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PERITO OFICIAL
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA MG- 14256/D
TEL: 9791-4595 - e-mail: trtpericia@gmail.com
PROCESSO: 0011434-93.2017.5.03.0094
RECLAMANTE: WILDER MARQUES DE SOUZA
RECLAMADA: TECTOR ENGENHARIA TORRES E FERRAGENS S/A
Eduardo José Alves da Silva, perito designado pelo Juízo na ação trabalhista em
epígrafe, vem, respeitosamente, apresentar o seu laudo técnico, constituído por 30
(trinta) laudas, oportunidade esta em que se coloca ao inteiro dispor para quaisquer
esclarecimentos adicionais e agradece a honrosa missão a que lhe foi confiada.
Face às diligências, deslocamentos e elaboração do laudo, o signatário
aproveita para requerer a fixação de seus honorários, o qual calculou em R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais).
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Sabará, 29 de Abril de 2018.
PROCESSO: 0011434-93.2017.5.03.0094
RECLAMANTE: WILDER MARQUES DE SOUZA
RECLAMADA: TECTOR ENGENHARIA TORRES E FERRAGENS S/A
1) OBJETIVO
O presente Laudo Pericial tem por objetivo apurar a existência de insalubridade
e periculosidade na(s) atividade(s) e local(is) de trabalho do reclamante, em
atendimento à ata de audiência de Id b2993a6.
Admissão: 25/07/2013
Demissão: 29/10/2015
Função: Operador de Maquina de Recorte A
ANEXO Nº1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição
Diária Permissível Diária Permissível
85 8h 98 1 h 15 min
86 7h 100 1h
87 6h 102 45 min
88 5h 104 35 min
89 4 h 30 min 105 30 min
90 4h 106 25 min
91 3 h 30 min 108 20 min
92 3h 110 15 min
93 2 h 40 min 112 10 min
94 2 h 15 min 114 8 min
95 2h 115 7 min
96 1 h 45 min
Destaque do Perito
Grau de insalubridade
Anexo Atividade ou operação que exponham o trabalhador Percentual
EDUARDO JOSÉ ALVES DA SILVA
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ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA MG- 14256/D
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Destaque do Perito
6.3 – VIBRAÇÃO
6.3.1 – Disposição Normativa
Norma Regulamentadora – NR15 – Anexo 8 – estabelece que a avaliação seja
quantitativa, determinando Limites de Tolerância da Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho.
A análise foi feita somente quando o reclamante laborou na função de
Operador de Empilhadeira. Em relação à função de Motorista, não se fez necessária a
apuração do agente físico vibração, já que as atividades eram desempenhadas junto ao
caminhão Munck e veículo Iveco Daily, e sendo a análise qualitativa, não se verificou
condições as quais o reclamante pudesse estar exposto ao referido agente.
Conforme resultados da Medição do Agente Físico Vibração registrados no
equipamento de medição (Vide relatório e gráficos anexados a este Laudo Técnico
Pericial), os valores obtidos estão acima dos parâmetros do Anexo 8 da NR-15. Desta
forma, resta caracterizada a insalubridade pelo agente físico vibração, em grau médio,
20%, durante o perídio de 06 (seis) a 07 (sete) meses durante todo o pacto laboral.
7) EPI
7.1 – Equipamentos de segurança recebidos e utilizados pelo reclamante, conforme
ficha já juntada aos autos (Id a839a88):
EPI CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (C.A.)
Calça jeans -
Camisa de brim -
Botina de segurança com biqueira 25687/32621
Capacete de segurança 8304
Avental de raspa 6922
Luva de raspa cano longo 7611/29871
Respirador PFF1 10577
Creme de proteção G3 11070
Protetor auricular plug 5745
Kit abafador de ruído 27971
Luva de vaqueta 29871/30005
Luva pigmentada 28386
Luva gladiador 8082
Luva de algodão 124505
8) ENQUADRAMENTO LEGAL
8.1 – NÍVEIS DE RUÍDO CONTÍNUO – NR 15 / ANEXO 1
Conforme verificado em diligência, e em análise da ficha de EPI apresentada, já
juntada aos autos (Id a839a88), o reclamante confirmou que recebia, utilizava e era
treinado para o uso do protetor auditivo (protetor auricular tipo plug, C.A. 5745 e
protetor auricular tipo concha, C.A 27971, com NRRsf de 15 dB(A) e 20 dB(A)
respectivamente), neutralizando, portanto, a ação do agente insalubre, diminuindo a
intensidade do ruído a níveis abaixo dos limites, descaracterizando, portanto, a
insalubridade por exposição ao ruído.
8.2 – NÍVEIS DE RUÍDO DE IMPACTO – NR 15 / ANEXO 2
Inexistente.
8.3 – CALOR – NR 15 / ANEXO 3
Inexistente.
8.4 – RADIAÇÕES IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 5
Inexistente
8.5 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS NR 15 /ANEXO 6
Inexistente.
8.6 – RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 7
Inexistente.
8.7– VIBRAÇÕES – NR 15 / ANEXO 8
Conforme resultados da Medição do Agente Físico Vibração registrados no
equipamento de medição (Vide relatório e gráficos anexados a este Laudo Técnico
Pericial), os valores obtidos estão acima dos parâmetros do Anexo 8 da NR-15. Desta
forma, resta caracterizada a insalubridade pelo agente físico vibração, em grau médio,
20%, durante o perídio de 06 (seis) a 07 (sete) meses durante todo o pacto laboral.
8.8– FRIO – NR 15 / ANEXO 9
Inexistente.
EDUARDO JOSÉ ALVES DA SILVA
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“ANEXO 2”
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores
que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como àqueles que operam na
área de risco adicional de 30% (trinta por cento) as realizadas:
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
equipe de manutenção.
Camisa de brim -
Botina de segurança com biqueira 25687/32621
Capacete de segurança 8304
Avental de raspa 6922
Luva de raspa cano longo 7611/29871
Respirador PFF1 10577
Creme de proteção G3 11070
Protetor auricular plug 5745
Kit abafador de ruído 27971
Luva de vaqueta 29871/30005
Luva pigmentada 28386
Luva gladiador 8082
Luva de algodão 124505
5 - caso o veiculo avaliado não seja o mesmo, gentileza o i.perito verificar o motivo da
troca e quais as diferenças entre o veiculo em que o reclamante laborou é o avaliado.
R.: O veiculo avaliado era semelhante ao laborado pelo reclamante.
R.: Sim.
12 Informe o Sr. Perito, toda e qualquer informação que entender e julgar conveniente
para a elucidação do presente litígio.
R.: Nada a acrescentar.
08/07/1978- NR15, anexo 02, por ruído de impacto, Quantos decibéis foi verificado? O
contato era habitual e permanente? Persiste insalubridade em decorrência de tal
risco? Em que grau?
R.: Não.
Recorte A, sendo que posteriormente, ainda que sem anotação na CTPS, passou a
exercer atividades como Operador de Empilhadeira e Motorista, sendo que estas duas
últimas atividades eram desempenhadas de acordo com a demanda e escala de serviço
para a qual era designado.
Como Operador de Maquina de Recorte A, função desenvolvida durante os 03
(três) ou 04 (quatro) primeiros meses, suas atividades rotineiras eram:
- operar a maquina de recorte.
Após o referido período inicial à sua contratação, o reclamante passou a laborar
no almoxarifado, conforme abaixo descrito:
Como Operador de Empilhadeira suas atividades rotineiras eram:
- operar empilhadeira, atividade esta que teve duração ao longo do contrato de
trabalho por aproximadamente 06 (seis) a 07 (sete) meses, sendo que desempenhava
tal atividade durante 03 (três) vezes/semana.
Informou ainda que durante as operações com a empilhadeira era responsável
pela troca do botijão de GLP, e que o equipamento era abastecido com frequência de
01 (uma) a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco)
minutos.
Atualmente o abastecimento da empilhadeira é feito por bico de
abastecimento, ou seja, sem a troca de botijões, razão pela qual serão utilizadas as
informações já obtidas em diligencias anteriores.
Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,
por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões quando o abastecimento da empilhadeira era realizado através da troca de
botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da empilhadeira.
Como Motorista, laborado durante um período aproximado de 01 (um) ano,
suas atividades rotineiras eram:
- fazer coletas de materiais utilizando veiculo Iveco Daily, externamente;
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5.2.2 Caso tenha sido utilizado medidor integrador de uso pessoal, apresentar
comprovação de que ele atende as especificações da norma ANSI SI-25.1991 e tem
classificação do tipo 2 ou superior, conforme estabelecido na norma NHO-01 da
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FUNDACENTRO.
R.: Vide manual do equipamento.
5.2.7 Ainda em caso positivo, informar a variação entre os níveis de ruído obtidos nas
calibrações inicial e final de modo a comprovar que não foi ultrapassado o limite de +/-
1,0dB estabelecido pela norma NHO-01 da FUNDACENTRO.
R.: +/- 0,1dB.
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6.2 O Perito mediu o nível de vibração ao qual o(a) Reclamante ficava exposto(a)?
R.: Sim.
6.3 Em caso de resposta positiva ao quesito anterior, informar o seguinte:
6.3.1 Informar a marca do equipamento usado na medição.
R.: Medidor de Vibração modelo VIB 008, serial 11056, fabricante 01 dB e
Acelerômetro (ACL-2) WBA 001, sn: 20768, 01 dB.
II - QUESITOS DE PERICULOSIDADE
1. O(A) Reclamante ficava exposto(a) a algum agente periculoso dentre os relacionados
na NR-16 e seus Anexos, de forma PERMANENTE e em condições de RISCO
ACENTUADO, nos termos do art. 193 da CLT?
R.: Sim.
2. Caso o(a) Reclamante tenha ficado exposto(a) a algum agente periculoso, informar o
agente, a frequência e o tempo de exposição e o enquadramento normativo.
R.: Vide corpo do laudo.
13) CONCLUSÃO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Com base na inspeção realizada, nas informações recebidas, nas disposições da NR 15
e legislação pertinente da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, conclui-se que:
ao analisar o ex-local e a atividade do reclamante, verifica-se que o reclamante, estava
exposto ao agente físico vibração durante suas atividades rotineiras, quando Operador
de Empilhadeira. Portanto, RESTA CARACTERIZADA A INSALUBRIDADE, em grau
médio, 20%, durante o período laboral, num total de 06 (seis) a 07 (sete) meses em
que esteve na operação com empilhadeira.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Com base na inspeção realizada, nas informações recebidas, nas disposições da NR-16,
e legislação pertinente da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, conclui-se que:
ao analisar o ex-local e a atividade de trabalho do reclamante, verifica que estas estão
previstas na NR-16, Anexo 2 - Inflamáveis, quando adentrava em área de risco, de
forma a caracterizar o enquadramento da atividade como ensejadora de
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