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NOME: Vinicius Martins Da Silva

MATRICULA: 20201007907
DISCIPLINA: Toxicologia
PROFESSOR: Sergio Leite
TURMA: SGT 331

BTX (Benzeno, Tolueno e Xileno)

DUQUE DE CAXIAS
2023
BENZENO

CARACTERIZAÇÃO
C6H6 – Benzeno é um líquido volátil, inflamável, transparente, incolor e
altamente tóxico, com odor aromático característico.
Tem como propriedade ser um solvente orgânico que forma a base dos
hidrocarbonetos aromáticos, pois estes possuem obrigatoriamente um anel ou núcleo
de benzeno.
As principais fontes dos hidrocarbonetos aromáticos são a destilação do carvão
mineral em coquerias e diversas operações petroquímicas, em particular a reforma
catalítica, a destilação do petróleo cru e a alquilação de hidrocarbonetos aromáticos
menores, sendo estes processos importantes fontes de exposição ao benzeno. As
principais fontes de produção do benzeno no Brasil, atualmente, encontram-se
concentradas nos centros de produção petroquímica e refino de petróleo, nos parques
de Camaçari/BA, Triunfo/RS, Capuava/SP e Cubatão/SP, que são responsáveis por
aproximadamente 95% da produção nacional. O restante da produção nacional, cerca
de 5%, provém da destilação fracionada de óleos leves de alcatrão e BTX (benzeno,
tolueno, xileno), obtido a partir da destilação seca do carvão mineral nas Siderúrgicas.

USOS E EXPOSIÇÃO
Do total do benzeno produzido no Brasil, 83%, em média, destinam-se ao
consumo nacional, 15% à exportação, e o restante permanece em estoque.
Pode-se dividir a exposição ao benzeno em:
 Contaminante potencial em concentrações muito baixas (por volta de 1 ppm ou
menos): nas refinarias de petróleo que não possuem unidades de reforma
aromática, o benzeno pode estar presente como contaminante atmosférico nas
principais fontes emissoras de hidrocarbonetos aromáticos; unidades de
craqueamento catalítico, extração de aromáticos a fenol, tancagem de petróleo
e derivados, vasos de processos, compressores, regeneração do catalisador,
sistema de vácuo e sistema blow down. Os campos de perfuração e os
terminais também são fontes emissoras de hidrocarbonetos aromáticos, mas
dependem do teor de benzeno do petróleo cru, que em geral é muito baixo
(<1%).
 Produto puro ou em mistura com alto de teor de benzeno, aos quais
potencialmente podem ocorrer exposições elevadas (>1 ppm): nas unidades
de reforma aromática nas refinarias que as possuem, na cadeia produtiva da
indústria petroquímica, iniciando nas produtoras do benzeno a partir da nafta
petroquímica, e nos utilizadores dos benzeno como matéria-prima para síntese
de produtos petroquímicos básicos (etilbenzeno, cumeno, caprolactama, alquil-
benzeno linear e anidrido maléico, etc.). A maior parte da produção de benzeno
(95%)está nestas atividades. Há ainda as usinas siderúrgicas que produzem
coque e há potencialmente exposição de benzeno em coquerias, usinas de
benzol e gás de coqueria (dependendo do tratamento do mesmo).
 Presença de benzeno excepcional: a Portaria Interministerial/MS/MTb n.º
3/1982 limitou a sua presença em no máximo 1% em volume em misturas de
solventes, mas até meados dos anos 80 o benzeno ainda podia ser encontrado
como componente de misturas de solventes, como thinner, tintas, colas, etc.
Nos anos 90, contudo, não se tem verificado a presença deste composto em
solventes a não ser como traços, eventualmente. A colocação de benzeno em
solventes é criminosa.
 Outras utilizações: o benzeno ainda pode ser utilizado como solvente em
laboratórios de química (em ensino ou indústria), na produção de álcool anidro
(é previsto para breve o fim desta permissão) e ainda pode ser encontrado na
gasolina, em geral em baixas percentagens, exceto em gasolinas de alta
octanagem

Doenças Causalmente Relacionadas ao Benzeno


 Leucemias (C91- e C95.)
 Síndromes Mielodisplásicas (D46.)
 Anemia Aplástica devida a outros agentes externos (D61.2)
 Hipoplasia Medular (D61.9)
 Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-)
 Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70)
 Outros transtornos especificados dos glóbulos brancos: Leucocitose, Reação
Leucemóide (D72.8)
 Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos)
 Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença,
lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) (Tolueno e outros solventes
aromáticos neurotóxicos)
 Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não-especificado (F09.-) (Tolueno
e outros solventes aromáticos neurotóxicos)
 Episódios depressivos (F32.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos
neurotóxicos)
 Neurastenia (Inclui Síndrome de Fadiga) (F48.0) (Tolueno e outros solventes
aromáticos neurotóxicos)
 Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
 Hipoacusia Ototóxica (H91.0) (Tolueno e Xileno)
 Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-)
 Efeitos Tóxicos Agudos (T52.1 e T52.2)

TOLUENO
O tolueno é um líquido incolor com odor aromático. Na forma pura contém
traços de benzeno como impureza (menos que 0,01%). O produto comercial pode
conter até 25% de benzeno. O principal uso do composto é como mistura (benzeno-
tolueno-xileno – BTX) na gasolina. Também é empregado como solvente em tintas,
revestimentos, óleos e resinas, matéria-prima na produção de benzeno, fenol e outros
solventes orgânicos, e na fabricação de polímeros e borracha.

Comportamento No Ambiente
A substância é liberada para o ar principalmente por volatilização de solventes
à base de tolueno e emissão veicular. A concentração média de tolueno no ar de áreas
urbanas varia de 2 a 200 µg/m3 , com valores mais elevados em locais com tráfego
intenso. Existem relatos de concentrações entre 0,2 e 4 µg/m3 no ar de áreas rurais
e de 17 a 1.000 µg/m3 em ambientes internos. Geralmente os níveis do composto no
ar de ambientes internos são mais elevados devido ao uso de solventes e tintas e da
presença de fumaça do cigarro, já que o tolueno é um dos principais componentes da
fumaça do cigarro. Na água, foram relatadas concentrações entre 1 e 5 µg/L de
tolueno em água superficial e de 0,2 a 1,1 mg/L em água subterrânea.

Exposição Humana E Efeitos Na Saúde


A principal via de exposição ao tolueno é por inalação e sua ação tóxica ocorre
no sistema nervoso central (SNC). Os efeitos da exposição a baixas concentrações
do composto são: fadiga, sonolência, debilidade e náusea. Esses sinais e sintomas
geralmente desaparecem quando cessa a exposição. A inalação por longo prazo pode
irritar as vias aéreas superiores e olhos e causar dor de garganta, tontura e cefaleia.
Nos casos mais graves pode ocorrer diminuição auditiva e até surdez. A FIT foi
elaborada com informações básicas sobre a substância química e os efeitos à saúde
humana na exposição ambiental. Vários fatores influenciam os possíveis danos à
saúde e a gravidade dos efeitos, como a via, dose e a duração da exposição, a
presença de outras substâncias e as características do indivíduo. Tolueno Animais
expostos ao composto apresentaram atraso no desenvolvimento do feto, anomalias
no esqueleto, perda de peso e neurotoxicidade no desenvolvimento. A Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o tolueno no grupo 3 - não
classificável quanto a carcinogenicidade. Esta categoria comumente é usada para
agentes para os quais a evidência de carcinogenicidade é inadequada para o ser
humano e inadequada ou limitada para animais de experimentação.

Xileno
O xileno é um hidrocarboneto aromático constituído por uma mistura de 3
isômeros: ortoxileno (o-xileno), meta-xileno (m-xileno) e para-xileno (p-xileno). O
xileno comercial geralmente contém 20% do isômero orto, 40% do meta e 20% do
para-xileno, com 15% de etilbenzeno e pequenas quantidades de outros
hidrocarbonetos aromáticos. Os 3 xilenos são usados individualmente como matéria-
prima em vários processos industriais, como na indústria química, de plásticos, de
couro, de tecidos e de papéis, além de serem empregados como componentes de
detergentes, solventes para tintas e lacas, revestimentos e adesivos, em mistura da
gasolina, entre outros.

Comportamento no ambiente
Os xilenos são liberados para o ar atmosférico como emissão fugitiva de fontes
industriais, por exaustão veicular e volatilização por seu uso como solvente. As
concentrações médias de xileno no ar atmosférico de áreas urbanas variam de 3 a
390 µg/m3, enquanto que no ar de ambientes internos estão entre 5,2 e 29 µg/m3 e
podem ser mais elevadas (200 µg/m3) na presença de fumaça de cigarro. As
concentrações basais médias em águas subterrâneas não contaminadas geralmente
são inferiores a 0,1 µg/L
Exposição humana e efeitos na saúde
A principal via de exposição humana ao xileno é a inalatória. O composto é
irritante dos olhos, pele e mucosas. A inalação por curto prazo pode causar dispneia,
irritação dos olhos e garganta, vômito, desconforto gástrico, entre outros sintomas.
Trabalhadores que inalaram misturas de xilenos por longos períodos apresentaram
narcose, irritação do trato respiratório e edema pulmonar
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica os xilenos no
grupo 3 - não classificável quanto a carcinogenicidade. Esta categoria comumente é
usada para agentes para os quais a evidência de carcinogenicidade é inadequada
para o ser humano e inadequada ou limitada para animais de experimentação.

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