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Processo nº 5590490-09.2022.8.09.0072
CONTESTAÇÃO
Aduziu a parte autora que fora até sua agência bancária do Bando do Brasil
sacar valores e foi surpreendido com um bloqueio judicial em sua conta bancária em
razão de uma execução fiscal de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em seu
nome, nos autos n. 5658433-14.2020.8.09.0072.
II - PRELIMINAR DE MÉRITO
Não é possível, assim, perante qualquer juízo, que confirme os fatos alegados
sumariamente.
Pelo exposto, requer a que este douto juízo acolha o pedido de inépcia da
petição inicial e determine a extinção do processo sem julgamento do mérito.
III - DO MERITO
III.I - DA INEXISTÊNCIA DE PRESUNÇÃO DE CULPA
O artigo 186 do Código Civil estabelece que o agente somente pode ser
responsabilizado quando, culposamente, não respeita um dever de cuidado
objetivamente devido. (Sua conduta é ilícita). O que não é o caso nesta ação, além de
não ser provado que houve culpa do médico, não há nexo de causalidade entre dano e
a conduta do requerido.
Assim, por mais que o médico seja consciencioso, não pode se responsabilizar
pelos relatos do paciente, até porque cada organismo pode reagir de um modo
diferente a alguma medicação, dentre outras inúmeras variáveis que podem interferir
no trabalho do médico.
Logo, o médico só deve ser considerado culpado se comprovado que agiu com
imprudência, imperícia ou negligência. O que não ocorreu no presente caso, pois o
médico é experiente, prestou atendimento ao autor a todo momento e agiu com zelo o
tempo todo.
O autor também não foi capaz de provar a culpa do médico, pois o médico não
causou nele dano algum. Se foi as alegações do peciente sobre seu real estado de
saúde perante seu empregador que provocou o evento danoso, tendo o médico sido
somente o instrumento de amparo e socorro, não há que se falar em indenização.
Portanto, por todo o exposto até aqui, requer a total improcedência dos pedidos
do autor. Não devendo assim prosperar a alegação de dano gerado pelo médico.
V - DOS PEDIDOS
EVELYN MENDONÇA
OAB/PA 15.002