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TEXTO E DISCURSO
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ISBN: 978-65-5637-252-5.
CONSELHO EDITORIAL:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève – Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UNB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UNB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ – Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL – Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
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SUMÁRIO
PREFÁCIO................................................................................................................7
Carmen Lúcia Barreto Matzenauer
Isabela Barbosa do Rego Barros
Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante
APRESENTAÇÃO...................................................................................................9
Aracy Graça Ernst
Regina Celi Mendes Pereira
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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5 “A língua de um Estado, aquela que é obrigatória nas ações formais do Estado, nos seus atos
legais” (GUIMARÃES, 2005, p. 11).
6 “Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
[…]
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
[…]
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às co-
munidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem” (BRASIL, 1988).
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7 Instrumentos linguísticos entendidos aqui a partir de Auroux (1992) e conforme se tem tra-
balhado na articulação da AD com a HIL para pensar o processo de gramatização brasileira.
O processo de gramatização diz respeito ao processo de construção de conhecimento sobre
a língua; “o processo que conduz a descrever e a instrumentar uma língua na base de duas
tecnologias, que são ainda hoje os pilares de nosso saber metalinguístico: a gramática e o
dicionário” (AUROUX, 1992, p. 65). Já na articulação entre AD e HIL, instrumentos linguísticos
são concebidos como “instrumentos de jurisdição da língua” (ORLANDI, 2001).
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8 “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;” (BRASIL, 2015).
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[…]
Como veremos, o texto da Résponse à John Lewis, com as “Notes
pour une recherche”, publicadas em 1970 na revista La Pensée,
sob o título “Idéologie et appareils idéologiques d’Etat”, e tam-
bém os recentes Élements d’autocritique, tocam vivamente no
problema, mesmo se porque eles se referem
9 Não se reduz a esse texto a influência de Edelman em Pêcheux, a julgar pelo modo como A
legalização da classe operária é mobilizada em A língua Inatingível.
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“Se o homem não pudesse pensar nem tomar por objeto de seu
pensamento algo de que ele não é portador, ele teria um mundo inte-
rior mas nenhum mundo em torno dele” é a fórmula fregeana de que
Pêcheux se vale para compreender a independência do mundo exterior
– e do conhecimento objetivo desse mundo – em relação ao sujeito, num
“processo sem sujeito”, uma “categoria filosófica” que “constitui o fio
vermelho” de Semântica e Discurso – marca marxista-leninista, portanto.
E de que “processo” é esse de que Pêcheux nos fala? Não se trata do “pro-
cesso discursivo”, ainda, mas do processo científico-conceptual, relativo
à “independência do mundo exterior” e do “conhecimento objetivo de
suas leis” (PÊCHEUX, 2009, p. 73). Esse processo científico-conceptual
se distingue do processo nocional-ideológico, relativo à dependência do
sujeito com respeito ao mundo exterior.
A distinção entre processo científico (relativo a conceito) e proces-
so ideológico (relativo a noção) no âmbito da teoria do conhecimento em
Linguística e em Filosofia é retomada por Pêcheux para expor a oposição
entre base linguística e processo discursivo, no trabalho sobre o caminho
traçado da “evidência (lógico-linguística) do sujeito” à “’forma-sujeito’” (e,
especificamente, o ‘sujeito do discurso’) como um efeito determinado do
processo sem sujeito.
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10 Edelman busca em Explicação da lei sobre multas imposta aos operários de fábrica (LÊNIN,
1895): “Se fôssemos perguntar a um trabalhador se ele sabe o que são multas, a pergunta
muito provavelmente o surpreenderia. Como ele pode não saber o que são multas, quan-
do ele constantemente tem que pagá-las? O que há para perguntar? De qualquer maneira,
parece apenas que não há nada para perguntar. Na verdade, a maioria dos trabalhadores não
entende corretamente as multas” (LÊNIN, 1895, s/p).
11 Sobre Pachukanis, ver os trabalhos desenvolvidos por Márcio Bilharinho Naves (cf. NAVES,
2018).
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13 Ver sobre isso Althusser (2015), principalmente Contradição e Sobredeterminação (Notas para
uma pesquisa) e Sobre a dialética materialista (Da desigualdade das origens).
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14 Os trabalhos de Luciana Vinhas (cf. 2015, 2017) e de Rogério Modesto (cf. 2019a, 2019b) são
exemplares de consequência analítica dada a esse ponto, ao se ocuparem de práticas inscritas
em rituais do aparelho repressivo, como a prisão, a delegacia, a denúncia.
15 No campo do Direito Linguístico, a questão do direito linguístico ao nome social merece uma
análise particular. Frederico Sidney Guimarães (cf. 2018) deu consequência analítica a esse
ponto, pensando no discurso por direitos dos homossexuais e transexuais. Um outro terreno
é o do discurso por e sobre direitos e deveres linguísticos de migrantes da formação social
brasileira, na relação do direito ao nome social com a constituição da subjetividade e da na-
cionalidade, conforme nos permite analisar a AD na sua articulação com a HIL.
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17 Os trabalhos de Guilherme Adorno (cf. ADORNO, 2015) dão consequência analítica para essa
questão, a propósito dos discursos sobre o eu na composição autoral dos vlogs.
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REFERÊNCIAS
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