O documento discute a divergência entre o STF e o STJ sobre enquadrar a interceptação de TV a cabo como furto. O STF entende que não se pode caracterizar o sinal de TV como energia para aplicar analogia ao crime de furto. Já o STJ vê o sinal como equiparável à energia elétrica permitindo enquadrar a conduta no artigo 155 do Código Penal.
O documento discute a divergência entre o STF e o STJ sobre enquadrar a interceptação de TV a cabo como furto. O STF entende que não se pode caracterizar o sinal de TV como energia para aplicar analogia ao crime de furto. Já o STJ vê o sinal como equiparável à energia elétrica permitindo enquadrar a conduta no artigo 155 do Código Penal.
O documento discute a divergência entre o STF e o STJ sobre enquadrar a interceptação de TV a cabo como furto. O STF entende que não se pode caracterizar o sinal de TV como energia para aplicar analogia ao crime de furto. Já o STJ vê o sinal como equiparável à energia elétrica permitindo enquadrar a conduta no artigo 155 do Código Penal.
Turma: Direito/Manhã Professor: Wagner Arandas Aluna: Lyssandra Maria Eloy da Hora Teti RA: 2010812299
Atividade - Posicionamento dos Tribunais Superiores (STF e STJ) sobre a
aplicação da analogia na interceptação de TV a Cabo
O crime de furto é previsto no Título II do Código Penal, e segundo
descreve o artigo 155, consiste a conduta em subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, com pena de reclusão, de um a quatro anos, além da multa. Na ação de subtrair, se tem a ideia de tirar ou apoderar-se alguma coisa de algum lugar, devendo ser a coisa alheia e ainda, deve ser móvel, com a consequente diminuição do patrimônio da vítima.
Atualmente ainda não há consenso jurisprudencial relacionado ao
enquadramento ou não da interceptação de TV a cabo no art. 155, parágrafo 3º do código penal brasileiro, já que o Supremo Tribunal Federal tem posicionamento divergente do Superior Tribunal de Justiça.
O Supremo Tribunal Federal se posicionou que no sentido de que
aquele que intercepta sinal de TV a cabo clandestinamente não pode ser punido na forma do art. 155, parágrafo 3º do CPB, já que não se pode admitir a interpretação flexível de caracterizar o sinal de TV como energia. Em seus julgados, o STF defende que por o sinal de TV a cabo não ser energia, enquadra-lo no parágrafo terceiro do art. 155, seria aplicação de uma analogia in malam partem para complementar a norma, pois nesse caso a conduta seria atípica. Exemplo de um julgado do STF que traz esse entendimento é o RHC – 97816. Porém, para o Supremo Tribunal de Justiça, a interceptação de TV a cabo, caracteriza-se como furto simples, se enquadrando no art. 155, parágrafo 3º do CPB, pois o sinal de TV a cabo pode ser equiparado à energia elétrica. Exemplo desse entendimento é o julgado do RHC 30847/RJ.