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Numerologia

  MISTÉRIOS DO NÚMERO SETE

                                No momento em que Planeta completa o seu sétimo aniversário, não


poderiamos deixar de nos perguntar o significado numerológico desse
acontecimento. Para isso, resolvemos fazer uma especulação filosófica geral
em torno do sete. Esse número apresenta-se como sendo, místico,
misterioso, aritmeticamente “esquisito” e, principalmente, como sendo o
número da Criação. Ao identificá-lo com a soma de 3 (Trindade Divina) mais
4 (os quatro elementos do número físico), o sete surge como a união do
homem com Deus.

  por ANTONIO ZAGO

  O sete é o número místico por excelência. Ele goza de uma série de
privilégios, não apenas entre os ocultistas como também em todas as
religiões e seitas, das mais primitivas as mais modernas.

  Não bastasse ser o número da Criação — 3 (o céu) + 4 (a terra) = 7 — , é


também o número que indica a relação viva entre o divino e o humano. Isso
está mais ou menos implícito na estrela de Salomão, onde dois triângulos se
cruzam: um ascendente e outro descendente. As seis pontas, mais o ponto
central, somam o sete místico, simbolizando a união do céu e da terra, do
Bem e do Mal, do divino e do humano.
Os sete selos de São João: simbologia numerológica do Apocalipse.

    Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do


número sete. Mas a Bíblia, pela proximidade com a nossa cultura, é o livro
que mais tem atraído a nossa atenção. Contam-se ás centenas os exemplos
da força e do poder do número sete na nossa Bíblia.

  No livro da Gênesis, por exemplo, vamos encontrar o sete como o número
da Criação. No primeiro dia Deus criou a luz, separando-a das trevas; no
segundo dia Deus criou a abóbada celeste, separando as águas de cima das
águas de baixo; no terceiro, criou a terra firme, separando-a das águas, e
espalhou nela a vegetação; no quarto, criou o Sol, a Lua e as estrelas; no
quinto dia criou os peixes, os monstros marinhos e os pássaros; no sexto,
criou os animais, os répteis e o homem; e, no sétimo dia, Ele descansou.

  “Assim foram acabados o céu e a terra e todos os seus ornatos. E Deus


acabou no sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou no sétimo dia de
toda a obra que tinha feito. E abençoou o dia sétimo, e o santificou, porque
nele tinha cessado de todo a sua obra, que tinha criado e feito”. Gênesis, 2,
1-3.

  Assim, desde a criação do mundo, um tempo foi imprimido ao ritmo


universal quando Deus decidiu que a semana teria sete dias e não cinco ou
dez. Como disse Ray Bradbury, “Os sete dias estão inscritos em nosso
sangue em letras de fogo. . .“. Ao mesmo tempo, Deus dedicou o sétimo dia
ao descanso. O sétimo dia é sagrado.

  O padre-nosso cristão e a simbologia do sete

  São sete as ciências naturais, são sete as virtudes, são sete os pecados
capitais, assim como são sete os sacramentos, as notas musicais, os gênios
persas, os arcanjos judaico-cristãos.

 No próprio cristianismo vamos encontrar o sete na base da sua principal


oração. O padre-nosso inicia com uma invocação e termina com uma
dedicatória. Entre o princípio e o fim vamos encontrar sete petições:

 1- Santificado seja o Vosso nome;

2 - Venha a nós o Vosso reino;

3 - Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu;

4 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje;

      5 - Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos


devedores;

6 - Não nos deixeis cair em tentação;

7 - Livrai-nos do mal.

 Como vemos, das sete petições presentes no padre-nosso as três primeiras


são dirigidas a Deus e as quatro seguintes ao homem. Isso nos remete a um
outro mistério que cerca o número sete enquanto número da Criação. O sete
é a junção do 3 (divino) e do 4 (físico e humano).

 Anteriormente, no Livro da Gênesis, víramos que Deus, ao criar o mundo,


dedicou os três primeiros dias à criação dos “campos” onde as criaturas
agiriam nos quatro dias restantes.
 Essa divisão é válida e pode ser observada na maioria dos exemplos onde o
sete servir de base. Nas sete virtudes, três são sobrenaturais (fé, esperança,
caridade) e quatro são cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
Os sete pecados capitais se dividem em três que pertencem ao espírito
(soberba, ira, inveja) e quatro que pertencem ao corpo (luxúria, gula, avareza
e preguiça). Dos sete sacramentos da igreja católica, três se referem a vida
espiritual (batismo, confirmação, eucaristia) e os quatro restantes referem-se
á vida mundana (penitência, ordem, matrimônio, extrema-unção). Portanto,
para entendermos totalmente o significado do número sete, temos que
analisar anteriormente os números 3 e 4, ou seja, o ternário e o quaternário.

A Trindade Divina é uma parte do sete

  Na Grécia antiga, entre os pitagóricos, o 3 era considerado o número


perfeito por ter princípio, meio e fim. Por essa razão, o 3 era considerado o
símbolo do divino.

    

O círculo da eternidade, com os triângulos superior (Deus) e inferior (homem)


tendendo para direções opostas, uma vez que estão em luta constante.
Resolvido este impasse, o homem reconhecerá que o seu Eu, seu Centro
(ponto central), é o mesmo que o de Deus.

  Os gregos tinham ainda três destinos, três fúrias e três graças. Os deuses
eram sempre representados com um triplo instrumento de poder: o tridente
de Netuno, o raio triplo de Júpiter. Os antigos imaginavam o mundo composto
de três partes: céu, terra e subsolo. Assim, o homem tinha que ser dividido
em três partes, a saber: corpo, alma e mente. A mente se subdivide em
consciente, subconsciente e superconsciente (ego, superego e id).

  Porém, o uso mais claro do poder divino do número três é a descrição que
normalmente se faz da divindade como sendo trina. No dogma cristão esse
aspecto aparece quando se afirma que Deus é Um na essência mas possui
três aspectos distintos, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo. Entre os nórdicos
a divindade também possuía o seu aspecto triplo: Har, Janfar, Thridi.

  Entre os babilônicos; Anu era o deus-chefe da trindade composta ainda pon


Enlil e Ea. Entre os egípcios, a trindade divina seguia o protótipo de uma
outra espécie: pai-mãe-filho, ou seja, Osiris, Isis e Hórus. Entre os etruscos,
Tina, Cupra e Menrva apareciam sempre juntas e representavam o fogo, a
fertilidade e a sabedoria.
  

Jachin e Boaz, os dois legendários pilares do Templo de Salomão. Entre


ambos, os sete pilares do tabernáculo, representando os sete planetas da
astrologia tradicional (gravura rosacruz).

Quanto aos hindus, todos sabem que eles adoravam separadamente as três
divindades distintas: Brahma, Siva e Vishnu. Porém, a primeira lição
ensinada aos discípulos na iniciação aos mistérios profundos era de que esta
separação é ilusória, sendo que os três representam aspectos do Uno.
  Três é, portanto, o número das forças da Criação. Essas forças são
representadas por dois pólos que se opõem e um terceiro fator de interação e
equilíbrio. Nesse sentido, o símbolo real da divindade é o triângulo eqüilátero.
Ora, colocando-se um triângulo com um dos vértices voltado para cima
(símbolo do superior) sobre um triângulo com um dos vértices voltado para
baixo (símbolo do inferior), teremos a estrela de Salomão. Colocando-se um
ponto no centro dessa estrela (ou um círculo á sua volta) teremos novamente
o número sete, simbolizando aqui o encontro do homem com Deus.

  Vejamos agora o significado do número 4, ou seja, do quaternário.

  Desde a mais remota antigüidade o quatro sempre foi considerado o


número do mundo físico. A primeira e mais racional das explicações para
esse fenômeno diz que o mundo físico é composto por quatro elementos:
terra, ar, água e fogo. A outra explicação é que o quatro estaria relacionado
aos quatro pontos cardeais. Vale mesmo a pena perguntar por que quatro
pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e não três ou seis. Acredita-se
ainda que este conceito seria derivado da simetria do corpo humano.

  Um número “esquisito” até para os matemáticos

  Os exemplos tirados da Bíblia confirmam a idéia do quatro relacionado ao


mundo físico. O rio que sai do Paraíso se divide em quatro outros rios. O
Altar dos Sacrifícios tem quatro pontas, dirigidas aos quatro pontos cardeais.
Os quatro animais que sustentam o Trono da Revelação referem-se aos
quatro elementos.

  No Novo Testamento vamos encontrar o quatro de uma forma bastante


dramática: os soldados romanos dividem em quatro partes as roupas de
Jesus crucificado.

  Esta separação das vestes do Doce Rabi da Galiléia simboliza a dissolução


do seu corpo material e o seu regresso aos quatro elementos de que era
composto.

  Entre os maias, o quatro também aparece ligado ao mundo material: eles


tinham quatro deuses, sendo que cada um suportava um dos quatro cantos
da Terna — Cauac (sul), Mulac (norte), Kan (este) e Ix (oeste).

  Não podemos nos esquecer que são quatro as estações do ano (primavera,
verão, outono, inverno); são quatro as fases da Lua (crescente, minguante,
nova e cheia); são quatro as partes do dia (madrugada, manhã, tarde e
noite); tudo isso equivale as quatro fases da vida do homem (nascimento,
crescimento, maturidade e morte).

  Em sua autobiografia, intitulada Memórias, Sonhos e Reflexões, o grande


psicólogo suíço Carl Gustav Jung refere-se a idéia da quaternidade: “A
quaternidade é um arquétipo de ocorrência quase universal. Constitui a base
lógica para qualquer raciocínio completo. Se alguém desejar transmitir esse
raciocínio, ele deverá ter esse aspecto quaternário. Por exemplo, se
quisermos descrever o horizonte como um todo, refenir-nos-emos aos quatro
quartos do céu... Há sempre quatro elementos, quatro qualidades principais,
quatro cores, quatro castas, quatro formas de desenvolvimento espiritual, etc.
Do mesmo modo, existem quatro aspectos de orientação psicológica. Para
nos orientarmos, temos de possuir uma função que nos garanta que qualquer
coisa está ali (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é
(pensamento); uma terceira função que estabeleça se serve ou não, se
aceitamos ou não (sentimento); e uma quarta função que nos indique de
onde uma coisa veio e para onde vai (intuição). Sempre que as coisas se
passem desta maneira, nada mais há a dizer... A perfeição ideal é o círculo
ou esfera, mas a sua divisão natural mínima é uma quaternidade”.

  O quadrado e a cruz são os dois símbolos universais do quaternário. A cruz,


ao contrário do que muita gente pensa, é um símbolo que foi englobado pelo
cristianismo, mas que o antecede em milhares de anos. Os escandinavos já
colocavam cruzes sobre os túmulos dos seus mortos muitos anos antes do
aparecimento do cristianismo. Para os egípcios a cruz simbolizava a vida, e
entre os astecas, antes de qualquer contato com os cristãos, a cruz já era um
símbolo sagrado.

  Mas enfim, seja qual for a sua forma, o número quatro se relaciona sempre
ao mundo físico (ou terrestre) em oposição ao número três, que se refere ao
divino (espiritual). Assim sendo, o número sete (3 + 4) é, sem dúvida alguma,
o número da Criação.

    
Os sete chacras, segundo a tradição da hatha-ioga. O iogue busca atingir
cada um dos chacras, até chegar ao sétimo - a perfeição.

  Mas, além de ser um número sagrado, o sete é também um número


aritmeticamente “esquisito”. Desmond Varley, em seu livro Sete, o Número da
Criação, diz: “Se pedirmos a uma dúzia de pessoas que nos digam
rapidamente um número ao acaso, de um a dez, pelo menos oito delas nos
responderão, invariavelmente, sete”. Por outro lado, as crianças parecem
apresentar uma dificuldade especial em aprender a tabuada do sete. E
mesmo os adultos costumam tropeçar na resposta quando lhes é perguntado
quanto são oito vezes sete.

  O uso do sete nas pirâmides do Egito

  O sete é o único número simples para o qual não existe regra fácil se
quisermos saber se ele é fator de um determinado número. O sete é um
número primo e o único a não ser aritmeticamente nem múltiplo nem divisor
de um outro número entre 1 e 10. 0 sete é, sem dúvida alguma, um número
diferente. Parece que o seu segredo é propriedade dos deuses.

  No caso da matemática, os números podem ser manipulados


racionalmente. Mas o mistério aparece quando nos referimos aos conjuntos
estelares que sempre serviram de orientação aos homens. A constelação
mais importante do Equador é Órion; a mais brilhante do Círculo Polar Ártico
é a Ursa Maior; e, para o grupo circumpolar sul, é o nosso Cruzeiro do Sul.
Pois bem, essas três constelações são formadas por sete estrelas visíveis a
olho nú a qualquer hora da noite em seus hemisférios (a do Equador é visível
ao norte e ao sul), desde que haja condições para tal. No entanto — e aí o
mistério ganha proporções — como explicar a plêiade das Sete
Irmãs, quando na verdade apenas seis estrelas são visíveis a olho nú?
Somente uma tradição oculta poderia ter designado a sétima estrela
(invisível) para os que não possuíam os sofisticados aparelhos da astronomia
moderna.

  Outro exemplo do sete “oculto” vamos encontrar nas pirâmides do Egito.


Desmond Varley, no seu livro anteriormente citado, pergunta-se: “Podemos
ser positivos ao afirmar que os construtores das pirâmides do antigo Egito
viram a pirâmide como um símbolo do Sol, mas será que eles também a
relacionaram com o septenário, como nós o fazemos?”.

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXT


O dia de Deus Sol Lua Tiw Woden Thor Frey
Romano Sol Lua Marte Mercurio Jupiter Vênu
Grego Hélios Selene Ares Hermes Zeus Afrod
Gênero Masculino Feminino Masculino Hermafrodite Masculino Femin
Metal Ouro Prata Ferro Mercurio Zinco Cobr
Cor Amarelo Branco Vermelho Roxo Azul Verd
Gênesis Luz e Trevas Abóbada celeste a Terra e Mar Corpos Celestes Peixes e Pássaros Animais e H
separar as águas
Matéria Activa Passiva Ordenação Ar Fogo Águ
Vida Consciência Subconsciência Interação Inteligência Querer Emoç
Grupos de Ternário Quaternário
Criação A Trindade dos princípios criadores Os Elementos da Matéria criada duplam

   

Acima:  “A semana da Criação”, segundo Desmond Varley, autor de Sete, o


Número da Criação. Os sete pilares Sabedoria, citados no Velho Testamento.
Varley sugere que eles significam uma lista de virtudes. O candelabro de sete
braços, um dos mais importantes objetos do culto judáico. A ramificação do
meio seria o próprio homem, o centro da Criação.

  A resposta pode ser encontrada na grande pirâmide de Quéops, não


apenas pelo seu significado esotérico mas também pelo fato de ser a mais
pesquisada e estudada. Em primeiro lugar, a pirâmide (não apenas a de
Quéops, mas todas) está relacionada ao sete em sua construção aparente,
ou seja, sua base é quadrada (quatro) e seu perfil é triangular (três), cujas
figuras projetadas formam o sete. Por outro lado, a grande pirâmide de
Quéops possui três câmaras escondidas em seu interior: a do rei, na parte
mais alta da pirâmide, simbolizando o mundo superior (o céu); a câmara da
rainha, ao nivel do solo, simbolizando o mundo terrestre (físico); e,
finalmente, uma terceira câmara, situada bern abaixo do nível do solo,
simbolizando o mundo subterrâneo (inferior). Portanto temos, claramente, o
número três.

  As câmaras acima descritas estão ligadas ao corredor da entrada por um


sistema de corredores que —qual o rio que corria do Paraíso —divide-se em
quatro em um determinado ponto. Três câmaras e quatro corredores: temos
novamente o número Sete.
  

Os sete degraus da Consciência: estágios que o homem deve percorrer até


chegar a identificação com a Consciência Divina.

 Símbolo da medicina e os chacras da ioga


  Ainda entre as culturas antigas, vamos encontrar o sete simbolizado no
caduceu, símbolo ainda usado pela medicina e que foi descoberto na forma
utilizada ainda hoje em uma taça suméria datada de 2600 anos antes de
Cristo.

O caduceu consiste em duas serpentes iguais, enroscadas em um bastão,


sendo que o seu significado original era, sem dúvida alguma, triplo.
Pode ter sido o símbolo do Bem e do Mal (as duas serpentes) que se
reconciliam em um terceiro elemento (o bastão), visto por muitos como o
símbolo da eternidade. Na versão original sumeriana as serpentes se cruzam
sete vezes, incluindo-se as pontas das caudas e as duas cabeças que
apenas se tocam.
  Sabendo-se que os sumérios tiveram um contato muito grande com a
civilização hindu, alguns autores acreditam que o caduceu dos sumérios
também se referia aos sete chacras, centros ou gánglios que podem ser
despertados pelos que praticam ioga, quando conseguem ver o kundalini, a
feroz força da serpente que, segundo a hatha-ioga, encontra-se enroscada
na base da espinha.

  O despertar do sétimo chacra equivale, para o iogue, a entrada no sétimo


paraíso maometano. Existe uma simetria entre esses dois símboIos. Mas o
que nos interessa no caso é a relação entre o caduceu sumério e a ioga
hindu: o fato de os iogues referirem-se ao kundalini como a força da
serpente faz do caduceu a representação ideal do despertar dessa força.

  Os sete dias da semana do candelabro judaico

  Entre os judeus, o sete adquire uma importância muito especial, não apenas
para os cabalistas (a cabala é a doutrina secreta do judaísmo), mas mesmo
entre os membros da religião oficial. O sete está presente em um dos
principais objetos do culto, ou seja, a menorah, o candelabro de sete braços.
E o sete aqui possui uma função bern definida. Acendem-se as sete velas do
Candelabro antes da oração do Shabat, isto é, quando tem início o descanso
do sábado, o dia sagrado. A luz da vela simboliza a consciência individual,
em oposição a luz do sol (o Shabat tem início quando surge a primeira estrela
no céu da sexta-feira), que é o símbolo da consciência universal. Assim, o
candelabro de sete braços refere-se não apenas aos sete dias da Criação
(incluindo-se evidentemente o Shabat, dia do descanso), mas também ao
impacto que as leis divinas causaram sobre os homens. Sete são os planetas
da antigüidade. Assim, a luz da vela do braço central simboliza o repouso
com relação às seis luzes “planetárias” e significa a consciência que o povo
judeu tem acerca de Deus: “Estai quietos e ficai sabendo que Eu sou Deus”.
Esta ordem é a razão de ser do descanso sabático.

  Por outro lado, é muito interessante o simbolismo numérico das seis luzes
exteriores. Essa disposição mostra que os defeitos dos três princípios da
criação se encontram polarizados no homem, uma vez que cada par de luzes
ocupa extremos opostos dos três ramos semicirculares. Isto significa que o
princípio de exteriorização pode manifestar-se como sociabilidade de um lado
e como agressividade do outro. Os princípios de reconciliação estão no único
lugar onde a polarização não aparece, ou seja, no centro. Mas o centro é o
próprio homem.

  Assim, no simbolismo do candelabro de sete braços, o homem aparece


como o centro da Criação e sua parte mais importante, capaz de dominar e
de conciliar o todo. Dessa maneira, o homem estaria destinado a
desempenhar perante a natureza o mesmo papel que Deus representa diante
do universo.

  Talvez seja por isso mesmo que François-Xavier Chaboche, em seu


livro Vida e Mistério dos Números, tenha chegado á seguinte conclusão:
“Sete... a liberdade, a luz, o sucesso e a alegria de viver!”.
  O QUE HA PARA SE LER:  

S     Sete, O Número da Criação, de Desmond Varley, Edições 70, Lisboa.

  Vida e Mistério dos Números, de François-Xavier Chaboche, Hemus.

  A Magia dos Números ao Seu Alcance, de Helyn Hitchcock, Pensarnento.

            Números: Magia e Mistério, de Isidore Kozminsky, volume no 14 da


Biblioteca Planeta, Editora Três, São Paulo.

  Número: A Linguagem da Ciência, de Tobias Dantzig, Zahar Editores.

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