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A importância da educação socioemocional no contexto escolar

A educação socioemocional vem ganhando espaço entre os pais e gestores escolares. 


Por muito tempo, a escola era vista apenas como transmissor de conteúdo, partindo da ideia de que a
criança já vinha pronta, e devia se comportar “adequadamente” nos mais diversos ambientes.
Hoje, a Base Nacional Comum Curricular, BNCC, tem como objetivo integrar a educação
socioemocional nas competências e habilidades, dividindo  a missão de educar entre escola e a
família.
As competências e habilidades presentes na BNCC são diretrizes, que têm como principal objetivo o
desenvolvimento, uniforme e pleno, de todos os estudantes.
O termo educação socioemocional surgiu em 1994, e seus primeiros fundamentos tiveram como base
a criação do CASEL, Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (Colaboração para
Aprendizagem Acadêmica, Social e Emocional). 
Segundo o CASEL, o aprendizado socioemocional é uma parte integrante da educação e do
desenvolvimento humano.  
O aprendizado socioemocional é o processo em que jovens e adultos adquirem e aplicam os
conhecimentos, habilidades e atitudes para:
desenvolver identidades saudáveis;
gerenciar emoções e alcançar objetivos pessoais e coletivos;
sentir e mostrar empatia pelos outros;
estabelecer e manter relacionamentos de apoio, e 
fazer decisões responsáveis e cuidadosas.

Para que isso ocorra de forma efetiva, o CASEL aponta 05 competências a serem
desenvolvidas: 
1 – Autoconsciência – envolve o conhecimento individual, como seus pontos fortes e fracos, sempre
mantendo uma atitude otimista e voltada para o crescimento. 
2 – Autogestão – o gerenciamento eficiente do estresse, o controle de impulsos e a definição de
metas.
3 -Consciência social – necessita do exercício da empatia, do colocar-se “no lugar dos outros”,
respeitando a diversidade.
4 – Habilidades de Relacionamento – relaciona com as habilidades de ouvir com empatia, falar clara
e objetivamente, cooperar com os demais, resistir à pressão social inadequada (ao bullying, por
exemplo), solucionar conflitos de modo construtivo e respeitoso, bem como auxiliar o outro quando for
o caso.
5 – Tomada de decisão Responsável – recomendar as escolhas pessoais e as interações sociais de
acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.

Mas afinal, como aplicar isso no contexto escolar?


Para desenvolver habilidades para auxiliar as crianças e jovens a lidarem com situações de conflito, é
preciso diminuir as vulnerabilidades destes estudantes. Para isso ocorrer, é necessário estimular o
diálogo, incentivar a expressar sentimentos, medos, alegrias, anseios e até mesmo frustrações. 
O ensino deve ultrapassar o âmbito das disciplinas convencionais, dando um suporte para o futuro e
preparando para os desafios e desventuras da vida adulta. – E quanto mais cedo começar, mais
tranquila será a vida escolar do estudante, e melhores serão os seus resultados como aluno, como
pessoa e como cidadão.
É recomendado, para que a transição do ensino comum para um mais lúdico seja efetiva e menos
estressante, que os professores estejam capacitados para fazer a interdisciplina entre as matérias
bases e os princípios da educação socioemocional.
Essas mudanças, no entanto, exigem dedicação de tempo e atenção, e precisam ser feitas com o
apoio de treinamentos, de planejamento e mensuração.
A educação socioemocional é um passo importante para a instituição de ensino se adequar a BNCC
e renovar o ensino.

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