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Aluna: Luana Braga

Professor: Diego Coelho


Data: 09/03/2023
Componente Curricular: Literatura

Vanguardas europeias é como ficaram conhecidos os movimentos estéticos surgidos nas


primeiras décadas do século XX, no continente europeu. Os artistas que participaram desses
movimentos artísticos assumiram uma postura rebelde e de contestação da arte acadêmica. A
inovação, portanto, é o principal objetivo dessa geração de artistas, que buscou criar novos
padrões estéticos. As Vanguardas Europeias que mais se destacaram foram o Futurismo, o
Expressionismo, o Cubismo, o Dadaísmo, o Surrealismo e o Fauvismo.

O Cubismo despontou em 1908.


É um movimento que rejeita a noção de centralidade ou superioridade da arte europeia em
relação às manifestações artísticas de outras culturas.
Na literatura, esse manifesto ressaltou a importância de aspectos visuais e gráficos para a
construção do texto poético, como os espaços em branco e os tamanhos e as fontes das letras
impressas sobre a página de papel. No manifesto, Apollinaire propôs a quebra da sintaxe
convencional por meio do uso de substantivos soltos e a supressão de verbos e adjetivos.
Um exemplo da influência na literatura brasileira é o poema "Hípica", de Oswald de
Andrade.

O Futurismo despontou em 1909.


Nesse movimento, houve uma completa inversão dos valores cultivados até então nos meios
artísticos, os quais ainda prezavam a imitação das obras e dos mestres de épocas passadas.
O escritor Marinetti (publicou o manifesto do Futurismo), acreditava que ainda não havia
sido criada uma arte verdadeiramente moderna, a qual, a seu ver, deveria ser livre da
influência sufocante do passado. Com o objetivo de concebê-la, lançou o Futurismo, cuja
principal proposta era destruir o velho para, assim, abrir caminho para o novo. Por isso, em
suas obras poéticas, exaltou os elementos mais característicos da vida moderna, ou seja, a
mecanização e a velocidade. Paralelamente, tratou com ódio e violência os símbolos do
passado.
Um exemplo na literatura brasileira é o poema "Ode Triunfal", de Álvaro de Campos,
heterônimo de Pessoa, que apresenta influência futurista.

O Dadaísmo surgiu em 1916.


Em 1918, foi redigido o Manifesto dadaísta, no qual o irracionalismo e o cinismo do novo
movimento são declarados ao público.
Os dadaístas procuraram promover o insulto à inteligência e à sensibilidade dos apreciadores
de arte. Em decorrência do propósito de chocar o público burguês, as obras dessa vanguarda
têm, como características distintivas, o deboche, a ironia, a agressividade e, sobretudo, o
desejo de provar a inutilidade da Arte.
A influência que o Dadaísmo teve sobre a literatura brasileira, está presente em uma
transcrição da Carta de Pero Vaz de Caminha, feita pelo escritor brasileiro Oswald de
Andrade, durante o Modernismo no Brasil, influenciado pela técnica do ready-made (técnica
do ideário dadaísta).

O Surrealismo nasceu em 1924.


A principal proposta da estética surrealista era a violenta ruptura com os padrões lógicos por
meio da liberação do inconsciente. No Manifesto, propõe-se o uso do automatismo psíquico
como método de criação artística. O artista deve apenas colocar sobre o papel as situações
surgidas na sua mente, sem preocupar-se com a coerência lógica. No campo da literatura, esse
processo de criação passou a ser denominado de escrita automática.
No campo literário brasileiro, o Surrealismo influenciou vários escritores ligados ao
Modernismo, especialmente Oswald de Andrade, Jorge de Lima e Murilo Mendes, que
compôs o poema "Pré-história".

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