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O sete é o número místico por excelência. Ele goza de uma série de
privilégios, não apenas entre os ocultistas como também em todas as
religiões e seitas, das mais primitivas as mais modernas.
No livro da Gênesis, por exemplo, vamos encontrar o sete como o número
da Criação. No primeiro dia Deus criou a luz, separando-a das trevas; no
segundo dia Deus criou a abóbada celeste, separando as águas de cima das
águas de baixo; no terceiro, criou a terra firme, separando-a das águas, e
espalhou nela a vegetação; no quarto, criou o Sol, a Lua e as estrelas; no
quinto dia criou os peixes, os monstros marinhos e os pássaros; no sexto,
criou os animais, os répteis e o homem; e, no sétimo dia, Ele descansou.
São sete as ciências naturais, são sete as virtudes, são sete os pecados
capitais, assim como são sete os sacramentos, as notas musicais, os gênios
persas, os arcanjos judaico-cristãos.
7 - Livrai-nos do mal.
Os gregos tinham ainda três destinos, três fúrias e três graças. Os deuses
eram sempre representados com um triplo instrumento de poder: o tridente
de Netuno, o raio triplo de Júpiter. Os antigos imaginavam o mundo composto
de três partes: céu, terra e subsolo. Assim, o homem tinha que ser dividido
em três partes, a saber: corpo, alma e mente. A mente se subdivide em
consciente, subconsciente e superconsciente (ego, superego e id).
Porém, o uso mais claro do poder divino do número três é a descrição que
normalmente se faz da divindade como sendo trina. No dogma cristão esse
aspecto aparece quando se afirma que Deus é Um na essência mas possui
três aspectos distintos, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo. Entre os nórdicos
a divindade também possuía o seu aspecto triplo: Har, Janfar, Thridi.
Quanto aos hindus, todos sabem que eles adoravam separadamente as três
divindades distintas: Brahma, Siva e Vishnu. Porém, a primeira lição
ensinada aos discípulos na iniciação aos mistérios profundos era de que esta
separação é ilusória, sendo que os três representam aspectos do Uno.
Três é, portanto, o número das forças da Criação. Essas forças são
representadas por dois pólos que se opõem e um terceiro fator de interação e
equilíbrio. Nesse sentido, o símbolo real da divindade é o triângulo eqüilátero.
Ora, colocando-se um triângulo com um dos vértices voltado para cima
(símbolo do superior) sobre um triângulo com um dos vértices voltado para
baixo (símbolo do inferior), teremos a estrela de Salomão. Colocando-se um
ponto no centro dessa estrela (ou um círculo á sua volta) teremos novamente
o número sete, simbolizando aqui o encontro do homem com Deus.
Não podemos nos esquecer que são quatro as estações do ano (primavera,
verão, outono, inverno); são quatro as fases da Lua (crescente, minguante,
nova e cheia); são quatro as partes do dia (madrugada, manhã, tarde e
noite); tudo isso equivale as quatro fases da vida do homem (nascimento,
crescimento, maturidade e morte).
Mas enfim, seja qual for a sua forma, o número quatro se relaciona sempre
ao mundo físico (ou terrestre) em oposição ao número três, que se refere ao
divino (espiritual). Assim sendo, o número sete (3 + 4) é, sem dúvida alguma,
o número da Criação.
Os sete chacras, segundo a tradição da hatha-ioga. O iogue busca atingir
cada um dos chacras, até chegar ao sétimo - a perfeição.
O sete é o único número simples para o qual não existe regra fácil se
quisermos saber se ele é fator de um determinado número. O sete é um
número primo e o único a não ser aritmeticamente nem múltiplo nem divisor
de um outro número entre 1 e 10. 0 sete é, sem dúvida alguma, um número
diferente. Parece que o seu segredo é propriedade dos deuses.
Entre os judeus, o sete adquire uma importância muito especial, não apenas
para os cabalistas (a cabala é a doutrina secreta do judaísmo), mas mesmo
entre os membros da religião oficial. O sete está presente em um dos
principais objetos do culto, ou seja, a menorah, o candelabro de sete braços.
E o sete aqui possui uma função bern definida. Acendem-se as sete velas do
Candelabro antes da oração do Shabat, isto é, quando tem início o descanso
do sábado, o dia sagrado. A luz da vela simboliza a consciência individual,
em oposição a luz do sol (o Shabat tem início quando surge a primeira estrela
no céu da sexta-feira), que é o símbolo da consciência universal. Assim, o
candelabro de sete braços refere-se não apenas aos sete dias da Criação
(incluindo-se evidentemente o Shabat, dia do descanso), mas também ao
impacto que as leis divinas causaram sobre os homens. Sete são os planetas
da antigüidade. Assim, a luz da vela do braço central simboliza o repouso
com relação às seis luzes “planetárias” e significa a consciência que o povo
judeu tem acerca de Deus: “Estai quietos e ficai sabendo que Eu sou Deus”.
Esta ordem é a razão de ser do descanso sabático.
Por outro lado, é muito interessante o simbolismo numérico das seis luzes
exteriores. Essa disposição mostra que os defeitos dos três princípios da
criação se encontram polarizados no homem, uma vez que cada par de luzes
ocupa extremos opostos dos três ramos semicirculares. Isto significa que o
princípio de exteriorização pode manifestar-se como sociabilidade de um lado
e como agressividade do outro. Os princípios de reconciliação estão no único
lugar onde a polarização não aparece, ou seja, no centro. Mas o centro é o
próprio homem.
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