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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO


HORIZONTE /MG.

MESSIAS ROQUE, representado por seus procuradores que a este


subscreve, instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente, a presença de V. Exa.,
postular a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL C/C DANO MORAL.

Em face de CENTRO ODONTOLOGICO LTDA, pelos fatos e fundamentos


a seguir expostos:

DOS FATOS

No dia 01/01/22, o requerente contratou a clínica, ora requerida, para a


realização de implante odontológico e efetuou o pagamento no valor de R$3.000,00 (três mil
reais) referente à entrada da prestação de serviço, cujo valor totalizava o importe de
R$5.900,00, conforme recibo anexo.

A dentista responsável solicitou ao autor a realização de radiografias para


iniciar o procedimento.

Os exames de radiografia realizados pelo requerente foram num total de 5


e ele pagou em torno de R$50,00 cada radiografia.

A clínica que realizou as radiografias enviou o resultado das imagens e os


laudos diretamente para a requerida, ou seja, não passou pelas mãos do autor.

O implante foi realizado na primeira semana de fevereiro/2022, pela dra.


Carolina. No dia do procedimento, o autor estava acompanhado de sua filha.

Rua São Paulo, 684 – Conj. 206 – Ed. Vila Rica – Centro – Belo Horizonte/MG – CEP 30170-130.
E-mail: ribeirosematos@hotmail.com – Telefone: (31) 3201 3246

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Após a realização do procedimento, cerca de um mês depois, o autor
começou a sentir fortes dores na região dos implantes.

Ao questionar para a Dra. Carolina sobre as dores, ela disse ao requerente


que era normal, ela explicou-lhe que “o dente estava crescendo” e passou remédios para o
autor, como paracetamol e dipirona.

Todavia, as dores não melhoram, ficaram cada dia mais severas e


começaram a afetar seus ouvidos, os quais passaram a doer também.

Desde então, o autor, em grave sofrimento com intensas dores na região


dos implantes (boca), dirigiu-se à clínica, ora requerida, por diversas vezes para sanar o
problema, todavia, não obteve êxito.

No mês de setembro, em uma de suas idas a clínica foi informado pela


Dra. Paloma que era sócia da clínica, ora requerida, que a Dra. Carolina (quem efetuou o
procedimento dos implantes para o autor) tinha deixado a sociedade da clínica.

Inconformado com a conduta da requerida, visto que já tinha realizado o


procedimento na clínica, bem como que havia pago R$3.000,00 de entrada pelo serviço,
após muita insistência, conseguiu que a Dra. Paloma (que é somente dentista e não realiza
implante) o encaminhasse para a Dra. Inca Batista que é funcionária da requerida.

Por volta de 15/09/22 a Dra. Inca, rompeu (“rasgou”) os implantes, na


tentativa de retirá-los, mas não obteve sucesso e, após fracassar, costurou a boca do autor
e disse que não poderia mais ajudá-lo e indicou mais remédios para aliviar a dor.

Por fim, a Dra. Paloma disse ao requerente que procurasse a Dra. Carolina
para ela retirar o implante, tendo em vista que ela realizou o procedimento, todavia, o autor
não obteve êxito em encontrá-la.

No início de mês de dezembro/2022, com grande sofrimento, o requerente


procurou novamente a requerida e, obteve informações que os pinos dos implantes estão se
movendo “estão subindo”, trazendo grande risco “de chegar até o nariz”.
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Diante de todo o exposto, o autor não teve alternativa, senão procurar o
judiciário para tutela de seus direitos violados pelas requeridas.

DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO.

1. – Da responsabilidade objetiva: dever de indenizar.

Primeiramente é importante ressaltar que ambas as requeridas possuem


responsabilidade objetiva perante o autor pelo serviço defeituoso prestado a ele, na
qualidade de consumidor.

A responsabilidade civil objetiva é instituto jurídico consagrado pelo


ordenamento jurídico brasileiro que se fundamenta na teoria do risco.

Aquele que por meio de sua atividade regularmente desenvolvida


possa gerar riscos a outrem, fica obrigado a indenizar em caso de ocorrência de
dano, quando houver relação de causalidade existente entre o dano experimentado
pela vítima e o ato do agente causador, independentemente de que este tenha agido
por dolo ou culpa.

O Código Civil dispõe:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. (Grifos
nossos).

Por conseguinte, quando o sistema jurídico brasileiro admite a


responsabilidade civil objetiva decorrente do risco da atividade, verificar-se-á que a

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prestadora do serviço responde pelo dano, independente de culpa, isso pautado no
Código de Defesa do Consumidor.

Os princípios e normas de ordem pública e interesse social constantes no


Código de Defesa do Consumidor, prescrevem que os fornecedores (ou prestadores de
serviço) devem ser diligentes na condição de sua empresa, prevenindo sempre a ocorrência
de danos ao consumidor, vejamos:

O Código de Defesa do consumidor dispõe:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,


individuais, coletivos e difusos;

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

Portanto, com fincas na legislação supramencionada, restou evidenciado a


responsabilidade civil objetiva das Requeridas para com o Autor, considerando a relação
de causalidade existente entre o comportamento das Rés e o dano sofrido pelo
Requerente!

2. - Do dano material

Conforme exposto anteriormente, verifica-se de forma clara a


responsabilidade civil objetiva das Rés em face dos prejuízos sofridos pelo Autor, que em
desacordo com a norma jurídica violou os direitos dele, causando-lhes prejuízo patrimonial,
cuja ocorrência cria o dever de indenizar e de reparar os danos sofridos.

O requerente gastou em torno de R$3.000,00 (três mil reais) com o


tratamento cirúrgico/odontológico, o qual não deu o resultado pretendido e em 250,00
(duzentos e cinquenta reais) em média com os exames de radiografias.

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O dano material abrange o dano emergente, significando aquilo que o
lesado efetivamente perdeu e o lucro cessante, o aumento que o seu patrimônio teria,
mas que deixou de ter, em razão do evento danoso.

O Código Civil dispõe:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
(Grifos nossos).

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e


danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
(Grifos nossos).

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
(Grifos nossos).

Portanto, diante do exposto, o autor faz jus, a título de DANO


MATERIAL a restituição do valor despendido, qual seja, em torno de R$3.250,00 (três
mil duzentos e cinquenta reais), devidamente corrigido e acrescido de juros legais de 1%
a.m., desde a data dos respectivos pagamentos. Valores a serem apurados em liquidação
de sentença, considerando que o restante dos gastos do autor será comprovado após os
réus exibirem toda a documentação do tratamento, sobretudo as radiografias e outros
exames realizados.

3. – Do dano moral.

O tratamento odontológico, com fins de implantação de dentes é obrigação


de resultado, cabendo à clínica demonstrar que o serviço foi prestado adequadamente.

Não há dúvidas que houve negligência e imperícia dos profissionais da


requerida, que ministraram os serviços odontológicos, o que revela a existência do nexo de
causalidade entre a conduta dos requeridos e o dano suportado pelo autor.

O sofrimento do autor, devido ao quadro grave das dores, em razão da má


prestação dos serviços odontológicos contratados, ultrapassa a esfera do simples dissabor e

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viola os direitos da personalidade, sobretudo os danos à saúde e angústia sofrida pelo
consumidor.

A personalidade do ser humano é formada por um conjunto de valores que


compõem o seu patrimônio, podendo ser objeto de lesões, em decorrência de atos ilícitos.

Existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do


indivíduo, sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes,
enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual.

Sendo assim, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma


soma pecuniária, arbitrada pelo consenso do Juiz, que possibilite ao lesado uma satisfação
compensatória da sua dor íntima, compensar os dissabores sofridos pela vítima, em virtude
da ação ilícita do lesionador.

Assim, todo mal infligido ao estado ideal das pessoas, resultando mal-
estar, desgostos, aflições, interrompendo lhes o equilíbrio psíquico, constitui causa
suficiente para o surgimento da obrigação de reparar o dano moral.

Prescreve a Constituição Federal de 1988:

"Art. 5º
[...]

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação; [...]" (Grifos Nossos).

Além disso, a legislação consumerista com o intuito exclusivo de preservar


o equilíbrio entre o consumidor e o fornecedor/prestador de serviços, resguarda a
reparação por danos morais, veja-se:

O Código Civil dispõe:

Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito. (Grifos nossos)

Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187) causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

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O Art. 6º, inciso VII do Código de Defesa do Consumidor dispõe o
seguinte:

São direitos básicos do consumidor:

VII - O acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à


prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e
técnica aos necessitados. (Grifos nossos)

Portanto, com fulcro na legislação e jurisprudência supramencionadas,


nota-se, evidentemente, que as requeridas deverão responder por danos morais face ao
ato ilícito cometido injustamente para com a requerente.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

No ordenamento jurídico brasileiro, em se tratando de relação


consumerista, o consumidor é a parte hipossuficiente da relação jurídica, vez que, deve ser
aplicado a inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII do Código de Defesa
do Consumidor, que dispõe o seguinte:

São direitos básicos do consumidor:

VIII- A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do


ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiência.(Grifos nossos)

D. Magistrado, inegável a existência de relação de consumo entre as


partes, quando inseridos na definição de consumidor e fornecedor, constante dos art. 2º e 3º
do CDC.

A hipossuficiência de que fala o art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do


Consumidor, se configura, quer na dificuldade econômica, quer na dificuldade técnica de
comprovar as alegações, por parte do consumidor.

A inversão do ônus da prova é prevista como direito básico do consumidor,


visando neutralizar eventuais consequências prejudiciais à parte vulnerável, advindas das
desigualdades técnicas, econômicas e sociais entre fornecedor e consumidor, que
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dificultam, ou mesmo impossibilitam, a produção das provas necessárias à defesa de seus
interesses em juízo.

Observa-se que a produção e aquisição das provas para o processo


ultrapassam as forças do consumidor hipossuficiente, considerando que os documentos
relativos aos prontuários do autor, radiografias e vários outros relatórios médicos/cirúrgicos
em relação ao implante odontológico, não podem ser apresentados nos autos pelo
requerente e, somente pelas requeridas.

O consumidor, não dispõe da paridade de meios para obtenção dos


documentos e informações necessárias ao prosseguimento da lide.

Portanto, tendo por base a condição de vulnerabilidade do consumidor


diante da fornecedora da prestação de serviço, a inversão do ônus da prova é medida
que se impõe para propiciar melhor defesa dos interesses do consumidor e maior
equidade no âmbito processual.

A inversão do ônus da prova, constitui instrumento de grande relevância


para efetividade da tutela do consumidor.

Vale lembrar que o instituto em questão visa atender preceito


constitucional de ordem pública e interesse social (artigo 5º XXXII da CR/88 c/c artigo 1º do
CDC).

Nesse diapasão, a defesa dos interesses do consumidor, sobretudo


daqueles que são parte hipossuficiente e vulnerável da relação de consumo, significa trazer
eficácia aos princípios de acesso à justiça, bem como à efetividade processual.

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, pede-se a V. Exa., com espeque nas legislações


supratranscritas nesta peça de ingresso e outras que adequam ao caso, que:

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I. – Que seja julgado totalmente procedente o pedido para que as
Requeridas sejam condenadas solidariamente, a arcarem com todos os ônus do
tratamento dentário do requerente, em clínica particular de confiança dele, para a devida
reparação do dano causado;

II. – Que sejam as requeridas condenadas solidariamente, a título de


dano material, a indenizarem/restituírem o autor, todo o valor despendido por ele, pelo
tratamento, qual seja, em torno de R$3.250,00 (três mil duzentos e cinquenta reais),
devidamente corrigido e acrescido de juros legais de 1% a.m., desde a data dos respectivos
pagamentos. Valores a serem apurados em liquidação de sentença, considerando que o
restante dos gastos do autor será comprovado após as requeridas exibirem toda a
documentação do tratamento, sobretudo as radiografias e outros exames realizados.

III. – Que sejam as requeridas, condenadas, solidariamente, a título de


danos morais, a pagarem o autor o importe de R$100.000,00 (cem mil reais), por
estarem presentes todos os pressupostos exigidos por lei para que exista a
responsabilidade civil e para a efetivação da indenização;

IV. – A Condenação das Requeridas ao pagamento de custas processuais e


honorários de advogado, este a ser fixado sobre o percentual de 20% (vinte por cento) do
valor da condenação;

DOS REQUERIMENTOS.

a) – Requer a citação das requeridas (conjuntamente com a intimação


supra, em caso de deferimento), por Aviso de Recebimento (AR), a ser expedido no
endereço fornecido no preâmbulo desta peça, para, querendo, apresentarem resposta,
contestando a presente ação, no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à
matéria de fato;

b) – Requer a inversão do ônus da prova em face das requeridas, nos


termos do inciso VIII do art. 6º do Código de Defesa do Consumidor.

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c) – Requer sejam as requeridas intimadas para apresentarem nos autos,
toda a documentação relativa ao tratamento realizado pelo autor, sobretudo, o prontuário,
exames, radiografias e recibos de pagamento;

d) – Requer a realização de perícia técnica odontológica na cavidade bucal


do autor a ser realizada por especialista para análise dos equívocos e danos decorrentes
dos implantes;

e) – Requer os benefícios da Gratuidade da justiça, nos termos da Lei


1.060/50, por não ter o autor condições de arcar com custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e da família.

DAS PROVAS.

Requer provar o alegado, por todos os meios de provas em Direito


admitidas, notadamente depoimento pessoal, prova documental e testemunhal, que “ad
cautelam” ficam desde já requeridas.

DO VALOR DA CAUSA.

Dá-se a presente ação o valor de R$100.000,00 (cento mil reais) para


efeitos meramente legais.

Termos em que pede deferimento.


Belo Horizonte, 12 de dezembro de 2022

RODRIGO CAMPOS DE MATOS ANECHELE ALVES DE MENEZES


OAB/MG 121.535 OAB/MG 149.412

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