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No mês da visibilidade trans, a servidora pública Michele Franco busca na justiça o direito de
custeio de sua cirurgia transexualizadora. Após liminar negada, ela aguarda audiência de
instrução em fevereiro.
Michele, uma mulher trans, recorreu juridicamente após seu plano de saúde negar-se a cobrir
cirurgias do processo transexualizador – que estão incluídas no rol de procedimentos da ANS
(Agência Nacional de Saúde) para pessoas transsexuais.
Pedido Negado
No final de 2021, ela teve o pedido de cirurgia para implante mamário negado pela GEAP
Saúde. “Eu fui e fiz com o meu dinheiro. Já estava passando por um momento que não dava
mais para esperar. Tive que fazer empréstimo, tive que me prejudicar financeiramente por
uma coisa que é um direto meu. A primeira interpretação deles foi errada, falaram que o rol da
ANS se refere apenas a cirurgia de redesignação sexual, mas o rol se refere as cirurgias do
processo transexualizador, um conjunto de cirurgias, e não apenas cirurgia de mudança de
sexo” — explica Michele, que entrou em maio de 2022 com uma ação contra o plano de saúde,
pedindo ressarcimento da cirurgia realizada, e o direito do custeio de outras cirurgias do
processo transexualizador por parte do plano.