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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ VARA

CIVELDA COMARCA DE CUIABÁ– MT

NOME , brasileiro, estado civil, portador do RG nº, inscrito no CPF sob o n°,
residente e domiciliado na Rua, Bairro e cidade, por intermédio de seu advogado que ao final se
subscreve, com endereço profissional citado ao rodapé, onde recebe as intimações de praxe,
vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS

em desfavor de NOME , brasileiro, estado civil, portador do RG nº, inscrito

no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, Bairro e cidade, e mercado, pelos fatos e

fundamentos a seguir expostos:

DO DIREITO AO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Com amparo na Lei 1.060/50, a Requerente pleiteia os benefícios da

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assistência judiciária gratuita, declarando neste ato, que não possui condições de suportar as
custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento, uma vez que o
Requerido que supria todas as necessidades da casa, para que a Requerente ficasse em casa
cuidando dos afazeres domésticos.

Diante do exposto, o benefício da assistência judiciária gratuita, é


garantido constitucionalmente, portanto, a Requerente desde já requer este benefício, uma vez
que não tem condições econômico-financeiras de arcar com as custas processuais, sem
prejuízo do sustento próprio.

I –DOS FATOS

No dia 09 de abril de 2020, o Requerente fora realizar compra no


supermercado atacado-varejista Atacadão, ocorre que ao finalizar a sua comprar e se
encaminhar para o estacionamento onde foi deixando o seu veículo automotor da Marca
Chevrolet, modelo Onix Plus 1.0 LTZ de cor vermelha, placa RAK-3749, se deparou com os
dois retrovisores quebrados e o lado direito do seu carro todo riscado conforme fotos em
anexo e documentos anexos.

Foi informando ao Requerente através do guarda do estacionamento


do supermercado atacado-varejista Atacadão, que a parte ré proprietário do veículo automotor
da Marca Chevrolet, modelo Onix 1.0 LT de cor Branca, placa QBN-9459, que o mesmo
estava praticando ato de violência contra o veículo do autor.

A parte Requerida alega que praticou tal ato de violência contra o


veículo do requerente, porque segundo a requerida o mesmo teria encostado no seu veículo ao
estacionar, o que não condiz com a realidade, conforme câmera de segurança no local,
testemunhas, o guarda do pátio e demais funcionários, que presenciaram os fatos.

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Irresignado com esta situação o Reclamante vem buscar guarida no
Poder Judiciário, uma vez que a Requerida ocasionou diversos prejuízos advindo do
abalroamento acima citado.

III - DO DIREITO
III.I – DA RESPONSABILIDADE CIVIL

A responsabilidade civil surge em face do descumprimento


obrigacional,pela desobediência de uma regra estabelecida em um contrato, ou por
deixardeterminada pessoa de observar um preceito normativo que regula a vida. Consoante
entendimento do ordenamento jurídico pátrio, todo aquele que causar dano a outrem, seja por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência comete ato ilícito, ocasionando por
consequência a obrigação de reparação do respectivo dano.

“(…) ao conferir à vítima de um dano injusto o direito de

obter o pagamento de uma penalidade em dinheiro do

seu causador (e não mais a retribuição do mesmo mal

causado), independentemente de relação obrigacional

preexistente”1

Neste passo, regulando a matéria que versa sobre a ocorrência de um

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil…, 2005, p. 27


1

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ato ilícito gerador de um dano, seja ele moral ou material e o seu correlato dever de indenizar
(Responsabilidade Civil), merecem destaque os artigos 186, 187 e 927, todos do Código
Civil, vejamos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano

a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato

ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito

que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites

impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé

ou pelos bons costumes.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),

causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,

independentemente de culpa, nos casos especificados

em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida

pelo Autor do dano implicar, por sua natureza, risco para

os direitos de outrem.

Para a configuração da responsabilidade civil a doutrina majoritária

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fixa como premissa básica três elementos caracterizadores, 1 - existência de uma ação,
comissiva ou omissiva; 2 - ocorrência de um danomoral ou patrimonial causado à vítima; 3 -
nexo de causalidade entre o dano e aação, o que constitui o fato gerador da responsabilidade.2

A responsabilidade civil provém da transgressão de um bem jurídico


preexistente, a qual gerará uma obrigação ao causador do dano de indenizar o lesionado.

Nesta esteira, colhemos o entendimento dos Ilustres Professores Pablo


Stolze e Maria Helena Diniz, respectivamente a seguir transcritos:

“Deriva da transgressão de uma norma jurídica

civil preexistente, impondo ao infrator a consequente

obrigação de indenizar o dano. ”

“Responsabilidade civil é a aplicação de medidas que

obriguem uma pessoa a reparar o dano patrimonial

causado a terceiro em razão de ato por ela mesmo

praticado, por pessoa por quem responda, por algo que a

pertença ou de simples imposição legal.”

O ilustre doutrinador Washington de Barros Monteiro (Curso de


Direito Civil, vol. 5, p. 538), no que concerne o dano material, assim leciona:

2
DINIZ, Maria Helena. Curso…, 2015, p. 42

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"Em face, pois, da nossa lei civil, a reparação do dano

tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Todo

ato ilícito gera para seu aturo a obrigação de ressarcir o

prejuízo causado. É de preceito que ninguém deve

causar lesão a outrem. A menor falta, a mínima

desatenção, desde que danosa, obriga o agente a

indenizar os prejuízos consequentes de seu ato."

Para a reparação do dano experimentado, explicao Professor Luis


Fernando Rabelo Chacon(Saraiva, 2009-São Paulo/SP):

“(...) o dever jurídico de reparar o dano é proveniente da

força  legal, da lei. Esse dever jurídico tem origem,

historicamente, na ideia de culpa, no  responder  do

direito romano, tornando possível que a vítima de ato

danoso culposo praticado por alguém pudesse exigir

desse a reparação dos prejuízos sofridos. Obviamente

que se a reparação não for espontaneamente prática

será possível o exercício do direito de crédito,

reconhecido por sentença em processo de

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conhecimento, através da coação estatal que atingirá o

patrimônio do devedor causador dos danos.”

Evidencia-se no presente caso a conduta ilícita do Requerido, a qual


irresponsavelmente danificou o veículo da parte autora com emprego de violência, sendo que
a conduta doRequeridofoi a causa determinante para que ocorresse o dano.

No tocante a responsabilidade civil, diante do contido, vislumbra-se


que estão presentes os seus elementos caracterizadores, AÇÃO DA REQUERIDA -
IMPRUDÊNCIA, DANOS AO REQUERENTE, NEXO CAUSAL ENTRE A AÇÃO E O
DANO.

Deste modo, deve o Requerido ser responsabilizado a reparar os danos


ocasionados ao Requerente por sua conduta ilícita nos seus atos.

III.II- DA RESPONSABILIDADE DO SUPERMERCADO

A responsabilidade do Supermercado surge em face de deposito do bem móvel (veículo) pelo,


ainda que seja gratuito o estacionamento, incorrendo em responsabilidade o depositário
(Supermercado) por eventuais danos causados à coisa posta sob sua guarda.
Dessa forma, regulando a matéria que versa sobre a ocorrência de um
ato ilícito gerador de um dano, seja ele moral ou material e o seu correlato dever de indenizar
(Responsabilidade Civil), merece ênfase a Sumula 130 do STJ, vejamos:

SÚMULA 130 - A EMPRESA RESPONDE, PERANTE O CLIENTE, PELA

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REPARAÇÃO DE DANO OU FURTO DE VEICULO OCORRIDOS EM SEU

ESTACIONAMENTO.

Portanto, se a coisa depositada se danifica ou é furtada, responde odepositário pelos prejuízos


causados ao depositante, por ter aquele agido comculpa in vigilando.No presente caso, deixou
o requerente seu veículo no estacionamento mantidopelo Supermercado; certo que, ali,
trabalha um funcionário, exclusivamente, responsável pela guarda.
Se concordou o Supermercado em receber o automóvel, ainda quepor simples cortesia ou
gratuitamente, consumando-se, aí, depósito, assumindo o dever de guarda e vigilância,
responsabilizando-se, por conseguinte, pelos prejuízos ocasionados.

Nesta esteira, vejamos o entendimento dos Tribunais Superioressobre o tema a seguir


transcritos:

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ROUBO EM
ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO. FORTUITO
EXTERNO. NÃO CONFIGURAÇÃO. ENTENDIMENTO
ADOTADO NESTA CORTE. VERBETE 83 DA SÚMULA
DO STJ. INOVAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA A FUNDAMENTO DA
DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. NÃO
PROVIMENTO. 1. "A empresa que fornece estacionamento
aos veículos de seus clientes responde objetivamente pelos
furtos, roubos e latrocínios ocorridos no seu interior, uma vez
que, em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes
desse acréscimo de conforto aos consumidores, o
estabelecimento assume o dever - implícito em qualquer
relação contratual - de lealdade e segurança, como aplicação
concreta do princípio da confiança. Inteligência da Súmula
130 do STJ" (REsp 1269691/PB, Rel. Ministra MARIA
ISABEL GALLOTTI, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
21/11/2013, DJe 5/3/2014). 2. O Tribunal de origem julgou
nos moldes da jurisprudência desta Corte. Incidente, portanto,
o enunciado 83 da Súmula do STJ. 3. Não cabe a adição de
teses não expostas no recurso especial em sede de agravo
regimental. Precedente. 4. "É inviável o agravo do art. 545 do
CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da

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decisão agravada" (Enunciado 182 da Súmula do STJ). 5.
Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no
AREsp 386.277/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe
21/03/2016)

Consequentemente, deve o Requerido se responsabilizar a reparar os danos


sofridos pelo requerente dentro do seu estacionamento.

III.II – DO DANO MATERIAL

Forte as considerações do tópico anterior, é certo o dever do


Requerido em reparar os danos causados ao Requerente, sendo que com o dano causado, o
Requerente teve que arcar com o prejuízo de R$ 5.361,20

Como se sabe, os danos materiais, constituem os prejuízos e perdas do


patrimônio de alguém, causado por meio de um ato ilícito. Nestes autos, é incontestável que o
dano ocorreu por culpa do réu, que sem nenhum motivo danificou o carro da parte autora.

A ato ilícito aqui mencionada, ocasionou danos ao único meio de


transporte do Requerente, conforme fotos e orçamento em anexo, restando incontroverso o
nexo causal havido entre a conduta ilícita por parte da Requerida e os danos materiais
experimentados pelo Requerente.

O Requerente necessitou realizar o reparo de seu carro na ordem de


R$ 5.361,20 (Orçamento e comprovante de pagamento em anexo)

Assim sendo, deve a Requerida efetuar o pagamento do valor do


reparo de seu carro na ordem R$ 5.361,20 uma vez que deu causa ao ato ilícito praticado,

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conforme o orçamento em anexo.

III.III – DO DANO MORAL

O dano moral resta configurado e indenizável diante dos fatos ora


esposados, tendo em vista ostranstornos experimentados pelo Requerente ante a inercia da
Requerida em prestar qualquer tipo de assistência ao mesmo, demonstrando total má-fé e
desinteresse em reparar o prejuízo causado.

Mesmo com todos os transtornos sofridos, o Requerente buscou de


todas as formas possíveis uma solução pacífica para o presente caso, mas sem lograr, contudo,
qualquer sucesso, pois o Requerido ainda relatava que praticou tal ato porque o requente tinha
encostado no seu veículo ao estacionar.

Neste prisma, a situação em que o Requerente foi colocado lhe


causou, tristezas, desgostos, constrangimentos, isto é, sentiu-se humilhado - menos feliz. Há,
então, um sofrimento moral tendo como causa uma ofensa ao seu patrimônio oque, não é fácil
ver seu veículo que teve um alto custo e ter que encontrar o seu carro arranhado e com
algumas partes quebrados, sem o mesmo ter causado motivo para tanta violência.

Os danos mencionados, claramente, extrapolam as situações


vivenciadas cotidianamente, uma vez que a conduta ilícita do Requerido ocasionou os danos
causados em epígrafe e proporcionou efeitos extremamente negativos ao Requerente.

Assim, o Requerente fora obrigado a suportar um profundo abalo do


seu estado psíquico, moral e intelectual, consequentemente lhe tirando o sossego e até mesmo
o sono, situação está que constitui, juridicamente, a existência de danos morais indenizáveis.

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A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos
maisdiversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo artigo 5, inciso V,
daCarta Magna de 1988:

“Art. 5º (...)

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao

agravo,

além da indenização por dano material, moral ou à

imagem;

(...)

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra

ea

imagem das pessoas, assegurado o direito a

indenização pelo

dano material ou moral decorrente de sua violação”

Ademais, é o entendimento majoritário da jurisprudência, senão


vejamos:

TJRS - APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE

TRÂNSITO. ATROPELAMENTO. LESÃO CORPORAL. DANOS MATERIAIS E MORAIS.

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NEXO CAUSAL. QUANTUM.1. Dinâmica do acidente: a responsabilidade da ré

está configurada pelo fato de ter atropelado a autora, enquanto esta

atravessava a via pública, sobre a faixa de segurança. Ausência de qualquer

mácula na conduta da vítima, não havendo falar nem sequer em culpa

concorrente. 2. Dano moral: a violação da integridade física

acarreta dano moral "in reipsa". (...)3. Dano material: a autora,

em seu apelo, pugna pelo provimento do pedido de indenização por dano

material, sem enfrentar, com suas razões recursais, ainda que

minimamente, os fundamentos da sentença. Apelo não conhecido, no

ponto. Apelo da autora parcialmente conhecido e, na parte em que

conhecido, desprovido. Apelo da ré desprovido. (Apelação Cível Nº

70048231450, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,

Relator: Umberto GuaspariSudbrack, Julgado em 27/02/2014).

TJMT - APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS,

ESTÉTICOS E MORAL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.

DANOS COMPROVADOS. VALORAÇÃO. OBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS DE

RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO DESPROVIDO.

Configurado abalo psicológico à autora em face das

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lesões sofridas em decorrência do acidente de trânsito

causado pelo réu, as quais influíram sobremaneira nas

suas atividades profissionais, é de se reconhecer o

dever daquele em indenizá-la por danos morais. (...) (Ap

66479/2016, DESA. MARIA APARECIDA RIBEIRO, TERCEIRA CÂMARA CÍVEL,

Julgado em 16/12/2016, Publicado no DJE 23/01/2017)

TJMT - RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS

MATERIAIS E MORAIS – ACIDENTE DE TRÂNSITO –PARCIAL PROCEDÊNCIA –

IMPRUDÊNCIA DO REQUERIDO AO ADENTRAR RODOVIA – AUSÊNCIA DE PROVAS

DESCONSTITUTIVAS DA CONCLUSÃO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA –

RESPONSABILIDADE CIVIL – DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO – DANOS

MATERIAIS – PEDIDO DO EQUIVALENTE AOS GASTOS MÉDICOS – CONDENAÇÃO

AO PAGAMENTO DE PENSÃO – IMPOSSIBILIDADE – ARTIGO 492 DO CPC/15 –

DANO MORAL – CARACTERIZAÇÃO – QUANTUM INDENIZATÓRIO –

MANUTENÇÃO - RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – RECURSO

PARCIALMENTE PROVIDO.(...) Resta caracterizado o dano moral se, além de

sofrer lesões físicas, dor e o susto pelo acidente, o autor precisou se

submeter à cirurgia e exames, passou por um longo período de recuperação

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e ainda teve perda parcial da capacidade laborativa.(...) (Ap 118743/2016,

DESA. MARILSEN ANDRADE ADDARIO, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Julgado em

16/11/2016, Publicado no DJE 21/11/2016)

TJMT - APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PARA

RESSARCIMENTO DE DANOS PATRIMONIAIS C/C DANOS MORAIS – ACIDENTE

DE TRÂNSITO – INGRESSO EM VIA PREFERENCIAL DE MODO IMPRUDENTE –

CULPA EXCLUSIVA DO RÉU COMPROVADA – ABALO PSÍQUICO E FÍSICO DO

AUTOR – LESÕES CORPORAIS GRAVES – DANO MORAL CONFIGURADO –

DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO DANO – QUANTUM INDENIZATÓRIO

PROPORCIONAL E RAZOÁVEL - SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO 1.

Restando comprovada a culpa exclusiva do réu no acidente, além do nexo

causal e dos danos causados à vítima, mostra-se evidente a necessidade

de reparação integral dos danos causados ao autor, conforme prevê os

artigos 186 e 927 do Código Civil. (...) 4. A indenização por dano moral, que

encontra respaldo no art. 5º, V e X, da Constituição Federal e no art. 186 do

Código Civil, somente é cabível quando restar demonstrado que o ato ilícito

resultou em lesão ao direito de personalidade da vítima, agredindo sua

esfera íntima e trazendo consigo a dor, angústia e transtorno à psique, que

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ultrapassem o simples aborrecimento diário. 3. O quantum da indenização

por danos morais deve ser fixado com observância dos princípios da

razoabilidade e proporcionalidade, bem como das circunstâncias da causa,

em especial a extensão do dano, as condições socioeconômicas e culturais

dos envolvidos, as condições psicológicas das partes e o grau de culpa do

agente. (Ap 94470/2016, DESA. SERLY MARCONDES ALVES, SEXTA CÂMARA

CÍVEL, Julgado em 14/09/2016, Publicado no DJE 16/09/2016)

Para extirpar qualquer dúvida acerca do cabimento dos danos morais,


demonstraremos o nexo causal, ou seja, o evento danoso foi gerado por ato ilícito (traduzida
por atitudes impensadas, despidas de qualquer acautelamento) na violência contra o seu
patrimônio.

Sendo assim, não restam dúvidas quanto ao fato de que o Requerente


teve sua honra lesada, restando, destarte, incontroverso o nexo causal havido entre a conduta
ilícita por parte da Requerida) e o dano moral por ele experimentado.

Deste modo, em virtude da inegável existência de danos morais


indenizáveis e o consequente direito à indenização deles decorrentes, deve o Requerido ser
compelida a reparar os danos sofridos e suportados pelo Requerente.

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IV- DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

Entre os critérios para a fixação da indenização por danos morais está


o da punição ao infrator, com a finalidade de coibi-lo em continuar com sua prática danosa e
ilegal.

O quantum indenizatório do dano moral deve atender a critérios como


a extensão do dano, a condição do causador do dano e a das vítimas, bem como atentar para o
aspecto pedagógico da indenização, isto é, deve ser tal que sirva de advertência para que o
causador do dano e seus congêneres se abstenham de praticar tais atos.

Maria Helena Diniz, por sua vez, corrobora da importância do juiz na


fixação do “quantum” reparatório, ao lecionar: 

“Grande é o papel do magistrado, na reparação do dano moral, competindo,

a seu prudente arbítrio, examinar cada caso, ponderando os elementos

probatórios e medindo as circunstâncias, preferindo o desagravo direto ou

compensação não econômica à pecuniária sempre que possível ou se não

houver riscos de novos danos3”.

Desta forma, ao quantificar o valor em se tratando de dano moral


puro, deve o julgador diante do caso concreto se utilizar do critério que melhor possa

Curso de Direito Civil Brasileiro”, p. 81


3

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representar os princípios de equidade e da Justiça, levando-se em conta as condições lato
sensu do Requerente e daRequerida, como também a potencialidade da ofensa, a sua
permanência e seus reflexos no presente e no futuro.

Deve, no entanto, ter o cuidado de não fixar valores ínfimos que não
sirvam para desestimular as práticas ofensivas reiteradas, uma vez que neste caso, o quantum
fixado perderá sua função educativa, posto que não servirá como meio de coibir e
desencorajar a prática desta conduta ilícita, uma vez que a pessoa humana como centro do
direito na responsabilidade civil, necessariamente precisa ter sua integridade física, sua
imagem e personalidade integralmente preservada.

Por ser imaterial, o bem moral atingido não pode ser exprimível em
pecúnia, assim, deve-se atentar para critérios subjetivos a fim de criar uma equivalência entre
o dano sofrido e a culpa do ofensor.

Portanto, requer-se, desde já, que o quantum indenizatório referente


aos danos morais experimentados pelo Requerente possa ser arbitrado, por este R. Juízo, no
valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), tendo em vista as particularidades do presente caso e
o desrespeito da Requerida para com as normas de trânsito e segurança pública.

VIII - DO PEDIDO

Ante o exposto, vem a presença de Vossa Excelência requerer:

Rua Frei Canuto n. 366 Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1.836,Ed.


Centro – Chapada dos Guimarães–MT Cuiabá Work Center – Sala 504, Bosque da Saúde –
CEP 78.1950-000 Cuiabá – MT, CEP 78.050-000
Telefone:
Telefone (65) 9 9977-7468 - E-mail: diegoreiscarmona@gmail.com
1. A citação dos Requeridos, no endereço supracitado, para que
compareça a audiência de conciliação a ser designada, onde lhe será oportunizado o direito de
defesa, sob pena de lhe ser aplicados os efeitos da revelia.

2. Seja concedido o benefício da assistência judiciária gratuita,


uma vez que não tem condições econômico-financeiras de arcar com as custas processuais,
sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.

3. Que ao final se julgue totalmente procedente a presente


demanda, obrigandoos Requeridos a reparar o dano causado em seu veículo, condenando-se
ainda os Requeridos ao pagamento de indenização por danos morais no patamar mínimo de
R$ 30.000,00 (trinta mil reais), podendo, no entanto a critério desse juízo fixar valor maior,
frente à lesão a moral, constrangimento e transtornos causados ao Reclamante.

Requer ainda, o direito de provar o alegado por todos os meios de


provas admitidos no direito.

Dá-se a causa o valor de R$ 35.361,20(trinta e cinco mil e trezentos e


sessenta e um reais e vinte centavos).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Cuiabá/MT, 26 de maiode 2020.

DIEGO REIS CARMONA


OAB/MT 20.889/O

Rua Frei Canuto n. 366 Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1.836,Ed.


Centro – Chapada dos Guimarães–MT Cuiabá Work Center – Sala 504, Bosque da Saúde –
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Telefone (65) 9 9977-7468 - E-mail: diegoreiscarmona@gmail.com
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