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EXMO(A). SR(A). DR(A).

JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL


DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE

FABRÍCIO DOS SANTOS JESUS, brasileiro,


solteiro, cobrador, portador do RG nº
1073604959, e do CPF nº 914.194.090/34,
residente e domiciliado na Estrada São
Francisco, nº 135, Bairro Lomba do Pinheiro,
CEP 91550-250, na cidade de Porto Alegre/RS,
vem, por seus procuradores signatários
(procuração – Doc. 1), ajuizar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO

em face do HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS,


Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita
no CNPJ nº XXXXXXXXXX, com sede situada na
Av. Ipiranga, nº 6690, Bairro Jardim
Botânico, CEP 90610-000, na cidade de Porto
Alegre/RS, e de Dr. Pablo XXXXXX, Cremers nº
25334 pelos fatos e fundamentos jurídicos a
seguir expostos:

I – DOS FATOS

No dia 10/01/2011, o autor lesionou-se praticando


esporte. Tendo em vista este fato, dirigiu-se ao Centro
Clínico Gaúcho, onde foi atendido pelo médico (Dr.
Ricardo), que lhe informou que estava realizando um projeto
junto ao Hospital São Lucas da Pucrs para a recuperação

1
acelerada do tendão de Aquiles, região onde o autor sofreu
a lesão.

Aceitando a proposta do profissional, realizou os


exames necessários, vindo a ser operado no dia 18/01/2011,
pelo Dr. Pablo. Na segunda-feira seguinte (dia 24/01/2011)
iniciou os trabalhos de fisioterapia junto à ESEF/UFRGS
pelo período de uma semana.

Contudo, após a realização do procedimento cirúrgico


e dos trabalhos de fisioterapia, passou a sentir muitas
dores na região lesionada, sentindo inclusive calor no
local; ainda, alguns dias depois, veio a sair secreção na
região que sofreu a intervenção cirúrgica.

Na segunda-feira (dia 31/01/2011), dirigiu-se à


fisioterapia. Contudo, durante a realização da sessão de
fisioterapia, a região lesionada começou a sangrar, além da
existência do corrimento da secreção. Devido a isto,
dirigiu-se para o Hospital da Pucrs novamente, sendo que o
orientaram a voltar no outro dia.

Na terça-feira retornou para realizar nova operação,


sendo que permaneceu internado no Hospital do dia
01/02/2011 a 04/03/2011. Neste período, permaneceu
internado para a realização da segunda cirurgia para
recuperação do músculo. Cabe salientar que nesta data já
havia realizado cirurgia plástica. Passados quinze dias
deste período, veio a realizar nova cirurgia plástica.

E, no entanto, após todos estes procedimentos, foi


simplesmente expulso do programa, sem os devidos cuidados
médicos. Tal fato passou a evidenciar que subsistiu conduta
culposa por parte do profissional que realizou a cirurgia,
além da responsabilidade da instituição hospitalar.
Inclusive devido a estes acontecimentos, o autor viu-se
2
impedido de obter promoção junto à empresa de transporte a
qual laborava, além de sofrer profunda dor íntima, tendo em
vista o estado físico da parte inferior da sua perna
esquerda, como demonstram as imagens da região lesionada no
CD-ROM em anexo.

Para tanto, após passar por mais de duas cirurgias,


vindo a ser excluído do programa de recuperação, e tendo em
vista a lesão de que foi vítima durante a primeira operação
cirúrgica, vem o autor buscar o Poder Judiciário para que
seja indenizado pela perda prematura de sua promoção junto
à empresa, bem como ser indenizado pelos danos morais
sofridos decorrentes da conduta negligente e imprudente
praticada pelo profissional que realizou a cirurgia, bem
como pela instituição hospitalar.

II – DO DIREITO APLICÁVEL

2.1 Do amparo jurídico da pretensão do autor

De acordo com os fatos acima narrados, constata-se


claramente que se trata de ato ilícito configurado pelo
Código Civil. Este Diploma, em seu art. 186, prescreve que
“aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Por sua vez, o artigo 927 do mesmo Diploma Civil


estabelece que “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e
187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

Com base nos argumentos expostos quanto à matéria


fática, e adequando-os à previsão legislativa, trata-se
claramente de ato ilícito provocado, tanto pelo médico que
realizou a primeira cirurgia, quanto pela Instituição
3
citada (no caso, o Hospital São Lucas), o que gerou
flagrante dano ao autor, notadamente físico e moral.

Outro aspecto importante, além das previsões


normativas que amparam a pretensão do autor, é o estrito
cumprimento dos pressupostos que geram a responsabilidade
civil neste caso.

Neste aspecto, elenca-se a conduta humana, o nexo da


causalidade e o dano sofrido.

No que tange à conduta humana, trata-se, em linhas


gerais, da ação ou omissão praticada. No caso, diz respeito
à ação que gerou a fratura na região do tendão de aquiles
do autor, qual seja, o procedimento cirúrgico mal conduzido
pelo médico responsável, que causou a lesão na parte
inferior da perna do autor.

Quanto ao nexo causal, o mesmo está presente,


porquanto o fato ocorrido (qual seja, a cirurgia mal
realizada) foi responsável pela fratura e os danos causados
ao autor. Assim, mostra-se existente o liame entre o ato
lesivo e o dano causado ao requerente.

Por fim, o dano também resta configurado, na medida


em que houve o efetivo prejuízo físico e psíquico ao autor,
amplamente demonstrável.

Para tanto, tanto legalmente quanto no que concerne


aos pressupostos da responsabilidade civil, é presente o
dever de indenizar no caso em comento.

Ressalte-se que no caso concreto subsiste tanto a


responsabilidade subjetiva do médico1 (art. 14, § 4º do
Código de defesa do Consumidor) quanto a responsabilidade

1
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
apurada mediante a verificação de culpa.
4
objetiva da instituição hospitalar2, sendo aquela
pressuposto desta3. No caso, foi justamente a conduta
culposa do médico, ao realizar de forma negligente e
imprudente a cirurgia, o que veio a causar a lesão grave na
parte inferior da perna do autor. Tal fato gera, por
conseguinte, a responsabilidade objetiva da instituição
hospitalar.

Nesse sentido, a jurisprudência tem entendido de modo


corroborante:

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.


DANO MATERIAL. ERRO MÉDICO. Tratando-se de
obrigação de meio, a responsabilidade do
médico é de ordem subjetiva, nos termos do
art. 14, § 4º, do CDC. Assim, comprovado o
nexo de causalidade entre o mau
procedimento cirúrgico realizado pela ré e
os danos sofridos pelo autor, há o dever
de reparação. Responsabilidade que se
estende ao estabelecimento hospitalar.
Pensionamento mensal que, contudo, não é
devido. Agravo retido desprovido e apelo
provido em parte. (Apelação Cível Nº
70027162742, Quinta Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Leo Lima,
Julgado em 18/03/2009)

Ainda neste contexto, cabe transcrever excerto da


emenda da Apelação Cível Nº 70024050635, da Nona Câmara
2
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

3
“A responsabilidade do estabelecimento hospitalar, mesmo sendo
objetiva, é vinculada à comprovação da culpa do médico. Ou seja, mesmo
que se desconsidere a atuação culposa da pessoa jurídica, a
responsabilização desta depende da atuação culposa do médico, sob pena
de não haver o dito erro médico indenizável”. Vide Apelação Cível Nº
70026181198, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Iris Helena Medeiros Nogueira, Julgado em 17/12/2008.
5
Cível, do Tribunal de Justiça do RS, relatada pela
Desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira, julgado em
11/06/2008:

“ [...] A responsabilidade dos


hospitais e clínicas de saúde por atos dos
seus administradores e dos médicos que
integram o corpo clínico, e pelos danos
produzidos pelas coisas utilizadas na
prestação dos serviços, é fundamentada
tanto na lei civil como na legislação
protetiva do consumidor. Art. 1.521
CC/1916. Art. 932 CC/2002. Súmula 341 STF.
Art. 14 CDC. Não restam dúvidas de que os
hospitais são prestadores de serviços,
restando sua responsabilidade regrada pelo
CDC, sendo a lei expressa no sentido de
tratar-se de responsabilidade objetiva. A
responsabilidade do estabelecimento, no
entanto, mesmo sendo objetiva, é vinculada
à comprovação da culpa do médico [...]”.

Com efeito, mostra-se presente tanto a


responsabilidade subjetiva do médico que realizou a
cirurgia, quanto a responsabilidade objetiva da instituição
hospitalar que forneceu os meios materiais para a operação.
Cabe ressaltar que a responsabilidade se constata pelo fato
de que “a partir do momento em que o nosocômio
disponibiliza suas dependências para o atendimento pelo seu
corpo clínico, está igualmente tornando-se responsável
pelos procedimentos que ali vierem a ser executados, com
todas as conseqüências daí decorrentes”4.

2.2 Da responsabilidade civil pela perda de uma


chance

4
Apelação Cível Nº 70028052017, Décima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado em
26/03/2009.
6
O primeiro efeito decorrente da constatação da
responsabilidade civil dos demandados é o fato de que o
autor sofreu dano no que concerne à perda de uma chance,
evidenciada pelo fato de que o demandante, que estava
prestes a ser promovido na sua empresa, não obteve tal
promoção justamente devido à lesão que sofreu, tendo em
vista a conduta dos requeridos.

A teoria da perda de uma chance há algum tempo é


aceita pela doutrina pátria e jurisprudência dos tribunais,
constituindo-se, em última análise, postura de
flexibilização do nexo causal, decorrente da aplicação do
princípio da solidariedade na responsabilidade civil e que,
inclusive, diante deste princípio é nominada por alguns
autores como direito de danos. Esta premissa é determinante
para evitar que a vítima de um dano indenizável fique sem o
respectivo pagamento de indenização5.

Conforme lição de Rafael Peteffi da Silva 6, em


monografia sobre o tema, a perda de uma chance exige que as
chances sejam sérias e reais, pois:

“a observação da seriedade e da
realidade das chances perdidas é o
critério mais utilizado pelos tribunais
franceses para separar os danos potenciais
e prováveis e, portanto indenizáveis, dos
danos puramente eventuais e hipotéticos,
cuja reparação deve ser rechaçada.”

Ainda sobre o tema, vale referir o entendimento de


Sérgio Cavalieri Filho7:

5
Apelação Cível Nº 70040330409, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 23/11/2011.

6
Responsabilidade Civil pela Perda de uma Chance. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2009, p. 138.
7
“A teoria da perda de uma chance
(perte d’une chance) guarda certa relação
com o lucro cessante uma vez que a
doutrina francesa, onde a teoria teve
origem na década de 60 do século passado,
dela se utiliza nos casos em que o ato
ilícito tira da vítima a oportunidade de
obter uma situação futura melhor.
Caracteriza-se essa perda de uma chance
quando, em virtude da conduta de outrem,
desaparece a probabilidade de um evento
que possibilitaria um benefício futuro
para a vítima, como progredir na carreira
artística ou militar, arrumar um melhor
emprego, deixar de recorrer de uma
sentença desfavorável pela falha do
advogado, e assim por diante. Deve-se,
pois entender por chance a probabilidade
de se obter um lucro ou de evitar uma
perda.”

Para tanto, a responsabilidade civil pela perda de


uma chance se caracteriza quando o ato ilícito retira da
vítima a perspectiva de uma situação fática futura que
venha a lhe trazer benefícios. No caso concreto, tendo em
vista que o autor veio a ser lesado fisicamente, e tendo em
vista que esta lesão lhe impossibilitou de obter sua
promoção no seu trabalho, evidenciada está a
responsabilidade civil decorrente da perda de uma chance,
qual seja, a promoção em seu emprego.

Com efeito, cabe a devida indenização decorrente de


tal evento. No caso em tela, entende o autor que o valor de
R$ 30.000,00 (trinta mil reais) seja adequado para o caso
específico, em que o autor deixou de obter sua promoção
devido ao ato ilícito praticado pelos réus.

2.3 Do dano moral configurado

7
Programa de Responsabilidade Civil. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2010, p.
77.
8
No caso em tela, em razão do ato cometido que gerou
fratura grave no autor, tal fato gerou profundo dano moral
ao mesmo, comprometendo ainda sua locomoção. Nesse sentido,
é notório que o dano ocorrido lhe causou profunda dor
íntima, pois o autor dependia de sua condição física plena
para exercer suas atividades de prover seu sustento;
ademais, como se constata pelos elementos de prova ora
juntados, é notório que as lesões provocadas no autor
decorrentes da má cirurgia lhe causaram profunda dor
íntima, atingindo a sua integridade físico-corporal,
gerando, por conseguinte, o dano moral.

Na hipótese dos autos, o dano moral causado à parte


autora está relacionado com os direitos da personalidade e,
de forma mais ampla, com a tutela da pessoa humana. Sobre
sua caracterização, vale colacionar o entendimento de Maria
Celina Bodin de Moraes8 que, adotando a expressão dano
moral, assim estabelece a relação de tais danos com a
tutela da pessoa humana:

“Assim, no momento atual, doutrina e


jurisprudência dominantes têm como
adquirido que o dano moral é aquele que,
independentemente de prejuízo material,
fere direitos de personalíssimos, isto é,
todo e qualquer atributo que individualiza
cada pessoa, tal como a liberdade, a
honra, a atividade profissional, a
reputação, as manifestações culturais e
intelectuais, entre outros. O dano é ainda
considerado moral quando os efeitos da
ação, embora não repercutam na órbita de
seu patrimônio material, originam
angústia, dor, sofrimento, tristeza ou
humilhação à vítima, trazendo-lhe
sensações e emoções negativas.”

8
Danos à Pessoa Humana. Uma Leitura Civil-Constitucional dos Danos
Morais. Rio de Janeiro: RENOVAR, 2009, p. 157.
9
No âmbito constitucional, não se pode olvidar que a
Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, inciso X,
normatizou, de forma expressa, que são invioláveis a
intimidade, a vida privada e a honra e a imagem das
pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação. Trata-se de
previsão inserida no Título dos Direitos e Garantias
Fundamentais, ou seja, os bens jurídicos ali referidos são
cruciais para o desenvolvimento do Estado Democrático.
Portanto, é crucial investigar o bem jurídico ofendido pela
conduta lesiva para a configuração do dano indenizável,
pois nem todo prejuízo é passível de indenização.

Por conseguinte, os bens jurídicos protegidos no


artigo 5º e a reparação por danos extrapatrimoniais,
relacionados com os direitos da personalidade, não são
elementos isolados na Constituição Federal, mas conectados,
por exemplo, com o princípio da dignidade humana, previsto
no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal e que foi
definida assim por Ingo Wolfgang Sarlet9:

“Assim sendo, temos por dignidade da


pessoa humana a qualidade intrínseca e
distintiva reconhecida em cada ser humano
que o faz merecedor do mesmo respeito e
consideração por parte do estado e da
comunidade, implicando, neste sentido, um
complexo de direitos e deveres
fundamentais que assegurem a pessoa tanto
contra todo o qualquer ato de cunho
degradante e desumano, como venham a lhe
garantir as condições existenciais mínimas
para uma vida saudável, além de propiciar
a promover sua participação ativa e co-
responsável nos destinos da própria
existência e da vida em comunhão com os
demais seres humanos.”

9
Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 4ª ed. 2006, p. 60.
10
Outrossim, a indenização por danos extrapatrimoniais,
partindo desta pré-compreensão segundo a qual está
interligada com a própria idéia de dignidade humana,
insere-se nos fins da ordem econômica, pois no artigo 170
da Constituição Federal, está previsto como um dos seus
fins assegurar a todos existência digna, além da defesa do
consumidor (inciso V).

Com efeito, presente o dano moral caracterizado, em


razão da lesão gerada.

Com relação ao quantum devido, na fixação da


reparação por dano, incumbe ao julgador, atentando,
sobretudo, para as condições do ofensor, do ofendido e do
bem jurídico lesado, e aos princípios da proporcionalidade
e razoabilidade, arbitrar quantum que se preste à
suficiente recomposição dos prejuízos, sem importar,
contudo, enriquecimento sem causa da vítima. A análise de
tais critérios, aliada às demais particularidades do caso
concreto, conduz, ao nosso ver, à fixação do montante
indenizatório em R$ 30.000,00 (trinta mil reais) por danos
morais.

III – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

O autor, pela remuneração mensal que percebe, é


carente no seu sentido sócio-econômico.

Tal situação pessoal do autor atesta que este não


possui capacidade sócio-econômica para custear as despesas
do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família.

11
Tendo em vista tal situação, a lei assegura à parte a
possibilidade da concessão da assistência judiciária
gratuita, o que desde já se postula, conforme declaração de
carência sócio-econômica em anexo. Gize-se que para a
concessão do benefício em tela, é suficiente a simples
declaração do postulante sobre a impossibilidade de arcar
com as custas processuais e os honorários advocatícios sem
prejuízo de seu próprio sustento, a teor do disposto no
art. 4º da Lei nº 1.060/5010.

IV – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) O recebimento da petição inicial, com os


documentos que a instruem;

b) A citação dos requeridos, para responderem aos


termos desta ação, sob pena de revelia;

c) A procedência dos pedidos, para o fim de:

c.1) Condenar ambos os demandados, solidariamente, ao


pagamento do valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a
título de perda de uma chance, em razão dos fundamentos
expostos na inicial, corrigidos pelo IGP-M e acrescidos de
juros de mora de 1% ao mês, a contar do evento danoso
(Súmula 54 do STJ).

10
Nesse sentido: Agravo de Instrumento Nº 70040557944, Décima
Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio
Roque Menine, Julgado em 28/12/2010; Agravo de Instrumento Nº
70040558694, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Iris Helena Medeiros Nogueira, Julgado em 22/12/2010;
Agravo de Instrumento Nº 70040560799, Nona Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary,
Julgado em 21/12/2010.
12
c.2) Condenar ambos os demandados, solidariamente, ao
pagamento do valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a
título de danos morais, em razão dos fundamentos expostos
na inicial, corrigidos pelo IGP-M e acrescidos de juros de
mora de 1% ao mês, a contar do evento danoso (Súmula 54 do
STJ).

d) A produção de todas as provas em direito


admitidas, em especial documental, testemunhal e perícia
médica, a ser oportunamente realizada;

f) A condenação dos requeridos ao pagamento das


custas, despesas processuais e honorários advocatícios,
estes não inferiores ao percentual de 20%;

g) A concessão do benefício da gratuidade judiciária,


nos termos da lei 1.060/50, conforme documentação em anexo.

Termos em que pede e espera total deferimento.

Valor da causa: R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Gustavo José Correia Vieira Fernanda Cardoso


OAB/RS 76.094 OAB/RS 78.243

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