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Contabilidade e custos
em hospitalidade
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza – CRB 8a/6189)
Bibliografia.
e-ISBN 978-85-396-2638-0 (ePub/2018)
e-ISBN 978-85-396-2639-7 (PDF/2018)
Capítulo 1 Capítulo 5
Hospitalidade: conceitos Hospitalidade como
introdutórios, 7 diferencial competitivo, 71
1 A Teoria da Dádiva, 9 1 A intangibilidade dos serviços, 72
2 As atuais escolas de 2 Satisfação versus valor
hospitalidade, 13 percebido, 76
3 Hospitalidade: exemplos anteriores 3 Qualidade no atendimento de
à teoria da dádiva, 15 clientes, 81
Considerações finais, 23 Considerações finais, 85
Referências, 24 Referências, 85
Capítulo 2 Capítulo 6
Hospitalidade e mercado: Contextos da alimentação, 87
aplicando a teoria à prática, 25 1 Alimentação e civilizações, 88
1 Os tempos e espaços da 2 Contextualização da alimentação
hospitalidade, 26 na sociedade, 94
2 Aplicação da teoria no mercado de 3 Sustentabilidade na alimentação
hospitalidade, 34 moderna, 99
Considerações finais, 38 Considerações finais, 102
Referência, 39 Referências, 102
Capítulo 3 Capítulo 7
O mercado de hospitalidade Tipologia de negócios de
no Brasil, 41 alimentação, 105
1 História da hospitalidade no 1 O negócio “alimentação”, 106
Brasil, 42
2 Etapas do processo de
2 Tipos de empresas de compra, 109
hospitalidade, 48
3 As diferentes empresas de
3 Tendências do mercado de alimentação, 111
hospitalidade, 50
4 Posicionamento de mercado, 118
Considerações finais, 55
Considerações finais, 122
Referências, 55
Referências, 122
Capítulo 4 Capítulo 8
Hospitalidade como Conceito de negócio de alimen-
estratégia de mercado, 57 tação, potencial de receita e
1 Captação de clientes, 58 composição de custos, 123
2 Fidelização de clientes, 63 1 Receitas e despesas em alimentos
3 Hospitalidade intraempresarial, 66 e bebidas, 124
Considerações finais, 69 2 Custos em alimentação, 129
Referências, 70 3 Controles de compras e estoques
em alimentação, 133
Considerações finais, 137
Referências, 138
Capítulo 9 Capítulo 13
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Desenvolvimento de produtos Gestão na hospitalidade, 213
em alimentação, 139 1 Gestão familiar ou
1 A engenharia de cardápios, 140 profissional, 214
2 Definição de preços, 148 2 Gestão de processos, 219
Considerações finais, 153 3 Gestão do produto, 223
Referências, 154 Considerações finais, 226
Referências, 227
Capítulo 10
Controle financeiro em negócios Capítulo 14
de alimentação, 155 Estrutura de gestão em
1 Conceitos iniciais, 156 empresas de hospitalidade
2 Gestão de receitas (revenue multinacionais, 229
management), 164 1 A hotelaria internacional
3 Controles gerenciais em moderna, 230
alimentação, 167 2 Estrutura de gestão, 235
Considerações finais, 170 3 Gestão de multinacionais no
Referências, 171 Brasil, 238
Considerações finais, 241
Capítulo 11
Referências, 241
O negócio em meios de
hospedagem, 173 Capítulo 15
1 Tipologia das empresas de Gestão em empresas de
hospedagem, 174 hospitalidade brasileiras, 243
2 Hotéis independentes, 188 1 A estrutura organizacional das
3 Associações hoteleiras, 191 micro e pequenas empresas de
hospitalidade no Brasil, 244
4 Redes hoteleiras, 192
2 Recursos humanos e custos, 247
Considerações finais, 194
3 Serviços personalizados, 252
Referências, 195
Considerações finais, 255
Capítulo 12 Referências, 256
Responsabilidade social e
ambiental na hospitalidade, 197 Capítulo 16
1 A gestão ambiental nas empresas Controle financeiro em negócios
de hospitalidade, 198 de hospedagem, 257
2 Exemplos de responsabilidade 1 A gestão de receitas em
social e ambiental (RSA) em hotelaria, 258
empresas de hospitalidade, 204 2 Principais despesas em
3 Projetos inovadores de RSA em hospedagem, 264
empresas de hospitalidade, 208 3 Indicadores gerais para empresas
Considerações finais, 212 de hospedagem brasileiras, 268
Referências, 212 Considerações finais, 271
Referências, 271
Sobre a autora, 275
Capítulo 1
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Hospitalidade:
conceitos
introdutórios
7
Assim, surgiram a escola francesa (reafirmando o conceito original
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de hospitalidade); a escola inglesa (que mescla a teoria original com a
sua aplicação no mercado, principalmente no setor turístico e hoteleiro);
e a escola americana (que reduziu o conceito inicial de hospitalidade
a uma expressão que pode ser traduzida como “mercado turístico”). A
hospitalidade, como ideal de bem receber, demonstração de educação
e de posição social, como é comumente conhecida nos dias atuais, já
era executada por diversos povos, tendo chegado até os nossos tempos
com diversos significados importantes, tanto religiosos como sociais.
Mas, por ora, neste primeiro capítulo, vamos nos deter ao estudo da
Teoria da Dádiva e ao conceito de hospitalidade no decorrer da história.
1 A Teoria da Dádiva
Quando Marcel Mauss publicou pela primeira vez o “Ensaio sobre a
Dádiva e o Dom” (também conhecido como a Teoria da Dádiva, Teoria
do Dom ou, ainda, o Trinômio do Dom – dar-receber-retribuir), em 1925,
ele provavelmente não imaginava o potencial de discussão e estudos
que seus escritos ocasionariam no futuro (CAMARGO, 2005).
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cada uma dessas leis será descrita em detalhes.
O sacrifício aqui não é exatamente algo que cause dor, mas, concei-
tualmente, ao presentear alguém, o doador abre mão de algo que era
seu até aquele momento, ou, de modo figurado, ele “sacrifica” um bem
ou serviço seu em prol de outrem, não sendo necessariamente dinheiro
ou bem de fácil valoração (dinheiro, joias, objetos, etc.).
PARA PENSAR
Isso fica mais claro quando nos referimos a alguma oferta realizada ao
hóspede com frases como “Desculpe, é o que tenho agora!” ou “Perdoe-
-me por não poder ficar conversando mais tempo!”, ou seja, nos sen-
timos mal por não ter algo de melhor qualidade ou maior quantidade
para oferecer ao nosso hóspede, tanto faz se isso seja tempo para uma
conversa ou um prato de comida.
Não aceitar um presente ou honraria, por menor que seja, pode ser
considerado um insulto, quase uma hostilidade. Recusar algo que nos
é dado de bom grado e com atenção significa não querer criar e/ou
manter laços, relações interpessoais com quem nos presenteia. Essa
recusa pode ter consequências diversas, desde a consternação do doa-
dor, o fim do contato social denominado “amizade”, como comumente é
conhecida, até uma agressão verbal ou física, etc.
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senteou. Esse pode ser o motivo pelo qual, em alguns casos, a dádiva/
presente é recusada: não queremos nos sentir em dívida com uma ou
mais pessoas, não queremos ser “inferiores” ao doador.
PARA PENSAR
Apesar de nem sempre ser uma lei escrita (com exceção de algumas
sociedades, notadamente entre povos nômades), a noção de hospitali-
dade nos povos mais antigos foi se transformando com o passar dos
tempos, e chegou nos dias atuais não só como um ritual básico das
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as culturas e sociedades, abarcando novos significados, adaptando-se
para novas realidades e para um mundo em constante mudança.
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dos primeiros povoamentos ou aglomerações urbanas serem utiliza-
dos pelos seres humanos, como moradia e/ou proteção contra outros
predadores ou inimigos.
Das cidades para países e reinos foi uma curta trajetória histórica,
em comparação ao tempo da presença dos seres humanos na terra.
A mesma lógica da criação das cidades geriu o nascimento das na-
ções antigas. A união de vários povos por um interesse comum po-
deria auxiliar a todos a terem essa conveniência materializada mais
rapidamente. A troca de bens entre pessoas evoluiu para a troca entre
comerciantes, cidades, estados e, agora, nações. Era necessário faci-
litar a comunicação entre as cidades, e a abertura de estradas para in-
terligá-las permitiu também criar as primeiras rotas comerciais. Estas
estradas e rotas eram primordiais para o desenvolvimento da nação,
tanto para o recebimento e envio de bens, como para conhecer mais
sobre o “mundo do lado de lá”. E quanto mais pessoas diferentes tran-
sitavam pelas estradas e rotas, mais a hospitalidade se apresentava
como uma das melhores oportunidades de estabelecer relações, não
só comerciais, mas relações interpessoais, quase sempre mais dura-
douras e sólidas.
IMPORTANTE
Deve-se salientar que apesar de “ser hospitaleiro” não ser uma regra
geral no império babilônico, os babilônicos, tendo um vasto território
sob sua autoridade e estrategicamente posicionado entre Índia, China
e Mediterrâneo, possuíam nos seus áureos tempos o controle das prin-
cipais rotas de comércio da sua época, que, por sua vez, revertia na
cobrança de taxas de circulação. Ou seja, receber bem o mercadores e
viajantes era uma forma muito conveniente de ganhar dinheiro com o
comércio global.
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as Cruzadas ou como uma forma de entender e melhorar o atendimento
nas empresas de serviços americanas. Conhecer a história da hospita-
lidade é conhecer e entender a própria história do desenvolvimento da
humanidade e do ser humano.
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Durante as Cruzadas, período que se estendeu entre os séculos XI
e XIII, surgiu uma ordem religiosa na Terra Santa denominada “Ordem
dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, mais conhe-
cida como os “Cavaleiros Templários” ou somente como “Templários”.
Histórias e lendas à parte, os Templários originalmente surgiram com
o intuito de proteger os peregrinos durante a sua caminhada da pales-
tina até a cidade santa de Jerusalém. Com o passar do tempo e com
o aumento da sua fama e riqueza, os Templários começaram a se res-
ponsabilizar por quase todos os aspectos da viagem destes peregrinos,
auferindo, é claro, bons rendimentos com esse serviço de “agenciamen-
to de viagem”.
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cansar. Datam do século XIV os primeiros regulamentos sobre os servi-
ços de hotelaria de que se tem notícia:
Afirma-se que as famílias que enviavam seus filhos para o grand tour
contavam que os mesmos fossem recebidos por famílias de parentes
ou de amigos. Assim, elas também recebiam jovens em suas residên-
cias, e esta constante hospitalidade pode ter sido a mola propulsora de
uma modificação arquitetônica nos lares europeus, com a criação de
espaços adicionais para receber hóspedes (CASTELLI, 2010).
Considerações finais
Conforme citado anteriormente, o conceito de hospitalidade sempre
existiu e, mesmo não possuindo regras escritas, já era aplicado no coti-
diano de diversos povos antigos, mesmo antes de a Teoria da Dádiva de
Marcel Mauss ser publicada em 1925.
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mercias ao aproximar clientes e anfitriões. A relação entre hospitalida-
de e relações comerciais será discutida nos próximos capítulos.
Referências
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Hospitalidade. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2005.
Hospitalidade e
mercado: aplicando
a teoria à prática
25
Essa releitura da Teoria da Dádiva e suas aplicações práticas são
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muito importantes para demonstrar as correlações diretas entre os tem-
pos e espaços da hospitalidade e sua aplicação nas empresas, privadas
ou públicas. Para estas, os conhecimentos e a utilização dos conceitos
de bem receber, acolhimento, empatia e pós-venda com foco final no
cliente, e não no produto vendido, são de grande valia no atual quadro
concorrencial do mercado.
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seguir seus caminhos, tanto de seus cidadãos como de turistas
e imigrantes.
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Facilmente entendido quando nos relacionamos com outros por
meio de correios eletrônicos, ligações telefônicas, redes sociais, etc., o
receber virtual ainda é um amplo e inexplorado campo de futuros estu-
dos sobre as possíveis aplicações e influências.
Receber em casa, dividir seu pão e alimentos com outros que não
os da sua família são ritos e simbolismos únicos na hospitalidade.
Devem ser valorizados e estudados como uma forma absoluta de so-
ciabilidade e comensalidade, inerentes à hospitalidade em seu grau
mais absoluto.
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A higiene e vigilância sanitária, alimentação globalizada e regional
existentes em larga escala, equipes treinadas e preços justos são as-
pectos importantes a serem reconhecidos e estudados.
Alimentos Confraternizações
Abrigo e
e bebidas familiares, ou não,
DOMÉSTICA Em sua casa acolhimento em
servidos em uma realizadas
sua residência
confraternização no seu lar.
Infraestruturas
de serviços Festivais, festas
Cultura local, Gastronomia local,
urbanos: centros culturais locais
PÚBLICA ambientes feiras, iguarias
de informações, ou não, parques,
urbanos típicas, etc.
forças públicas, museus, etc.
transportes, etc.
(cont.)
Serviços,
Hospedagem Alimentação fora Teatro, cinema,
COMERCIAL comércio e
remunerada do lar circo, etc.
indústria
Programas de
Internet,
Regras e gastronomia,
Sites e Centros de videogame,
VIRTUAL “hospedagem” reality shows,
Hospedagem televisão, rádio,
de sites pedidos pela
jogos on-line, etc.
internet, etc.
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continuar e progredir na empresa.
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customer relationship management) não é importante, é vital! Os
contatos, o histórico de visitas e compras, as informações, re-
clamações ou elogios dos clientes são um verdadeiro “mapa da
mina” para ter a confiança e, possivelmente, a fidelidade nas com-
pras futuras que ele fará.
6. Sempre seja ético com o seu cliente. Cumpra todos acordos efe-
tuados e evite quebrar alguma regra da negociação, seja ela es-
crita ou apalavrada, pois ambas possuem para o cliente a força e
a validade de um contrato legal.
Considerações finais
Ao trazer a Teoria do Dom, de Mauss, para os tempos modernos,
Camargo (2005) não só prestou um enorme serviço ao estudo da hos-
pitalidade no Brasil e no mundo, mas, principalmente, permitiu que os
conceitos fossem melhor visualizados e aplicados ao cotidiano das
pessoas e das empresas. Trazer as discussões sobre a hospitalidade
para o campo prático fez renascer a hospitalidade nas universidades
e escolas. O estudo dos “tempos sociais”, como sendo o ambiente
onde ocorre a hospitalidade e os “espaços sociais”, como a mesma
se desenvolve, é essencial para permitir uma visão prática da sua
aplicabilidade.
Referência
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Hospitalidade. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2005.
O mercado de
hospitalidade no
Brasil
41
períodos com maior e menor prosperidade no ramo da hospitalidade,
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os meios de hospedagem se desenvolveram e se adaptaram às novas
realidades de clientes que surgiam com o passar dos tempos, criando,
assim, novos produtos hoteleiros, os quais tornaram a hotelaria brasilei-
ra uma das mais variadas do mundo.
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tos nos primórdios da colonização brasileira, utilizou-se neste texto a
descrição de Frieiro (1982), talvez a primeira classificação de meios de
hospedagem em nosso país, que destaca os seguintes meios: (1) o pou-
so, (2) o rancho, (3) a venda e (4) a estalagem ou a hospedaria.
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a necessidade de alojamentos para hospedar as milhares de pessoas
recém-chegadas à cidade, além da crescente demanda de estrangeiros
vindos para exercer funções diplomáticas, comerciais, etc.
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em uma nova era de expansão e novas unidades, com o uso de tec-
nologias, aumento do padrão de serviços e estrutura física pensados
para os hospedes e preocupada com os diversos tipos de clientes que
seriam recebidos.
2. serviços e
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porário, podendo ser em um prédio único com até três pavimen-
tos, ou contar com chalés ou bangalôs.
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Foi assim que surgiu o hostel, pois havia a necessidade de acomodar
os alunos. O primeiro albergue da juventude/hostel surgiu em Altena,
Alemanha, no ano de 1912, e está em funcionamento até hoje.
isso não é fixo. As estadias são por um período pré-fixado, quase sem-
pre com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar), por valores
mínimos, pois as colônias de férias não visam ao lucro.
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desde 1946), com o intuito de aumentar o turismo. Os hotéis cassino
são estruturas muito específicas, não sendo fácil nem barato adaptar
um hotel existente ao atual modelo de entretenimento dos cassinos
(gambling). Assim, será necessária a construção de edificações espe-
cíficas para este intuito, o que alavancará o padrão de atendimento de
hóspedes a um novo patamar de qualidade.
Referências
ALMEIDA, F. E.; SUGIYAMA, M. S. G. Colônias de férias: turismo e lazer do
trabalhador. In: SEMINTUR, 4., Caxias do Sul, 2006.
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Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Universidade de São Paulo, 1982.
TAUNAY, Afonso d’E. Rio de Janeiro de antanho. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1942.
Hospitalidade
como estratégia
de mercado
57
Mas, para que seja possível organizar a hospitalidade na empresa, é
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necessária uma equipe de colaboradores que possua o perfil adequado
aos cargos e funções existentes na empresa. Algumas regras básicas
devem ser seguidas para que a hospitalidade intraempresarial funcione
a contento, sendo elas: (1) a hospitalidade é um ato permanente e contí-
nuo e (2) a hospitalidade é tarefa de todos na empresa e os colaborado-
res devem se comportar como anfitriões. Essas regras necessitam per-
mear o dia a dia da empresa e ser seguidas por todos os colaboradores,
desde o mais alto escalão hierárquico até o mais simples colaborador.
1 Captação de clientes
Sempre que falamos em captar e fidelizar clientes, significa que bus-
camos um crescimento constante da empresa, por meio da atração e
retenção dos clientes antigos e novos. Captar e fidelizar são ações di-
retamente ligadas ao customer relationship management (CRM) e, por-
tanto, organizadas, planejadas e gerenciadas pela equipe de marketing
da empresa ou pela pessoa responsável, no caso de uma empresa me-
nor (LOVELOCK; WIRTZ; HEMZO, 2011).
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que são específicas do seu interesse, como, por exemplo, as pesquisas
de mercado realizadas por meio de hospedagem para entender o seu
público-alvo. Segundo Sabatino (2009), a informação é o cimento da
estratégia. Isso significa que a empresa que consegue conhecer com
mais detalhes os seus clientes terá muito mais facilidade para estabele-
cer estratégias e táticas que a tornem mais competitiva. Assim, pergun-
tas sobre hábitos de hospedagem do cliente são importantes para en-
tender suas necessidades e desejos, tais como: “usa o serviço de room
service do hotel?”, “prefere cama de casal ou de solteiro?”, “quantos dias
fica hospedado em média?”, “viaja sozinho ou acompanhado?”, “que tipo
de quarto costuma utilizar quando hospedado?”, “que horas costuma
fazer o check-in e check-out no hotel?”. Cada empresa deve procurar
desenvolver sua própria pesquisa de mercado e aplicá-la com os seus
clientes, realizando os ajustes necessários.
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do que o networking.
2 Fidelização de clientes
Captar clientes é essencial na sobrevivência e crescimento das em-
presas. Nos dias atuais, com o cliente tendo acesso cada vez mais
facilitado a informações sobre seus produtos e de seus concorrentes,
somente a captação não significa sucesso. Trazer o cliente até a sua
empresa é fator primordial para que a segunda parte da “mágica” possa
acontecer: a fidelização do cliente.
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Uma máxima repetida pelo marketing é que fidelizar é tão importan-
te quanto atrair (KOTLER; KELLER, 2012; LOVELOCK; WIRTZ; HEMZO,
2011). Ou seja, se o cliente que chegou até nós pela primeira vez e se
tornou nosso consumidor não voltar a realizar negócios com a empresa
novamente, o investimento na sua captação está perdido. Sem um fluxo
mínimo e constante de clientes fiéis mantendo suas compras conosco,
os novos clientes não seriam capazes sozinhos de manter economica-
mente a empresa funcionando.
São fiéis não apenas a uma marca, mas a duas ou três em cada segmento de
Divididos
necessidade (exemplos: sabonete, detergente e leite).
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a fidelização de clientes seja uma das principais ações de estratégias
aplicadas por este junto aos consumidores.
3 Hospitalidade intraempresarial
Para propiciar uma hospitalidade adequada às pessoas, Castelli
(2010) afirma: “Devemos, primeiramente, ser hospitaleiros dentro da
própria empresa”. A hospitalidade intraempresarial é a aplicação dos
conceitos de hospitalidade na gestão estratégica da empresa, princi-
palmente na área de recursos humanos, pois esta é a responsável por
organizar e desenvolver a equipe de colaboradores que serão a “cara da
empresa” para o cliente.
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clientes e fornecedores. Estas normas devem ser conhecidas por to-
dos na empresa e divulgadas à exaustão entre os seus clientes. Este
“contrato” é o ponto de partida para que a cultura organizacional fique
entranhada nos colaboradores e clientes, servindo como um tipo de
compromisso de mão única, ou seja, da empresa para com os seus
stakeholders, de como ela agirá hoje e no futuro.
Considerações finais
De acordo com Sabatino (2003, p. 10), “mesmo não parecendo, há
muito tempo os brasileiros convivem com o assunto fidelização, pro-
vavelmente não de modo muito profissional, mas tendo como base os
relacionamentos pessoais”. Estes relacionamentos pessoais são justa-
mente a base da hospitalidade e suas vertentes, estando entre estas a
hospitalidade comercial. Assim, é possível fazer uma correlação entre
a fidelização e o ato de bem receber.
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seja, permitia planejar o futuro com menos incertezas e mais chances
de acertos, o que levaria a maiores lucros.
Referências
CASTELLI, Geraldo. Hospitalidade: a inovação na gestão das organizações
prestadoras de serviços. São Paulo: Saraiva, 2010.
Hospitalidade
como diferencial
competitivo
71
A satisfação do cliente tem como um dos principais aspectos in-
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fluenciadores a qualidade no atendimento. Assim, neste capítulo des-
tacaremos que o contato pessoal ainda é um fator de diferenciação
na hora da compra e, em conjunto com outros pontos importantes,
ajuda a criar uma “marca” na empresa, que, se bem trabalhada, tende
a se tornar propaganda positiva e útil, frente ao avanço e às táticas
diversas dos concorrentes.
1.1 Intangibilidade
Ao contrário dos produtos manufaturados, como, por exemplo, uma
lata de refrigerante que pode ser vendida em um bar ou em um restau-
rante do hotel, o serviço é intangível, ou seja, não é tocável. Um serviço
é um bem que pode ser experienciado antes de o cliente realmente ad-
quiri-lo e utilizá-lo, pois o momento da prestação de serviço é invariavel-
mente único, ímpar na sua realização.
1.2 Inseparabilidade
Como os serviços são consumidos no mesmo momento em que são
produzidos e entregues, não há como separar a produção do consumo.
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que são produzidos, como, por exemplo, o atendimento de um recepcio-
nista ao futuro hóspede, já que o hóspede está, naquele mesmo instan-
te, recebendo o atendimento e participando do processo de serviço, ou
seja, consumindo o respectivo serviço.
1.3 Variabilidade
1.4 Perecibilidade
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A obra Marketing de serviços: a empresa com foco no cliente é uma re-
ferência para quem trabalha com o marketing de serviços, sendo con-
siderada leitura obrigatória para os gestores de empresas prestadoras
de serviços.
Uma das formas de tornar maior o valor percebido por parte do clien-
te é a diferenciação, ou seja, trata-se de um modo de tornar o produto
ou serviço mais atraente e chamativo. Saber explorar os pontos fortes
do produto é essencial para que o produto ou serviço se destaque no
mercado e perante os concorrentes.
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da e uma das melhores formas de se diferenciar e garantir a satisfação
do cliente é com um atendimento hospitaleiro e honesto. “Satisfação do
cliente” é uma expressão simples para designar um processo muitas ve-
zes longo, que finaliza na alegria do consumidor com o negócio realizado.
Conhecer os fatores que geram a satisfação dos clientes faz com que
os empresários e gestores abram os olhos e expandam suas ações para
garantir tal satisfação. Não basta pensar em um bom processo comercial
e em boas ações de marketing para garantir um cliente satisfeito, é pre-
ciso olhar a empresa como um todo. Tudo e todos devem convergir para
garantir uma boa experiência para os consumidores. Por vezes, pequenas
ações e correções podem fazer com que o número de clientes satisfeitos
dê um salto. Não são os grandes deslizes que fazem uma empresa per-
der negócios (pois as grandes imperfeições chamam a atenção e logo
buscamos corrigir), mas as pequenas falhas no dia a dia e que passam
despercebidas (ZEITHAML; BITNER; GREMLER, 2014).
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ticipativa do processo, pois quem participa normalmente se interessa
em tornar aquele momento cada vez melhor. Manter um Sistema de
Atendimento ao Consumidor (SAC) que realmente funcione, recebendo
informações dos clientes e, acima de tudo, dando o efetivo feedback
dos desdobramentos relativo as opiniões e sugestões dos mesmos é,
verdadeiramente, um excelente começo.
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com o intuito de melhorar a qualidade percebida por este. Ter pontos
de contato realmente funcionais, realizar pesquisas com frequência ou
pedir aos vendedores que consigam informações diretamente com os
clientes são algumas das ações que podem ajudar em muito a melhoria
do atendimento (ZEITHAML; BITNER; GREMLER, 2014).
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para o seu cliente, e uma quebra do elo de confiança que existia.
O cliente não aceita mais esperar a boa vontade da empresa, pois ele
não tem mais tempo disponível, ou melhor, a disponibilidade de tempo
é definida por ele, com pouco espaço de manobra para mudanças não
previstas. Se a empresa prometeu algo ao cliente, que cumpra, pois,
muito provavelmente, não haverá a chance de um novo erro (ZEITHAML;
BITNER; GREMLER, 2014).
Referências
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 14. ed. São
Paulo: Pearson, 2013.
Contextos da
alimentação
87
Finalizamos por discutir a sustentabilidade na alimentação moderna,
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em que a extravagância da fartura excessiva e descontrolada perdeu
espaço para uma cozinha mais comedida e que valoriza produtos lo-
cais, sem o uso de agrotóxicos. Além disso, a maior integração entre
produtores e cozinheiros criou uma nova forma de cozinha com a cara
tipicamente regional brasileira.
1 Alimentação e civilizações
É claro que antes do surgimento das civilizações, o ser humano já
se alimentava. Basicamente, o homem era coletor e caçador, tirando da
natureza o que era necessário para o seu sustento e do seu clã. Quando
a comida escasseava, era só mudar para outro local e começar tudo
de novo. Essa fase nômade do indivíduo era útil até o momento em
que os clãs ficaram cada vez maiores e as trocas de local se tornaram
mais frequentes e cansativas. Além disso, o crescimento populacional
dos clãs tornou o mundo menor, e não demoraram as hostilidades na
disputa pelos melhores campos de coleta e de caça. A partir deste mo-
mento, ficar e defender um território abundante de alimentos se tornou
uma prioridade e, assim, surgiram as primeiras áreas de cercas ao redor
de algumas tendas, depois as vilas, cidades e civilizações (FLANDRIN;
MONTANARI, 2015).
Os gregos antigos eram famosos pelo seu azeite de oliva, pelas uvas
e por sua carne de carneiro, pois era o que crescia e podia ser criado nas
suas terras áridas e nas regiões montanhosas.
Contextos da alimentação 89
de um mestre responsável pelo preparo dos alimentos, algo como os
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atuais cozinheiros. As receitas tinham variedades de preparação de
caldos e sopas, de como se preparar animais com a técnica de água
fervente, as funções de diversas ervas e temperos e de vários tipos de
pães. Neste período, aparecem também descrições detalhadas de ban-
quetes em honra aos deuses e como estes buscavam refletir o máximo
possível os mesmos alimentos que a sociedade da época consumia. Os
primeiros registros de conservação de alimentos e de defumação tam-
bém se devem aos mesopotâmios (FREIXA; CHAVES, 2008).
Contextos da alimentação 91
preparação é chamada de bsisa. As criações eram restritas a cabras
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e carneiros, de onde tudo era aproveitado, como as tripas, os miúdos
e o leite. Do leite desses animais é feito o queijo feta, ainda hoje con-
sumido no Mediterrâneo, usando as mesmas técnicas de antigamente
(FLANDRIN; MONTANARI, 2015).
pão era assado e somente as casas mais ricas podiam ter um forno,
os pães tornaram-se o desejo de consumo da plebe. Por isso, durante
jogos e festividades locais, a plebe era acalmada com a distribuição de
pão, algo inimaginável de ser adquirido e ser provado por eles.
IMPORTANTE
Contextos da alimentação 93
2 Contextualização da alimentação na
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sociedade
Quem inventou o macarrão? Foram os chineses ou os italianos? A
alimentação é um desenvolvimento cultural de cada região do mundo.
Mesmo que o macarrão tenha sido levado para a Itália por Marco Polo,
importante explorador veneziano, o atual desenvolvimento, a variedade
e a quantidade de tipos de massas foram criados pelos italianos, hoje
os verdadeiros “embaixadores” do macarrão no mundo.
Contextos da alimentação 95
quer nos dias de hoje? Ou melhor, que tipo de alimentação podemos
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ter nos dias de hoje? Com um tempo de lazer e entretenimento cada
vez mais escasso e com as pessoas trabalhando cada vez mais, não
somente no expediente interno na empresa, mas também fora do escri-
tório, comemos quase sempre o que conseguimos, não o que gostaría
mos. Por mais que um maravilhoso prato de lagosta (o seu preferido!)
seja servido durante uma reunião de almoço, se este não for um en-
contro amigável, qual a verdadeira satisfação em apreciar esta comida?
(FLANDRIN; MONTANARI, 2015).
Cada nova geração cria o seu próprio método para se adaptar à vida
cotidiana e fazer as suas refeições. A proliferação de diversos tipos de
fast-food e de restaurantes demonstram que existe mercado para to-
dos. Atualmente, no Brasil, há empresas de alimentação rápida especia-
lizadas em comida árabe, judaica, japonesa, chinesa, italiana, mexicana,
regional brasileira, em frangos e aves, em peixes e frutos do mar e em
carnes vermelhas diversas, além dos já tradicionais cachorro quente,
hambúrguer e pizza, apenas para citar alguns dos mais populares.
Figura 1 – Buffet
Contextos da alimentação 97
As mudanças na vida em sociedade e no trabalho serão determi-
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nantes para os rumos da alimentação no futuro. A tendência vista em
algumas empresas, comum nos ramos de informática e de prestação
de serviços, das pessoas poderem desenvolver totalmente ou parte
das suas atividades laborais em casa (denominado home office), pode
significar um retorno à alimentação caseira, feita com calma e pelas
pessoas da casa. Ou também, pode ser que o home office sobrecarre-
gue mais ainda as pessoas e estas usem cada vez menos a cozinha e
mais o celular, ou o computador, e peçam uma pizza para comer. Por
enquanto, podemos apenas divagar sobre como poderá ser a nossa
alimentação no futuro.
PARA PENSAR
Contextos da alimentação 99
justiça social ampla, para promovermos o equilíbrio econômico e social
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entre os diversos povos e culturas do mundo. Em comunhão com estes
aspectos, surgiu a gastronomia sustentável, com suas próprias carac-
terísticas e preocupações.
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definições para a alimentação saudável, valorizando a sustentabilidade
e o sabor dos alimentos regionais.
Considerações finais
A alimentação ajudou a moldar a cultura de muitas civilizações atra-
vés dos séculos. Desde o início da vida civilizada dos seres humanos
até os dias atuais, a alimentação exerceu um papel central na nossa
vida, nas amizades, no trabalho e na vida em sociedade como um todo.
Por mais que a vida moderna nos obrigue a diminuir o convívio com
as pessoas a quem queremos bem, sempre que possível buscamos nos
reunir em uma mesa com nossos amigos e familiares. A alimentação
nos une como família, sociedade e cultura e isso nos dá uma sensação
de pertencimento muito importante. Vale destacar que alimentação ser-
ve, em muitos casos, como identificação cultural – pode-se citar como
exemplos dessa identificação as esfihas para o mundo árabe, o sushi na
cultura japonesa, o croissant para os franceses e a feijoada para o Brasil.
Referências
BARBER, Dan. O terceiro prato: observações sobre o futuro da comida. São
Paulo: Rocco, 2015.
Tipologia de
negócios de
alimentação
105
uma empresa de venda de alimentos e bebidas, de acordo com a clien-
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tela que foi definida como público-alvo.
1 O negócio “alimentação”
Quando se fala em alimentação, podem vir diversas imagens a nos-
sa mente: almoços ou jantares em família, refeições em uma churras-
caria, um sanduíche sendo apreciado em uma lanchonete, uma refeição
em um restaurante na companhia de quem gostamos, etc. Raras são as
vezes em que a lembrança de um momento que envolva alimentação
é ruim. A alimentação, além de ser uma necessidade biológica do ser
humano, pois ele necessita repor as energias gastas durante um certo
período de tempo, também é vista como um importante momento de
socialização e convivência.
PARA PENSAR
Pense em como a alimentação fora do lar faz parte da sua vida. Você
come quantas vezes por semana fora de casa? Como você escolhe o
local onde vai comer? O que você valoriza no local? Preço, ambiente,
atendimento?
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maioria das pessoas. Seja por opção (não ter que fazer comida em casa,
não querer lavar a louça, pouco tempo para fazer uma alimentação
mais elaborada, etc.), seja por necessidade (falta de tempo de voltar
para comer em casa, não querer levar sua marmita para o trabalho, co-
mer uma alimentação feita no dia, sair para “ver gente”, etc.), comer fora
de casa é comum e, cada vez menos, uma exceção. Fonseca (2014)
elenca os seguintes motivos para sair de casa para se alimentar:
Local que seja “da moda”, onde pessoas públicas e famosas frequentam e que é aclamado
Status
pela mídia.
Espaço com decoração ou estilo inovador que, por si só, é uma atração à parte e que vale
Ambiente
ser conhecido.
Composto quase sempre pelo estilo de atendimento dos funcionários, a música ambiente,
Clima
os frequentadores, etc.
Surge após alguma inovação existente no local, seja no cardápio, nos funcionários ou no
Curiosidade
ambiente.
Em restaurantes há quase sempre uma relação direta entre qualidade e preço. O preço
tanto pode ser um chamariz para ampliar a clientela (normalmente preços mais populares),
Preço
como pode ser utilizado para restringir os clientes a um determinado padrão de consumo
(preços mais altos).
Chefe de Muitos buscam por restaurantes que contem com um profissional famoso ou que esteja
cozinha criando fama, o qual faz releituras de pratos clássicos, bem aceitas pela clientela.
Uma parte considerável de clientes define a escolha pelo serviço prestado pelos
Estilo do colaboradores, sem considerar a alimentação e as bebidas em si. Assim, o cliente quer
serviço algo diferente, por exemplo, barman com estilo mais inovador para fazer drinques,
garçons que cantam enquanto atendem aos clientes, etc.
1. Identificação
da necessidade
4. Compra 3. Avaliação
das alternativas
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Após identificar a sua necessidade, ou seja, estar com “fome”, o
cliente começa a buscar por informações, tanto internas (lembranças e
experiências passadas) como externas (internet, jornais, revistas, etc.)
de locais que possam saciar a sua necessidade. Normalmente, as in-
formações analisadas nessa etapa são os preços, a localização, o que
é servido (cardápio), qualidade do atendimento, o ambiente onde será
feita a refeição e a frequência de uso por parte do cliente.
2.4 Compra
Após a escolha do restaurante, chega o momento da compra pro-
priamente dita. Fonseca (2014, p. 18) afirma que esse “é o momento
em que a expectativa se transforma em experiência”. Grandes expecta-
tivas requerem grandes experiências, sob o risco de se transformarem
em uma desilusão e quebra da confiança do cliente, que se configuram
em situações praticamente irrecuperáveis.
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Em sua maioria, os restaurantes internacionais estão localizados
dentro de meios de hospedagem, com pratos sendo preparados de
forma esmerada e com apresentação requintada. Esses restaurantes
atuam dessa forma para atender uma demanda de hóspedes bem
variada que, por viajar constantemente, possui uma percepção maior
do padrão de qualidade. Os restaurantes internacionais não são co-
nhecidos pela criatividade dos pratos apresentados nos cardápios e
possuem ambiente com decoração clássica, quase sempre utilizando
cores de tons neutros. Cabe salientar aqui que esses restaurantes pos-
suem como um grande diferencial a sua oferta de vinhos e de bebidas,
com muitas marcas difíceis de serem adquiridas no mercado local.
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Esses restaurantes são locais especializados em determinado tipo
de alimento, forma de preparação, pratos típicos de determinada região,
etc. Os cardápios dos restaurantes de especialidades são restritos a
determinado conceito, como forma de garantir a melhor qualidade pos-
sível dos pratos que produzem. A seguir, serão apresentados os tipos
mais comuns de restaurantes de especialidade, a saber: (1) grill, (2)
brasseries, (3) fusion food, (4) restaurantes de comidas típicas, (5) fast-
-food, (6) casual dinning e (7) self-service.
3.5.1 Grill
3.5.5 Fast‑food
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entre os diversos conceitos de fast-food existentes atualmente no mer-
cado, destacam-se: (1) os coffee shops e (2) as lanchonetes.
3.5.5.2 Lanchonetes
3.5.7 Self-service
Para se adaptar ainda mais aos clientes, surgiu uma variação dentro
do self-service, que é o restaurante “por quilo”, onde o cliente continua
tendo a opção de escolher o que quer comer considerando uma varie-
dade de pratos. O valor a ser pago é relativo ao peso da comida que está
no prato.
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que podem ser adquiridos inteiros ou em porções para viagem.
4 Posicionamento de mercado
Fonseca (2014) destaca que o início de todo o trabalho para posi-
cionar um restaurante no mercado começa pelo cardápio. O cardápio
define a decoração, o tipo de serviço que será prestado pelos garçons,
a localização do restaurante, as louças, os talheres, quais serão os for-
necedores e qual é o horário de funcionamento da casa. Pelo cardápio é
possível inferir o valor médio de gastos de cada cliente, a periodicidade
das compras e quando devem ser realizadas promoções ou a mudan-
ça dos pratos que compõem o próprio cardápio. E é sob essa óptica
que estudaremos o posicionamento de mercado dos restaurantes, com
base na teoria dos 4 Ps.
Produto
Preço
Praça
Promoção
4.1 Produto
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– aquele prato ou bebida, ou ambos, pelo qual ele se deslocou de longe
para vir provar. Neste ponto, cabe lembrar que o cardápio foi a fonte de
inspiração para o serviço e produto principal da casa.
4.2 Preço
4.3 Praça
rede perto dele. Não há nenhum ganho em fazer isso, pois a padroni-
zação das redes de fast-food faz com que, basicamente, a comida seja
igual em todos os restaurantes da rede. Entretanto, é sensato imaginar
que um cliente atravessaria a cidade para comer em um restaurante
diferenciado, pois os sabores e as experiências que irá conhecer ou pro-
var novamente são únicos, especiais e, provavelmente, não serão en-
contrados em outro local (FONSECA, 2014).
4.4 Promoção
Como faremos para que o nosso público-alvo saiba que existimos?
E como fazemos para que ele venha até a empresa e compre de nós?
A promoção é diretamente responsável por nos ajudar a responder a
essas perguntas. Promoção não se refere somente aos canais de distri-
buição, mas também a como vamos nos comunicar com nossos clien-
tes e, nesse aspecto, o conceito do restaurante diz muito sobre o tipo de
linguagem que deve ser adotada (KOTLER; KELLER, 2013).
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forma cada vez mais acelerada, deve-se constantemente verificar e, se
necessário, fazer um novo estudo do marketing mix, evitando perder o
rumo perante a concorrência. Nos restaurantes, onde a sazonalidade é
um aspecto importante na receita desses estabelecimentos, esta rea-
valiação é essencial para evitar a “morte” prematura dessas empresas.
Considerações finais
Como visto, o mercado de alimentação fora do lar, do qual os restau-
rantes e suas diversas variações são a parte mais visível para o público,
possui características próprias e específicas. Nas últimas décadas, os
restaurantes buscaram se adaptar às mudanças pelas quais a sociedade
passou e, com certeza, vão se adaptar a muitas outras possíveis mudan-
ças que estão por vir. Restaurantes são inaugurados e outros fechados
todos os dias no mundo, em busca justamente dessa adaptação neces-
sária aos dias atuais. Mas de todo o modo, os 4 Ps continuam sendo o
principal meio de estudo do mercado para esses novos restaurantes. E
sua aplicação, na prática, pode e muito auxiliar os empreendedores a ter
uma vida longa e prospera no mercado de alimentação fora do lar.
Referências
BARRETO, Ronaldo Lopes Pontes. Passaporte para o sabor: tecnologias para
elaboração de cardápios. 4. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 14. ed. São
Paulo: Pearson, 2013.
Conceito de negócio
de alimentação,
potencial de receita
e composição
de custos
Neste capítulo, vamos estudar os principais índices de monitora-
mento e gestão utilizados nos restaurantes e bares brasileiros, além de
conhecer suas fórmulas, cálculos e metodologias específicos da área
de alimentação, tais como o custo da mercadoria vendida (CMV), custo
de mão de obra (CMO), prime cost, entre outros.
123
setores de compras, recebimento e de estocagem de produtos e como
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elas podem auxiliar a gestão na melhoria dos resultados financeiros dos
restaurantes e bares, além de compreender como funcionam.
CM Couvert médio
RA Rotatividade de assentos
RE Rotatividade de estoque
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Tabela 1 – Percentuais de CMV para alimentos e bebidas
20% Baixo
15% Baixo
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alimentos e de bebidas, com o intuito de conhecer como estão as ven-
das destes produtos (FONSECA, 2014). Não há uma tabela de referência
para esse índice, pois ele varia de local para local, conforme o padrão da
empresa, etc.
Esse tipo de cálculo deve ser realizado com cada grupo de produtos
do restaurante ou bar, tais como alimentos, bebidas não alcoólicas, be-
bidas alcoólicas, produtos de limpeza, etc. (FONSECA, 2014).
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do em papel, atualmente os sistemas de informações para gerencia-
mento de bares e restaurantes já possuem modelos próprios inseridos
nos programas, que permitem integração automática com compras e
almoxarifado. A ficha técnica, apesar de possuir diversas informações,
é relativamente simples de ser preenchida se a pessoa responsável pelo
preenchimento conhecer o processo de preparação do prato ou bebi-
da. É importante explicitar alguns dos itens que devem ser preenchidos,
pois dele dependem a correta contabilização dos custos envolvidos na
preparação do prato ou bebida e a sua padronização, com vistas a man-
ter os padrões mínimos de qualidade exigidos pela empresa.
Cada restaurante ou bar pode montar a sua ficha técnica como me-
lhor convir, mas existem algumas informações mínimas que devem
constar nessa ficha para que ela possa ser utilizada com uma visão
não só operacional, mas também gerencial. Assim, segundo Fonseca
(2014), existe um mínimo de pontos ou itens que devem constar na fi-
cha, pois merecem uma atenção especial:
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zadas tentativas de adequação de fornecedores e produtos, com
o intuito de baixar os custos e, assim, aumentar a lucratividade.
alimentação
Para Vaz (2011, p. 111), “as compras podem ser consideradas a alma
do negócio no ramo dos restaurantes”. Definir os produtos a serem uti-
lizados nas preparações, selecionar os fornecedores que possuem os
melhores produtos e condições de pagamento e entrega são atividades
extremante criteriosas, que demandam, a cada compra, muito plane-
jamento e trabalho para a definição de onde comprar. O processo de
compras segue um esquema simples:
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regra básica, que diz:
NA PRÁTICA
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vistos como dinheiro da empresa em forma diferente. A perda de um
mamão porque na caixa de estocagem do restaurante ou bar ele ficou
embaixo de outro maior e mais pesado, é como se a empresa jogasse o
equivalente em dinheiro pela janela.
Considerações finais
Realizar a gestão das receitas e despesas do restaurante ou bar não
é difícil, mas exige paciência e o planejamento de uma sequência de
atividades diárias bem definidas. Os índices são importantes aliados do
gestor, permitindo que ele entenda como está se desenvolvendo o ne-
gócio. Se os números forem fidedignos e bem utilizados, haverá maior
precisão do planejamento das atividades futuras da empresa. Com este
planejamento em mãos, o controle de custos se torna mais ágil, permi-
tindo otimizar a lucratividade do restaurante ou bar, pois quanto mais
conhecedor das despesas que compõem seus custos, mais fácil será
ajustá-los às demandas da clientela.
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ta e bem detalhada cotação, continua com a definição da compra, segue
com a recepção dos produtos e finaliza com a estocagem e o controle
dos produtos. Lembre-se de que comprar bem é economizar, receber o
produto correto que foi comprado e fazer valer o dinheiro pago; por fim,
a correta estocagem e o controle dos produtos diminuem as perdas de
mercadorias e maximizam os lucros da empresa. Esta é uma roda que
não pode parar de girar, caso estes setores não queiram dar prejuízo.
Referências
BRAGA, Roberto M. M. Gestão da gastronomia. 3. ed. São Paulo: Editora Senac,
2012.
Desenvolvimento
de produtos em
alimentação
139
1 A engenharia de cardápios
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A história do menu ou cardápio se confunde com a própria história
dos estabelecimentos de venda de comidas, que hoje denominamos
“restaurantes”. Conforme Lopes (2007), no ano de 1765, na cidade de
Paris, na França, um cozinheiro de nome Boulanger, que vendia sopas,
iniciou seu negócio em um espaço fixo, vendendo caldos variados, co-
nhecidos como “bouillon restaurant” (“caldo restaurador”). Esse tipo de
refeição era muito procurado por pessoas que se sentiam fracas ou
cansadas, e devemos lembrar que, naquele período, os turnos de traba-
lho duravam entre 10 e 14 horas diárias, sem folgas aos fins de semana.
• Entradas frias
• Sopas
• Queijos
• Sobremesas
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Vale destacar que o conceito de refeição completa depende de cada
cultura e de sua respectiva aceitação pelo seu povo. Por isso, em alguns
países, entre eles o Brasil, uma refeição completa é composta tão e so-
mente pela entrada (quente ou fria), prato principal e sobremesa.
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Os cardápios podem ser de diversos formatos e materiais. Não preci-
sam, obrigatoriamente, ser feitos como uma lista de papel com os no-
mes de todos os pratos e bebidas servidos. Apesar de não ser usual
nas nossas refeições em casa, todos nós em algum momento da nossa
vida, ao irmos em algum restaurante, lanchonete ou fast-food, já vimos
ou utilizamos um cardápio. Procure se lembrar da última vez que você
fez uma refeição fora do seu lar. Onde você procurou as comidas e be-
bidas que aquele local tinha para servir? Era uma placa do lado de fora?
Uma lista eletrônica? Uma lista em um luminoso do lado de dentro do
estabelecimento? Ou um cardápio comum?
Por exemplo, saber que um produto que tem poucas vendas e alto
custo de compra e estocagem de ingredientes permite ao gestor do esta-
belecimento desenvolver outras soluções para substituir o referido prato
por outro. Também, a informação contrária é importante, pois se um de-
terminado prato tem boas vendas e margem de lucro interessante, criar
ferramentais que ajudem a vender mais o prato podem alavancar as re-
ceitas e lucros do estabelecimento, sem que sejam necessárias maiores
modificações na produção e no trabalho da equipe. Utilizar a engenha-
ria de cardápios de forma eficiente pode resultar em maiores vendas e
rentabilidade.
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verem atualizados, será mais fácil e simples encontrar o lucro que
cada prato e bebida gera para o restaurante ou bar (lucro = preço
de venda no cardápio – custo de alimentos).
Cachorro Quebra-cabeça
Baixa
Alta Rentabilidade Baixa
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devem ser retirados do cardápio o mais breve possível, aprovei-
tando as “lacunas” que ficarão, para promover a entrada de novos
itens. Em algumas situações, o ideal seria melhor posicioná-los
no cardápio, de forma que o cliente primeiro vislumbrasse estes
produtos. Entretanto, eles estão em último nessa lista de melhor
posicionamento e, quase sempre, são eliminados do cardápio.
2 Definição de preços
O preço de venda de um prato ou de uma bebida em um restaurante ou
bar é um dos fatores mais importantes para o sucesso e a sobrevivência
do estabelecimento (VASCONCELLOS; CAVALCANTI; BARBOSA, 2002).
ção que o principal fator a ser fortemente controlado aqui deve ser
o custo, pois este pode não ser totalmente coberto pelos preços de
venda definidos com base nos concorrentes.
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Tabela 1 – Exemplo de ficha técnica
FICHA TÉCNICA
Total R$ 3,02
PVP = R$ 3,02/33%
PVP = R$ 9,12
(ICMS – 100%)
Ou simplesmente:
PFV = PVP/0,82%
Lucro 10%
Total 65%
Receita 100%
CMV 35%
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de gastos, de acordo com as sazonalidades existentes no mercado.
Segue um exemplo:
Receitas R$ 851.322,00
CMV R$ 261.110,00
Couverts 108.113
Considerações finais
A metodologia de engenharia de cardápios é uma importante ferra-
menta de gestão que não pode ser ignorada pelos restaurantes e bares
nos dias atuais. Não são necessários grandes esforços para que ela
funcione, mas apenas organização e gestão de informações eficientes.
Se isso funcionar a contento, os resultados advindos da utilização des-
sa ferramenta podem melhorar significativamente a receita e a renta-
bilidade da empresa. Em tempos de poucas vendas, um aumento de
receita causa um provável aumento da rentabilidade, sendo importante
para manter o negócio funcionando.
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para melhorar sua performance. A definição de preço de venda começa
pela eficiente gestão dos custos da empresa.
Referências
BARRETO, Ronaldo Lopes Pontes. Passaporte para o sabor: tecnologias para
elaboração de cardápios. 4. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.
LOPES, José Antônio Dias. A rainha que virou pizza: crônicas em torno da
história da comida no mundo. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra; MARTINEZ, Silvia. Cardápio: guia prático
para a elaboração. 3. ed. São Paulo: Roca, 2014.
Controle financeiro
em negócios de
alimentação
155
Por fim, veremos quais os principais controles existentes dentro dos
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restaurantes e bares, com destaque ao demonstrativo de resultado do
exercício (DRE), o mais completo documento de controle operacional e
financeiro para as empresas que têm como negócio principal a presta-
ção de serviços e a venda de alimentos e bebidas.
1 Conceitos iniciais
Antes de nos atermos ao revenue management (RM) em restauran-
tes e bares, cabe explicitar o conceito de gestão de receitas. Segundo
Cross (1998 apud CENTURIÓN, 2014. p. 19), o revenue management
“estabelece e organiza fatos, princípios e métodos para, então, avaliar o
desempenho, ciência que deve mudar a maneira como você vê sua em-
presa e gerencia os problemas essenciais de produto, oferta, demanda
e preços”.
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Ao analisar as ameaças e oportunidades perante os concorrentes e
a atuação da empresa no mercado em que atua, é necessário realizar
uma análise baseada em cinco tópicos, a saber:
Forças Fraquezas
(strengths) (weaknesses)
S W
O T
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são da compra” (conjunto de critérios utilizados para decidir o que e
quando será comprado pelo consumidor), pois ele pode ser realizado
por uma ou mais pessoas, o que, nesse último caso, pode caracterizar
uma maior dificuldade no convencimento de que o produto que esta-
mos vendendo é o ideal a ser adquirido (CENTURIÓN, 2014).
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execução. Quanto mais interessado na nossa oferta estiver o consumi-
dor, maior é a chance de sermos eficientes na determinação do preço
para aquele cliente. Não se pode esquecer que a segmentação surgiu
justamente da necessidade de entender os diversos tipos de clientes
que existem na nossa demanda, e assim nos adaptarmos para vender o
produto mais adequado pelo melhor preço possível.
IMPORTANTE
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management e da avaliação.
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namento do RM, pois ao conhecer os costumes dos seus clientes,
divididos por dias, semanas e meses, é possível criar a estratégia
ideal para equacionar demanda e oferta em determinadas épocas
ou estações do ano.
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de partida para o funcionamento da empresa. Na comanda es-
tão explicitados a quantidade de pessoas na mesa, o número da
mesa, os alimentos e bebidas pedidos pelas pessoas que estão
ali. Ela é a base para que o caixa preencha posteriormente a nota
fiscal (base da cobrança da conta dos clientes) e para que a cozi-
nha inicie a preparação dos pratos e o setor responsável separe
as bebidas que serão servidas.
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das, diminuindo-se desta os custos de alimentos e bebidas.
Considerações finais
Como podemos verificar, o revenue management é uma ferramenta
que, apesar de ter sido implementada primeiramente nas companhias
Referências
CENTURIÓN, Ligia. Princípios e práticas de revenue management: gerencia-
mento de demanda, de receita e de distribuição. São Paulo: Editora Senac São
Paulo, 2014.
O negócio em meios
de hospedagem
173
congregam principalmente hotéis independentes nos seus portfólios.
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Finalizaremos o capítulo com a descrição das redes hoteleiras e suas
formas de atuar no mercado, além de citarmos as vantagens e desvan-
tagens de pertencer a uma dessas redes.
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sempre merecedora de prêmios, além de estar localizada em um local
aprazível e marcante para a cidade.
1.2.1 Hotel
1.2.2 Motel
nos acessos rodoviários próximos das cidades, como dentro delas; não
possuem áreas de convivência social para os hóspedes (lobby da recep-
ção, restaurante, bar, etc.); a garagem é privativa e individual, os quartos
têm normalmente uma forte caracterização erótica e não cobram diá-
rias, mas sim por períodos de horas (por exemplo, 2 horas, 3 horas, etc.).
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cozinha, nem todos os apart hotéis e flats oferecem serviços de alimen-
tação, como restaurante, room service, café da manhã, etc.
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mas também podem oferecer quartos individuais. Têm serviços ape-
nas básicos de alimentação (normalmente restrito ao café da manhã),
sendo gerenciados pelo proprietário ou por alguém da família. A grande
atratividade dos hostels deve-se à sua localização, de fácil acesso ao
transporte coletivo (trem, ônibus, metrô, etc.), por terem tarifas redu-
zidas, se comparadas ao mercado hoteleiro, e por haver uma grande
troca de cultura com diversas pessoas, vindas de estados e países dife-
rentes (PÉREZ, 2014).
1.2.11 Pousada
1.3.1 Botel
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Roterdã, na Holanda, ainda nos anos 1970, mas hoje são muito comuns
em diversas cidades europeias.
Figura 2 – Botel
1.3.3 Camping
Figura 3 – Camping
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As casas de temporada são comuns em regiões turísticas, seja no
campo, montanha ou praia, onde nos respectivos períodos de alta tem-
porada aluga-se a casa inteira ou partes dela, com a intenção de gerar
uma renda extra ao proprietário do imóvel. A legislação pertinente varia
de país para país, pois alguns consideram essa concorrência com os
hotéis como desleal, pois estes pagam impostos e geram empregos o
ano todo.
1.3.6 Hotel-cápsula
1.3.7 Paradores
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1.4 Classificação de acordo com o tamanho do meio de
hospedagem
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Segundo Butuhy (2001), os hotéis independentes são aqueles que
não estão alinhados com nenhuma rede hoteleira, possuem uma ad-
ministração própria com uma hierarquia familiar bem definida, suas
tomadas de decisão têm foco exclusivo no seu próprio empreendimen-
to, normalmente valorizam e se utilizam prioritariamente de produtos
e serviços locais, não seguem uma rígida padronização nos serviços
prestados, não possuem um elevado nível de profissionalização dos
seus colaboradores e, geralmente, apresentam menor assertividade e
agressividade nas suas estratégias de vendas e de marketing.
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des (variam de 5% a 15% sobre o faturamento bruto), o que é uma
economia financeira consideravelmente importante.
3 Associações hoteleiras
De acordo com Powers e Barrows (2004), a primeira associação ho-
teleira surgiu em 1920, nos Estados Unidos, quando três pequenos mo-
téis se uniram e começaram a trocar informações, recomendando uns
aos outros e fazendo propaganda dos motéis, conjuntamente. Apesar
dessa troca de sinergia, os motéis continuaram tendo administrações
e finanças separadas. Esse foi o embrião da Treadway Company, a pri-
meira associação de hotéis independentes do mundo.
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hoteleiro mundial por ser difícil demonstrar ao cliente “para quem este
hotel existe?”. Além disso, faltam equipes de vendas agressivas, melho-
rar a profissionalização das equipes com treinamento, diminuir a perda
de profissionais qualificados, implantar sistemas de gestão com base
em qualidade no atendimento ao hóspede.
4 Redes hoteleiras
Para Pérez (2014), uma rede hoteleira pode ser definida como uma
organização que cria, organiza e padroniza uma ou mais marcas de ho-
téis, de modo que elas possam atuar da forma mais idêntica possível,
não importando em que local estejam funcionando. De modo simplifi-
cado, os hotéis que pertencem às redes hoteleiras buscam vender ao
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preventiva e reparativa do hotel.
Por fim, os hotéis que compõem as redes de hotéis podem ser classi-
ficados de acordo com o tipo de propriedade, tais como (PÉREZ, 2014):
Considerações finais
Quando nos referimos a hotel, podemos, na verdade, estar falando
de um dos diversos tipos de meios de hospedagem que existem atual-
mente ou que poderão vir a existir no futuro. A hotelaria moderna adap-
ta-se às mudanças da sociedade onde está inserida e, como tal, busca
sempre ser atrativa para os novos tipos de hóspedes que estão sur-
gindo. Por isso, os hotéis independentes sempre existirão, pois muitas
vezes eles respondem mais rapidamente aos anseios e necessidades
dos hóspedes e da comunidade em que estão inseridos.
Referências
BUTUHY, Júlio César. Administração de meios de hospedagem. São Paulo:
Renovarum, 2001.
PÉREZ, Luis di Muro. Manual prático de recepção hoteleira. 2. ed. São Paulo:
Roca, 2014.
Responsabilidade
social e ambiental
na hospitalidade
Este capítulo tem como foco dissertar sobre a gestão ambiental das
empresas do mercado turístico e nas empresas da hospitalidade co-
mercial, mais especificamente nos meios de hospedagem.
197
pelos meios de hospedagem brasileiros nos dias atuais e como eles
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podem impactar positivamente a atividade turística local. Por fim, apre-
sentamos exemplos de responsabilidade social e ambiental (RSA) exis-
tentes no mercado de hospedagem no Brasil e como eles podem servir
de inspiração para serem aplicados em outros meios de hospedagem
no Brasil e no mundo.
Uma questão que deve ser analisada pelos gestores de turismo, in-
cluindo os que gerenciam meios de hospedagem, refere-se às ações
para auxiliar no desenvolvimento sustentável, econômico, social e cultu-
ral das comunidades onde estamos inseridos, garantindo, ainda, a ma-
nutenção da nossa sustentabilidade financeira.
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plo aos seus colaboradores, fornecedores e à comunidade.
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motivos altruístas das empresas de meios de hospedagem, mas pela
busca de uma diferenciação competitiva perante os seus concorrentes,
no intuito de fazer com que o hóspede vislumbre um hotel mais preocu-
pado com o meio ambiente do que os demais (CAON, 2008).
NA PRÁTICA
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çados, caso as metas estipuladas sejam atingidas.
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cálculos de consumo imediatamente.
•• O limitador de temperatura implantado no ar condicionado.
•• O aumento da eficiência energética das lâmpadas, o que ocasio-
nou a troca de lâmpadas fluorescentes de tom amarelado por
lâmpadas eletrônicas brancas e, mais recentemente, por lâmpa-
das de LED.
•• A generalização do uso de boilers e caldeiras em detrimento dos
chuveiros elétricos ou a ampliação da utilização da energia solar
para o aquecimento de água são alguns dos exemplos mais co-
muns e fáceis de serem vistos nos meios de hospedagem.
Restos de alimentos Papéis, vidros e latas Produtos de limpeza, Pilhas, lâmpadas, etc.
restos de produtos
de higiene, etc.
Reduzir
Aquisição de produtos a granel, reduzindo o número de embalagens
que serão descartadas
Reutilizar
Diminuição do uso de materiais descartáveis por outros reutilizáveis
Reciclar
Separar os resíduos secos (vidros, metais e papeis) e entregá-los a uma
cooperativa de recicladores, tornando essa ação também de responsabilidade
social, ao gerar renda para um público desamparado socialmente
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res, pois as estações de tratamento de efluentes (ETE) municipais e,
em alguns casos, estaduais, captam e tratam esse efluente. O grande
problema surge em hotéis de praia, campo ou montanha, ou seja, locais
afastados de centros urbanos com uma estrutura de captação inexis-
tente ou insuficiente, pois os meios de hospedagem podem despejar os
seus efluentes diretamente em rios ou no mar, sem o devido tratamento
necessário.
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pendências do meio de hospedagem: uma das formas mais
simples de auxiliar na melhoria da renda da comunidade onde
o meio de hospedagem está inserido é permitir que os produto-
res locais e artesãos exponham o fruto do seu trabalho para a
comercialização diretamente para os hóspedes, sem a necessi-
dade de intermediários.
PARA PENSAR
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Os meios de hospedagem são empresas como quaisquer outras e,
portanto, participantes ativos das comunidades onde estão inseridos,
cabendo a eles fazer a sua parte, na intenção de minimizar alguns dos
problemas socioeconômicos e ambientais existentes. Apesar de muitas
das ações citadas neste capítulo serem de responsabilidade do gover-
no, nas esferas municipal, estadual, federal, regionais e locais as em-
presas se sentem na obrigação de devolver para a sociedade parte dos
ganhos que obtiveram com as suas atividades empresariais.
São muitas as ações que podem ser realizadas pelos meios de hos-
pedagem para auxiliar a natureza e a sociedade, desde as mais simples,
que envolvem tão somente uma nova mentalidade empresarial (ex.:
controle do desperdício de água), atuando nas atividades que lhe trarão,
além da preservação ambiental, um aumento no seu lucro, até aquelas
em que a sua atitude terá um efeito não no seu caixa ou na rentabilida-
de, mas, isto sim, na percepção dos hóspedes, fornecedores e parceiros
comerciais sobre qual a forma de atuação da empresa em prol da socie-
dade e da comunidade onde está instalada.
Referências
CAON, Mauro. Gestão estratégica de serviços de hotelaria. São Paulo: Atlas,
2008.
LUNKES, Rogério João; ROSA, Fabricia Silva da. Gestão hoteleira. Custos,
sistemas de informação, planejamento estratégico, orçamento e gestão am-
biental. Curitiba: Juruá, 2012.
Gestão na
hospitalidade
213
1 Gestão familiar ou profissional
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As empresas consideradas familiares possuem, geralmente, a mes-
ma origem: foram fundadas pelo patriarca ou pela matriarca da família,
ou até por ambos, com a intenção prioritária de garantir ou aumentar
a renda da família. Com o passar dos anos, mais membros da famí-
lia foram agregados ao negócio, seja por falta de confiança em outra
mão de obra, seja por incapacidade de manter uma folha de pagamento
mais encorpada. Com o passar dos anos, parte dos membros da família
começou a integrar a empresa, e com a aposentadoria dos fundado-
res passam quase que automaticamente a serem os novos dirigentes
do negócio. Esse tipo de empresa chega a representar no Brasil, em
algumas áreas econômicas, quase 90% dos players (CASILLAS; DIAZ;
VÁZQUEZ, 2007).
Frases como “Eu sempre sonhei em ver meu filho sentado na mi-
nha cadeira” ou “Minha filha é muito inteligente, saberá cuidar bem da
empresa” são bem mais comuns do que se imagina em momentos de
sucessão. Além disso, a definição da sucessão quase sempre é uma
imposição, deixando possíveis outros interessados com a sensação de
que houve injustiça e de que seu trabalho não é reconhecido a contento
pela família ou, pior ainda, pelos seus pais.
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mais do tempo que os fundadores ainda querem ou podem ficar à fren-
te da empresa, do que obrigatoriamente ser uma questão predefinida de
tempo. Existem exemplos de empresas que iniciaram a sua sucessão
dez anos antes da aposentadoria dos fundadores. Em outro extremo,
existem exemplos em que o sucessor foi escolhido e assumiu a empre-
sa em menos de seis meses. Em outras, foram contratados gestores
especializados em “treinar” novos dirigentes para que estes pudessem
ter tempo para se adaptar as suas novas atividades.
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Esquecer que a empresa possui concorrentes e que muitos deles
possuem maiores condições financeiras para desenvolver produtos
melhores e mais baratos já ocasionou a ruína de diversos empreendi-
mentos, sejam eles familiares ou não. Muitas empresas enviaram seus
futuros sucessores para trabalhar em grandes empresas nacionais ou
multinacionais, com o intuito de entenderem como elas agem no mer-
cado e no desenvolvimento de produtos e serviços. Além disso, a pes-
quisa de mercado deve ser algo comum e vista não como uma crítica à
empresa ou aos seus fundadores, mas como um auxílio para entender
quais as atuais e futuras expectativas dos nossos clientes com relação
a nós, aos nossos produtos e serviços.
fizeram prosperar. Os fundadores devem ter em mente que, por mais que
venha a ser um desejo antigo ver algum parente herdando a direção da
empresa, há situações em que a melhor opção para o futuro da empresa
é que um profissional não ligado à família assuma o negócio.
2 Gestão de processos
O business process management (BPM) ou, em tradução livre para o
português – gestão de processos do negócio, apresenta o passo a pas-
so de como uma atividade deve ser corretamente executada, fazendo
com que seja possível verificar como podem ser realizadas melhorias
no respectivo processo.
Uma das grandes vantagens da gestão por processos é que ela aju-
da a melhorar os processos que já existem na empresa, sendo desne-
cessário desenvolver um novo processo que, com certeza, geraria um
novo custo para a empresa. Além do mais, ajudam a criar e desenvolver
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os colaboradores e a direção trabalhem ativamente para que essa ati-
tude se torne parte fundamental da cultura organizacional da empresa.
Outra vantagem visível é que a padronização de todos os processos da
empresa permite um melhor gerenciamento e treinamento da equipe,
reduzindo o risco de erros que podem causar acidentes e/ou perdas
financeiras (SILVA, 2015).
6. 1.
Refinamento Mapeamento
e otimização e classificação
5. 2.
Monitoramento Ciclo de vida da Análise
e controle gestão de processos e desenho
4. 3.
Implementação Modelagem
2.4 Implementação
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pela operação, verificando se pequenos ajustes devem ser realizados,
ou não. Também é verificado se a gestão do processo não possui ne-
nhum “gargalo ou “ponto cego” que dificulte o ajuste das possíveis fa-
lhas que possam existir.
Silva (2015) afirma que essa é uma das principais etapas da gestão
de processos, pois o monitoramento e o controle contínuos dos proces-
sos garantem a qualidade do processo, além de permitir que ocorram
constantes melhorias que, em última regra, mudarão o processo, tor-
nando-o mais próximo das necessidades de desempenho e objetivos da
empresa. A avaliação contínua do desempenho dos processos, por meio
da validação dos resultados alcançados, quando devidamente compara-
dos com dados que possuem relação direta com as metas e objetivos,
pode resultar na extinção, na manutenção ou no ajuste dos processos.
3 Gestão do produto
A gestão de produto (aqui a palavra “produto” também pode ser subs-
tituída por “serviço”) busca entender a relação atual entre o produto e o
mercado, vislumbrando por meio da sua situação atual nesse contexto
como será o seu futuro. Esse entendimento sobre o produto ajuda a
empresa a saber quando deve desenvolver novos produtos, como está
a evolução do mercado e como o desempenho do produto deve ser ava-
liado e por quais métricas isso deve acontecer (MATTAR et al., 2014).
3.1 O cliente
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que trabalha, sua família, etc. é importante para se antecipar a possíveis
mudanças de gosto ou de produto por parte dele.
pode surgir, seja por diminuição da demanda, seja por aumento abrupto
da mesma. Mas evite ter muitos índices de verificação do desempenho
do produto, pois o excesso de dados quase sempre mais atrapalha do
que beneficia a empresa e a sua área de gestão de produtos.
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aniquilado do mercado por um concorrente que entendeu melhor
o consumidor, oferecendo outra opção de produto com mais usos
ou por um menor valor de compra (MATTAR et al., 2014).
Considerações finais
As empresas familiares podem ter gestões profissionais sem per-
der as suas características desenvolvidas pelos seus fundadores ao
longo dos anos. Profissionalizar, muitas vezes, significa apenas e tão
somente saber escolher de forma imparcial e levando em consideração
aspectos como capacidade gerencial, educação acadêmica e carreira,
Referências
CASILLAS, José Carlos; DIAZ, Carmen; VÁZQUEZ, Adolfo. Gestão da empresa
familiar: conceitos, casos e soluções. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
Estrutura de gestão
em empresas de
hospitalidade
multinacionais
229
qualquer outro país do mundo. Por último, vamos entender como estão
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desenvolvidas essas empresas no Brasil e como funciona a gestão das
suas marcas e produtos.
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rio foi que pessoas que tivessem aptidão para a tarefa coordenassem
todos esses talentos reunidos, de modo que juntos se tornassem uma
equipe: assim, surgiram novos cargos de gerência na hotelaria.
Distinctive
Wyndham Grand
(Exclusivos)
Tryp by Wyndham
Esplendor Hotels Boutique
Lifestyle (Serviços diferenciados)
Dazzler Hoteles
Trademark Collection by Wyndham
(cont.)
Microtel by Wyndham
Days Inn
Value
Super 8
(Econômico e Supereconômico)
Howard Johnson
Travelodge
IMPORTANTE
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de estruturas de gestão surgiu o modelo que é hoje o mais utilizado
pelas empresas hotelarias internacionais, o que, atualmente, é denomi-
nado modelo divisional.
NA PRÁTICA
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brasileiro. Tempos depois, por uma decisão estratégica da Accor, a Par-
thenon Flats foi eliminada do portfólio de bandeiras da rede.
É importante ressaltar que a autonomia dada à diretoria que atuava no
Brasil, somada à atuação dos profissionais aqui existentes em cargos
de gestão no grupo hoteleiro, tornaram possível a criação e operação da
Parthenon Flats, chegando ao ponto de chamar atenção da matriz da
rede Accor, na França.
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a sua futura posição no mercado. Assim, surgiram as conversões hote-
leiras – atividade desenvolvida pela diretoria de facilities (manutenção,
engenharia e arquitetura) ou pela diretoria de implantação e/ou conver-
são (responsável por fazer o hotel funcionar e garantir o padrão prede-
finido para aquela bandeira específica). A manutenção de estruturas e
equipamentos passou a ser melhor controlada, os projetos hoteleiros
passaram a privilegiar o conforto, o uso e a acessibilidade do hóspede,
e as implantações e conversões de meios de hospedagem passaram a
ser mais técnicas e planejadas para manter o nível de qualidade defini-
do pelo grupo hoteleiro (DUARTE, 2005).
Todos esses cargos citados foram trazidos para o Brasil pelos gru-
pos hoteleiros internacionais, pois o mercado hoteleiro nacional estava
Considerações finais
Apesar de a maioria da hotelaria nacional não estar preparada para a
chegada das redes e grupos hoteleiros internacionais no Brasil em mea
dos dos anos 1990, e de aquele momento ter sido muito desfavorável
para a hotelaria brasileira, no final das contas a concorrência com novos
produtos e, principalmente, modelos de estruturas de gestão vindos de
fora, terminou por ser benéfica para as empresas nacionais.
Referências
BUTUHY, Júlio César. Administração de meios de hospedagem. São Paulo:
Renovarum, 2001.
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cos. 3. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
Gestão em
empresas de
hospitalidade
brasileiras
243
Vamos compreender como funciona uma área de recursos huma-
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nos em uma empresa da hospitalidade comercial, suas responsabilida-
des e desafios para os próximos anos, sendo o principal deles ajudar a
desmistificar a mão de obra como custo, quando deveria ser conside-
rada como um ativo da empresa. Por fim, vamos conhecer o que são
serviços personalizados ou, mais especificamente, o que são os ser-
viços customizados e como eles devem se tornar um dos principais
diferenciais de serviços nas empresas de hospitalidade em um futuro
não muito distante.
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mercado (DUARTE, 2005).
PARA PENSAR
Frases como “Sempre fizemos desse modo e deu certo, por que mu-
dar agora?” e “Você não entende como está o mercado agora!”, que ora
serviram de crítica aos familiares que queriam implementar mudanças
muito rapidamente, ora para criticar as gerações anteriores que conti-
nuavam gerenciando os meios de hospedagem como décadas atrás,
deixaram os hotéis “paralisados” entre o novo e o antigo modelo de ges-
tão. Em muitos casos, essa paralisia foi fatal para os negócios (BUTUHY,
2001).
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tenham gosto pelo trabalho de servir os outros, sem, entretanto, sen-
tir-se servil. Muitos aspectos dificultam o recrutamento de colabora-
dores e somente os que possuem aptidão para trabalhar nessa área
conseguem galgar postos mais elevados na hierarquia das empresas.
Recrutar, contratar, treinar e manter uma equipe de colaboradores entu-
siasmada com o que faz e pronta para agir em prol do cliente é o grande
desafio destes e dos próximos anos. Mas tudo começa com uma admi-
nistração de recursos humanos focada em trabalhar com as pessoas, e
não simplesmente em contratá-las.
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deve ser conduzido com cuidado e atenção por parte do RH. O fato
de que o colaborador não fará mais parte da empresa não signi-
fica que ele não tenha que ser respeitado, pois, por algum tempo,
esse colaborador foi uma parte importante do que a empresa faz
e a demissão não pode ser interpretada como o “descarte de um
indesejado”, simplesmente. Muitas empresas avançaram nesse
quesito, e hoje entrevistas de desligamento e feedback sobre os
verdadeiros motivos do desligamento são importantes ferramen-
tas nesse momento difícil para o ex-colaborador. Algumas em-
presas, inclusive, têm contratado serviços de recolocação de
pessoas, especialmente para colaboradores de maior grau hierár-
quico, como forma de ajudá-los a superar este momento delicado
na sua carreira profissional.
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trato intermitente) que ainda são um mistério de como serão recebidos
pelos profissionais recrutados em um futuro não muito distante. Soma-
se a isso a liberalização irrestrita da terceirização, que apesar de livre para
qualquer cargo e empresa, concentra-se em cargos com salários mais
baixos e a “pejotização” (contrato entre a empresa e uma pessoa jurídica,
que, na verdade, é a empresa de uma pessoa só), que, ao contrário da
terceirização, atualmente concentra-se nos salários de mais alto valor.
3 Serviços personalizados
Se você já entrou alguma vez em uma lanchonete de uma rede in-
ternacional e pediu para tirar do seu lanche os “picles” e acrescentar
“bacon” e foi atendido nesses seus desejos, mesmo pagando a mais
por isso, saiba que você já teve um produto personalizado unicamen-
te para você. A customização ou personalização nada mais é do que
adaptar ou ajustar algo, seja ele um produto ou serviço, ao gosto ou
desejo do cliente, com a intenção de torná-lo único, ou seja, sem igual
no mercado. Já a customização em massa não significa um produto
ou serviço totalmente diferente para cada cliente, mas sim um produto
ou serviço com algumas características únicas, feito para atender um
determinado cliente.
NA PRÁTICA
NA PRÁTICA
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cessidade da tecnologia para o sucesso da customização, muitas em-
presas da hospitalidade comercial, especificamente meios de hospe-
dagem, têm a tecnologia como aliada na execução da personalização,
mas não como fator essencial. O fato de o serviço ocorrer no momento
do contato com o cliente permite que o serviço seja adaptado automa-
ticamente para cada cliente, fazendo a customização ser quase natural
neste ramo. Mas é certo afirmar também que a tecnologia permitiu que
os meios de hospedagem e os seus respectivos colaboradores pudes-
sem realizar personalizações mais rápidas e mais específicas para o
cliente ao utilizarem os seus bancos de dados não apenas para inserir
nome e endereço do cliente, mas também para registrar as característi-
cas, gostos e desejos de cada um dos seus hóspedes (CASTELLI, 2016).
Por mais incrível que possa parecer, um dos primeiros passos para
que o CRM auxilie os meios de hospedagem a personalizar os serviços
prestados ao cliente é justamente perguntar se ele deseja ou não fazer
parte desse banco de dados.
com a empresa.
IMPORTANTE
Considerações finais
A área de recursos humanos não pode ser mais negligenciada nas
empresas da hospitalidade comercial. Em um momento em que se fala
tanto da “experiência do cliente” como um diferencial na concorrência
entre as empresas desse mercado, conseguir recrutar, contratar, reter
e desenvolver os melhores talentos possíveis é um grande diferencial
para a gestão e a sobrevivência do negócio.
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e a atenção desses colaboradores para com os hóspedes são ativos
importantes e ímpares que a empresa possui e, como tal, devem ser
muito bem cuidados para evitar que outras empresas não os “roubem”.
Manter-se no topo é mais difícil do que chegar lá, por isso a renovação
constante e planejada é importante para a empresa.
Referências
BUTUHY, Júlio César. Administração de meios de hospedagem. São Paulo:
Renovarum, 2001.
Controle financeiro
em negócios de
hospedagem
257
1 A gestão de receitas em hotelaria
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A principal receita de um meio de hospedagem, salvo raras exceções,
é gerada pelas vendas das diárias das unidades habitacionais (UH) ou,
como comumente chamadas, “quartos”. Essas receitas são variáveis e/
ou mistas, ou seja, sofrem influência direta da ocupação do hotel.
IMPORTANTE
258 Contabilidade e custos em hospitalidade
O cálculo da diária média é importante não somente para dimensio-
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nar a receita prevista, mas também para entender se as vendas das diá-
rias não estão muito abaixo dos valores praticados pelo meio de hospe-
dagem para hóspedes que não tenham acordo comercial. Basicamente,
esse “acordo comercial” é um contrato entre o meio de hospedagem
e uma determinada empresa, em que a primeira normalmente oferece
um desconto nas tarifas das UH a serem futuramente utilizadas, em um
provável volume de reservas por parte da referida empresa.
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É uma diária diferenciada, tomando por base a expectativa de aluguel
de UH que uma determinada empresa terá com o meio de hospedagem
(ou já teve, sendo, portanto, uma recompensa) em um determinado es-
paço de tempo, pois os contratos que regem esses valores especiais
normalmente são semestrais ou anuais.
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A seguir, serão descritas as demais receitas do departamento de hos-
pedagem, tomando ainda como referência a proposta de Perez (2014).
1.2.2 Estacionamento
Visto basicamente como um setor que existe nos hotéis para ga-
rantir o entretenimento das crianças e dos seus responsáveis, o setor
de lazer pode gerar algumas receitas, quando suas ações forem bem
orientadas. Como exemplo de receitas, podemos citar o aluguel de qua-
dras poliesportivas, do campo ou do minicampo de golfe para hóspe-
des (mais raro, pois normalmente essas opções já estão inclusas no
valor da diária) ou para a comunidade, locação de aparelhos eletrônicos
(videogames, basicamente) e comissões sobre a venda de pacotes de
atividades de lazer externas ou terceirizadas, como cavalgadas, trilhas,
parques de diversão, etc. (CASTELLI, 2016).
1.2.5 Lavanderia
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(expressão que designa lavanderias de hotéis que atendem elas mes-
mas os pedidos dos hóspedes), à comissão sobre tinturaria (hotéis con-
tratam lavanderias terceirizadas para lavar, secar e passar as roupas
avulsas dos hóspedes, e sobre o valor cobrado, adicionam um ágio que
pode variar de 20% a 50%) ou, ainda, à prestação de serviço externo
(hotéis com lavanderias subutilizadas prestam o serviço para outros ho-
téis menores ou que não possuem equipe e maquinário adequados para
cuidar dos seus enxovais).
•• meia pensão (MP): inclui CM, mais almoço ou jantar e fica entre
12% e 15% DM/A;
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tual de repasse entre 18% e 23% da DM/A);
2.5 Estacionamento
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A manutenção das áreas desse setor é a maior despesa existente,
pois em hotéis de lazer estas chegam a ser quase 80% de toda a infraes-
trutura destinada ao uso dos hóspedes, além de a maioria significativa
estar a “céu aberto”, ou seja, em ambientes abertos, mais suscetíveis às
intempéries, o que acelera o seu desgaste natural (MEDLIK; INGRAM,
2002). Outras despesas importantes são o pagamento de colaborado-
res extras (freelancer), para trabalho esporádico e em momentos de alta
ocupação, e a reposição dos materiais e equipamentos utilizados no
lazer e na recreação.
TotaldeRNvendidosnodia( x ) 100
Taxa de ocupação diária ( TO%/D ) =
NúmerodeUH
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Diária média do dia (DM/D ) =
NúmerodeUHocupadasnodia
Totaldareceitacomdiáriasdomês
Diária média mensal (DM/M) =
NúmerodeRNdomês
Considerações finais
A gestão dos meios de hospedagem, a partir do uso de dados que
auxiliem a mapear as receitas e despesas mais comuns, é muito mais
descomplicada do que se pode imaginar à primeira vista. Entretanto,
esse mapeamento exige uma constante alimentação de dados para
que os números verificados reflitam da forma mais fiel possível como
está a operação da empresa e a sua saúde financeira. Os indicadores,
apesar de exigirem um maior conhecimento da operação e gestão da
empresa hoteleira, são importantes aliados no entendimento de como
estão as receitas e fluxos de ocupação do hotel. Eles traduzem para os
números, a real situação da operação e da gestão da empresa, servindo
como ponto de ampliação da visão do gestor, quando servirem de com-
paração sobre como andam as vendas das UH, se o valor das diárias
está com maiores ou menores descontos, como está a qualidade do
serviço prestado ao cliente, devido ao aumento da TMO do hotel, entre
outros. Tomar ciência dos indicadores do seu hotel, e começar a pensar
em como irá melhorará-los, deve ser a primeira providência a ser toma-
da pelo diretor ou pelo gerente geral, assim que chegam na empresa.
Referências
BUTUHY, Júlio César. Administração de meios de hospedagem. São Paulo:
Renovarum, 2001.
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cos. 3. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
PÉREZ, Luis di Muro. Manual prático de recepção hoteleira. 2. ed. São Paulo:
Roca, 2014.
275