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EDUARDO JOSÉ ALVES DA SILVA

PERITO OFICIAL
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA MG- 14256/D
TEL: 9791-4595 - e-mail: trtpericia@gmail.com

EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA VARA DO


TRABALHO DE SABARÁ/MG.

PROCESSO: 0011434-93.2017.5.03.0094
RECLAMANTE: WILDER MARQUES DE SOUZA
RECLAMADA: TECTOR ENGENHARIA TORRES E FERRAGENS S/A

Eduardo José Alves da Silva, perito designado pelo Juízo na ação trabalhista em
epígrafe, vem, respeitosamente, apresentar o seu laudo técnico, constituído por 30
(trinta) laudas, oportunidade esta em que se coloca ao inteiro dispor para quaisquer
esclarecimentos adicionais e agradece a honrosa missão a que lhe foi confiada.
Face às diligências, deslocamentos e elaboração do laudo, o signatário
aproveita para requerer a fixação de seus honorários, o qual calculou em R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais).

Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Sabará, 29 de Abril de 2018.

EDUARDO JOSÉ ALVES DA SILVA


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LAUDO TÉCNICO PERICIAL

PROCESSO: 0011434-93.2017.5.03.0094
RECLAMANTE: WILDER MARQUES DE SOUZA
RECLAMADA: TECTOR ENGENHARIA TORRES E FERRAGENS S/A

1) OBJETIVO
O presente Laudo Pericial tem por objetivo apurar a existência de insalubridade
e periculosidade na(s) atividade(s) e local(is) de trabalho do reclamante, em
atendimento à ata de audiência de Id b2993a6.

2) INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A DILIGÊNCIA


A diligência pericial foi realizada no dia 13 de Abril de 2018, às 13h15, nas
dependências da reclamada, situada na Avenida “B”, nº 201, Distrito Industrial Simão
da Cunha, Sabará/MG, local onde foram verificados os tipos de atividades e as
condições ambientais nas quais o reclamante desenvolvia seus labores habituais e
rotineiros.
As informações sobre as atividades e local de trabalho do reclamante foram
obtidas pelos documentos juntados pelas partes, bem como em diligência, onde
estavam presentes:
- Wilder Marques de Souza – Reclamante;
- Adler Figueiredo Martins – Assistente Técnico do Reclamante;
- Carlos Geovani Lourenço - Paradigma (Operador de Maquina de Recorte A);
- Nilton de Jesus Lima - Paradigma (Operador de empilhadeira);
- João Santana Costa – Paradigma (Motorista de caminhão);
- Jane Muller de Deus – Assistente Técnico da Reclamada;
- Rodrigo de Arruda Camargo – Engenheiro de Segurança da Reclamada;
- Diane Mara Guimarães Nascimento – Recursos Humanos.

3) DADOS FUNCIONAIS DO RECLAMANTE


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Admissão: 25/07/2013
Demissão: 29/10/2015
Função: Operador de Maquina de Recorte A

4) METODOLOGIA ADOTADA PARA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA


A diligência pericial foi desenvolvida em três etapas básicas:
Na primeira, foram apuradas as funções, atividades e locais de trabalho do
reclamante. Para tanto, este perito consultou as fichas e listagem de registro do
empregado e entrevistou as pessoas citadas como acompanhantes no laudo.
Na segunda etapa, foi feita a verificação qualitativas e/ou quantitativas dos
eventuais agentes de insalubridade e periculosidade com potencial de causar danos à
saúde e integridade física do reclamante, existentes nas suas atividades e/ou locais de
trabalho, tomando-se como referência aqueles relacionados nos seguintes diplomas
legais - Normas Regulamentadoras NR-06, NR-15 e NR-16 e seus anexos, da Portaria
3214/78 do MTE, sendo adotado o seguinte procedimento:
- inspeção dos locais de trabalho do reclamante;
- análise de todas as etapas de execução das atividades de atribuição do reclamante.
Na terceira etapa, para verificação da existência, ou não, da insalubridade e/ou
periculosidade foi feita a avaliação qualitativa e/ou quantitativa dos agentes de risco
identificados na segunda etapa, com base os critérios estabelecidos nos diplomas
legais citados.

5) LOCAL DE TRABALHO E ATIVIDADE DO RECLAMANTE


Conforme apurado em diligência e segundo informações prestadas pelo
reclamante, ele foi contratado para exercer a função de Operador de Maquina de
Recorte A, sendo que posteriormente, ainda que sem anotação na CTPS, passou a
exercer atividades como Operador de Empilhadeira e Motorista, sendo que estas duas
últimas atividades eram desempenhadas de acordo com a demanda e escala de serviço
para a qual era designado.
Como Operador de Maquina de Recorte A, função desenvolvida durante os 03
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(três) ou 04 (quatro) primeiros meses, suas atividades rotineiras eram:


- operar a maquina de recorte.
Após o referido período inicial à sua contratação, o reclamante passou a laborar
no almoxarifado, conforme abaixo descrito:
Como Operador de Empilhadeira suas atividades rotineiras eram:
- operar empilhadeira, atividade esta que teve duração ao longo do contrato de
trabalho por aproximadamente 06 (seis) a 07 (sete) meses, sendo que desempenhava
tal atividade durante 03 (três) vezes/semana.
Informou ainda que durante as operações com a empilhadeira era responsável
pela troca do botijão de GLP, e que o equipamento era abastecido com frequência de
01 (uma) a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco)
minutos.
Atualmente o abastecimento da empilhadeira é feito por bico de
abastecimento, ou seja, sem a troca de botijões, razão pela qual serão utilizadas as
informações já obtidas em diligencias anteriores.
Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,
por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões quando o abastecimento da empilhadeira era realizado através da troca de
botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da empilhadeira.
Como Motorista, laborado durante um período aproximado de 01 (um) ano,
suas atividades rotineiras eram:
- fazer coletas de materiais utilizando veiculo Iveco Daily, externamente;
- dirigir os outros 02 (dois) caminhões, sem o guincho Munck em atividades diversas,
externamente;
- operar caminhão Munck nas áreas internas e nas áreas de teste da reclamada, sendo
que na maior parte do tempo ficava fora da cabine do caminhão, operando o guincho
Munck.
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Informou ainda que quando na atividade de Motorista tinha que ir ao posto de


gasolina próximo a reclamada para fazer o abastecimento dos caminhões (caminhão
Munck e caminhão sem Munck), com frequência de 02 (duas) vezes/semana, sendo
que ficava a uma distancia de aproximadamente 03 (três) metros do bico de
abastecimento. Ainda quando Motorista, por aproximadamente 08 (oito) vezes teve
que ir ao posto de gasolina encher o tambor de 200 litros de óleo diesel para atender a
equipe de manutenção.
Houve discordância da reclamada quanto a esta ultima atividade de
enchimento do tambor com óleo diesel, onde informaram que nesse caso o próprio
posto de gasolina fazia a entrega desse tambor com óleo diesel.
Este perito ouviu o Sr. João Santana Costa, Motorista, que informou que é ele o
responsável pelo abastecimento do caminhão, e que 01 (uma) vez foi ao posto de
gasolina fazer o enchimento do tambor com óleo diesel, e que ficou a uma distancia de
aproximadamente 03 (três) metros do bico de abastecimento e que realiza o
abastecimento do caminhão Munck 01 (uma) vez/mês.
Houve concordância da reclamada em relação às demais informações prestadas
pelo reclamante.

6) AVALIAÇÃO DOS AGENTES INSALUBRES IDENTIFICADOS


6.1 – RUÍDO
6.1.1 – Disposição Normativa
Norma Regulamentadora – NR15 – Anexo 1 – Limites de Tolerância para ruído
contínuo ou intermitente da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.

Este Perito Oficial procedeu à calibração do equipamento Audiodosímetro


marca Instrutherm modelo Dos-600 e Audiodosímetro EXTEC Modelo SL355 nos níveis
de 94 dB(a) e 114 dB(A). nos níveis de 94 dB(a) e 114 dB(A) com o calibrador
Instrutherm CAL-4000. Os níveis de pressão sonora foram avaliados com o instrumento
operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (slow), tendo as
leituras sido feitas próximas ao ouvido do trabalhador de acordo com a NR 15 – Anexo
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I item 2 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.


Para avaliação do agente insalubre identificado quantitativamente na unidade
da reclamada, quando na atividade de Operador de Maquina de Recorte A, o ruído
apresentou nível de 88,1 dB(A) de acordo com a avaliação realizada por este Perito.
Diante do detectado, o nível de ruído está acima do Limite de Tolerância fixado
pela NR 15 – Anexo 1 da Portaria 3.214/78 do MTE.
Para avaliação do agente insalubre identificado quantitativamente na unidade
da reclamada, quando na atividade de Operador de Empilhadeira, o ruído apresentou
nível de 83,9 dB(A) de acordo com a avaliação realizada por este Perito.
Diante do detectado, o nível de ruído está abaixo do Limite de Tolerância fixado
pela NR 15 – Anexo 1 da Portaria 3.214/78 do MTE.

ANEXO Nº1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição
Diária Permissível Diária Permissível
85 8h 98 1 h 15 min
86 7h 100 1h
87 6h 102 45 min
88 5h 104 35 min
89 4 h 30 min 105 30 min
90 4h 106 25 min
91 3 h 30 min 108 20 min
92 3h 110 15 min
93 2 h 40 min 112 10 min
94 2 h 15 min 114 8 min
95 2h 115 7 min
96 1 h 45 min

Destaque do Perito

Grau de insalubridade
Anexo Atividade ou operação que exponham o trabalhador Percentual
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Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos


1 limites de tolerância fixados no Quadro constante do 20%
Anexo 1 e no item 6 do mesmo Anexo.

Destaque do Perito

Conforme verificado em diligência, e em análise da ficha de EPI apresentada, já


juntada aos autos (Id a839a88), o reclamante confirmou que recebia, utilizava e era
treinado para o uso do protetor auditivo (protetor auricular tipo plug, C.A. 5745 e
protetor auricular tipo concha, C.A 27971, com NRRsf de 15 dB(A) e 20 dB(A)
respectivamente), neutralizando, portanto, a ação do agente insalubre, diminuindo a
intensidade do ruído a níveis abaixo dos limites, descaracterizando, portanto, a
insalubridade por exposição ao ruído.

6.3 – VIBRAÇÃO
6.3.1 – Disposição Normativa
Norma Regulamentadora – NR15 – Anexo 8 – estabelece que a avaliação seja
quantitativa, determinando Limites de Tolerância da Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho.
A análise foi feita somente quando o reclamante laborou na função de
Operador de Empilhadeira. Em relação à função de Motorista, não se fez necessária a
apuração do agente físico vibração, já que as atividades eram desempenhadas junto ao
caminhão Munck e veículo Iveco Daily, e sendo a análise qualitativa, não se verificou
condições as quais o reclamante pudesse estar exposto ao referido agente.
Conforme resultados da Medição do Agente Físico Vibração registrados no
equipamento de medição (Vide relatório e gráficos anexados a este Laudo Técnico
Pericial), os valores obtidos estão acima dos parâmetros do Anexo 8 da NR-15. Desta
forma, resta caracterizada a insalubridade pelo agente físico vibração, em grau médio,
20%, durante o perídio de 06 (seis) a 07 (sete) meses durante todo o pacto laboral.

OBS.: O LAUDO REFERENTE À ANÁLISE DA VIBRAÇÃO SEGUE EM ANEXO.


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7) EPI
7.1 – Equipamentos de segurança recebidos e utilizados pelo reclamante, conforme
ficha já juntada aos autos (Id a839a88):
EPI CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (C.A.)
Calça jeans -

Camisa de brim -
Botina de segurança com biqueira 25687/32621
Capacete de segurança 8304
Avental de raspa 6922
Luva de raspa cano longo 7611/29871
Respirador PFF1 10577
Creme de proteção G3 11070
Protetor auricular plug 5745
Kit abafador de ruído 27971
Luva de vaqueta 29871/30005
Luva pigmentada 28386
Luva gladiador 8082
Luva de algodão 124505

7.1.2 – A reclamada atende ao dispositivo no item 6.6.1 da Norma Regulamentadora -


NR6 – Equipamentos de Proteção Individual:
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
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g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.


h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico.

7.1.3 – A reclamada atende ao disposto no item 9.3.5 da Norma Regulamentadora - NR


09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
9.3.5 - DAS MEDIDAS DE CONTROLE
9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais
e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à
atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da
exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e
orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
c) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o
uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI,
visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva
identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais;

7.1.4 – A reclamada atende a NR15 – Atividades e Operações insalubres da Portaria


3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego:
15.4.1 – A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
Letra “B” – Com a utilização de equipamentos de proteção individual.

Conforme verificado em diligência, corroborado pela documentação


apresentada e pelas informações prestadas pelo reclamante, verifica-se que a
reclamada se responsabilizava pelo fornecimento e manutenção periódica do
Equipamento de Proteção Individual de forma a prejudicar o enquadramento das
atividades como ensejadoras de insalubridade. Em relação à caracterização da
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insalubridade por exposição do reclamante ao agente vibração, não há que se falar em


EPI.

8) ENQUADRAMENTO LEGAL
8.1 – NÍVEIS DE RUÍDO CONTÍNUO – NR 15 / ANEXO 1
Conforme verificado em diligência, e em análise da ficha de EPI apresentada, já
juntada aos autos (Id a839a88), o reclamante confirmou que recebia, utilizava e era
treinado para o uso do protetor auditivo (protetor auricular tipo plug, C.A. 5745 e
protetor auricular tipo concha, C.A 27971, com NRRsf de 15 dB(A) e 20 dB(A)
respectivamente), neutralizando, portanto, a ação do agente insalubre, diminuindo a
intensidade do ruído a níveis abaixo dos limites, descaracterizando, portanto, a
insalubridade por exposição ao ruído.
8.2 – NÍVEIS DE RUÍDO DE IMPACTO – NR 15 / ANEXO 2
Inexistente.
8.3 – CALOR – NR 15 / ANEXO 3
Inexistente.
8.4 – RADIAÇÕES IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 5
Inexistente
8.5 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS NR 15 /ANEXO 6
Inexistente.
8.6 – RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 7
Inexistente.
8.7– VIBRAÇÕES – NR 15 / ANEXO 8
Conforme resultados da Medição do Agente Físico Vibração registrados no
equipamento de medição (Vide relatório e gráficos anexados a este Laudo Técnico
Pericial), os valores obtidos estão acima dos parâmetros do Anexo 8 da NR-15. Desta
forma, resta caracterizada a insalubridade pelo agente físico vibração, em grau médio,
20%, durante o perídio de 06 (seis) a 07 (sete) meses durante todo o pacto laboral.
8.8– FRIO – NR 15 / ANEXO 9
Inexistente.
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8.9 – UMIDADE – NR 15 / ANEXO 10


Inexistente.
8.10 – AGENTES QUÍMICOS COM L.TOLERÂNCIA – NR 15/ANEXO 11
Inexistente.
8.11 – POEIRAS MINERAIS – NR 15 / ANEXO 12
Inexistente.
8.12 – AGENTES QUÍMICOS DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA – NR 15 / ANEXO 13
Inexistente.
8.13 - AGENTES BIOLÓGICOS – NR 15 / ANEXO 14
Inexistente.

9) AVALIAÇÃO DOS AGENTES PERICULOSOS IDENTIFICADOS


INFLAMÁVEIS – NR-16 / ANEXO 2 – DA PORTARIA 3.214 DO MINISTERIO DO
TRABALHO – mostra as atividades ou operações perigosas e áreas de riscos em seu
quadro do Anexo 2, item 1, e prescreve áreas de riscos em seu quadro do item 3 – a
avaliação é qualitativa.
Segundo o Anexo 2 da NR-16 caracteriza periculosidade, se o trabalhador exercer a
atividade e/ou permanece na área de risco definida na norma:

“ANEXO 2”
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores
que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como àqueles que operam na
área de risco adicional de 30% (trinta por cento) as realizadas:
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%

l) no transporte de vasilhames (em motorista e ajudantes.


carreta ou caminhão de carga), contendo
inflamável gasoso e líquido, em
quantidade total, igual ou superior a 135
quilos.

2. Para os efeitos desta Norma Regulamentadora (NR) entende-se como:


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IV - Armazenamento de inflamáveis gasosos liquefeitos em tanques ou vasilhames:


a) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades executadas dentro do
prédio de armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames
cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados.
a) atividade de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e arrumação de cilindros ou
botijões cheios de G.L.P.;
b) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum
do Ministério do Trabalho.

Conforme apurado em diligência, verificou-se que o reclamante operava


empilhadeiras, que utilizavam cilindros de 20kg de GLP para seu funcionamento, e que
durante as operações com a empilhadeira, era o reclamante responsável pela troca do
botijão de GLP com o qual o equipamento era abastecido, com frequência de 01 (uma)
a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco) minutos, e
que ficavam estocados em media 15 (quinze) botijões de GLP, totalizando 300kg.
Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,
por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões, totalizado 400kg, quando o abastecimento da empilhadeira era realizado
através da troca de botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da
empilhadeira.
Conforme apurado em diligencia, o reclamante informou que quando na
atividade de Motorista tinha que ir ao posto de gasolina próximo a reclamada para
fazer o abastecimento dos caminhões (caminhão Munck e caminhão sem Munck), com
frequência de 02 (duas) vezes/semana, e que ficava a uma distancia de
aproximadamente 03 (três) metros do bico de abastecimento. Ainda quando
Motorista, por aproximadamente 08 (oito) vezes teve que ir ao posto de gasolina
encher o tambor de 200 litros de óleo diesel para atender a equipe de manutenção.
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Apesar da discordância da reclamante quanto à atividade de enchimento do


tambor com óleo diesel, quando informaram que nesse caso o próprio posto de
gasolina fazia a entrega desse tambor com óleo diesel, o Sr. João Santana Costa,
Motorista da reclamada, informou que é ele o responsável pelo abastecimento do
caminhão, e que 01 (uma) vez foi ao posto de gasolina fazer o enchimento do tambor
com óleo diesel, e que ficou a uma distancia de aproximadamente 03 (três) metros do
bico de abastecimento e que realiza o abastecimento do caminhão Munck 01 (uma)
vez/mês.
Desta forma, o reclamante em suas atividades rotineiras, quando na realização
da troca dos botijões adentrava em área de risco, tendo em vista quantidade superior
a 135kg, restando portanto caracterizada a periculosidade, 30%, durante o período de
06 (seis) a 07 (sete) meses, quando laborou como Operador de Empilhadeira.
Quanto à atividade relacionada ao abastecimento, realizada no posto de
gasolina, seja para o abastecimento dos caminhões como para o enchimento do
tambor com 200 litros de óleo diesel, ainda que tenha havido divergência quanto à
frequência e número de vezes em que tais atividades ocorreram, estava o reclamante
exposto a área de risco a inflamáveis, restando, portanto, caracterizada a
periculosidade, 30%, durante o período de aproximadamente 01 (um), quando laborou
como Motorista.

10) ENQUADRAMENTO LEAL


10.1- ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS - NR 16 / ANEXO 1
Inexistente.
7.2 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS – NR 16 / ANEXO 2
Conforme apurado em diligência, verificou-se que o reclamante operava
empilhadeiras, que utilizavam cilindros de 20kg de GLP para seu funcionamento, e que
durante as operações com a empilhadeira, era o reclamante responsável pela troca do
botijão de GLP com o qual o equipamento era abastecido, com frequência de 01 (uma)
a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco) minutos, e
que ficavam estocados em media 15 (quinze) botijões de GLP, totalizando 300kg.
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Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,


por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões, totalizado 400kg, quando o abastecimento da empilhadeira era realizado
através da troca de botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da
empilhadeira.
Conforme apurado em diligencia, o reclamante informou que quando na
atividade de Motorista tinha que ir ao posto de gasolina próximo a reclamada para
fazer o abastecimento dos caminhões (caminhão Munck e caminhão sem Munck), com
frequência de 02 (duas) vezes/semana, e que ficava a uma distancia de
aproximadamente 03 (três) metros do bico de abastecimento. Ainda quando
Motorista, por aproximadamente 08 (oito) vezes teve que ir ao posto de gasolina
encher o tambor de 200 litros de óleo diesel para atender a equipe de manutenção.
Apesar da discordância da reclamante quanto à atividade de enchimento do
tambor com óleo diesel, quando informaram que nesse caso o próprio posto de
gasolina fazia a entrega desse tambor com óleo diesel, o Sr. João Santana Costa,
Motorista da reclamada, informou que é ele o responsável pelo abastecimento do
caminhão, e que 01 (uma) vez foi ao posto de gasolina fazer o enchimento do tambor
com óleo diesel, e que ficou a uma distancia de aproximadamente 03 (três) metros do
bico de abastecimento e que realiza o abastecimento do caminhão Munck 01 (uma)
vez/mês.
Desta forma, o reclamante em suas atividades rotineiras, quando na realização
da troca dos botijões adentrava em área de risco, tendo em vista quantidade superior
a 135kg, restando portanto caracterizada a periculosidade, 30%, durante o período
Quanto à atividade relacionada ao abastecimento, realizada no posto de
gasolina, seja para o abastecimento dos caminhões como para o enchimento do
tambor com 200 litros de óleo diesel, ainda que tenha havido divergência quanto à
frequência e número de vezes em que tais atividades ocorreram, estava o reclamante
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exposto a área de risco a inflamáveis, restando, portanto, caracterizada a


periculosidade, 30%, durante o período de aproximadamente 01 (um), quando laborou
como Motorista.
7.3 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS
ESPÉCIES DEVIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA
PESSOAL OU PATRIMONIAL– NR 16/ANEXO 3
Inexistente.
7.4 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA – NR-16/ANEXO 4
Inexistente.
7.5 – ATIVIDADES PERIGOSAS COM MOTOCICLETA – NR-16/ANEXO 5
Inexistente.
7.6 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU
SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS – NR-16 / ANEXO (*)
Inexistente.

11) QUESITOS DO RECLAMANTE (Id 45e8664)


1 Quais as atividades desenvolvidas pelo reclamante?
R.: Conforme apurado em diligência e segundo informações prestadas pelo
reclamante, ele foi contratado para exercer a função de Operador de Maquina de
Recorte A, sendo que posteriormente, ainda que sem anotação na CTPS, passou a
exercer atividades como Operador de Empilhadeira e Motorista, sendo que estas duas
últimas atividades eram desempenhadas de acordo com a demanda e escala de serviço
para a qual era designado.
Como Operador de Maquina de Recorte A, função desenvolvida durante os 03
(três) ou 04 (quatro) primeiros meses, suas atividades rotineiras eram:
- operar a maquina de recorte.
Após o referido período inicial à sua contratação, o reclamante passou a laborar
no almoxarifado, conforme abaixo descrito:
Como Operador de Empilhadeira suas atividades rotineiras eram:
- operar empilhadeira, atividade esta que teve duração ao longo do contrato de
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trabalho por aproximadamente 06 (seis) a 07 (sete) meses, sendo que desempenhava


tal atividade durante 03 (três) vezes/semana.
Informou ainda que durante as operações com a empilhadeira era responsável
pela troca do botijão de GLP, e que o equipamento era abastecido com frequência de
01 (uma) a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco)
minutos.
Atualmente o abastecimento da empilhadeira é feito por bico de
abastecimento, ou seja, sem a troca de botijões, razão pela qual serão utilizadas as
informações já obtidas em diligencias anteriores.
Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,
por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões quando o abastecimento da empilhadeira era realizado através da troca de
botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da empilhadeira.
Como Motorista, laborado durante um período aproximado de 01 (um) ano,
suas atividades rotineiras eram:
- fazer coletas de materiais utilizando veiculo Iveco Daily, externamente;
- dirigir os outros 02 (dois) caminhões, sem o guincho Munck em atividades diversas,
externamente;
- operar caminhão Munck nas áreas internas e nas áreas de teste da reclamada, sendo
que na maior parte do tempo ficava fora da cabine do caminhão, operando o guincho
Munck.
Informou ainda que quando na atividade de Motorista tinha que ir ao posto de
gasolina próximo a reclamada para fazer o abastecimento dos caminhões (caminhão
Munck e caminhão sem Munck), com frequência de 02 (duas) vezes/semana, sendo
que ficava a uma distancia de aproximadamente 03 (três) metros do bico de
abastecimento. Ainda quando Motorista, por aproximadamente 08 (oito) vezes teve
que ir ao posto de gasolina encher o tambor de 200 litros de óleo diesel para atender a
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equipe de manutenção.

2 O reclamante estava exposto a agentes insalubres e agentes perigosos? Descrevê-


los.
R.: Sim. Vibração e inflamáveis.

3 Para execução de seu trabalho o Reclamante utilizava-se de quais EPIs? Descrevê-los.


R.: Sim.
EPI CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (C.A.)
Calça jeans -

Camisa de brim -
Botina de segurança com biqueira 25687/32621
Capacete de segurança 8304
Avental de raspa 6922
Luva de raspa cano longo 7611/29871
Respirador PFF1 10577
Creme de proteção G3 11070
Protetor auricular plug 5745
Kit abafador de ruído 27971
Luva de vaqueta 29871/30005
Luva pigmentada 28386
Luva gladiador 8082
Luva de algodão 124505

4 O veiculo avaliado é o que o reclamante laborada? Se sim, quais as condições do


mesmo? E do lugar em que o reclamante ficava?
R.: O veiculo avaliado era semelhante ao laborado pelo reclamante.
R.: Apresentava perfeitas condições de uso.
R.: Apresentava perfeitas condições de uso.
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5 - caso o veiculo avaliado não seja o mesmo, gentileza o i.perito verificar o motivo da
troca e quais as diferenças entre o veiculo em que o reclamante laborou é o avaliado.
R.: O veiculo avaliado era semelhante ao laborado pelo reclamante.

6 O Reclamante utilizava EPIS? Em caso positivo, quais eram estes e se os mesmos


estavam de acordo com as normas da NR? Os EPI's reduziam ou anulavam a
insalubridade do local de trabalho? Há prova Documental da entrega dos referidos
equipamentos ao autor? Eram substituídos nas épocas corretas? Se houver, é possível
anexar ao laudo cópia da ficha respectiva? Em caso de fornecimento de EPI´s pela
reclamada, quando isso ocorreu? Com que frequência eram trocados os EPIs?
R.: Sim.
R.: Já respondido no quesito nº 3.
R.: Para o agente físico vibração, ao qual o reclamante estava exposto, não.
R.: Sim.
R.: Sim.
R.: Já estão anexadas aos autos, Id a839a88.
R.: Vide ficha de EPI já anexada aos autos.
R.: Vide ficha de EPI já anexada aos autos.

7 Os EPIs utilizados pelo reclamante foram suficientes para mitigar ou neutralizar os


efeitos do ambiente de trabalho nocivo?
R.: Para o agente físico vibração, ao qual o reclamante estava exposto, não.

8 O Reclamante recebeu treinamento de segurança para o trabalho na empresa?


R.: Sim.

9 Havia fiscalização da utilização dos EPI's ?


R.: Sim.
10 As pessoas que acompanharam a vistoria trabalharam com a Reclamante?
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R.: Sim.

11 Informe igualmente, o Sr Perito, as medidas corretivas necessárias para eliminar ou


neutralizar o risco e/ou proteger os empregados contra os efeitos da insalubridade e
periculosidade eventualmente apurada.
R.: Em relação à alguns agentes insalubres, entrega de EPI’s.

12 Informe o Sr. Perito, toda e qualquer informação que entender e julgar conveniente
para a elucidação do presente litígio.
R.: Nada a acrescentar.

13 Em qual setor da empresa o reclamante trabalhava? O setor ainda existe? O


trabalho era desenvolvido interna, externamente ou ambos? Qual roteiro? Em qual
horário foram realizadas as perícias?
R.: Almoxarifado, área de testes e área de produção da reclamada.
R.: Sim.
R.: Ambos.
R.: Durante os primeiros 03 (três)/04 (quatro) meses o reclamante laborou na área de
produção operando a maquina de recorte. No decorrer do seu contrato de trabalho
alternou suas atividades na função de Motorista e Operador de Empilhadeira.
R.: 13h15min.

14 O trabalho enseja exposição a condições extenuantes? Estressantes? Esforço?


Manutenção de posição forçada por longo período? Quais os riscos das condições na
saúde do empregado? Trabalha com elementos caracterizadores de Periculosidade?
Quais?
R.: Não foi objeto da presente pericia tal analise.
R.: Não foi objeto da presente pericia tal analise.
R.: Não foi objeto da presente pericia tal analise.
R.: Não foi objeto da presente pericia tal analise.
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R.: Não foi objeto da presente perícia tal análise.


R.: Sim.
R.: Inflamáveis.

15 Descreva detalhadamente as tarefas executadas no desenvolvimento da função


definindo a periodicidade e frequência das mesmas?
R.: Já respondida no quesito nº 1.

16 Quais as condições encontradas no ambiente físico de trabalho?


R.: Vide corpo do laudo em seus itens 6 e 9.

17 Especifique qual a posição o adotada pelo reclamante no desempenho de seu


trabalho? Estava obrigado ao levantamento de peso? Estava obrigado a transporte de
peso? Estava obrigado a desenvolver esforço físico? Estava obrigado a expor o corpo a
posições antiergonômicas? Movimentos repetitivos? Jornada estressante?
R.: Nenhuma das perguntas acima foi objeto da presente pericia.

18 O reclamante estava expostos a risco físico, segundo a Portaria 3.214 de


08/07/1978- NR15, anexo 01, por ruído contínuo? Qual volume verificado? A
exposição era habitual e permanente? Persiste insalubridade em decorrência de tal
risco? Em que grau?
R.: Sim.
R.: A intensidade do nível de ruído apurado foi de 88,1 dB(A) quando na função de
Operador de Maquina de Recorte A e 83,9 dB(A) quando na função de Operador de
Empilhadeira.
R.: Sim.
R.: Não, uma vez que foi verificada a correta entrega, utilização e treinamento quanto
aos EPI’s capazes de neutralizar/eliminar tal exposição.

19 O reclamante estava exposto a risco físico, segundo a Portaria 3.214 de


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08/07/1978- NR15, anexo 02, por ruído de impacto, Quantos decibéis foi verificado? O
contato era habitual e permanente? Persiste insalubridade em decorrência de tal
risco? Em que grau?
R.: Não.

20 O reclamante estava exposto a risco físico, segundo a Portaria 3.214 de


08/07/1978- NR15, anexo 08, por vibrações? Quais as condições verificadas? O contato
era habitual e permanente? Persiste insalubridade em decorrência de tal risco? Em
que grau?
R.: Sim.
R.: Quando na atividade de Operador de Empilhadeira.
R.: Frequência de 03 (três) vezes/semana, num período de 06 (seis) a 07 (sete) meses
durante o contrato de trabalho.
R.: Sim.
R.: Grau médio, 20%.

12) QUESITOS DA RECLAMADA (Id 4516b9d)


1. Favor informar as datas de admissão, demissão e funções exercidas pelo(a)
Reclamante.
R.: Admissão: 25/07/2013
Demissão: 29/10/2015
Função: Operador de Maquina de Recorte A

2. Queira o Sr. Perito informar o(s) local(is) de trabalho do(a) Reclamante.


R.: Almoxarifado, área de testes e área de produção da reclamada.

3. Queira o Sr. Perito descrever, com detalhes, as atividades de atribuição do(a)


Reclamante.
R.: Conforme apurado em diligência e segundo informações prestadas pelo
reclamante, ele foi contratado para exercer a função de Operador de Maquina de
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Recorte A, sendo que posteriormente, ainda que sem anotação na CTPS, passou a
exercer atividades como Operador de Empilhadeira e Motorista, sendo que estas duas
últimas atividades eram desempenhadas de acordo com a demanda e escala de serviço
para a qual era designado.
Como Operador de Maquina de Recorte A, função desenvolvida durante os 03
(três) ou 04 (quatro) primeiros meses, suas atividades rotineiras eram:
- operar a maquina de recorte.
Após o referido período inicial à sua contratação, o reclamante passou a laborar
no almoxarifado, conforme abaixo descrito:
Como Operador de Empilhadeira suas atividades rotineiras eram:
- operar empilhadeira, atividade esta que teve duração ao longo do contrato de
trabalho por aproximadamente 06 (seis) a 07 (sete) meses, sendo que desempenhava
tal atividade durante 03 (três) vezes/semana.
Informou ainda que durante as operações com a empilhadeira era responsável
pela troca do botijão de GLP, e que o equipamento era abastecido com frequência de
01 (uma) a 02 (duas) vezes/semana, com duração de aproximadamente 05 (cinco)
minutos.
Atualmente o abastecimento da empilhadeira é feito por bico de
abastecimento, ou seja, sem a troca de botijões, razão pela qual serão utilizadas as
informações já obtidas em diligencias anteriores.
Em diligencia realizada no dia 23/10/15, processo 0011112-44.2015.5.03.0094,
por este perito, tendo como paradigma o mesmo Sr. Nilton de Jesus, este mesmo no
caso em tela, informou que as empilhadeiras eram abastecidas com GLP, em 02 (dois)
cilindros de 20kg, sendo a troca realizada 01 (uma) vez por dia, atividade que durava
aproximadamente 05 (cinco) minutos, informou ainda que havia no estoque 20 (vinte)
botijões quando o abastecimento da empilhadeira era realizado através da troca de
botijões. A troca era realizada pelo próprio operador da empilhadeira.
Como Motorista, laborado durante um período aproximado de 01 (um) ano,
suas atividades rotineiras eram:
- fazer coletas de materiais utilizando veiculo Iveco Daily, externamente;
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- dirigir os outros 02 (dois) caminhões, sem o guincho Munck em atividades diversas,


externamente;
- operar caminhão Munck nas áreas internas e nas áreas de teste da reclamada, sendo
que na maior parte do tempo ficava fora da cabine do caminhão, operando o guincho
Munck.
Informou ainda que quando na atividade de Motorista tinha que ir ao posto de
gasolina próximo a reclamada para fazer o abastecimento dos caminhões (caminhão
Munck e caminhão sem Munck), com frequência de 02 (duas) vezes/semana, sendo
que ficava a uma distancia de aproximadamente 03 (três) metros do bico de
abastecimento. Ainda quando Motorista, por aproximadamente 08 (oito) vezes teve
que ir ao posto de gasolina encher o tambor de 200 litros de óleo diesel para atender a
equipe de manutenção.

4. O(A) Reclamante ficava exposto(a) a agentes insalubres relacionados na NR-15?


Caso positivo, informar os agentes.
R.: Sim. Agentes físicos ruído e vibração.

5. O(A) Reclamante ficava exposto(a) ao agente ruído? Em caso positivo, informar o


seguinte:
5.1 O Perito mediu o nível de ruído no ambiente laboral do(a) Reclamante?
R.: Sim.

5.2 Em caso de resposta positiva ao quesito anterior, informar o seguinte:


5.2.1 O Perito utilizou medidor de leitura instantânea ou medidor integrador de uso
pessoal?
R.: Medidor de uso pessoal.

5.2.2 Caso tenha sido utilizado medidor integrador de uso pessoal, apresentar
comprovação de que ele atende as especificações da norma ANSI SI-25.1991 e tem
classificação do tipo 2 ou superior, conforme estabelecido na norma NHO-01 da
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FUNDACENTRO.
R.: Vide manual do equipamento.

5.2.3 Caso tenha sido utilizado medidor de leitura instantânea, apresentar


comprovação de que ele atende as especificações das normas ANSI SI-4.1983 e IEC
651, e tem classificação do tipo 2 ou superior, conforme estabelecido na norma NHO-
01 da FUNDACENTRO.
R.: Prejudicado.

5.2.4 Apresentar o certificado de calibração do aparelho utilizado na medição.


R.: Vide anexo.

5.2.5 Apresentar o relatório de configuração do aparelho de modo comprovar que


estava configurado no circuito de ponderação A e resposta lenta, critério de referência
de 85,0dB(A), nível limiar de integração de 80,0dB e incremento de duplicação de dose
igual a 5, conforme estabelecido no Anexo 1 da NR-16.
R.: Vide dosimetria em anexo.

5.2.6 O Perito calibrou o aparelho no início e no final da medição, conforme exigido


pela norma NHO-01 da FUNDACENTRO? Caso positivo, informar a marca do calibrador
e apresentar comprovação de que ele atende as especificações das normas ANSI SI-
401984 ou IEC-942-1980, conforme estabelecido pela norma NHO-01 da
FUNDACENTRO?
R.: Sim.

5.2.7 Ainda em caso positivo, informar a variação entre os níveis de ruído obtidos nas
calibrações inicial e final de modo a comprovar que não foi ultrapassado o limite de +/-
1,0dB estabelecido pela norma NHO-01 da FUNDACENTRO.
R.: +/- 0,1dB.
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5.2.8 Informar o tempo de duração da medição de ruído.


R.: Vide dosimetria em anexo.

5.2.9 Informar o nível de ruído e a dose obtidos na medição.


R.: Vide dosimetria em anexo.

5.2.10 Informar o nível de ruído equivalente (NEN).


R.: Vide dosimetria em anexo.

5.2.11 Apresentar o histograma da medição.


R.: Vide anexo.

6. O(a) Reclamante ficava exposto(a) ao agente vibração de corpo inteiro? Em caso


positivo, informar o seguinte:
R.: Sim.

6.1 Qual era o tempo de exposição do Reclamante a vibração?


R.: A exposição ao agente físico vibração restou caracterizada quando nas atividades
laboradas utilizando a empilhadeira, que durante o pacto laboral se deu por um
período de 06 a 07 meses, com frequência de 03 vezes/semana.

6.2 O Perito mediu o nível de vibração ao qual o(a) Reclamante ficava exposto(a)?
R.: Sim.
6.3 Em caso de resposta positiva ao quesito anterior, informar o seguinte:
6.3.1 Informar a marca do equipamento usado na medição.
R.: Medidor de Vibração modelo VIB 008, serial 11056, fabricante 01 dB e
Acelerômetro (ACL-2) WBA 001, sn: 20768, 01 dB.

6.3.2 Segundo o item 6.3.4 da NHO-09, a periodicidade de calibração do aparelho de


medição de vibração deve ser estabelecida com base nas recomendações do
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fabricante. Por isso, favor apresentar o manual do fabricante com a indicação da


periodicidade recomendada, bem como o certificado de calibração do aparelho usado
na medição.
R.: Vide anexo.

6.3.3 Favor apresentar o relatório de configuração do aparelho de modo a comprovar


que estava ajustado de acordo com os seguintes parâmetros estabelecidos no item
6.3.2.1 da NHO-09: circuitos de ponderação de Wk para o eixo “z” e Wd para os eixos
“x” e “y”, fatores de multiplicação fx = 1,4, fy = 1,4 e fz = 1,0 e medição em rms.
R.: Vide anexo.

6.3.4 Apresentar comprovação de que o acelerômetro foi afixado no assento do


equipamento conforme estabelecido no item 6.3.6.1 da NHO-09.
R.: Vide foto anexo.

6.3.5 Favor apresentar o histograma com os dados da medição do equipamento,


contendo informações sobre a data da medição, tempo de duração e os valores das
acelerações obtidas nos eixos x, y e z.
R.: Vide anexo.

7. Em função das respostas anteriores, informar se a(s) atividade(s)/local(is) de


trabalho do Reclamante são consideradas insalubres, fundamentando a resposta com
base na NR-15 e seus Anexos.
R.: Sim. Restou caracterizada a exposição ao agente físico vibração, por um período de
06 a 07 meses, com frequência de 03 vezes/semana.

8. Em caso positivo, favor informar se o Reclamante recebeu EPI’s adequados para a


neutralização da insalubridade.
R.: Não existe EPI’s para o agente físico vibração ao qual o reclamante esteve exposto
durante o período já descrito no corpo do laudo.
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II - QUESITOS DE PERICULOSIDADE
1. O(A) Reclamante ficava exposto(a) a algum agente periculoso dentre os relacionados
na NR-16 e seus Anexos, de forma PERMANENTE e em condições de RISCO
ACENTUADO, nos termos do art. 193 da CLT?
R.: Sim.

2. Caso o(a) Reclamante tenha ficado exposto(a) a algum agente periculoso, informar o
agente, a frequência e o tempo de exposição e o enquadramento normativo.
R.: Vide corpo do laudo.

3. Com base nas respostas anteriores, favor informar se as atividades do(a)


Reclamante são consideradas periculosas e, caso positivo, o embasamento normativo.
R.: Sim, conforme Anexo 2 da NR-16.

13) CONCLUSÃO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Com base na inspeção realizada, nas informações recebidas, nas disposições da NR 15
e legislação pertinente da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, conclui-se que:
ao analisar o ex-local e a atividade do reclamante, verifica-se que o reclamante, estava
exposto ao agente físico vibração durante suas atividades rotineiras, quando Operador
de Empilhadeira. Portanto, RESTA CARACTERIZADA A INSALUBRIDADE, em grau
médio, 20%, durante o período laboral, num total de 06 (seis) a 07 (sete) meses em
que esteve na operação com empilhadeira.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Com base na inspeção realizada, nas informações recebidas, nas disposições da NR-16,
e legislação pertinente da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, conclui-se que:
ao analisar o ex-local e a atividade de trabalho do reclamante, verifica que estas estão
previstas na NR-16, Anexo 2 - Inflamáveis, quando adentrava em área de risco, de
forma a caracterizar o enquadramento da atividade como ensejadora de
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periculosidade, restando, portanto, CARACTERIZADA A EXPOSIÇÃO À


PERICULOSIDADE, no período laboral de 06 (seis) a 07 (sete) meses como Operador de
Empilhadeira e no período de 01 (um) ano laborado como Motorista.

Sabará, 03 de Maio de 2018.

EDUARDO JOSÉ ALVES DA SILVA


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ANEXO 1 – Fotos dos locais de trabalho do reclamante


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