma barreira líquida de boa estabilidade, desde
que o poço seja mantido cheio, o BOP é uma barreira mecânica composto por um conjunto de
válvulas de gavetas, de tubo e cisalhante, e anular, as quais podem ser acionadas na necessi-
dade de fechar o poço se perdida a capacidade de contenção da primeira barreira.
Nos poços em workover, como a barreira liquida é muito instável é necessário garantir
duas outras barreiras, sejam barreiras positivas ou condicionais.
Barreira positiva ou eficaz é aquela que eficazmente pode interromper o fluxo pelo
poço para a superfície e podem ser:
- Pressão de formação insuficiente para surgência do poço;
- Revestimento cimentado, testado e não canhoneado em frente a alguma zona por-
tadora de hidrocarbonetos;
- Canhoneio squeezado e testado por “dry test” (diferencial negativo de pressão);
- Tampão de cimento isolando zonas produtoras, se testado;
- BPP (Bridge plug permanente) isolando intervalos e testado;
- BOP da sonda se testado;
- BOP e lubrificador de slick line se testados.
Barreiras condicionais são aquelas disponíveis, que podem auxiliar no controle do po-
ço e em evitar um potencial blowout, porém com maior possibilidade de falha, são:
- Squeeze ou cimentação concluídos, porem não testados com “dry test”;
- Bridge plug não testados;
- Fluidos sem sólidos, mesmo com peso suficiente para matar, conter os fluidos da
formação;
- Plugs do slick line se assentado em niples na coluna ou suspensor
- Válvula de segurança de subsuperfície – DHSV, se testado seu fechamento.
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Fontes de Referencia:
1. Manual de Treinamento em controle de Poço; Santos, O.L.A; Petrobras.
2. Manual do Programa de Segurança em Posicionamento Dinâmico - DP-PS; Petrobras.
3. Manual de Control de Pozos; WCS – Well Control School, Harvey, Lousiana, 2003.
4. Equipamentos do Sistema de Controle de Poço Submarino – Enfoque Operacional; Cam-
pos, J.E.A.; Bittencourt Netto, J.;Motta, M.J.F.; Martins, F.S.B.; Apostila de Treinamento
Petrobras.
5. Well Control Manual ; Sedco-Forex.
6. A Completação de Poços no Mar; Garcia, J.E.L; Petrobras, 1997, 3ª.ed.
7. Controle de Erupção; Széliga, E.O. e Ferreira, M.F.; Petrobras.
8. Recommended Practices for Well Control Operations – API RP-59; American Petroleum
Institute.
9. Well Control Problems and Solutions; Adams, N.
10. IADC/OOC Deepwater Well Control Taskforce
11. “Well Control During Well Intervention”; Sas-Jaworsky II, A.; World Oil, 00438790,
Jan2001, Vol. 222, Issue 1 a 7
12. “Estimation of Pressure Peaks Occuring When Diverting Shallow Gas”; Santos, O.L.A. e
Bourgoyne Jr., A.T.; 64th Annual Technical Conference and Exhibition of the SPE; 8-11
de outubro de 1989, San Antonio, EUA.
13. “Estudo Experimental da Migração de Gás em Fluidos Não-Newtonianos Parados em A-
nulares Inclinados”; Santos, O.L.A.; I SEP; 25-29 de novembro de 1996; Rio, Brasil.
14. “Considerações Sobre Segurança de Poço Durante a Perfuração de Poços Delgados”; San-
tos, O.L.A.; II SEP; 19-23 de outubro de 1998; Rio, Brasil.
15. “Why workover and drilling well control needs differ”; Rike, J.L.; Whitman, D.L.;Rike,
E.R.; in World Oil, 9405051088, Nov93, Vol 214, Issue 11, p39, 5p.
16. “Exercícios Simulados de Detecção de Kicks e Fechamento do Poço”, código PP-37-
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18. Lehner, F. e Williamson, A.S. : "Gas Blowout Control by Water Injection through Relief
Wells - A Theoretical Analysis", SPE Journal, August 1974.
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20. William Abel, L. e Campbell, P.J.: "Blowout Contingency Planning : Preparing for the
Worst Case Event", Wild Well Control Inc. - 1993.
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