Laudo SOFIA Serv - Gerais 10264

PAULO EDUARDO XAVIER E SILVA
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

CREA MG- 231744/D
EXMO. SR. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO

TRABALHO DE SABARÁ/MG.
PROCESSO: 0010264-76.2023.5.03.0094
RECLAMANTE: MICHELLE DOS SANTOS SILVA
RECLAMADA: SOFIA PACHECO F DOS SANTOS
Paulo Eduardo Xavier e Silva, perito designado pelo Juízo na ação

trabalhista em epígrafe, vem, respeitosamente, apresentar o seu laudo
técnico, constituído por 27 (vinte e sete) laudas, oportunidade esta em que
se coloca ao inteiro dispor para quaisquer esclarecimentos adicionais e
agradece a honrosa missão a que lhe foi confiada.
Face às diligências, deslocamentos e elaboração do laudo, o
signatário aproveita para requerer a fixação de seus honorários, o qual
calculou em R$ 3.000,00 (três mil reais).
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Sabará, 29 de junho de 2023.

PERITO OFICIAL
CREA MG - 231744/D
CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

Rua Flor de Jequitibá, nº 25, apto 101 – União, Belo Horizonte/MG – CEP: 31160-280
CREA MG- 231744/D
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PROCESSO: 0010264-76.2023.5.03.0094
RECLAMANTE: MICHELLE DOS SANTOS SILVA
RECLAMADA: SOFIA PACHECO F DOS SANTOS
1) OBJETIVO
O presente Laudo Pericial tem por objetivo apurar a existência de
insalubridade na(s) atividade(s) e local(is) de trabalho da reclamante, em
atendimento a ata de audiência id. c46daea.
2) INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A DILIGÊNCIA

A diligência pericial foi realizada no dia 16 de junho de 2023, às 10h42,
nas dependências da reclamada, situado na BR 381 – nº 94, km 114 – Bairro
Borges – Sabará/MG, local onde foram verificados os tipos de atividades e
as condições ambientais nas quais a reclamante desenvolvia seus labores
habituais e rotineiros para as reclamadas.
As informações sobre as atividades e local de trabalho da reclamante
foram obtidas pelos documentos juntados pelas partes, bem como em
diligência, onde estavam presentes:
- Michelle dos Santos Silva – Reclamante;
- Sofia Pacheco Fernandes dos Santos – Proprietária da reclamada;
- Rtize Pacheco Fernandes dos Santos – Assistente Técnica da reclamada;
- Laiana Alves Teodoro – Serviços Gerais da reclamada (paradigma).
3) DADOS FUNCIONAIS DO RECLAMANTE

Admissão: 13/06/2022
Demissão: 31/10/2022
Função: Serviços Gerais
4) METODOLOGIA ADOTADA PARA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

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A diligência pericial foi desenvolvida em três etapas básicas:

Na primeira, foram apuradas as funções, atividades e locais de
trabalho da reclamante. Para tanto, este perito consultou as fichas e
listagem de registro do empregado e entrevistou as pessoas citadas como
acompanhantes no laudo.
Na segunda etapa, foi feita a verificação qualitativas e/ou
quantitativas dos eventuais agentes de insalubridade com potencial de
causar danos à saúde e integridade física da reclamante, existentes nas suas
atividades e/ou locais de trabalho, tomando-se como referência aqueles
relacionados nos seguintes diplomas legais - Normas Regulamentadoras NR-
06, NR-15 e seus anexos, da Portaria 3214/78 do MTE, sendo adotado o
seguinte procedimento:
- inspeção dos locais de trabalho da reclamante;
- análise de todas as etapas de execução das atividades de atribuição da
reclamante.
Na terceira etapa, para verificação da existência, ou não, da
insalubridade foi feita a avaliação qualitativa e/ou quantitativa dos agentes
de risco identificados na segunda etapa, com base os critérios estabelecidos
nos diplomas legais citados.
5) LOCAL DE TRABALHO E ATIVIDADE DO RECLAMANTE

Conforme apurado em diligência, e com base em informações
prestadas pela reclamante, em suas atividades rotineiras como Serviços
Gerais eram:
- lavar verduras na cozinha;
- lavar vasilhas do café;
- auxiliar a cortar verduras;
- servir a bancada de salada para o almoço;
- arrumar o almoxarifado;
- limpar a cozinha e o salão do refeitório;
- arrumar os quartos (trocar roupa de cama e fazer a limpeza);
- lavar os banheiros dos quartos e fazer recolhimento de lixo dos banheiros e

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dos quartos;
- lavar as varandas do 2º andar;
- lavar os vidros;
- colocar as roupas na maquina de lavar;
- passar roupas de cama.
Informou que ficava responsável pelos quartos do 2º andar, num total
de 10 quartos.
Informou que utilizava sabão, água sanitária, azulim, rodo e vassoura.
Informou que utilizou soda caustica duas vezes para desentupir vaso.
Os produtos utilizados eram de uso domestico e prontos para uso.
Não foi localizado no almoxarifado a soda caustica informada pela
reclamante.
Informou que as atividades de cozinha, quartos e lavanderia eram
realizadas todos os dias, e que lavava as varandas 2 a 3 vezes/semana.
Informou que recebeu os seguintes EPI’s: avental, bota e luvas.
Informou não ter sido treinada e que utilizava.
A Sr. Ritze Pacheco, Assistente Técnica da reclamada, informou que
as atividades informadas não tinham como ser realizadas todos os dias pelo
volume de serviço informado.
A Sra. Sofia Pacheco, proprietária da reclamada, não fez nenhuma
consideração quanto as atividades informadas.
A Sra. Laiana Alves, paradigma da reclamante, informou que laborou
com a reclamante e informou que não se recorda de a reclamante ter
realizado as atividades de auxilio na cozinha e que suas atividades rotineiras
eram:
- arrumar os quartos;
- lavar as varandas e corredores;
- lavar os banheiros incluindo vasos, espelho, piso.
Informou que utiliza azulim, sabão, água sanitária e álcool com media
de 12 quartos por dia e não tinha andar especifico.
De modo a complementar o presente laudo, este perito solicitou
separadamente, através dos respectivos e-mails, que as partes informassem

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a quantidade de frequentadores/hospedes da reclamada, onde a

reclamante informou que a ocupação mensal média do estabelecimento a
sua época era de 25 mensalistas, 10 hospedes e 25 frequentadores de
eventos nos finais de semana. A reclamada, por sua vez, informou que a
ocupação mensal média fica em 30%, não informando, entretanto, qual
seria a ocupação máxima. Em anexo serão juntados os e-mails enviados.
6) AVALIAÇÃO DOS AGENTES INSALUBRES IDENTIFICADOS

6.1 – AGENTES QUIMICOS DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA
6.1.1 – Disposição Normativa
Norma Regulamentadora – NR15 – Anexo 13 – Relação e operações,
envolvendo agentes químicos, considerados insalubres em decorrência de
inspeção realizada no local de trabalho da Portaria 3.214/78 do Ministério do
Trabalho.
A norma determina que a avaliação seja qualitativa, não impondo limites
de tolerância, concentrações, tempo de exposição ou quantidades.
“OPERAÇÕES DIVERSAS”
Atividade ou operação que exponham o
Anexo Percentual
trabalhador
13 Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos 20%
Destaque do Perito
Conforme verificado em diligência, a reclamante, quando da limpeza

nas dependências da reclamada, utilizava produtos de uso doméstico.
Segundo dispõe o Anexo 13 – NR15, a avaliação é qualitativa, ficando
descaracterizada, portanto, a insalubridade por álcalis cáusticos uma vez
que a norma se refere ao produto bruto, em sua composição plena, e não
diluído ou em produtos de limpeza habituais.
Quanto ao uso de soda caustica informada, se tratando de analise
qualitativa e a quantidade de vezes informada pela reclamante, não há o

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que se dizer em enquadramento quando da sua utilização, além de não se

tratar de utilização em atividades rotineiras.
Desta forma, fica descaracterizada a insalubridade para tais agentes.
6.2 – RISCO BIOLÓGICO

6.2.1 – Disposição Normativa
Norma Regulamentadora – NR15 – Anexo 14 – Agentes Biológicos. Relação
das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa.
Grau de insalubridade
Trabalhos ou operações, em contato permanente,
Anexo Percentual
com:
- esgotos (galerias e tanques); e
14 40%
- lixo urbano (coleta e industrialização)
Destaque do Perito
Conforme verificado em diligência, ficou constatado que a

reclamante realizava a limpeza dos banheiros, bem como fazia o
recolhimento de lixo dos mesmos bem como dos quartos.
A Súmula 47 do TST prevê que o contato intermitente equivale ao
permanente para efeitos de caracterização da insalubridade, onde sumula
47 diz que: “O trabalho executado, em caráter intermitente, em condições
insalubres, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do
respectivo adicional.”
Venho informar que a análise do referido agente é de análise
qualitativa e não quantitativa. E mais, não compete a este perito adentrar
na discussão acerca da definição ou conceituação acerca do que seja
habitual, eventual ou permanente. A exposição do obreiro, desde que
rotineira conforme as atividades descritas e apuradas em diligência,
independentemente do tempo de exposição, já têm caracterizada o risco
de forma normatizada para o referido agente de risco biológico.
Quanto ao CONTATO PERMANENTE, tecnicamente, o mesmo não
significa que a reclamante deva trabalhar ininterruptamente, durante toda

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a sua jornada de trabalho, e até mesmo sem intervalos, ou que foi excluído
do sentido técnico do termo aquilo que não é eventual, mas, ao contrário,
acontece com muita frequência, diária e habitualmente.
Em maio de 2014, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) editou a
Resolução 194/2014, dando nova redação ao item II da Súmula n. 448 para
equiparar a higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo
de grande circulação e a respectiva coleta de lixo à coleta de lixo urbano
e industrialização a que se refere o anexo 14 da Portaria n. 3.214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego para fins de pagamento do adicional de
insalubridade em grau máximo:
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA
REGULAMENTADORA No 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO No
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
(conversão da Orientação Jurisprudencial no 4 da SBDI-1 com nova
redação do item II) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e
23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo
necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de
grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à
limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional
de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da
NR-15 da Portaria do MTE no 3.214/78 quanto à coleta e industrialização
de lixo urbano.
Diante do que foi apurado de forma quantitativa, tendo em vista o
número de hospedes informado, ainda que a norma não determine um
número mínimo de pessoas que utiliza os vasos sanitários e banheiros bem
como o recolhimento de lixo destes locais, não há como equiparar o lixo
recolhido pela reclamante com o que é coletado em residências ou
escritórios e sim, pode ser equiparado com o lixo urbano, haja visto tratar de
local de uso público e/ou coletivo de grande circulação de pessoas. No

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novo entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, os vasos sanitários são

o ponto inicial do esgoto e, o lixo recolhido nos banheiros públicos ou de
grande utilização não se diferencia do urbano, a não ser quanto à fase da
coleta. A situação de limpeza de sanitários e coleta de lixo em locais
públicos ou privados e/ou coletivo de grande circulação de pessoas, onde
transita um elevado e indistinto número de pessoas, merece tratamento
diferenciado, ante os riscos e malefícios à saúde no ambiente laborativo,
com a efetiva presença de agentes biológicos reconhecidamente
agressivos ao organismo humano nos sanitários de grande circulação.
Efetivamente, o material manuseado pela reclamante não é mero lixo
domiciliar ou de escritório, que, em regra, não atenta contra a saúde do
profissional.
No caso em tela, a insalubridade é inerente à atividade, não havendo
eliminação com o uso de EPI´s, restando, portanto, caracterizada a
insalubridade, durante todo o pacto laboral, em grau máximo, 40%.
7) EPI’S
7.1 – Não restou comprovada através das fichas de EPI nenhum entrega de
equipamento de proteção a reclamante e nem mesmo treinamentos
quanto ao uso de EPI´s.
7.2 – A reclamada não atende ao disposto no item 6.6.1 da Norma

Regulamentadora – NR6 – Equipamentos de Proteção Individual:
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

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g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.
7.3 – A reclamada não atende ao disposto no item 6.7 da Norma

Regulamentadora - NR 06 – Equipamento de Proteção Individual:
6.7 Treinamentos e informações em segurança e saúde no trabalho
6.7.1 As informações e treinamentos referidos nesta NR devem atender às
disposições da NR-01.
6.7.2 Quando do fornecimento de EPI, a organização deve assegurar a
prestação de informações, observadas as recomendações do manual de
instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do EPI, em especial
sobre:
a) descrição do equipamento e seus componentes;
b) risco ocupacional contra o qual o EPI oferece proteção;
c) restrições e limitações de proteção;
d) forma adequada de uso e ajuste;
e) manutenção e substituição; e
f) cuidados de limpeza, higienização, guarda e conservação.
6.7.2.1 A organização deve realizar treinamento acerca do EPI a ser
fornecido, quando as características do EPI requeiram, observada a
atividade realizada e as exigências estabelecidas em Normas
Regulamentadoras e nos dispositivos legais.
7.4 – Desta forma, a reclamada não atende a NR15 – Atividades e

Operações insalubres da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego:
15.4.1 – A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
Letra “B” – Com a utilização de equipamentos de proteção individual.
Ainda assim não há o que se falar em neutralização/eliminação da

exposição ao risco biológico com a utilização de EPI.

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8) ENQUADRAMENTO LEGAL
8.1 – NÍVEIS DE RUÍDO CONTÍNUO – NR 15 / ANEXO 1
Inexistente.
8.2 – NÍVEIS DE RUÍDO DE IMPACTO – NR 15 / ANEXO 2
Inexistente.
8.3 – CALOR – NR 15 / ANEXO 3
Inexistente.
8.4 – RADIAÇÕES IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 5
Inexistente.
8.5 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS NR 15 /ANEXO 6
Inexistente.
8.6 – RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES – NR 15 / ANEXO 7
Inexistente.
8.7– VIBRAÇÕES – NR 15 / ANEXO 8
Inexistente.
8.8– FRIO – NR 15 / ANEXO 9
Inexistente.
8.9 – UMIDADE – NR 15 / ANEXO 10
Inexistente.
8.10 – AGENTES QUÍMICOS COM L. TOLERÂNCIA – NR 15/ANEXO 11
Inexistente.
8.11 – POEIRAS MINERAIS – NR 15 / ANEXO 12
Inexistente.
8.12 – AGENTES QUÍMICOS DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA – NR 15 / ANEXO 13
Caracterizada a exposição durante todo o pacto laboral em grau máximo,
40% durante todo o pacto laboral.
8.13 - AGENTES BIOLÓGICOS – NR 15 / ANEXO 14
Inexistente.
9) QUESITOS DA RECLAMADA (Id b399cd8)

1.Qual era a função exercida pelo Reclamante?
R.: Serviços Gerais.

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2.Quais eram as atividades exercidas pelo Reclamante? Descreva

detalhadamente o ciclo das atividades.
R.: Conforme apurado em diligência, e com base em informações prestadas
pela reclamante, em suas atividades rotineiras como Serviços Gerais eram:
dos quartos;
- lavar os vidros;
com a reclamante e informou que não recorda de a reclamante ter
eram:
3.Houve mudança de função ou de setor durante o período reclamado?

Caso positivo, apresente detalhes tais como ajudante de cozinha,
camareira etc.
R.: Conforme apurado em diligencia, não.
4.Houve afastamento do Reclamante no período laboral com atestado

médico? Qual ou quais períodos?

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R.: Não compete a este perito tal analise.

R.: Prejudicado.
5.O Reclamante laborou exposto a algum agente insalubre nos termos da

NR? Se positivo, qual (is)?
R.: Conforme apurado em diligencia, sim.
R.: Agente de risco biológico.
6.Em quais locais a Reclamante desenvolvia suas atividades diárias?

Descreva.
R.: Nas dependências da reclamada. Vide fotos em anexo.
7.Havia no momento da diligência paradigmas realizando atividades?

Descreva as atividades.
R.: Sim.
R.: A Sra. Laiana Alves, paradigma da reclamante, informou que laborou
com a reclamante e informou que não recorda de a reclamante ter
eram:
8.A Reclamante somente utilizava produtos domissanitários ou comuns?

R.: Os produtos utilizados pela reclamante eram de uso domestico.
9. O dimensionamento dos sanitários é compatível com a população que o

utiliza? Responda sim ou não, caso negativo justifique com base na NR24.
R.: Não foi objeto da presente pericia tal analise.

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10.há utilização de produtos com pH acima de 13 (álcalis cáusticos)?

Responda sim ou não, caso negativo, apresente foto in loco e FISPQ do
produto.
R.: Os produtos utilizados pela reclamante eram de uso domestico.
11.Na função da Reclamante ela utilizada o uso de Equipamento de

Proteção Individual (EPI’s)? Quais?
R.: Não restou comprovado a entrega dos EPI’s através da ficha de EPI e
desta forma não foi possível verificar o C.A dos mesmos, muito embora a
reclamante tenha informado o recebimento, restando impossibilitada
qualquer análise técnica quanto aos informados.
12.Há no local funcionários especializado em limpeza, manutenção e desde

o evento COVID-19, cuja responsabilidade de desinfecção é dele.
R.: Conforme informado pela reclamada, sim.
10) QUESITOS DA RECLAMANTE (Id 743faf0)

1. Informe o local, data e hora da diligência técnica;
R.: Vide item 2 do corpo do laudo.
2. Informe quais agentes insalubres foram abordados nos trabalhos, inclusive

se houve pesquisa das atividades higienização de instalações sanitárias de
uso coletivo, exposto aos agentes insalubres, como: dejetos humanos, lixo
não doméstico, produtos químicos não diluídos, dentre outros;
R.: Vide item 6 do corpo do laudo.
3. Informar quantas pessoas usam o banheiro em média diariamente;

R.: Restou apurado que o numero de quartos limpos pela reclamante eram
aproximadamente 10 por dia, não sendo informado o numero de pessoas.
Ainda assim a analise é qualitativa e não quantitativa.
4. Informar se tem conhecimento da sumula do 448 do TST:

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ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃONA NORMA

REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DOMINISTÉRIO DO TRABALHO Nº
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II) –Res. 194/2014,
DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo
necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de
grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à
limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de
insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15
da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo
urbano. (grifo nosso)
1. Informar se levou em consideração a sumula 448 do TST em sua avaliação.
R.: Sim.
2. Descreva as atividades do Reclamante;

R.: Conforme apurado em diligência, e com base em informações prestadas
pela reclamante, em suas atividades rotineiras como Serviços Gerais eram:
dos quartos;
- lavar os vidros;

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com a reclamante e informou que não se recorda de a reclamante ter
eram:
3. Aponte o período da prestação de serviços objeto da perícia (data de
início e fim do contrato de trabalho), informando quem prestou tais
declarações.
R.: Admissão: 13/06/2022
Demissão: 31/10/2022.
4. Descreva o local de trabalho do Reclamante;

R.: Nas dependências da reclamada.
5. Descreva os riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos a que estava

exposto o Reclamante;
R.: Restou apurada a caracterização para agente de risco biológico
conforme descrito no item 6.2 do corpo do laudo.
6. Foram necessárias a realização de medições?

R.: Não.
7. Quais equipamentos foram utilizados para as medições?

R.: Prejudicado.
8. Qual a validade da calibragem desses equipamentos?

R.: Prejudicado.

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9 .As medições foram transcritas no laudo?

R.: Não se fez necessária nenhuma medição de agente quantitativo.
10. Os EPI’s eventualmente fornecidos eram suficientes para neutralizar os

agentes insalubres? Eles eram substituídos regularmente, de acordo com a
norma técnica?
R.: Não restou comprovado a entrega dos EPI’s através da ficha de EPI e
desta forma não foi possível verificar o C.A dos mesmos, muito embora a
reclamante tenha informado o recebimento, restando impossibilitada
qualquer análise técnica quanto aos informados.
11. Foi detectada insalubridade nas atividades desenvolvidas pelo Obreiro?

Em que grau?
R.: Sim.
R.: Grau máximo, 40%.
12. Queira o Ilustre Expert prestar os demais esclarecimentos que a boa

técnica exige para elucidar o caso
R.: Nada a acrescentar.
11) CONCLUSÃO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Com base na inspeção realizada, nas informações recebidas, nas
disposições da NR 15 e legislação pertinente da Portaria 3.214/78 do
Ministério do Trabalho, conclui-se que: no desempenho de suas atividades
rotineiras ficava a reclamante exposto agente de risco biológico, conforme
Anexo 14, restando, portanto, RESTA, CARACTERIZADA A INSALUBRIDADE, em
grau máximo, 40%, durante todo o período não prescrito.
Sabará, 29 de junho de 2023.

PERITO OFICIAL

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Anexo 1 – Fotos do ex-local de trabalho da reclamante

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PAULO EDUARDO XAVIER E SILVA

ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

EXMO. SR. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO

Paulo Eduardo Xavier e Silva, perito designado pelo Juízo na ação

PAULO EDUARDO XAVIER E SILVA

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

LAUDO TÉCNICO PERICIAL

2) INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A DILIGÊNCIA

3) DADOS FUNCIONAIS DO RECLAMANTE

4) METODOLOGIA ADOTADA PARA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

A diligência pericial foi desenvolvida em três etapas básicas:

5) LOCAL DE TRABALHO E ATIVIDADE DO RECLAMANTE

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

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a quantidade de frequentadores/hospedes da reclamada, onde a

6) AVALIAÇÃO DOS AGENTES INSALUBRES IDENTIFICADOS

13 Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos 20%

Conforme verificado em diligência, a reclamante, quando da limpeza

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

que se dizer em enquadramento quando da sua utilização, além de não se

6.2 – RISCO BIOLÓGICO

Conforme verificado em diligência, ficou constatado que a

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

novo entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, os vasos sanitários são

7.2 – A reclamada não atende ao disposto no item 6.6.1 da Norma

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

7.3 – A reclamada não atende ao disposto no item 6.7 da Norma

7.4 – Desta forma, a reclamada não atende a NR15 – Atividades e

Ainda assim não há o que se falar em neutralização/eliminação da

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

9) QUESITOS DA RECLAMADA (Id b399cd8)

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

2.Quais eram as atividades exercidas pelo Reclamante? Descreva

3.Houve mudança de função ou de setor durante o período reclamado?

4.Houve afastamento do Reclamante no período laboral com atestado

CEL: (31) 99581-3555 - e-mail: pauloxavierpericia@gmail.com

R.: Não compete a este perito tal analise.

5.O Reclamante laborou exposto a algum agente insalubre nos termos da

6.Em quais locais a Reclamante desenvolvia suas atividades diárias?

7.Havia no momento da diligência paradigmas realizando atividades?

8.A Reclamante somente utilizava produtos domissanitários ou comuns?

9. O dimensionamento dos sanitários é compatível com a população que o

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10.há utilização de produtos com pH acima de 13 (álcalis cáusticos)?

11.Na função da Reclamante ela utilizada o uso de Equipamento de

12.Há no local funcionários especializado em limpeza, manutenção e desde

10) QUESITOS DA RECLAMANTE (Id 743faf0)

2. Informe quais agentes insalubres foram abordados nos trabalhos, inclusive

3. Informar quantas pessoas usam o banheiro em média diariamente;

4. Informar se tem conhecimento da sumula do 448 do TST:

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ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃONA NORMA

2. Descreva as atividades do Reclamante;

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- colocar as roupas na maquina de lavar;

4. Descreva o local de trabalho do Reclamante;

5. Descreva os riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos a que estava

6. Foram necessárias a realização de medições?

7. Quais equipamentos foram utilizados para as medições?

8. Qual a validade da calibragem desses equipamentos?