Manual de Linguística, ª ed. São Paulo: Contexto, 2009, p. 127-139.
Pedro Antonio Damasceno da Rocha¹ Silvagne Vasconcelos Duarte² Resumo: A Linguística Gerativa formulada por Noam Chomsky em 1957 nasce como uma espécie de resposta ao modelo teórico metodológico behaviorista de Bloomfield uma vez que Chomsky considera a criatividade a principal característica da linguagem humana. A disposição inata para a competência linguística é o que ficou conhecido como faculdade da linguagem. Ao observar os fatos das línguas naturais um gerativista observa aspectos comuns das línguas humanas; em que consiste os conhecimentos linguísticos do falante; como esse conhecimento é adquirido; com ele é posto em uso e quais as sustentações fisiológicas que tal conhecimento recebe. Para os gerativistas, partindo da gramática como sistema de regras finito o usuário da língua pode formar sentenças infinitas. Na década de 1980, a hipótese da competência linguística como um sistema de regras dá lugar a hipótese da gramática universal que é entendida como o conjunto das propriedades gramaticais em comum compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são previstas no próprio sistema da GU. No ato da descrição da natureza e do funcionamento da GU postula-se uma teoria chamada de princípios e parâmetros que tem como objeto de estudo principalmente a sintaxe, pois é em tal estrutura que se evidencia as semelhanças entre todas as línguas do mundo. Princípio corresponde as propriedades gramaticais válidas a todas as línguas naturais e parâmetro deve ser compreendido como as possibilidades de variação entre as línguas. Palavras-chave: Gerativismo. Faculdade da Linguagem. Gramática Universal. Princípios e Parâmetros. 1. Acadêmico do Curso de Licenciatura em letras Português/Inglês, Campus Marco Zero, matricula nº 222001779, email: pedro.damasceno.rocha@gmail.com 2. Professor de Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Amapá (Unifap).