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Processo N°: 001135066.201705.03.0135

Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida

LAUDO TÉCNICO PERICIAL

Processo N°.001135066.201705.03.0135
Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida
Reclamada: Construtora Terraço LTDA

CEIL FERREIRA DA SILVA JUNIOR, ABAIXO ASSINADA, ENGENHEIRO


DE SEGURANÇA DO TRABALHO, ASSISTENTE TÉCNICA PARA O
TRABALHO DESTA DILIGÊNCIA OFICIAL, NOMEADA PELA
RECLAMADA NESTA AÇÃO TRABALHISTA, VEM A V. EXA,
RESPEITOSAMENTE, APRESENTAR SUA MANIFESTAÇÃO AO LAUDO
PERICIAL DE INSALUBRIDADE. REQUERENDO QUE SEJA JUNTADA
AOS AUTOS E COLOCA-SE A DISPOSIÇÃO DESSE DOUTOR JUÍZO
PARA QUAISQUER ESCLARECIMENTOS QUE SE FIZEREM
NECESSÁRIO. CONTATO: (31) 99605-0014.

GOVERNADOR VALADARES, 20 DE FEVEREIRO DE 2018.


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Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida

 NOTA: As fundamentações e conclusões deste laudo se referem


exclusivamente ao(s) Reclamantes(s) indicado(s) no presente
processo, em seu pacto laboral na(s) presente(s) Reclamada(s), não
podendo ser estendida a quaisquer outras pessoas ou
circunstancias, sob a pena de nulidade. A utilização deste laudo –
total ou parcial – em outros processos ou situações quaisquer, sem
a prévia autorização do(a) M.M.(a) Juiz(a) ou deste profissional, é
nulo de pleno direito e constitui crime previsto em Lei – Art. 184 do
Código Penal.

1. COMENTÁRIOS INICIAIS/METODOLOGIA

A perícia foi realizada no dia 19/02/2018, às 08h:00h, em Aimorés-MG, tendo


como ponto de encontro a Justiça do trabalho, em seguida seguimos para as
margens da via permanente onde a equipe em que o reclamante laborava. A
reclamada já não possui atividades semelhantes exercidas no local. A
metodologia utilizada para elaboração do laudo pericial foi desenvolvida nas
seguintes etapas: - Apuração da função do Reclamante; Apuração dos locais
de trabalho que foram realizadas pelo Reclamante; - Prestação de
informações do Reclamante e da Reclamada. A elaboração da prova pericial
foi baseada na norma regulamentadora NR-15 Atividade e Operações
Insalubres e seus Anexos. Portaria n°3.214 de 08/06/78 do Ministério do
Trabalho, Portaria n°1.885 de 02/12/2013, Decreto de n°93.412 de 14/10/86 e
seu anexo e Portaria de n°3.393 de 17/12/87 e Anexo 3.

1.1 PRESENTES:

 Leandro zumba – Perito Oficial


 Ceil Ferreira da Silva Junior – Assistente técnico da Reclamada
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 Dirlei Gomes de Almeida – Reclamante

2. DADOS FUNCIONAIS DO RECLAMANTE

 11/05/2011 à 14/10/2011 exercício do cargo de Conservador ferroviário.


 15/10/2011 à 09/07/2017exercício do cargo de Operador de motosserra.
 Horário de trabalho: 06h:00 às 17h:00 de segunda-feira a quinta-feira e as
sextas-feiras 06h:00 as 16h:00. Realizava intervalo de 02 horas para
refeição e descanso.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Função de Conservador ferroviário: Carga de materiais, ferramentas e


equipamentos do caminhão para a frente de serviço; Realizar a montagem da
área de vivência; Realizar serviços de limpeza em (Canaleta, bueiro e demais
obras de arte) com carrinho de mão e enxada; Roçada manual com foice;
Operação manual para homogeneização dos materiais que compõe o
concreto; Movimentação manual de materiais para construção civil; Descarga
de ferramentas e materiais em caminhões;
Função de Operador de Motosserra: Fazer supressão (corte), poda de
arvores e desmatamento de vegetação. Utilização de máquinas e
equipamentos de pequeno porte como moto-poda e Motosserra e roçadeira.
Realização de limpeza das galhas das arvores para transporte com utilização
de serrote. Manuseio de Gasolina para abastecimento dos equipamentos .
No período laboral do reclamante o contrato da Reclamada consistia na
manutenção e conservação da infra-estrutura da EFVM, trecho da Regional 2
que compreende o perímetro ferroviário do Município de Naque à Aimorés.
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A Reclamada possuía canteiro de obra em itinerante, atendendo a NR 18 -


CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO e NR-21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO composta de: Área
de vivência, barracas, mesas e cadeiras em numero suficiente para os
trabalhadores, banheiros químicos com pia e água para higienização das
mãos, extintores de incêndio, banners de segurança, água potável e
repositores hidroeletrolíticos.
A Reclamada mantinha em tempo integral por turma um Técnico de
segurança do trabalho que promovia inspeções em máquinas, equipamentos,
veículos, canteiro de obras e frentes de serviço, identificando condições
perigosas, tomando todas as providências necessárias para eliminar as
situações de riscos, bem como treinar e conscientizar os trabalhadores;
distribuir e determinar a utilização pelo trabalhador dos equipamentos de
proteção individual (EPI); liberação de áreas e equipamentos; promoção de
campanhas e comitês; registro de acidentes e quase-acidentes; análise risco
de tarefas; realizar o DSS – Dialogo de Saúde e Segurança;

Evidências Fotográficas

Área de vivência, utilizada para realização das refeições, pausas e descansos. (05/07/2017)
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Exposição de cartazes com orientações de segurança e Instrução de Segurança pelos líderes. (05/07/2017)

Reclamante no momento de descanso e espera na área de vivência e recebendo treinamento de segurança pelo TST da equipe.
(05/07/2017)
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Fornecimento diário de água gelada, repositor hidroeletrolítico e banana para reposição do potássio. (06/07/2017)

4. PESQUISA DE INSALUBRIDADE NR-15

Art. 473. Do CPC LEI N°13.105 de 16 de Março de 2015.


§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos
podem valer se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte,
de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com
planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
4.1 RUÍDO

CONTINUO/INTERMITENTE ANEXO 1
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Avaliação QUANTITATIVA – LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT 85 dB(A)


GRAU MÉDIO -20%
NÃO CONSTATADO DE FORMA INSALUBRE
Conforme laudo anexo, em levantamento ambiental realizado em
janeiro/2014 foi encontrado o valor de GHE 01 72,0 dB, não excedendo o
limite de tolerância fixado pela NR-15 ANEXO I da portaria 3.214/78.

4.2 RUÍDO

DE IMPACTO/ANEXO 2
Avaliação QUANTITATIVA – LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT 120 dB(C)ou 130
dB(linear)
GRAU MÉDIO -20%

NÃO CONSTATADO DE FORMA INSALUBRE

A reclamada fornece o levantamento ambiental durante as diligencias, onde é


possível constatar que a exposição está abaixo do limite de tolerância
estabelecido pela NR-15.

Conforme ficha de EPI, juntadas aos autos, a reclamada também fornecia


Equipamento de Proteção Individual adequado ao agente.

4.3 CALOR / ANEXO 3


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Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT
L= 30,0°C (Atividade Leve)
M=26,7°C (Atividade Moderada)
P=25,0°C (Atividade Pesada)
GRAU MÉDIO – 20%

Determinação da atividade: Moderado, trabalho moderado de levantar e


empurrar, conforme quadro 3, do anexo 3 da NR-15 portaria 3.214/78.

QUADRO 3 – NR-15

Valor encontrado IBUTG (médio): 25,06°


Taxa metabólica: 300kcal
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Quadro I – NR-15

Conforme quadro 1 da NR-15 portaria 3.241/78 considerando como


atividade moderada, não foi excedido o limite de tolerância.

NÃO CONSTATADO

Conforme Instrução normativa do INSS, somente será considerado


insalubre o agente físico calor quando originado por fontes artificiais.

 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 95, DE 7 DE OUTUBRO DE 2003 – DOU DE 14/10/2003

Art. 181. Para fins de reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a temperaturas
anormais, será caracterizada como atividade especial a efetiva exposição ao agente físico calor, originada
exclusivamente por fontes  artificiais , desde que a exposição ocorra de modo habitual e permanente, não
ocasional e nem intermitente acima dos limites de tolerância definidos no Anexo III da NR-15 da Portaria nº
3.214/78, devendo os resultados serem oferecidos em Unidades de Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de
Globo (IBUTG), indicando-se, expressamente, a classificação da atividade em "leve", "moderada" ou
"pesada" referentemente ao dispêndio energético necessário para o desenvolvimento da atividade declarada,
e o regime de trabalho se contínuo ou intermitente, conforme os quadros existentes no referido Anexo III.
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Conforme poderá ser notado em material anexo a contratada tomava


todas as medidas de controle indicada pela Fundacentro para
diminuição do desconforto térmico, tais como:

- Instrução do colaborador para pausa e descanso;


- Fornecimento diário de repositor hidroeletrolítico (reposição de sais
minerais) e banana (reposição de potássio), o que ameniza os efeitos do
estresse térmico;
- Fornecimento de proteção solar em creme;
- Fornecimento de uniforme com manga longa e toucas árabes;
- DURANTE A PASSAGEM DE TREM E MÁQUINAS NA FERROVIA É
PROCEDIMENTO E OBRIGATÓRIO QUE TODO TRABALHADOR SE
AFASTE DO GABARITO DA FERROVIA, PARALISE SUAS TAREFAS E
AGUARDE O FIM DA SUA PASSAGEM PARA RETORNO DAS
ATIVIDADES, É SABIDO QUE EM MÉDIA SE PASSA UM TREM A CADA
00:30h, GASTANDO EM TORNO DE 00:07 À 00:10H PARA PASSAGEM
DE TODA SUA COMPOSIÇÃO.

* ENCONTRA-SE ANEXO RELATÓRIO DE FLUXO DE TREM E MÁQUINAS

4.4 ILUMINAÇÃO / ANEXO 4

Revogado pela portaria MTPS n° 3.751, de 23.11.90 (DOU 26.11.90)

4.5 RADIAÇÃO IONIZANTES / ANEXO 5

Avaliação QUANTITATIVA
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LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Consultar Resolução CNEN


GRAU MÉDIO – 40%
NÃO CONSTATADO

4.6 TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS / ANEXO 6

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MÉDIO – 40%
NÃO CONSTATADO

4.7 RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES / ANEXO 7

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MÉDIO – 20%
NÃO CONSTATADO
4.8 VIBRAÇÕES / ANEXO 8

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Consultar ISSO 2631 / ISSO/DIS 5349
GRAU MÉDIO – 20%
NÃO CONSTATADO
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4.9 FRIO / ANEXO 9

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MÉDIO – 20%
NÃO CONSTATADO

4.10 UMIDADE / ANEXO 10

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MÉDIO – 20%
NÃO CONSTATADO

4.11 AGENTES QUIMICOS / ANEXO 11

Na forma de gases, vapores, fumos, névoas e neblinas. Solventes em geral.


Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Consultar valor teto e/ou média ponderada
GRAU MIMINO – 10%
GRAU MÉDIO – 20%
GRAU MÁXIMO – 40%
NÃO CONSTATADO
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4.12 AGENTES QUIMICOS / ANEXO 12

Poeiras Minerais.
Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Consultar NR-15.
GRAU MÁXIMO – 40%
NÃO CONSTATADO
Conforme laudo anexo, em levantamento ambiental realizado em
janeiro/2014 foi encontrado o valor de 0,86 mg/m³, não excedendo o
limite de tolerância fixado pela NR-15 ANEXO 12 da portaria 3.214/78.

A reclamada fornece o levantamento ambiental durante as diligencias, onde é


possível constatar que a exposição está abaixo do limite de tolerância
estabelecido pela NR-15. Portanto Atividade Salubre.

4.13 AGENTES QUIMICOS / ANEXO 13

Agentes químicos qualitativos e/ou contato dermal


Avaliação QUANTITATIVA, constatação através de inspeção técnica.
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MIMINO – 10%
GRAU MÉDIO – 20%
GRAU MÁXIMO – 40%
NÃO CONSTATADO

4.13 AGENTES QUIMICOS / ANEXO 13A


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Agentes químicos qualitativos e/ou contato dermal


Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . 0,5 ppm, VTR 8h, AGGIH
GRAU MÁXIMO – 40%
NÃO CONSTATADO

4.13 AGENTES BIOLÓGICOS / ANEXO 14

Avaliação QUANTITATIVA
LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT . Ausência de mensuração
GRAU MÉDIO – 20%
GRAU MÁXIMO – 40%
NÃO CONSTATADO

6. INICIAL DOS AUTOS

A petição inicial do autor destaca agentes insalubres.

“Do adicional de Insalubridade”

“No desempenho de suas funções o Reclamante sempre laborou em


condições insalubres extremas, sem receber os EPI’s necessários e o
adicional correto.
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No desempenho de suas funções, o Reclamante trabalhou exposto ao


excesso de ruídos durante toda a jornada de trabalho, sem receber os EPI’s
necessários.
A exposição ao ruído excessivo traz inúmeros prejuízos à saúde do
trabalhador, sendo que os efeitos nocivos podem inclusive causar a surdez
profissional...”

Nas avaliações dos locais de trabalho bem como no procedimento aplicado


para atividades como motorista, não foram identificados agentes Insalubres
conforme solicitado acima. Foram fornecidos todo tipo de EPI indicados para
sua proteção em eventual exposição a agentes nocivos.

7. QUESITOS RECLAMADA

Queira o Sr. Perito descrever minuciosamente, as atividades


Quesito 1 –
desempenhadas pelo obreiro, assim como seu local de trabalho.
R: Ver o item 3 deste Laudo.

Quesito 2 –Queira o Sr. Perito informar se, após a dispensa do Reclamante, se


houve alguma mudança nos locais de trabalho. Qual? Houve algum prejuízo
para a realização da perícia? Quem participou da mesma?
R: Não. Ver o item 1.1 deste Laudo.

Quesito 3 –Queira o Sr. Perito informar se os agentes alegados na peça de


ingresso, constam na Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do
Trabalho e Emprego?
R: Não foi detectado nas inspeções agentes em condições insalubre nas
atividades do reclamante.
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Quesito 4 –Queira o Sr. Perito descrever a metodologia, bem como a


aparelhagem utilizada para a realização do mister, em conformidade com o
diploma NR-15 da Portaria nº. 3214/78.
R: Não houve utilização de instrumentos nos trabalhos periciais.
PCMAT, Laudo ambiental da reclamada e outras documentais e
testemunhos.

O Reclamante, durante o labor na Reclamada, mantinha contato


Quesito 5 –
PERMANENTE E HABITUAL com agentes considerados insalubres de
acordo com a NR15?
R: Não foi detectado nas inspeções agentes em condição insalubres nas
atividades do reclamante, uma vez que sua função se resumia a
condução de veículos.

Quesito 6 –Caso a resposta acima seja positiva, queira o Sr. Perito informar
qual era o tempo de permanência (horas, minutos e segundos) em condições
de insalubridade?
R: Não foi detectado nas inspeções agentes em condição insalubres nas
atividades do reclamante.

Quesito 7 – Queira
o Sr. Perito informar se a Empresa forneceu os EPI’s para o
Reclamante e qual a periodicidade da entrega?
R: Sim. Foram entregues, capacete de proteção, óculos de proteção com
lente incolor e fumê, abafador de ruído, luvas de proteção, perneira de
proteção, botina de segurança, capa de chuva, creme de proteção solar,
também camisas com manga longa. Os EPI eram entregue sempre que
necessário a troca, conforme pode ser verificado nas fichas de EPI
anexas aos autos e relatório fotográfico.

Se positivo, existia orientação e fiscalização quanto ao correto uso


Quesito 8 –
pelos empregados?
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R: Sim. Os funcionários eram treinados e existia um Técnico de


Segurança do Trabalho da empresa em tempo integral por equipe
vistoriando os colaboradores e um fiscal VALE que também fazia este
tipo de vistoria.

Quesito 9 – Queira o Sr. Perito informar se durante a realização da perícia ele


teve acesso a documentação de LTCAT, PCMSO e PCMAT?
R: Sim.

Quesito 10 – Queira o Sr. Perito informar se a atividade exercida pelo Reclamante


está dentro do nível de tolerância admitida pelas normas de segurança e
medicina do trabalho?
R: Sim. Conforme pode ser observado no levantamento fornecido pela
contratada anexo.

Quesito 11 - Levando-se em conta a inspeção realizada no local em que o


Reclamante exercia as suas funções, e que os equipamentos de proteção
individual foram fornecidos ao obreiro, pode-se concluir, com convicção, que
essas medidas foram suficientes para eliminar ou neutralizar a insalubridade?
Por qual motivo?
R: Sim. Todo dimensionamento dos EPI foram feitos com base em
levantamentos ambientais feito pela empresa, obedecendo os
parâmetros das normas regulamentadoras e tinham também Certificado
de Aprovação do Mte.

Quesito 12 –Queira o Perito mencionar as considerações que julgar oportunas


para a solução da controvérsia.
R: O Reclamante era constantemente fiscalizado e orientado sobre uso
correto do EPI e prática das normas de segurança, como pode ser
observado em Advertência disciplinar aplicada pela contratada e
treinamentos anexos a este.
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Processo N°: 001135066.201705.03.0135

Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida

Com relação ao cerne da perícia, qual fora a conclusão do Ilustre


Quesito 13 –
Expert? Por qual motivo?
R: Conclusão abaixo.

8. CONCLUSÃO

Quanto a Insalubridade. Com base nas informações recebidas e na análise


dos agentes insalubres definidos nos anexos da norma regulamentadora NR-
15, as atividades desenvolvidas pelo reclamante não são consideradas
insalubres, durante todo o período laboral entre 11/05/2011 à 09/07/2017,
conforme fundamentação no laudo pericial e estabelecido na norma
regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações Insalubres.

___________________________
Ceil Ferreira da Silva Junior
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA MG106871D
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Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida

ANEXOS
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Reclamante: Dirlei Gomes de Almeida

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