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Aula 04 em 22 de março

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MO

• Liptínica – Algas

Utilizando um microscópio de petrografia óptico, se observa os resíduos de bactérias, colônias,


pedacinhos de lenho, vegetal superior, esporos(gimnospermas) e polens(angiospermas).

Após preparação da amostra para preservação apenas da MO, é possível quantificar a


porcentagem dos 3 tipos de MO(amorfa, liptinítica e lenhosa).

Esse tipo de alga (colônia de botryococcus), aprisiona e acumula HC de cadeia longa.

Os dinoflagelados também estão presentes (uns gostam de mais sal, outros menos...)
As acritarcas são outro tipo de MO liptinitica

As acritarcas, sob luz ultravioleta. Quanto mais amarelada, menos matura termicamente.
Acima, um exemplo de rocha imatura, pois sua coloração está amarelada fluorescente.

Se a MO for submetida a temperatura excessiva, a amostra apresentará cores mais escuras


(mais marrons).

As duplas ligações são hidrogenadas durante a transformação de MO para HC. Dificilmente se


observa duplas ligação nos HC. No processo de transformação, as ligações duplas de Carbono
recebem átomos de Hidrogênio e se tornam ligações simples.

• MO LENHOSA

Proveniente de vegetais superiores. Dividem-se em 1- vitrinita e 2- inertinita.

Inertinita permanece inerte, não se converte em nada na transformação (nem gás, nem óleo).

Acima, exemplo de MO lenhosa

Presença de vegetais superiores indicam paleoambiente terrestre. Exceto deltas (resultante do


transporte de MO e inorgânico, por isso pode-se ter presença de vegetais superiores) e ....?
Também pode-se encontrar zooclastos (chitinozoários, escolecodontes e foraminíferos).

A maior parte de geradoras, isto é, geradoras com maior potencial são formadas no CRETÁCEO
e JURÁSSICO

No Cretáceo, aconteceu a separação América-África, os níveis de mares estavam altos, as


calotas estavam reduzidas e havia grande atividade biológica (elevada produtividade primária).
As condições físico-químicas de baixa energia e redutoras (não tinha mais Oxigênio no fundo
por causa da grande espessura de lâmina dágua) no fundo oceânico contribuíram para
formação de grandes geradoras.

Acima, observa-se como no Cretáceo havia muita água, as geleiras praticamente todas
derretidas.
Com as análises de petrografia orgânica, chega-se a conclusão:

MO tipo I é ótima para formação de óleo. Tipo II forma óleo e gás e tipo III apenas gás, não vai
se formar óleo (em função da complexidade do material que, mesmo sob altas temperaturas,
só se forma gás metano).

A proporção H/C indica o nível de hidrogênio. Amorfas são mais hidrogenadas, podendo
formas HC de cadeia longa.

O Campo de Mexilhão é só gás, o que indica que sua geradora pode ser de material lenhoso. É
um campo proximal e pós-sal (não é de águas profundas). Entretanto, mesmo com diferentes
tipos de MO, se houver intrusão ígnea, as cadeias longas podem ser quebradas, ou seja,
sofreram craqueamento. Logo, a presença de gás pode ser de influencia ígnea ou do tipo de
MO.
RESUMO

ESTRUTURA QUÍMICA DOS TIPOS DE QUEROGÊNIO

As estruturas em cinza são os aromáticos. O tipo II possui mais matéria vegetal, por isso tem
mais aromáticos.
EVOLUÇÃO TÉRMICA DA MO

A coloração acima é para os esporos.

Outra forma de medir a quantidade de calor, é através do poder de reflectância da vitrinita.

Quanto mais luz refletida, mais maturo, ou seja, mais ação térmica.
O gradiente geotérmico aumenta com a profundidade. A janela de geração de óleo se situa no
intervalo de 0.6 a 1.2 de reflectância de vitrinita.

OBS: TMZ (topo da zona matura, para gerar óleo) e TZS (topo da zona senil, ou seja,
temperatura para gerar gas).
Sobre a imagem acima: Biopolímetros (proteína, lipídios...) no topo. Com aumento da
profundidade, aumenta o calor e sofre degradação biológica. Depois, sofre imsolubilização e
depois forma o geopolímero (querogênio)em reflectância aproximada de 0.5. Aumentando
profundidade e calor, o querogênio sofre degradação térmica, se quebra e forma óleo. Se
aumentar a temperatura e calor, começa a se formar gás. Se a reflectância aumentar a ponto
de chegar em 4, sofre-se metagênese, não se tem mais MO e se forma carvão.

EXEMPLO: os campos nas bacias de Solimões e do Paraná, onde se teve intrusão ígnea, a
vitrinita aumenta muito, ao invés de sofre evolução gradativa.

Fases de amadurecimento térmico da geradora:

1- Temperatura amena (MO imatura)


2- Temperatura mais alta, onde se bomba a geração (geração de óleo e talvez gas)
3- Temperatura alta (geração de gás)
Abaixo, diagrama que une informações (razão H/C no eixo Y, razão O/C no eixo X). H/C
deve ser alta e O/C deve ser baixa

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