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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA


COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA/PARANÁ

URGENTE!
PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO – IDOSO!

Processo nº 0049689-43.2010.8.16.0001

JAMIR VIEIRA DOS SANTOS, nos autos da ação


condenatória de indenização por dano material e moral nº 0049689-
43.2010.8.16.0001 que, perante esse MM. Juízo, move em face de RICARDO
MUNHOZ DA ROCHA GUIMARÃES E ASSOCIAÇÃO PARANAENSE
DE CULTURA - APC, vem, por seu advogado adiante assinado, em não se
conformando com os termos da r. sentença de fls., apresentar RECURSO DE
APELAÇÃO, nos termos do artigo 1.009 e seguintes do Código de Processo
Civil, mediante os termos anexos, que requer sejam recebidos e, após os trâmites
de estilo, remetidos à e. Turma de Recursos.
Desta forma, requer de Vossa Excelência que se digne em
determinar a remessa dos autos, juntamente com o presente recurso, para superior
instância; para que lá sejam as presentes razões apreciadas e DATA MAXIMA
VENIA absolutamente PROVIDAS; reformando-se na totalidade a respeitável sentença
exarada por este MM. Juízo a quo.

Nestes termos,
Pede deferimento

LINDALVA LOPES DA MAIA


OAB/PR 55.128
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARANÁ.

RAZÕES DE APELAÇÃO

Apelantes: JAMIR VIEIRA DOS SANTOS


Processo nº: 0049689-43.2010.8.16.0001
MM. Juízo de Origem: 1ª VARA DE CURITIBA/PR.

EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA.

Introito

Excelência, em que pese ter sido prolatada sentença de


improcedência, observa-se que alguns pontos merecem reforma.
Assim, pugna-se pelo PROVIMENTO desta apelação, e
consequente reforma da respeitável sentença objeto do presente recurso, para o
fim de julgar totalmente procedentes os pedidos iniciais.

Breve relato dos fatos


O apelante propôs ação de indenização por danos morais
e materiais em face dos apelados em 2010, visando a condenação destes a pagar
indenização àquele em função de grave debilidades enfrentadas no pós-
operatório.
Conforme exposto na inicial, em 23/08/2007 o ora
apelante foi submetido à cirurgia no Hospital Cajuru em razão da detecção de
problema em sua coluna cervical. Logo após a cirurgia ao realizar nova
ressonância magnética foi constatado que a medula do ora apelante havia inchado
e que isso não era normal no pós-operatório. O apelante ficou internado por cerca
de 10 dias, tendo recebido alta em cadeira de rodas, sendo que antes da cirurgia
gozava de boa saúde, possuindo apenas dores em seu braço esquerdo.
No entanto, após o procedimento cirúrgico o ora
apelante ficou com seu braço direito totalmente sem movimento, além de não
conseguir caminhar, nem levantar da cama, sendo, ainda, impossível realizar
qualquer atividade sozinho.
Ainda, o braço esquerdo do apelante após a cirurgia
continuou com o mesmo problema que inicialmente apresentava.
Ademais, em razão dos erros médicos, após a referida
cirurgia o apelante passou a necessitar de acompanhamento fisioterápico três
vezes por semana a fim de aliviar suas dores.
Com o passar o do tempo, em razão do erro médico, o
quadro de saúde do apelante apresentou piora, tendo passado a necessitar também
de exercícios respiratórios e treinamento muscular, sendo que praticamente
encontra-se inválido.
Em que pese da debilitada situação de saúde do apelante
e das provas produzidas, o juiz sentenciante entendeu pela improcedência dos
pedidos iniciais.
Devido a isto, restou ao apelante recorrer para buscar
seus direitos.

Da responsabilidade objetiva e do nexo causal


A sentença recorrida negou o pedido do apelante
fundamentada na exigência de comprovação da culpa das apeladas, adotando a
teoria da responsabilidade civil subjetiva, amparada na dicção do § 4° do art. 14
do Código de Defesa do Consumidor (CDC), consoante o excerto retro transcrito:
“O ponto central da controvérsia é a conduta do médico requerido responsável pelo
atendimento e procedimento de emergência realizado à parte requerente, que,
conforme narrativa inaugural, sendo, pois, essencial apurar se aquele atuou, ou não, de
maneira correta e adequada. Registre-se, por primeiro, que a relação “médico-paciente
é de meio e não de resultado”. Significa que, além da prova do prejuízo e do nexo de
causalidade, é necessária a demonstração do agir culposo (em qualquer de suas
modalidades) do profissional”.

No entanto, laborou com equívoco o ilustre Magistrado


singular, porquanto referido dispositivo aplica-se exclusivamente às relações
entre os profissionais liberais, ou seja, os médicos responsáveis por ministrar o
tratamento, e o paciente.
No caso em tela, entretanto, o apelante postula também a
condenação da sociedade responsável pela manutenção do hospital no qual o
autor foi internado, submetendo-se, portanto, à responsabilidade objetiva prevista
no art. 14, caput, do CDC:

“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.”

A sociedade hospitalar, ao disponibilizar ao mercado


consumidor serviços concernentes à prestação de serviços de saúde por meio do
Hospital Cajurur, enquadra-se na definição de fornecedor insculpida no art. 3° do
CDC, assumindo, por conseguinte, o risco da atividade.
A doutrina compartilha deste entendimento:

"A relação entre paciente e hospital é contratual. Escrita ou verbal, expressa ou tácita,
onerosa ou gratuita, é indiferente. De forma geral, os danos sofridos por pacientes
internados sempre foram apurados com base na verificação da culpa, porque
decorrentes da má atuação médica isolada ou conjunta. Entretanto, após o advento do
CDC, instalaram-se critérios distintos para aferimento da conduta médica e do
procedimento hospitalar. Em relação ao médico, isoladamente, permanece o critério de
apuração da culpa. Em relação ao hospital passou-se a adotar, cada vez mais, o critério
de desprezo ou irrelevância da culpa. Assim, os conflitos paciente/hospital estão sendo
examinados e interpretados pelos Tribunais, em boa parte, com base no princípio da
responsabilidade objetiva, ora de natureza absoluta (afastamento da culpa), como se
fosse autêntico contrato de risco (seguro), ora mitigada ou relativa, procurando detectar
o nexo de causalidade, a conduta censurável (culpa presumida). Modestamente,
aderimos a esta segunda posição. Por isso, em caso de dano ao paciente por
decorrência do internamento, pela incorreta ação ou omissão da direção do hospital (a
exemplo de infecção hospitalar, de falta de oxigênio, de medicamentos vencidos, de
alimentos perecidos ou contaminados, de transfusão de sangue coletado de pessoa
portadora de doença contagiosa, de exame laboratorial incorreto, etc), o
estabelecimento de saúde pode ser responsabilizado isolado ou conjuntamente com o
médico ou médicos (se em equipe), se não provar a sua culpa. O critério de apuração
da responsabilidade, ao nosso ver, se estabelece pelo critério de presunção da culpa,
como subespécie da culpa objetiva - já que, salvo rara exceção, é impossível falar em
relação paciente/hospital sem participação médica. Para se esquivar da
responsabilidade, cumpre ao estabelecimento de saúde comprovar culpa própria do
paciente, fato de terceiro, caso fortuito externo ou força maior invencível e/ou, também,
cumprimento de ordem legal. É que, em regra, o paciente em nada pode fazer, exceto
cumprir as ordens do médico e o regulamento do estabelecimento de saúde" (Jurandir
Sebastião, A Responsabilidade Civil, A Singularidade da Medicina e Aplicação do
Direito, in Erro Médico: Responsabilidade Civil Médico-Hospitalar, vol. III, Rio de
Janeiro: ADV/COAD, 2004 -Suplemento Seleções Jurídicas, p. 59).

Desnecessária, destarte, a comprovação da culpa da


apelada para a configuração da responsabilidade objetiva, resta aferir a
ocorrência de dano e de nexo causal entre este e a conduta da apelada, os quais, a
despeito das conclusões da sentença de 1° grau, restaram amplamente
comprovados.
Os danos restaram consubstanciados pelo fato de logo
após a cirurgia ter sido constatado que a medula do apelante havia inchado, fato
que para a cirurgia realizada não é comum de ocorrer, bem como pelo fato de ter
tido alta de cadeira de rodas e não mais ter recuperado a mesma qualidade de
saúde que possuía antes da realização do procedimento cirúrgico.
A verificação do nexo causal, por sua vez, depende da
comprovação da falha na prestação de serviço, de modo a possibilitar a
ocorrência dos danos suportados pelo autor, pois o Código de Defesa do
Consumidor adotou a teoria do risco da atividade, segundo a qual o fornecedor de
produtos ou serviços deve responder, em contrapartida aos lucros auferidos com
a exploração empresária, pelos danos que dela possam decorrer.
Ao oferecer o serviço médico-hospitalar com o objetivo
de auferir lucros, portanto, sujeita-se a sociedade apelada à responsabilidade
pelos danos possivelmente decorrentes da atividade, dentre os quais se destaca
complicações decorrentes de procedimentos cirúrgicos que venham a afetar o
estado de saúde dos pacientes.
Ademais, a apelada não conseguiu se desimcumbir do
ônus de comprovar a ocorrência de excludente de responsabilidade, na
modalidade caso fortuito.
O caso fortuito é definido pelo professor Fernando
Noronha como “o acontecimento (força da natureza ou fato humano)
normalmente imprevisível, ainda que pudesse ser evitável, em si mesmo ou nas
suas conseqüências, se houvesse sido previsto” (Direito das Obrigações. Volume
1. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 630).
Restou comprovada, portanto, a ocorrência de falha na
prestação do serviço, a qual foi a causa hábil a ensejar a greve piora no quadro de
saúde do apelante, ocasionando praticamente a perda total de sua mobilidade e
necessidade de realização de fisioterapia motora e respiratória a fim de minorar
as suas dores.
Portanto, deve ser reformada a sentença de 1º grau
para responsabilizar a apelada ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE
CULTURA - APC pelo pagamento de indenização pelos danos decorrentes
da falha na prestação do serviço.
Por sua vez, quanto ao profissional médico ora apelado,
em que pese o entendimento exposto na sentença, conforme apurado no laudo
pericial (mov. 179), patente o erro médico.
Inicialmente cumpre ressaltar que a cirurgia ocorreu em
2007 ao passo que a perícia foi realizada em 2022, ou seja, mais de 15 anos após
o apelante ter se submetido ao procedimento cirúrgico.
Conforme narrado pelo ora apelante:

“O senhor Jamir Vieira dos Santos descreve que em 2007 fez cirurgia na coluna cervical
no Hospital Cajuru com Dr. Ricardo Munhoz da Rocha Guimarães. Refere que 3 meses
antes da cirurgia teve fraqueza no braço esquerdo com queda do mesmo, o que o levou
a procurar aquele serviço médico.
Alega que desde a cirurgia o braço esquerdo recuperou parcialmente a força muscular,
porém o braço direito passou a cair devido a fraqueza. Acrescenta que desde então
sente fraqueza e tremedeira no corpo todo e que necessita de ajuda para higiene e para
tudo.
Acompanhou com médico neurocirurgião por algum tempo, até 2013 e depois passou a
frequentar médicos nas cidades mais próximas. Refere que atualmente não acompanha
nenhum médico para o problema de coluna com periodicidade, tendo realizado uma
consulta apenas recentemente para realizar a nova ressonância trazida a esta avaliação
pericial”.

Ainda, conforme apurado pela Sra. Perita, antes da


cirurgia o apelante possuía lesão parcial nas vertebras C3 a C6, principalmente
entre a C5 e C6, mas. no entanto, após o procedimento passou a apresentar
obstrução completa ao redor dos canais L3 e L4. Lesões essas que conforme os
exames apresentados para a perita jamais foram recuperadas, tendo ficado com:
“Monoparesia braquial direita de predomínio proximal (Grau 4- em 5);
Atrofia importante região escapular direita; Hipertonia muscular
proeminente no membro superior direito (espasticidade)”.
É incontroverso que tais problemas não acometiam o
apelante antes do procedimento cirúrgico, e conforme ressaltado pela própria
perita, tendo se passado mais de 15 anos por certo houve relativa melhora no
quadro de saúde o apelante em razão de diversos outros tratamento e
procedimentos que realizou para tal fim (fls. 12 do laudo pericial).
Ainda, conforme dito pela expert:

“No prontuário médico acostado consta que na admissão hospitalar (Pg. 48), o Senhor
Jamir Vieira dos Santos apresentava uma hemiparesia esquerda (redução da força
muscular dimídio esquerdo - braço e perna, sendo pior na perna), porém com
preservação da força muscular dos membros a direita. Na alta hospitalar em 30/08/07
(Pgs. 69 a 72), o exame físico realizado pela equipe de neurocirurgia (Dra. Tatiana),
demonstrava uma monoparesia braquial a direita de predomínio proximal, ou seja, uma
redução da força muscular do membro superior direito, além de uma discreta redução
da força muscular do membro superior esquerdo, membro inferior direito e do membro
inferior esquerdo. A redução da força muscular dos membros a esquerda se manteve
praticamente a mesma, se compararmos o exame físico da admissão com exame físico
da alta, havendo o surgimento de um novo déficit motor no membro superior direito”.

Portanto, não resta dúvida de que o procedimento


cirúrgico ao qual o apelante foi submetido ao invés de melhor seu quadro clínico
lhe causou grave piora que perdura até os dias atuais e lhe causa grandes dores e
prejuízos de locomoção e autonomia. Basta olhar com atenção as fotos constantes
no laudo pericial para verificar que o procedimento cirúrgico ao qual o apelante
se submeteu não transcorreu com normalidade devendo, assim, o médico
assistente juntamente com o hospital ser responsabilizado pelos danos decorrente
da falha na prestação de serviço e erro médico.

Dos danos
Conforme anteriormente explanado, a relação jurídica
existente entre o apelante e a apelada caracteriza-se como prestação de serviços
hospitalares, regulada, portanto, pelas normas do Código de Defesa do
Consumidor. Ou seja, no presente caso deve ser aplicado o art. 14 do
supracitado codex, o qual dispõe que a responsabilidade civil do fornecedor de
serviços é objetiva, independe da existência de culpa.
Assim, em se tratando da responsabilidade civil na sua
modalidade objetiva, caberá ao lesado comprovar a existência do dano e do nexo
de causalidade entre este e a conduta da ré. Ao fornecedor de serviços, por sua
vez, incumbe provar a ocorrência de alguma das excludentes de responsabilidade,
tais como o caso fortuito e a força maior.
Ademais, quanto ao médico apelado restou demonstrado
o patente erro médico, devendo, portanto, reparar os danos daí decorrentes.
Ora Excelência, o nexo de causalidade, conforme
outrora exaustivamente analisado, restou devidamente comprovado. Passa-se,
então, à análise da ocorrência de dano ao apelante. In casu, o recorrente foi
internado no Hospital Cajuru, a fim de submeter-se a uma cirurgia. Ocorre que
nos dias subseqüentes, nos quais o apelante recuperava-se da intervenção
cirúrgica, foi constatado que sua medula havia inchado (fato não esperado em
razão do procedimento realizado), bem como o apelante teve alta em cadeira de
rodas e não mais recuperou sua mobilidade e boa condição de saúde que possuía
antes do procedimento cirúrgico.
Em primeiro lugar, não há dúvidas Excelência, diante de
tais fatos, de que o recorrente sofreu dano moral. Aliás, para o Professor Yussef
Said Cahali, dano moral "é a privação ou diminuição daqueles bens que têm um
valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a
liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os
demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em dano que afeta a parte
social do patrimônio moral(honra, reputação, etc.) e dano que molesta a parte
afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que
provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.)
e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)" (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral,
Editora Revista dos Tribunais, SP, 1998, 2ª edição, p. 20).
Do conceito trazido, tem-se que o apelante sofreu lesão
da sua paz, tranqüilidade, integridade física e individual.
Assim sendo, não há dúvidas de que o apelante teve de
suportar intenso abalo psíquico devido à conduta do apelado, configurando,
portanto, o dever deste de indenizar o recorrente por danos morais. Tanto é
verdade e indubitável a ocorrência do dano que o recorrido sequer impugnou a
existência deste, limitando-se a alegar a ausência de nexo.
No tocante a quantum que deve ser arbitrado para a
verba indenizatória, repisa-se o que foi defendido na exordial de que o valor da
indenização do dano moral deve ser arbitrado pelo juiz a fim de, por um lado,
mitigar dor psíquica sofrida pelo lesado, e, por outro, deve desempenhar uma
função pedagógica e uma séria reprimenda ao ofensor. No caso dos autos, a
indenização deve ser fixada no montante de cem salários mínimos, valor este que
corresponde satisfatoriamente à função reparatória e pedagógica da condenação.
Deve, ainda, ser o autor ressarcido dos gastos que teve
com medicação e tratamento médico e fisioterápico para tentar recuperar
parcialmente sua saúde. Assim, provada a responsabilidade do recorrido e a
existência do dano sofrido pelo apelante, deve aquele ser condenado a pagar o
valor de 5 mil reais a título de danos materiais.

Deste modo, a sentença exarada merece ser


reformada, com a consequente condenação dos apelados ao pagamento de 40
mil reais a título de indenização por dano moral e 5 mil reais a título de
indenização por danos materiais.
Do pedido
Por todo o exposto, e pelo que há de ser suprido diante
do elevado descortino jurídico de V. Exas., requer essa colenda Câmara se digne
conhecer e dar provimento ao presente recurso, para que seja reformada a
decisão a quo, nos termos supramencionados, em medida de lídima, serena e
ponderada justiça.

Nestes termos,
Pede deferimento.

LINDALVA LOPES DA MAIA


OABPR 55.128

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