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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL E DA FAZENDA PÚBLICA DE GUARAPUAVA/PR

SAMANTA KLAUS, brasileira, solteira, recepcionista, inscrita no CPF/MF sob o nº


123.456.789-01, portadora da carteira de identidade nº 10.643.906-4, expedida pelo
SSP/PR, com residência e domicílio na Rua Cinco de Outubro, nº 1593, Casa nº 22,
Bairro Santa Cruz, no Município de Guarapuava, no Estado do Paraná CEP
85015-220, com endereço eletrônico samantaklaus@gmail.com e telefone (42)
999585-3900, pelas procuradoras que esta subscrevem, KAROLINE JULINAK
DJUDATIE e HELETICIA DE LORENA CARVALHO, inscritas na Ordem dos
Advogados do Brasil sob o nº 211.710 e 201.123 (instrumento procuratório
encartado), respectivamente, com endereço profissional onde recebem citação e
intimação à Rua Vicente Machado, nº 398, Bairro Centro, na cidade de Guarapuava,
Estado Paraná, CEP 82.120-825, endereços eletrônicos karolinejuliak@adv.oab.br e
heleticialorena@adv.oab.br e com telefones (42) 99745-1255 e (42) 99852-9743, ao
final assinados, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamentação no artigo 319 do Código de Processo Civil, propor a presente:

AÇÃO DE RESSARCIMENTO COM REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E


MORAIS em face de:

MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA/PR, pessoa jurídica de direito público, inscrita no


CNPJ sob n. 76.178.037/0001-76, com endereço eletrônico
administracao@guarapuava.pr.gov.br, com sede à Rua Brigadeiro Rocha, nº 2777,
Bairro Centro, CEP 85010-210, na cidade de Guarapuava, Estado do Paraná, e

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VERDEJÁ SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA., pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob n. 83.120.047/0001-26, com endereço eletrônico
verdejaambientais@verdeja.com.br, com sede à Rua Jorge Alves Ribeiro, nº 112,
Bairro Conradinho, CEP 85055-043, na cidade de Guarapuava, Estado do Paraná,
através dos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir aduzidos:

1. DOS FATOS

Em 11 de fevereiro de 2024, por volta das 15 horas e 55 minutos, um


temporal atingiu a cidade de Guarapuava/PR, desencadeando a queda da árvore
Ipê-Amarelo (Handroanthus albus), diâmetro 60cm, altura 20m, aproximadamente
às 16 horas, situada na Praça Ucrânia, na Rua Cinco de Outubro, atingindo
completamente a residência da autora, imóvel de matrícula de n. 45.686, do 01°
Registro de Imóveis de Guarapuava/PR, sita à Rua Cinco de Outubro, nº 1593,
Casa nº 22, Bairro Santa Cruz.
Essa situação climática é recorrente na cidade de Guarapuava/PR,
notoriamente conhecida nas previsões do tempo dos últimos anos, demandando
ações concretas por parte do poder público, com vistas à prevenção das
consequências que podem acontecer.
Essas árvores localizadas na Praça Pública do Município, as quais estavam
doentes e danificadas antes dos eventos climáticos acima mencionados, estavam
sob responsabilidade da primeira requerida para manejo, manutenção e colheita,
sendo que esta delegou os serviços, via contrato de prestação de serviços
celebrado em 19.12.2023, à segunda requerida, para manutenção das áreas
verdes, poda e remoção de árvores.

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Os funcionários da segunda requerida sabiam que as avaliações das
condições fitossanitárias eram realizadas de maneira superficial e que a árvore
supracitada jamais fora adequadamente inspecionada para riscos potenciais.
Outrossim, a requerente teve conhecimento prévio do estado precário da
árvore em questão, registrou-a em fotografias na data de 11.02.2024, e obteve
laudo técnico da Engenheira Ambiental, Sra. Camila Severo (CREA/PR nº 21.7479),
em 05.02.2024, atestando a necessidade de intervenção imediata, nos termos dos
documentos juntados à presente demanda.
Em 06.02.2024, a requerente encaminhou à Ouvidora do Município de
Guarapuava/PR requerimento reportando o risco da queda da árvore, bem como
requereu, na mesma data, à Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município de
Guarapuava/PR a remoção da árvore supracitada, tendo em vista a sua situação
precária.
Quando a árvore caiu sobre sua residência, a requerente sofreu extensos
danos materiais em seu lar, tais como danos estruturais do bem imóvel, incluindo
danos nas paredes da sala, no telhado, nas janelas e na parede frontal e no muro.
Além disso, muitos outros bens tangíveis, incluindo móveis (estante e sofá) e
eletrodomésticos (Smart TV de 50 polegadas, frigobar e difusor de ar), conforme
fotos anexadas à exordial, foram danificados ou perdidos, fortalecendo o grande
prejuízo material sofrido pela autora, perfazendo um montante de R$ 47.880,12
(quarenta e sete mil oitocentos e oitenta reais e doze centavos).
No mesmo dia do fato, infelizmente, a gata doméstica, denominada Suzy,
cuja tutora era a requerente, estava dormindo no sofá da residência atingida e veio
fatalmente a óbito entre às 16 horas e 16 horas e 05 minutos, devido à queda de
referida árvore, ocasionando, dessa forma, um dano moral de enorme remonta para
a requerente, uma vez que era dependente emocionalmente e tinha grande apreço
por referido felino.

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2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO

2.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Nos termos do artigo 186 e 927, do Código Civil Brasileiro, aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, ficando obrigado a
repará-lo.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Destarte, é evidente que houve omissão voluntária e negligência por parte do


poder público, Município de Guarapuava/PR, em fiscalizar não só o contrato
administrativo celebrado com a segunda requerida, mas também de abrir mão de
seu dever de ação nos casos de relevante interesse público, qual seja, em tomar
uma atitude frente às diversas reclamações das condições precárias das árvores,
inclusive a que ocasionou o evento danoso à requerente, situadas na Praça
Ucrânia.

Consoante doutrina, a responsabilidade do Estado Brasileiro, é, em regra,


objetiva nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal:

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

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causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Quando se trata de responsabilidade civil por omissão, a responsabilidade


civil do Estado é considerada como subjetiva, nos termos da doutrina de Maria
Sylvia Zanella Di Pietro (2024):

“(...) Isto significa dizer que, para a responsabilidade


decorrente de omissão, tem que haver o dever de agir
por parte do Estado e a possibilidade de agir para evitar
o dano. A lição supratranscrita, de José Cretella Júnior, é
incontestável. A culpa está embutida na ideia de
omissão. Não há como falar em responsabilidade
objetiva em caso de inércia do agente público que tinha o
dever de agir e não agiu, sem que para isso houvesse
uma razão aceitável. Por essa razão, acolhemos a lição
daqueles que aceitam a tese da responsabilidade
subjetiva nos casos de omissão do Poder Público. Com
Celso Antônio Bandeira de Mello (2008:996),
entendemos que, nessa hipótese, existe uma presunção
de culpa do Poder Público. O lesado não precisa fazer a
prova de que existiu a culpa ou dolo. Ao Estado é que
cabe demonstrar que agiu com diligência, que utilizou os
meios adequados e disponíveis e que, se não agiu, é
porque a sua atuação estaria acima do que seria
razoável exigir; se fizer essa demonstração, não incidirá
a responsabilidade (...) “ (Direito Administrativo, Grupo
GEN, 36ª edição, São Paulo, pp. 854).

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Nesse diapasão, necessário mencionar o entendimento do doutrinador Celso
Antônio Bandeira de Mello, in verbis:
“(...) Responsabilidade subjetiva é a obrigação de
indenizar que incumbe a alguém em razão de um
procedimento contrário ao Direito – culposo ou doloso –
consistente em causar um dano a outrem ou em deixar
de impedi-lo quando obrigado a isto. Em face dos
princípios publicísticos não é necessária a identificação
de uma culpa individual para deflagrar-se a
responsabilidade do Estado. Esta noção civilista é
ultrapassada pela ideia denominada de faute du service
entre os franceses. Ocorre a culpa do serviço, ou “falta
do serviço” quando este não funciona, devendo
funcionar, funciona mal ou funciona atrasado. Esta é a
tríplice modalidade qual se apresenta e nela se traduz
um elo entre a responsabilidade tradicional do Direito
Civil e a responsabilidade objetiva (...) Em suma: a
ausência de serviço público devido ao seu defeituoso
funcionamento, inclusive por demora, basta para
configurar a responsabilidade do Estado pelos danos daí
decorrentes em agravo aos administrados (...)” (Curso de
Direito Administrativo, Malheiros Editores, 17ª Edição,
São Paulo, pp. 885, 886).

Por conseguinte, no caso em tela, trata-se de responsabilidade civil subjetiva


do Estado, uma vez que houve omissões da Administração Pública, quais sejam em
fiscalizar o contrato licitatório celebrado com a empresa Verdejá Serviços
Ambientais Ltda. nos termos da Lei nº 14.133, de 2021 de Lei de Licitações e

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Contratos Administrativos (Artigo 104, III), e em agir quando das diversas
reclamações encaminhadas pelas munícipes, Sra. Maite Vasconcelos e pela
requerente, por meio da Ouvidoria do Município, no e-mail
ouvidoriamunicial@guarapuava.pr.gov.br, dando conta da situação degradante da
árvore, e da possibilidade de queda das árvores situadas na Praça Ucrânia,
conforme documentos de registro de envio encartados aos autos.

De igual modo, em 06.02.2024, a requerente requereu a solicitação para


corte de referida árvore, sob o protocolo de nº 120.000/23, nos termos do artigo Art.
97-D da Lei Complementar n. º 75, de 30 de maio de 2017 do Município de
Guarapuava/PR, e nunca obteve resposta do Ente Público. Dessa forma, não foram
tomadas medidas efetivas, nem sequer resposta. Ambas as requeridas
quedaram-se inertes.

Ora, a Administração Pública pode delegar os seus serviços públicos por


meio de contrato, entretanto, tem o dever de fiscalizá-lo, por meio de seus agentes
públicos, qual seja: o fiscal do contrato. Nos termos da Lei nº 14.133, de 2021,
referida pessoa investida da função pública deve anotar as ocorrências relacionadas
à execução do contrato, informando seus superiores para tomar atitudes caso seja
necessário, e terá assessoramento jurídico e de controle interno da Administração.

Art. 117. A execução do contrato deverá ser


acompanhada e fiscalizada por 1 (um) ou mais
fiscais do contrato, representantes da Administração
especialmente designados conforme requisitos
estabelecidos no art. 7º desta Lei, ou pelos respectivos
substitutos, permitida a contratação de terceiros para
assisti-los e subsidiá-los com informações pertinentes a
essa atribuição.

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§ 1º O fiscal do contrato anotará em registro próprio
todas as ocorrências relacionadas à execução do
contrato, determinando o que for necessário para a
regularização das faltas ou dos defeitos observados.
§ 2º O fiscal do contrato informará a seus superiores, em
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes, a
situação que demandar decisão ou providência que
ultrapasse sua competência.
§ 3º O fiscal do contrato será auxiliado pelos órgãos de
assessoramento jurídico e de controle interno da
Administração, que deverão dirimir dúvidas e subsidiá-lo
com informações relevantes para prevenir riscos na
execução contratual.
§ 4º Na hipótese da contratação de terceiros prevista no
caput deste artigo, deverão ser observadas as seguintes
regras:
I - a empresa ou o profissional contratado assumirá
responsabilidade civil objetiva pela veracidade e pela
precisão das informações prestadas, firmará termo de
compromisso de confidencialidade e não poderá exercer
atribuição própria e exclusiva de fiscal de contrato;
II - a contratação de terceiros não eximirá de
responsabilidade o fiscal do contrato, nos limites das
informações recebidas do terceiro contratado.

Excelência, visivelmente é notório que não houve nenhum tipo de atitude da


primeira requerida, nos termos do artigo supracitado, pois se houvesse, o fato
danoso à requerente não teria ocorrido.

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Além disso, é importante enfatizar, nos termos da Lei Complementar n. º 75,
de 30 de maio de 2017 do Município de Guarapuava/PR, os artigos 85-C e 89-A,
sobre a responsabilidade da gestão da proteção e conservação da arborização
urbana, bem como da poda e remoção de árvores nos casos de segurança da
população e do interesse público.

Art. 85-C. É do Poder Público Municipal e do munícipe a


responsabilidade compartilhada da proteção e
conservação da arborização urbana do Município de
Guarapuava.
Art. 89-A. A poda ou remoção da vegetação de porte
arbóreo somente será permitida de forma a garantir a
sanidade vegetal, a segurança da população e o
interesse público, de acordo com orientação técnica.
Parágrafo único. A remoção ou poda de árvores em
áreas públicas poderá ser realizada pelo Poder Público
Municipal e também por: a) empresas privadas,
autarquias ou concessionárias prestadoras de serviços
públicos, desde que possuam em seu quadro de
funcionários um responsável técnico habilitado e
autorização prévia da SEMAG;
b) corpo de bombeiros, nos casos de emergência, em
que haja risco iminente à vida ou ao patrimônio público
ou privado.
Art. 97-D. A solicitação para corte de árvores deverá ser
feita mediante o preenchimento de um requerimento, a
ser fornecido pela SEMAG, onde deverá conter, no
mínimo, as seguintes informações:

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a) nome do proprietário do imóvel, endereço, telefone
para contato, cópia do documento de identidade e cópia
do carne de IPTU.
b) nome, telefone para contato e o número do documento
de identidade do solicitante;
c) endereço completo do imóvel;
d) número de árvores a serem retiradas;
e) motivo da solicitação;
f) assinatura do proprietário do imóvel ou do solicitante;
g) croqui com a localização das árvores, quando
necessário.

Destarte, cabia à Administração Pública Municipal a responsabilidade e


obrigação de tomar uma atitude efetiva a fim de realizar os procedimentos
administrativos necessários nos termos da aludida lei, com vistas à poda e remoção
da árvore, ou se delegasse tal atribuição, o que foi o caso em tela, que
minimamente fiscalizasse o cumprimento do contrato. É visível e comprovável pelos
documentos juntados com a inicial que a segurança da população e o interesse
público estão comprometidos, uma vez que existem outras árvores situadas na
Praça Ucrânia urgindo medidas concretas de fiscalização, e caso não o seja, outros
cidadãos também sofrerão os danos que a requerente está arcando.

Não só isso, a omissão e negligência das requeridas são corroboradas pelo


fato de que a árvore já se encontrava em situação precária muito antes da
tempestade, conforme comprovado com as fotos em anexo, que demonstravam a
necessidade urgente de uma intervenção pelo poder público e pelo agente por
delegação. Nesse sentido, é irrefutável o laudo elaborado pela Engenheira
Ambiental, Sra. Camila Severo (CREA/PR nº 21.7479), e juntado com a inicial,

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provando que a árvore Ipê-Amarelo (Handroanthus albus), já estava com risco de
queda em qualquer momento, e em condições precárias necessitando de remoção
imediata do local, in verbis:

“(...) identificando o risco de queda de indivíduo arbóreo,


no qual se encontra em condições precárias.
Necessitando a retirada urgente do local (....) Sua queda
pode ocorrer a qualquer momento, colocando em risco
os moradores próximos da praça (...)”.

Chega-se, portanto, à conclusão que a árvore em questão poderia cair a


qualquer momento, independentemente de eventos de força maior.

Aliás, é importante enfatizar que no Município de Guarapuava é habitual


todos os anos, no mês de Fevereiro, ocorrer fortes tempestades, conforme uma
simples consulta das últimas previsões climáticas dos últimos anos. Assim, era
notório a todos, inclusive para o Município de Guarapuava, as consequências que
esses eventos climáticos poderiam causar.

Pois bem, cabia à Administração Municipal, primeira requerida, tomar


medidas preventivas com vistas à preparação da infraestrutura do município, já de
forma antecipada, vindo a prevenir eventuais acontecimentos de quedas de árvores,
realizando a análise de riscos, fiscalização, monitoramento e remoção, de forma
contínua e preventiva.

Claramente, como evidenciado nos autos, novamente caracterizada a


inércia da Administração Municipal.

Ademais, os próprios vizinhos da requerente e frequentadores da Praça


Ucrânia corroboram com o fato de que a árvore já apresentava sinais visíveis de

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deterioração antes mesmo de acontecer a tempestade, o que também será provado
nos autos por meio de prova testemunhal.

Irene Patrícia Diom Nohara (2024) aduz que há uma tendência na


jurisprudência dos Tribunais Superiores em reconhecer que a responsabilidade por
omissão do Estado é subjetiva (Direito Administrativo, Grupo GEN, 12ª edição, Rio
de Janeiro, pp.786).

Nesses termos, os precedentes e jurisprudências em relação à omissão do


poder público quando da queda de árvores nas residências dos munícipes, são os
seguintes:
RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL.
QUEDA DE ÁRVORE. DANOS MATERIAIS E MORAIS.
INÚMERAS RECLAMAÇÕES E ALERTAS SOBRE A
PREVISÍVEL QUEDA DE ÁRVORE. AUSÊNCIA DE
AUTORIZAÇÃO PARA REMOÇÃO. OMISSÃO
MUNICIPAL. RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO
COMPROVADA. Trata-se de ação através da qual a
autora pretende indenização por danos materiais e
morais em face de queda de árvore sobre residência,
julgada parcialmente procedente na origem. Nas
hipóteses de omissão do Poder Público, aplica-se a
Teoria da Responsabilidade Civil Subjetiva, exigindo,
então, a comprovação da falha do ente público no dever
de agir, consubstanciada na não adoção de medida
efetiva e eficaz a fim de impedir o resultado danoso.
Precedentes doutrinários e jurisprudenciais.Incumbe ao
município a conservação e a fiscalização das árvores

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localizadas em vias públicas, objetivando a segurança
dos cidadãos e a incolumidade de todos que por elas
circulam, para tanto, a população contribui através do
pagamento de impostos e taxas municipais, incumbindo
ao Poder Público a utilização deles em prol da
coletividade.No caso dos autos, o conjunto probatório
dos autos demonstrou que o ente municipal foi omisso e
moroso na concessão de autorização à autora para
retirar a árvore de dentro de sua própria propriedade que
colocava em risco a segurança pessoal, familiar e
também coletiva até que, por força de ventos fortes, a
árvore tombou ocasionando os danos materiais
comprovados (R$10.758,45) e os danos morais
fixados em R$5.000,00(..).Omissão culposa do
Município evidenciada pelo conjunto probatório,
onde ficou esclarecido os diversos pedidos,
formulados pela autora, de autorização para remover
a enorme árvore que já evidenciava risco de queda.
Sentença mantida por seus próprios fundamentos à luz
do art. 46 da Lei Federal n. 9099/95.RECURSO
INOMINADO DESPROVIDO, UNANIME. (TJ-RS -
Recurso Cível: 71006685457 RS, Relator: Niwton Carpes
da Silva, Data de Julgamento: 27/04/2017, Turma
Recursal da Fazenda Pública, Data de Publicação:
09/05/2017).

RESPONSABILIDADE CIVIL - Ação de indenização por


danos materiais e morais - Queda de árvore sobre a casa

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da autora - Responsabilidade por omissão do
Município (art. 37, § 6ª, CF)– Teoria da faute du service -
Configurado o nexo causal entre a omissão do Município
na manutenção e conservação de árvore no logradouro
público e sua queda sobre a residência da autora – Não
ocorrência de força maior ou caso fortuito a afastar
eventual responsabilidade - Dever de indenizar pelos
valores gastos e incontroversos (R$ 9.372,70) –
Danos morais caracterizados - Recurso desprovido.
(TJ-SP - AC: 10341694220198260224 SP
1034169-42.2019.8.26.0224, Relator: Bandeira Lins,
Data de Julgamento: 31/05/2021, 8ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 31/05/2021).

RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL.


QUEDA DE ÁRVORE SOBRE RESIDÊNCIA. AUTORA
QUE JÁ HAVIA COMUNICADO O ENTE MUNICIPAL
ACERCA DA NECESSIDADE DE PODA NA ÁRVORE.
DANOS APURADOS EM DEMANDA DIVERSA.
SUPERVENIÊNCIA DE INTERDIÇÃO DO IMÓVEL EM
DECORRÊNCIA DE DANOS ESTRUTURAIS,
EDIFICAÇÃO E TRINCAS NO PISO. OFENSA A COISA
JULGADA. INOCORRÊNCIA. CAUSA MADURA PARA
JULGAMENTO. RECONHECIDA A ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO ESTADO DO PARANÁ.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO MUNICÍPIO.
DANOS MATERIAIS E MORAIS CONFIGURADOS.
FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL QUANTO AO

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PEDIDO DE ALUGUEL SOCIAL. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
Preenchidos os pressupostos de admissibilidade do
recurso, deve ele ser conhecido. Pretende a recorrente a
reforma da sentença, ao fundamento de que os pedidos
formulados na inicial não restaram abrangidos pela coisa
julgada com a pretensão discutida nos autos nº
1623-71.2015.8.16.0190 que tramitou na 1ª Vara da
Fazenda Pública de Maringá, como reconheceu o juiz na
origem ao julgar extinta a ação sem resolução do mérito,
sustentando que tanto a vistoria do imóvel quanto a
interdição pelo recorrido ocorreram após finda aquela
ação, no ano de 2017, demonstrando o surgimento de
fato novo e, portanto, novas razões para demandar. Em
que pese o posicionamento adotado pelo magistrado
singular, muito embora os prejuízos alegados pela parte
autora tenham decorrido da queda da árvore sobre seu
imóvel (06.02.2014), em razão da omissão estatal em
não promover a retirada quando do pedido administrativo
(17.07.2006), não se pode reconhecer que ao tempo do
ajuizamento da demanda apreciada nos autos nº
1623-71.2015.8.16.0190, a recorrente alegasse possíveis
causas de rachaduras ou até mesmo de interdição, haja
vista que referidos motivos inexistiam. Assim, ao aplicar
o princípio do deduzido e do dedutível previsto no art.
508 do CPC, exigiu o juiz monocrático que a autora
presumisse que com a queda da árvore em 2014, seu
imóvel ficaria inabitável no ano de 2017, após a sua

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interdição. Nota-se que os danos materiais e morais
havidos naquela ação decorreram da queda da árvore
após requerimento administrativo de poda, a qual gerou
o prejuízo à autora no montante de R$ 726,00, para
reparos no telhado e muro. Ainda que tenha a requerente
reprisado em sua inicial fatos também alegados nos
autos nº 1623-71.2015, a causa de pedir e pedidos
formulados neste feito são diversos daqueles autos,
deste modo a consequência jurídica é outra, não
podendo ser abarcados pela eficácia preclusiva da coisa
julgada. Nesse panorama, impende afastar a extinção do
feito ante a eficácia preclusiva da coisa julgada,
reconhecida na origem. Verificando-se que a causa está
em condições de julgamento, cumpre analisar, desde
logo, o mérito da demanda na forma autorizada pelo art.
1.013, § 4º, do CPC. Antes de adentrar no mérito, a
preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pelo Estado
do Paraná merece acolhimento. Isso porque, assim como
ponderou o juiz de origem, a legislação Municipal vigente
– Lei 10.510/2017 que revogou a Lei 7.212/2006 – prevê
a competência do Município de zelar pelos logradouros
públicos e municipais de Maringá, incumbindo ao ente a
gerência quanto ao pedido de poda, corte e remoção
árvores, fugindo, deste modo, da competência do Estado
do Paraná as responsabilidades advindas por quedas de
árvores situadas nos diversos municípios que integram o
ente. No mérito, a pretensão recursal merece
acatamento em parte. Isto porque restou demonstrado

16
pelos documentos juntados aos autos que a parte autora
diligenciou administrativamente com o fim de obter a
poda da árvore “Jacaranda” cuja a queda ocasionou
danos em seu imóvel, a qual foi interditado pelo
Município posteriormente. A recorrente teve negado os
pedidos formulados na via administrativa, primeiro por ter
o ente entendido que havia ocorrido a prescrição para
pleitear a reparação e, num segundo momento,
fundamentou a negativa face o ajuizamento de ação
judicial tratando da mesma relação jurídica delineada no
processo administrativo nº 69800/2016 e 38396/2017
(vide movs. 1.11-fl. 03 e 1.25). Nota-se que após o
pedido indenizatório feito administrativamente é que
houve a vistoria e emissão de laudo pela Prefeitura de
Maringá, tendo o parecer técnico atestado os danos
estruturais causados no imóvel da autora em decorrência
do impacto da árvore durante a sua queda, conforme
documento do evento 1.9-fl.02. As fotografias anexadas
nos eventos 1.15, 1.16, 1.17, 1.18, 1.19 e 1.20
corroboram as informações descritas no parecer técnico,
acerca dos danos causados à residência da requerente.
O levantamento feito pelo próprio ente, por meio do
levantamento realizado por engenheiro do Município
quantificou o montante de R$9.723,54 os prejuízos
causados, nos termos da planilha juntada no mov. 1.10-fl.
03. Em 09.03.2017 a Defesa Civil do Município promoveu
a interdição do imóvel (seq. 1.11), atestando que o ato se
deu devido às rachaduras, fissuras em praticamente

17
todas as paredes do bem, bem como o afundamento de
piso que comprometeram a estrutura da casa, proibindo
a entrada e permanência de pessoas na residência.
Assim, comprovou a autora, por meio dos documentos
acostados à inicial que enfrentou obstáculos
incompatíveis com os princípios da eficiência da
Administração Pública e da cortesia na prestação de
serviços. Dessa forma, restou comprovada a ocorrência
de danos materiais e morais em face da demandante,
bem como o nexo de causalidade com a atuação
municipal. O valor pretendido a título de danos materiais
de R$15.000,00, para reparação do imóvel foi
comprovado pela planilha apresentada pelo réu no mov.
1.10-fl.03, o qual apresenta o valor de R$9.723,24, bem
como pelos orçamentos apresentados pela autora nos
movs. 1.7, 1.8, e 1.14, demonstrando o valor de
R$6.000,00, para serviço de mão de obra. Quanto ao
dano moral, denota-se dos autos que a reclamante
sofreu infortúnios devido à situação que, através dos
protocolos apresentados perante a Administração,
demonstrou os prejuízos agravados em sua residência
após a queda da árvore o que levou a sua interdição.
Entretanto, o recorrido quedou-se inerte. É evidente o
sentimento de angústia, tristeza, desespero de uma
pessoa que vê a casa onde mora destruída e precisa
buscar abrigo para suprir necessidade básica de
moradia. O valor deve ser arbitrado em R$ 10.000,00
(dez mil reais), quantia que cumpre com as finalidades

18
punitiva e ressarcitória da indenização, sem causar
enriquecimento ilícito do ofendido e prejuízo ao erário,
mormente porque logrou êxito a parte recorrida em
demonstrar os danos causados em decorrência da
inação na via administrativa para solucionar a questão.
Nesse sentido: RECURSO INOMINADO. MUNICÍPIO.
DANOS MORAIS E MATERIAIS. QUEDA DE ÁRVORE
SOBRE RESIDÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. DANOS MATERIAIS E
MORAIS DEVIDOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJPR -
0019305-70.2015.8.16.0018 - Maringá - Rel.: Rafael Luis
Brasileiro Kanayama - J. 21.02.2017). (TJPR - 4ª Turma
Recursal - 0000603-40.2018.8.16.0190 - Maringá - Rel.:
Juíza Manuela Tallão Benke - J. 09.05.2019) (TJ-PR - RI:
00006034020188160190 PR
0000603-40.2018.8.16.0190 (Acórdão), Relator: Juíza
Manuela Tallão Benke, Data de Julgamento: 09/05/2019,
4ª Turma Recursal, Data de Publicação: 14/05/2019).

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO


MUNICÍPIO, POR DANOS DECORRENTES DA QUEDA
DE ÁRVORE PLANTADA EM VIA PÚBLICA.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. INEFICÁCIA DOS
SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E
MANUTENÇÃO. IRRELEVÂNCIA DA FALTA DE
DEMONSTRAÇÃO DE PRÉVIO PROTOCOLO FORMAL
DE CORTE DA ÁRVORE QUE VEIO A CAIR.

19
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
DEVIDA. REFORMA DA SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DA AUTORA.
RECURSO PROVIDO. (TJPR - 1ª C. Cível -
0000562-25.2018.8.16.0109 - Mandaguari - Rel.: Juiz
Everton Luiz Penter Correa - J. 23.07.2019) (TJ-PR -
APL: 00005622520188160109 PR
0000562-25.2018.8.16.0109 (Acórdão), Relator: Juiz
Everton Luiz Penter Correa, Data de Julgamento:
23/07/2019, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação:
24/07/2019).

EMENTA: RECURSO INOMINADO – JUIZADO


ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA – AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL –
QUEDA DE ÁRVORE NA RESIDÊNCIA DA
RECLAMANTE – REQUERIMENTO DE VISTORIA E
PODA DA ÁRVORE – SOLICITAÇÃO NÃO ATENDIDA
PELO MUNICÍPIO - FALHA NA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS EVIDENCIADA – RESPONSABILIDADE DO
MUNICÍPIO - OMISSÃO – RESPONSABILIDADE
SUBJETIVA – ART. 37, § 6º, DA CF – DANO MORAL
CONFIGURADO – QUANTUM ARBITRADO EM R$
4.000,00 (QUATRO MIL REAIS) MAJORADO PARA R$
6.000,00 (SEIS MIL REAIS) – SUFICIENTE PARA
SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA – PRECEDENTES
DESTA TURMA RECURSAL - SENTENÇA
REFORMADA. Recurso da reclamante conhecido e

20
provido.Recurso do Município conhecido e desprovido.
(TJPR - 4ª Turma Recursal - 0010984-19.2019.8.16.0014
- Londrina - Rel.: JUIZ DE DIREITO DA TURMA
RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS MARCO
VINICIUS SCHIEBEL - J. 06.12.2021)

APELAÇÃO – Indenização – Danos materiais e morais –


Queda de árvore sobre o imóvel do autor, ocasionando
danos ao prédio residencial - Conjunto probatório que
conduz, com segurança, à responsabilização da ré –
Danos e nexo causal comprovados – Responsabilidade
da Administração Pública – Excludentes de caso fortuito
ou força maior, e de culpa exclusiva da vítima, não
configurados – Indenizações pretendidas dentro dos
parâmetros de razoabilidade – Sentença de procedência
da demanda confirmada. RECURSO DESPROVIDO. Ao
município compete zelar pela conservação e poda
das árvores existentes no passeio público. Havendo
nexo causal entre a conduta negligente do Município
no cuidado com a manutenção de árvores e os danos
materiais e morais decorrentes de queda de uma
delas sobre o imóvel do autor configura-se a
responsabilidade civil da Administração Pública.
(TJ-SP 00124892420148260602 SP
0012489-24.2014.8.26.0602, Relator: Vicente de Abreu
Amadei, Data de Julgamento: 19/09/2017, 1ª Câmara de
Direito Público, Data de Publicação: 20/09/2017).

21
A vista disso, tem-se os danos causados à requerente, sendo materiais,
comprovados com fotos e recursos despendidos demonstrados por meio de notas
fiscais; e danos morais com a certidão do óbito da gata de estimação e laudo
psicológico da requerente.

Constata-se a culpa pela negligência, haja vista que a omissão das


requeridas ocasionou a permanência da árvore em condições precárias, situação
anteriormente atestada por laudo de profissional técnico, mesmo com diversas
reclamações dos munícipes e requerimento da requerente para remoção, urgindo
ação com medidas efetivas.

A conexão entre o fato (queda da árvore) e o resultado (dano) existe uma vez
que a árvore já se encontrava em situação precária anterior a um evento recorrente
na cidade de Guarapuava/PR, notoriamente previsto, e sua queda sobre a
residência da requerente ocasionou diversos danos, pois não houve a sua avaliação
e remoção anterior, por omissão das requeridas, afirmando, assim, o liame do nexo
causal.

Por fim, dessa forma resta incontroverso a omissão das requeridas,


ensejando, assim, responsabilidade civil.

2.1.1 DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Nos termos do artigo 942 do Código Civil Brasileiro, os bens do responsável


pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano
causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente
pela reparação.

22
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou
violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação
do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.

Consoante entendimento dos doutrinadores Nelson Nery Júnior e Rosa Maria


de Andrade Nery, esse dispositivo (...) descreve que os bens do responsável pela
ofensa ou violação dos direitos de outrem ficam sujeitos à reparação do dano
causado. Se a ofensa tiver mais de um autor, todos poderão ser solidariamente
responsáveis pela reparação (...)” (Responsabilidade Civil - Teoria Geral, Editora
Revista dos Tribunais, São Paulo, 2010).

Além disso, na Lei nº 14.133, de 2021, o contratado será responsável pelos


danos causados a terceiros em razão da execução do contrato, e não excluirá nem
reduzirá essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo
contratante.
Art. 120. O contratado será responsável pelos danos
causados diretamente à Administração ou a terceiros em
razão da execução do contrato, e não excluirá nem
reduzirá essa responsabilidade a fiscalização ou o
acompanhamento pelo contratante.

Dessa forma, necessária a condenação da segunda requerida, haja vista que


também com a sua omissão e inexecução do contrato com a primeira requerida
causou dano a um terceiro. E mesmo se houvesse a fiscalização e
acompanhamento do contrato (o que não aconteceu), a responsabilidade da
contratada permaneceria.

23
Nesse sentido, o contrato de prestação de serviços entre a primeira e
segunda requerida, conforme juntado aos autos, já previa expressamente como
objeto a avaliação periódica das condições fitossanitárias das árvores e a execução
de medidas preventivas para evitar acidentes, nos termos da primeira cláusula, e
mesmo assim segunda requerida não o fez.
Conforme será provado por meio de prova testemunhal, funcionários da
segunda requerida, sabiam que as avaliações das condições fitossanitárias
(controle de pragas) eram realizadas de maneira superficial e que a árvore que
ocasionou o fato jamais fora adequadamente inspecionada para riscos potenciais.
Aliás, tem-se que a responsabilidade civil entre as requeridas é solidária uma
vez que tanto a prestadora de serviços deveria ter despendido esforços para realizar
a remoção da árvore, quanto o ente municipal deveria ter fiscalizado, e também
realizado ações concretas, com o fim de evitar prejuízos aos munícipes.
Veja-se o entendimento dos Tribunais de Justiça:

DANOS MORAIS. QUEDA DE ÁRVORE EM VEÍCULO.


ALEGAÇÃO DE ERRO MATERIAL NA SENTENÇA.
NÃO ACOLHIMENTO. AUSENTE DE VÍCIOS A SEREM
SANADOS. MERO INCONFORMISMO. MÉRITO.
PLEITO DE AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE
CIVIL. IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA
CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO. ENTENDIMENTO
DO STJ E DESTA TURMA RECURSAL. OMISSÃO
SUBJETIVA DO MUNICÍPIO NA PRESERVAÇÃO E
CONSERVAÇÃO DA ÁRVORE. FOTOS E DEMAIS
PROVAS DOS AUTOS QUE EVIDENCIAM O DANO
CAUSADO. DEVER DE INDENIZAR.
RESPONSABILIDADE CIVIL SOLIDÁRIA. DANO

24
MORAL CONFIGURADO. PEDIDO DE EFEITO
SUSPENSIVO. INVIÁVEL. SITUAÇÃO QUE NÃO
VISLUMBRA OCORRÊNCIA DE DANO IRREPARÁVEL.
INTELIGÊNCIA DO ART. 43 DA LEI Nº 9.099.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. RECURSO
INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. QUEDA DE ÁRVORE EM VEÍCULO.
OMISSÃO DO MUNICÍPIO NA PRESERVAÇÃO E
CONSERVAÇÃO DA ÁRVORE. FOTOS E DEMAIS
PROVAS DOS AUTOS QUE EVIDENCIAM O DANO
CAUSADO. DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL
CONFIGURADO. PLEITO DE MAJORAÇÃO NO
QUANTUM INDENIZATÓRIO. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES DESTA TURMA RECURSAL.
SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE.
(TJPR - 4ª Turma Recursal - 0000023-80.2021.8.16.0165
- Telêmaco Borba - Rel.: JUÍZA DE DIREITO
SUBSTITUTO PAMELA DALLE GRAVE FLORES
PAGANINI - J. 31.03.2023) (TJ-PR - RI:
00000238020218160165 Telêmaco Borba
0000023-80.2021.8.16.0165 (Acórdão), Relator: Pamela
Dalle Grave Flores Paganini, Data de Julgamento:
31/03/2023, 4ª Turma Recursal, Data de Publicação:
03/04/2023)

EMENTA: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. QUEDA DE

25
ÁRVORE SOBRE VEÍCULO ESTACIONADO EM VIA
PÚBLICA. ÁRVORES URBANAS. PATRIMÔNIO
URBANÍSTICO. PODA PREVENTIVA.
RESPONSABILIDADE ATRIBUÍDA À AUTARQUIA
(AMMA) E À SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
(COMURG). CONCESSÃO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO MUNICÍPIO CONCEDENTE. DIREITO
DE REGRESSO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA RECHAÇADA. OMISSÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA PODA DA ÁRVORE.
QUEDA DE ÁRVORE APÓS CHUVA. EVENTO
EVITÁVEL. FORÇA MAIOR NÃO CARACTERIZADA.
TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL FIRMADO
COM A AMMA. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DA
ADMINISTRAÇÃO. DANO E NEXO CAUSAL
DEMONSTRADOS. OMISSÃO CULPOSA DO ENTE
PÚBLICO RECONHECIDA. DANO MATERIAL
COMPROVADO. REPARAÇÃO DEVIDA. INCIDÊNCIA
DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA NAS
CONDENAÇÕES NÃO TRIBUTÁRIAS IMPOSTAS
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. CORREÇÃO
MONETÁRIA. APLICAÇÃO DO IPCA-E A PARTIR DE
JULHO/2009. TEMA 810/STF E TEMA 905/STJ.
RECURSO DESPROVIDO. 1. DA ADMISSIBILIDADE: 1.
1 Recursos próprios, tempestivos e prescindíveis de
preparo (art. 4º, inciso I, da Lei nº 9.289/96 c/c art. 36,
inciso III, da Lei Estadual nº 14.376/2002), motivos pelos
quais merecem ser conhecidos. 2. DOS FATOS E DO

26
DIREITO: 2.1 Cuida-se de ação de indenização por
danos materiais em virtude de queda de árvore sobre
veículo estacionado em via pública; a sentença julgou
parcialmente procedentes os pedidos iniciais para
condenar a AMMA. AGÊNCIA MUNICIPAL DO MEIO
AMBIENTE a pagar ao recorrido a quantia de R$
1.377,00 (mil, trezentos e setenta e sete reais) a título de
reparação dos danos materiais, atribuindo ao
MUNICÍPIO DE GOIÂNIA a condição de responsável
solidário. No primeiro recurso, interposto pela AMMA, a
recorrente pondera que os efeitos da revelia não são
aplicáveis contra a Fazenda Pública, ao mesmo tempo
em que alega que no caso de ato omissivo da
Administração, como na espécie, a responsabilidade civil
é subjetiva, e sustenta não ser responsável pela
reparação do dano, a pretexto de que agiu dentro dos
limites legais, na medida em que no dia 17/09/2014
emitiu, em menos de 30 (trinta) dias, parecer favorável à
remoção/poda da árvore no processo administrativo nº
58746657, instaurado por iniciativa do recorrido no dia
26/08/2014, ponderando que a partir daí a
responsabilidade pela execução do serviço é de
competência da COMURG, para a qual encaminhou o
processo administrativo em 06/10/2014 para execução
do serviço, sendo essa empresa de economia mista a
responsável por reparar os danos, asseverando, por
derradeiro, que a sentença não observou o TEMA 810 do
STF a respeito da correção monetária e dos juros de

27
mora, pugnando pelo provimento do recurso para afastar
a sua condenação. No segundo recurso, interposto pelo
MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, o recorrente argui a preliminar
de ilegitimidade passiva ad causam e, no mérito, pondera
a inaplicabilidade dos efeitos da revelia contra a Fazenda
Pública e alega a ausência de nexo de causalidade,
rompido pela ocorrência de força maior, sob o argumento
de que a queda da árvore foi motivada por fatores
climáticos, e sustenta que a condenação foge dos
padrões normais do mercado, pugnando pela
improcedência do pedido e, alternativamente, requer a
aplicação do TR como índice de correção monetária, em
caso de condenação. 2.2 De início, cumpre esclarecer
que o MUNICÍPIO DE GOIÂNIA é o responsável pela
poda preventiva das árvores existentes nas vias públicas,
porque elas compõem o patrimônio urbanístico
municipal. A opção de transferir essa atividade, por
concessão de serviço público, para a COMURG
(sociedade de economia mista), sob a supervisão da
AMMA (autarquia municipal), não exclui a
responsabilidade solidária do poder concedente na
hipótese de negligência da concessionária. O ente
público concedente, uma vez condenado a reparar os
danos causados por negligência da concessionária, pode
manejar ação contra o real responsável pela omissão
culposa. Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam
rechaçada. 2.3 Releva destacar, também, que apesar da
revelia dos recorrentes, a sentença não aplicou os efeitos

28
da ficção legal, e sim solucionou a lide a partir da
avaliação das provas existentes no processo. 2.4 Na
inicial, aduz o recorrido que é proprietário do automóvel
Citroen C3, ano 2010/2011, e que em 02 de janeiro de
2015 estacionou seu veículo em uma via pública no
Conjunto Riviera, em Goiânia-GO, quando uma árvore,
da espécie sibipiruna, caiu sobre seu carro, acarretando
diversos prejuízos. Pondera que o acidente decorreu de
culpa exclusiva da Administração Pública, que não
realizou a poda correta das árvores (omissão culposa),
não obstante o seu pedido apresentado à primeira
recorrente (AMMA). 2.5 Em regra, a responsabilidade da
Administração Pública é objetiva, respondendo civilmente
o ente público pelos atos de seus agentes,
independentemente da existência de culpa. O § 6º, do
artigo 37, da Constituição Federal estabelece que: As
pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 2.6 Por
outro lado, no caso de ato omissivo culpa in omittendo a
responsabilidade da Administração Pública é subjetiva,
dependendo, para sua configuração, da efetiva
ocorrência do dano, de omissão estatal ilícita e da
relação de causalidade entre o dano e a conduta culposa
do ente público, ao deixar de prestar, ou prestar mal o
serviço público. A situação fática em debate se amolda à

29
teoria da responsabilidade civil subjetiva, com fulcro no
artigo 186, do Código Civil. 2.7 O conjunto probatório,
especialmente as fotos juntadas pelo recorrido,
evidenciam que, diferentemente do narrado em inicial,
houve uma grande tempestade na tarde do dia
02/01/2015, na região do Conjunto Riviera (vide as
imagens no evento 1, arquivo 7). É que, para além do
considerável volume da correnteza, é possível notar que
a chuva, provavelmente acompanhada de um vendaval,
conseguiu desenraizar a árvore e, ainda, causar estragos
na própria calçada. 2.8 Não obstante, restou
incontroverso que a queda dessa árvore era previsível e
foi efetivamente previsto, tanto que a primeira recorrente
deferiu a sua remoção por meio do processo
administrativo nº 58746657, mediante o compromisso de
compensação por meio do plantio de uma muda de
espécie de arbóreo em seu lugar (evento 1, arquivo 9).
Não há, portanto, lugar para acolhimento de alegação de
força maior, porquanto apesar de fortes chuvas
decorrerem de evento previsível da natureza, o resultado
era evitável, bastando, para tanto, a remoção da árvore
que apresenta sinais de fragilidade. 2.9 No caso
concreto, entre a data da assinatura do respectivo termo
de compromisso ambiental exigido para a remoção da
árvore (17/09/2014) e a data do acidente (02/01/2015),
passaram-se mais de 100 dias, o que se mostra como
tempo razoável para o cumprimento do acordo por parte
da agência ambiental (primeira recorrente), de modo que

30
caracterizada, assim, a omissão culposa das recorrentes
e, consequentemente, patente o dever de indenizar a
recorrida pelos danos materiais, no valor de R$ 1.377,00,
como reconhecido na sentença e comprovado por nota
fiscal (evento 1, arquivo 10). 2.10 Por derradeiro, releva
destacar que no julgamento do RE nº 870.947/SE (TEMA
810), o STF assentou que o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97,
com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em
que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração
oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao
direito de propriedade ( CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que
não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a
promover os fins a que se destina, ao passo que o STJ,
no julgamento do REsp. nº 1.185.070/RS (TEMA 905)
decidiu que na condenação contra a Fazenda Pública, de
ordem não tributária, a correção monetária deve se dar
com base no índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E). Ressalta-se que a deliberação da
Corte Suprema, quanto à modulação dos efeitos dos
julgamentos proferidos nas ADIs 4.425 e 4.357 (Sessão
Plenária Questão de Ordem na ADI nº 4.425, Relator
Ministro Luiz Fux, julgamento em 25/03/2015), somente
se aplicaria ao pagamento de precatórios. Como o
presente caso não versa sobre precatório, mas à relação
jurídica não tributária proveniente de condenação em

31
ação de conhecimento, tal modulação não deve ser
observada.2.11 Nesse contexto, não merece amparo o
argumento dos recorrentes para a aplicação da Taxa
Referencial TR como índice de correção monetária.3. DO
DISPOSITIVO: 3.1 Recursos conhecidos e desprovidos
para manter inalterada a sentença combatida .3.2 Sem
custas, por expressa determinação legal (artigo 36, inciso
III, da Lei Estadual nº 14.376/02 c/c o artigo 40, inciso I,
da Lei Federal nº 9.289/96). Em relação a sucumbência,
condena-se o recorrente ao pagamento de honorários
advocatícios, arbitrados em R$ 1.000,00 (um mil reais)
nos termos do artigo 85, § 8º, do CPC. (TJ-GO
51045513920158090051, Relator: ALTAIR GUERRA DA
COSTA, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais, Data
de Publicação: 26/11/2020).

Por consectário, resta claro, pelas evidências que a segunda requerida


também tem responsabilidade pelos danos materiais e morais causados à
requerente, sendo imprescindível a sua inclusão no polo passivo da presente ação e
a sua condenação.

2.2 DOS DANOS MATERIAIS

O dano material é aquele que afeta diretamente o patrimônio do ofendido,


consoante lição de Flávio Tartuce:

“Os danos materiais ou patrimoniais constituem prejuízos


ou perdas que atingem o patrimônio corpóreo de uma
pessoa natural, pessoa jurídica ou até mesmo um ente

32
despersonalizado (...) Partindo-se para uma análise
constitucional, é plausível amparar o princípio da
reparação integral dos danos no art. 5.º, particularmente
no inc. V – que assegura o direito à indenização por dano
material, moral e à imagem –, e também no inc. X – que
tutela o direito à reparação integral por violação do direito
à intimidade, vida privada, honra e imagem. Em reforço,
é pertinente o amparo na cláusula geral de tutela da
pessoa humana, constante do art. 1.º, inc. III, da
Constituição Federal de 1988, que consagra a dignidade
da pessoa humana como um dos princípios estruturantes
da República Federativa do Brasil. No que tange às
questões patrimoniais, especificamente, pode ser citado
o direito fundamental à propriedade, previsto no art. 5.º,
incs. XXII e XXIII, do Texto Maior (...)” Responsabilidade
Civil. Grupo GEN, 5ª Edição, São Paulo, pp. 338).

De acordo com as fotos encartadas aos autos, quando a árvore Ipê-Amarelo


(Handroanthus albus), com sua dimensão, altura, e peso elevados, caiu sobre o
imóvel de n. 45.686, do 01° Registro de Imóveis de Guarapuava/PR, de propriedade
da requerente, ocasionou de forma instantânea não só a destruição de vários bens
móveis localizados dentro de sua moradia, mas também dados estruturais de
grande remonta e prejuízo.
Seus bens materiais, quais sejam: estante de livros, sofá, Smart TV 50”,
frigobar e difusor de ambiente foram avariados; bem como a estrutura do bem
imóvel, tais como o muro, cobertura, janela e parede frontal da sala de estar foram
danificados com a queda da árvore.

33
Por conseguinte, a requerente teve que arcar de forma autônoma com toda
essa devastação.
De forma a provar os gastos despendidos, foram juntados os comprovantes
de pagamento e notas fiscais que a requerente fora obrigada a satisfazer para que
sua residência fosse novamente um lugar humanamente habitável. Segue a seguir
as tabelas pormenorizadas dos valores que a autora teve que arcar, referente aos
danos materiais.

Equipamento/Móvel Especificação do Valor


Dano/Serviço

Difusor de Ambiente Elétrico Peça Danificada R$ 70,00

TV Smart 50 Polegadas – 4K Ultra Curto circuito na placa R$


HD LED LG 1.500,00

Sofá Atlas Reforma R$


2.700,00

Frigobar Gallant Venezia 71L Válvula de Expansão, R$ 500,00


Condensador e Lataria

Estante de Livros Reforma R$ 300,00

TOTAL – BENS MÓVEIS R$


5.070,00

Estrutura Serviço Valor

Muro, cobertura, janelas, parede Reconstrução – BEM R$


frontal da sala de estar IMÓVEL 42.810,12

TOTAL DO PREJUÍZO R$
MATERIAL SOFRIDO 47.880,12

34
Isto posto, o total do prejuízo material sofrido pela requerente remonta a R$
47.880,12 (quarenta e sete mil oitocentos e oitenta reais e doze centavos).
É importante enfatizar que a requerente é hipossuficiente, percebendo
remuneração mensal no importe de um salário mínimo (R$1.412,00 - um mil
quatrocentos e doze reais), como demonstra a sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social digital amealhada à exordial. À vista disso, é flagrante o quanto a
requerente teve que suportar financeiramente com seus já poucos recursos, com o
fim de resolver os danos materiais causados pela queda da árvore.

2.3 DOS DANOS MORAIS

A queda da árvore na residência da requerente não causou apenas danos


materiais consideráveis como elencado acima, como também causou profundo
abalo emocional e psicológico.
Nos termos da doutrina de Carlos Alberto Pittar, danos morais são “lesões
sofridas pelas pessoas físicas ou jurídicas, em certos aspectos da sua
personalidade em razão de investidas injustas de outrem. São aquelas que atingem
a moralidade e a afetividade da pessoa, causando-lhe constrangimentos, vexames,
dores, enfim, sentimentos e sensações negativas” (Reparação civil por danos
morais: a questão da fixação do valor. Tribuna da Magistratura: Informativo da
Associação Paulista de Magistrados – Caderno de Doutrina, São Paulo, 1996, p.33).
É exatamente a lesão sofrida pela requerente, veja-se: a perda da gata de
estimação, Suzy, de maneira terrível e extremamente brutal, de forma quase
instantânea, quando da queda da árvore sobre o sofá da requerente, onde o felino
se encontrava, acarretou o seu óbito devido à hemorragia interna e fraturas
múltiplas nos membros inferiores, nos termos do atestado de óbito subscrito pela

35
Médica Veterinária Dra. Ana Lúcia da Silva CRMV nº 000.002 e amelhado à
exordial.
Por conseguinte, a requerente teve que passar por tratamento psicológico
para ajudar com essa perda, sendo diagnosticada com um quadro de depressão.
Analisa-se a conclusão do laudo da Psicóloga Dra. Keila Fernanda Santana da
Silva, CRP nº 08/29205:

“(...) através dos dados analisados no psicodiagnóstico,


por meio das informações coletadas durante as sessões,
sendo observando um quadro depressivo e visto a
natureza dos sintomas, bem como a frequência e
intensidade dos mesmos, a paciente foi orientada a dar
continuidade no processo psicoterapêutico e
encaminhada para o acompanhamento psiquiátrico (...)”

Além disso, toda a situação gerou angústia, estresse e preocupação com a


segurança da sua residência, ferindo de maneira direta um dos fundamentos
basilares da República Federativa do Brasil: a dignidade da pessoa humana.
Pelos elementos concretos apresentados, é inegável a relação entre o fato e
o dano moral sofrido pela requerente. Dessa forma, cabível indenização daquela
natureza, a fim de compensá-la para atenuação de seu sofrimento, conforme lição
de Carlos Alberto Pittar:

“(...) O objetivo da indenização é compensar o lesado


pela atenuação de seu sofrimento, e não a recomposição
do patrimônio do ofendido. Propiciam-se ao lesado
“lenitivos, confortos, prazeres e outras sensações, ou
sentimentos aliviadores que, através da moeda, se

36
podem obter, como os experimentados em viagens,
terapias, leitura, e outras tantas (...) “ (Reparação civil por
danos morais: a questão da fixação do valor. Tribuna da
Magistratura: Informativo da Associação Paulista de
Magistrados – Caderno de Doutrina, São Paulo, 1996,
p.79).

Ora, o propósito da indenização de danos morais é tentar compensar, de


alguma maneira, o sofrimento da vítima, embora de forma insuficiente, uma vez que
complexo medir a perda de algo de tão grande remonta para a vida da requerente.
Qualquer valor será diminuto e não suficiente, porquanto a vida do felino jamais será
restabelecida. Não só isso, a condenação ao pagamento de numerário dessa
natureza vai desestimular as requeridas a permanecerem inertes, em casos
similares ao fato ocorrido, consoante explicitado reiteradamente.

“(...) O objetivo da indenização por danos morais é a


compensação não insuficiente do sofrimento da vítima,
ao mesmo tempo em que se desestimula o ofensor ou
qualquer outro à prática de novos atos ilícitos,
contribuindo-se, assim, para a pacificação social (...)
Para a dosagem da indenização há de se considerar a
gravidade e, com cautela, a extensão do dano causado
na vítima; a situação econômica do lesante e, para fins
de agravamento, a dimensão de sua culpa, além das
circunstâncias do caso; com vistas a prevenir novos
ilícitos, a exacerbação da indenização para fins punitivos
deve levar em conta a dimensão social dos danos
causados e a capacidade econômica do ofensor (João

37
Ghisleni Filho, Flavia Lorena Pacheco, Luiz Alberto de
Vargas e Ricardo Carvalho Fraga: Desembargador
integrante da 3ª Turma do TRT-RS/Desembargadora
integrante da 3ª Turma do TRT-RS/Juiz do TRT-RS/Juiz
do TRT-RS,
“https://oabpe.org.br/valor-adequado-nas-acoes-de-inden
izacao-por-dano-moral/”).

Assim, considerando a gravidade da situação ocorrida, morte da gata Suzy, a


extensão do dano causada à requerente, diagnóstico do quadro de depressão, e a
situação dos lesantes, levando em conta que um deles é Ente Público, e a fim de
não onerar demasiadamente o erário público, requer-se a indenização por danos
morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), em atenção a toda dor e angústia
passada pela requerente, ocasionados por esse evento de grande impacto.

3. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, a requerente requer o recebimento da petição


inicial para o fim de:

a) Citação das requeridas para contestar a presente demanda, no prazo legal,


sob pena de sofrer os efeitos da revelia, já que a requerente não tem
interesse em audiência de conciliação e mediação, nos termos do artigo 334,
parágrafo 4º, inciso II, do Código de Processo Civil;

b) Concessão das benesses da justiça gratuita, prevista no artigo 5º, inciso


LXXIV Constituição Federal de 1988, por ser a requerente hipossuficiente e
não ter condições de arcar com o pagamento das custas processuais,

38
honorários advocatícios sucumbenciais ou quaisquer outras despesas, ante a
declaração de hipossuficiência juntada com a petição inicial, assim como da
Carteira de Trabalho e Previdência Social digital;

c) A condenação das requeridas ao pagamento das custas processuais e


honorários de sucumbência;

d) A procedência do pedido para condenar solidariamente as requeridas ao:

i) pagamento atualizado dos danos materiais sofridos pela requerente,


no montante de R$ 47.880,12 (quarenta e sete mil oitocentos e oitenta
reais e doze centavos);

ii) pagamento dos danos morais sofridos pela requerente, no montante


de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

4. DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas admitidas no Direito, nos termos dos


artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil Brasileiro, quais sejam os
documentos juntados, depoimento pessoal, oitiva de testemunhas, perícias e outras
que se demonstrem necessárias.

5. DO VALOR DA CAUSA

Nos termos do que aduzido no item 3, dá-se o valor da causa o montante de


R$ 57.880,12 (cinquenta e sete mil oitocentos e oitenta reais e doze centavos).

39
6. AUDIÊNCIA CONCILIAÇÃO

Nos termos do artigo 334, parágrafo 4º, inciso II, do Código de Processo Civil,
não há interesse desta requerente na realização da audiência de conciliação ou de
mediação, haja vista a primeira requerida ser Ente Público.

Nesses termos, pede deferimento,

Guarapuava/PR, 23 de março de 2024.

KAROLINE JULINAK DJUDATIE


OAB/PR 211.710

HELETICIA DE LORENA CARVALHO


OAB/PR 201.123

40
AEPUBlICA rEOEAATIV.A 00 ElR.ASIL

REPUBlICA FEDERATIVA
DO BRASIL

NOME. SAMANTA KLAUS

FILlAÇÁO JOAQUIM KLAtJS

MARIA DOS SANTOS KLAUS

NATURALIDADE' GUARAPUAVAlPR DATA DE NASCIMENTO 10/03195

DOC. ORIGEM:COMARCA=GUARAPUAVAlPR. DA
SEDE C NASC=34S6. LlVRO=l,
FOLHA=02
.... -. -"

'. ...
'

......

.J
SAMANTA KLAUS
RUA CINCO DE OUTUBRO n° 1593 – CASA 22- SANTA CRUZ
CEP: 85015-220 – GUARAPUAVA/PR (AG: 601)
PROCURAÇÃO AD JUDICIA ET EXTRA

OUTORGANTE: SAMANTA KLAUS, brasileira, solteira, recepcionista, inscrita no


CPF/MF sob o nO 123.456.789-01, portadora da carteira de identidade n°
10.643.906-4, expedida pelo SSP/PR, com residência e domicílio na Rua Cinco de
Outubro, n° 1593, Casa nO22, Bairro Santa Cruz, no Mun icípio de Guarapuava, no
Estado do Paraná, CEP 85015-220, com endereço eletrônico
samantaklaus@gmail.com e telefone (42) 999585-3900.

OUTORGADAS: KAROLlNE JULlNAK DJUDATIE, brasileira, advogada, inscrita no.


CPF/MF sob o nO 378.678.430-30, portadora da carteira de identidade n°
45.657.234-8, inscrita na OAB/PR sob o n. 211.710, com endereço
eletrônicokarolinejuliak@adv.oab.br e telefone (42) 99745-1255, HELETICIA DE
LORENA CARVALHO, brasileira, advogada, inscrita no CPF/MF sob o n°
478.678.871-25, portadora da carteira de identidade nO 48.567.890-7, inscrita na
OAB/PR sob o n. 201.123, com endereço eletrônico heleticialorena@adv.oab.br e
telefone (42) 99852-9743; com endereços profissionais à Rua Vicente Machado, n°
398, Bairro Centro, nesta cidade de Guarapuava, Estado Paraná, CEP 82.120-825.

Pelo presente instrumento a outorgante confere às outorgadas amplos poderes para


o foro em geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer Juízo, Instância ou
Tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e
defendê-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os
recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para
receber citação inicial, confessar, e conhecer a procedência do pedido, desistir,
renunciar ao direito sobre que se funda a ação, transigir, firmar compromissos ou
acordos, receber e dar quitação, podendo agir em Juízo ou fora dele, assim como
substabelecer esta a outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, para agir em
conjunto ou separadamente com o substabelecido.

Com a finalidade de propor ação de reparação de danos morais e materiais, em


face do Município de Guarapuava/PR e Verdejá Serviços Ambientais Ltda.

Guarapuava, 23 de março de 2024.

U
SAMANTA KLAUS (CPF: 123.456.789-01).
DECLARAÇÃO DE POBREZA

Eu, Samanta Klaus, portadora, do RG 10.643.906-04, órgão expedidor


SSP/PR e CPF n° 123.456.789-01, residente e domiciliado na Rua Cinco de
Outubro, n° 1593, complemento Casa n° 22, bairro Santa Cruz, município de
Guarapuava, estado Paraná, CEP 85015-220, sob responsabilidade civil e
penal, declaro, nos termos da Lei n° 7.115/83, que sou pobre na acepção
jurídica do termo, não dispondo de recursos para custear as despesas
processuais e os honorários advocatícios, sem prejuízo de meu sustento
próprio.

Assim, requeiro a gratuidade prevista na lei.

Guarapuaval. 23 de Março de 2024.

~O=omk~
Samanta Klaus

RG. 10.643.906-04
DECLARAÇÃO DE DE BENS

Eu, Samanta Klaus, brasileira, solteira, recepcionista, inscrita no CPF sob o nO


123.456.789-01 e no RG nO 10.643.906-4, residente e domiciliada na Rua Cinco

de Outubro W 1593 - Casa 22 - Santa Cruz, Cep: 85015-220 - Guarapuava/PR

declaro para os devidos fins que na presente data possuo apenas o imóvel de
matrícula n° 45.686 como patrimônio, inexistindo outros bens móveis, imóveis
ou semoventes de minha propriedade.

Sendo o que havia a declarar e por ser a expressão da verdade, firmo a


presente declaração.

Guarapuava - PR, 23 de março de 2024.

bYL~~
RG nO10.643.906-4
1° Cartório de Registro de Imóveis de Guarapuava - PR
Guilherme Antonio Santos, Bacharel em Direito
Guilherme Antonio Santos, Bacharel em Direito, Primeiro Cartório de Registro de
Imóveis de Guarapuava – PR, República Federativa do Brasil. CERTIFICA, a pedido
do, (a, s) interessado (a, s), que revendo o livro 2 (dois) de Registro Geral do Serviço de
Registro de imóveis a seu cargo, dele consta a matrícula do teor seguinte:

GUARAPUAVA PARANÁ
45.686 20 F

MATRÍCULA N° 45.686 (quarenta e cinco mil, seiscentos e oitenta e seis) – DATA:


GUARAPUAVA (PR), 01 de junho de 2021. Uma área de 125 m², na Rua Cinco de
Outubro, nº 1593, Casa nº 22, Bairro Santa Cruz, no Município de Guarapuava.
PROPRIETÁRIO: Samanta Klaus, brasileira, solteira, recepcionista, portador da
Carteira de Identidade RG. n.° 10.643.906-4, residente nesta Cidade. REGISTRO
ANTERIOR: 2.176, fls. 92/93, do livro 3-C-Transcrição das Transmissões, deste
Cartório. O REFERIDO É VERDADE E DOU FÉ. O OFICIAL DO REGISTRO:

Nos termos da Escritura Pública de Compra e Venda lavrada em Notas deste


Cartório no livro n 0 57, fls. 20/2Iv, em 01/06/2021, o imóvel constante da matricula
supra, foi adquirido por SAMANTA KLAUS, brasileira, solteira, recepcionista,
portadora da Carteira de Identidade RG. n.° 10.643.906-4, residente nesta Cidade,
por compra a ADÃO RIBEIRO DOS SANTOS e sua esposa, Sr.a HILDA MARIA DOS
SANTOS, brasileiros, ele eletricista, portador do título eleitoral n.° 4.430 da 22a zona
eleitoral, deste Município, ela do lar, portadora do título eleitoral n.0 9898, do
Município de Prudentópolis - PR, residentes e domiciliados na Cidade de
Prudentópolis, na rua Pernambuco, n.° 162, pelo preço e quantia certa de R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), não havendo condições, visto que
foram cumpridas todas as exigências da cláusula quinta da escritura, objeto do
presente registro, e o imóvel encontra-se cadastrado no INCRA sob n.°
114022010073/1 - exercício - 1980, pago no Banco Brasileiro de Descontos S/A,
agência desta Cidade, em 26 MAI 21, conforme autenticação mecânica no recibo -
Certificado de Cadastro, apresentado para as devidas anotações. O REFERIDO É
VERDADE E DOU FÉ. GUARAPUAVA (PR), 01 de junho de 2021. O OFICIAL DO
REGISTRO:

R.2-2.804, DE 11 de Novembro de 2021.

HIPOTECA CEDULAR DE PRIMEIRO GRAU – Nos termos do Aditivo de Re-


Ratificação, datado de 28-10-2021, firmado pela financiada Samanta Klaus, e, o
financiador Banco do Brasil S/A., o imóvel constante na matrícula e registro supra,
foi oferecido e dado em garantia à Cédula Hipotecária no valor de R$ 75.000.
EMITIDA EM 28-10-2021, com vencimento para 20-07-2029, garantida pela
hipoteca registrada sob n° R-02/2.087, Fls 87 deste livro. O REFERIDO É VERDADE E
DOU FÉ. GUARAPUAVA/PR., 11 de Novembro de 2021.
Data: 06/02/2024 - hora: 08:43
Remetente;

Nome: Maite Vasconcelos.

Endereço: Rua Cinco de Outubro, n-1588, Bairro Santa Cruz - Guarapuava/PR.

Cep: 85010-220

Destinatário:

Ouvídorta Municipal de Guarapuava • PR

Endereço eletrônico: ouvidoriamunicipa!@guaraouava.pegov.br

Atendimento presencial: Rua Brígadeíro Rocha, n' 2777 - Centro - Térreo.

Cep: 53748-230

Data; 20/01/2024

Carta para Ouvidoria Municipal de Guarapuava

Estimado/a Ouvidor/a

A presente carta diz respeito às péssimas condições das árvores localizadas na Praça Ucrânia, Bairro Santa
Cruz em Guarapuava devido a ausência de cuidados adequados para sua devida preservação visando oferecer
segurança e bem estar para nós moradores das proximidades da Praça Ucrânia, como também para
frequentadores da mesma. Através dessa carta informo a autoridade responsável a visfvel possibilidade de
queda de algumas árvores, seja de galhos secos ou até mesmo de algumas delas em sua integridade. Para
que tal situação narrada seja evitada, peço que sejam tomadas medidas necessárias de precaução, acredito
que com os devidos cuidados podemos evitar tragédias que podem afetar pessoas inocentes.

Solicito, por favor, que profissionais especializados avaliem o local e tomem as devidas medidas de
segurança urgentemente.

Agradeço e aguardo resposta.

Atentamente,

-''''l~ \o/~
Maitê Vasconcelos
Remetente:

Nome; Samanta KJau$.

Endereço; Rua Cinco de Outubro, n-1593. Bairro Santa Cruz - Guarapuava/PR.

Cep: 85015-220

Destinatário:

Ouvido ria Municipal de Guarapuava - PR

Endereço eletrônko: ouvidoriamunícipal@guarapuava.pr gov.br

Atendimento presencial: Rua Brigadeiro Rocha, n. 2777 - Centro - Terreo.

Cep: 53748-230

Data: 06/02/2024

Carta para Ouvidoria Municipal de Guarapuava

Estimado/a Ouvidor/a,

Escrevo-lhe esta carta para manifestar minha insatisfação com as condições das árvores presentes na Praça

Ucrânía, em nossa cidade. Sendo que, frequentadores da praça e também nós moradores das proximidades

nos mantemos preocupados devido aos seus grandes níveis de deterioração. Também posso afirmar de

acordo com laudo de profissional competente em engenharia (em anexo) de que existe risco de uma das

árvores acabar caindo em alguma das moradías ao redor da Praça Ucrânia.

Solicito, por favor, que avalie a situação e informe-me sobre as provldências tomadas.

Agradeço a sua atenção e espero ansiosa pela resposta.

Atentamente,

~I(~
Samanta Klaus
Processo Administrativo n º 45239.876372/2023-34

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS QUE ENTRE SI
CELEBRAM O MUNICÍPIO DE
GUARAPUAVA E O VERDEJÁ
SERVICOS AMBIENTAIS LTDA.

Pelo presente instrumento particular de contrato de Prestação de Serviços, sem vínculo


empregatício, de um lado o MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA, pessoa jurídica de direito
público interno, com sede e Prefeitura na Rua Brigadeiro Rocha, 2777, Estado do
Paraná, devidamente inscrito no CNPJ sob o nº 76.178.037/0001-76, neste ato
representado pelo Diretor de Licitações e Contratos, Sr. DIEGO VOLFF e pela
Secretária Municipal de Assistência Social, Sra. ELINITA LUIZA LODI, doravante
denominado CONTRATANTE.

E de outro lado, o VERDEJÁ SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA, pessoa jurídica de


direito privado, devidamente inscrito no CNPJ/MF sob o nº 83.120.047/0001-26, com
sede na Rua Jorge Alves Ribeiro, nº 112, Conradinho, no município de Guarapuava,
Estado do Paraná, CEP: 85055-043, telefone (42) 3012-8912, email:
verdeja@servicosambientais.org.br ou parceiro@verdeja.org.br , neste ato
representado pelo Sr. LUIS RENATO VILELA, devidamente inscrito no CPF/MF sob o
nº 623.234.678-23, doravante denominado CONTRATADO.

As partes firmam o presente Contrato, tendo em vista o que consta no Processo nº


45239.876372/2023-34 e em observância às disposições da Lei n° 14.133 de 1° de
abril de 2021, e demais legislação aplicável, resolvem celebrar o presente Termo de
Contrato, decorrente do Pregão Eletrônico n. 023/2023, mediante as cláusulas e
condições a seguir enunciadas.

1. CLÁUSULA PRIMEIRA: DO OBJETO (art 92, I e II)

1.1. O objeto do presente instrumento é a contratação da pessoa jurídica


especializada em serviços de manutenção de áreas verdes e a realização de avaliações
periódicas das condições fitossanitárias das árvores, com exclusiva dedicação de mão
de obra, para atender e dar assistência a toda arborização das praças no município de
Guarapuava.

1.2. Objeto da contratação:

ITEM ESPECIFICAÇÃO CATSER VALOR VALOR


UNITÁRIO TOTAL

1 Prestação de R$ 99.000,00

Página 1
serviços:manutenções
de àreas verdes,
incluindo a poda e
remoção de árvores
quando necessário, e
a efetivação de
avaliações periódicas
das condições
fitossanitárias das
árvores.

1.3 O Edital da Licitação;

1.4 A Proposta do contratado;

1.5 Eventuais anexos dos documentos supracitados;


2. CLÁUSULA SEGUNDA: VIGÊNCIA E PROROGAÇÃO
2.1. Prazo de vigência da contratação é de até 12 (doze) meses, com inicio dia 20/12/23
e termino em 20/12/24, prorrogável por interesse das partes até o limite da lei
14.133/2021.
2.2. A prorrogação de que trata este item deverá ser promovida mediante termo aditivo.
3. CLÁUSULA TERCEIRA: DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

3.1. Deverá zelar por todas áreas verdes, situadas nas praças públicas no município
de Guarapuava.

4. CLÁUSULA QUARTA: SUBCONTRATAÇÃO


4.1. Não será admitida a subcontratação do objeto contratual.
5. CLÁUSULA QUINTA: DO PREÇO

5.1. Em retribuição pelos serviços prestados, a CONTRATANTE pagará à


CONTRATADO a quantia total de R$ 99.000,00 (noventa e nove mil reais), dividido
mensalmente em doze parcelas no valor de R$ 8.250,00 (oito mil duzentos e
cinquenta reais), a seguir as respectivas condições:

5.2 . No valor acima estão incluídas todas as despesas ordinárias diretas e indiretas
decorrentes da execução do objeto, inclusive tributos e/ou impostos, encargos sociais,
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais incidentes, taxa de administração,
frete, seguro e outros necessários ao cumprimento integral do objeto da contratação.

6. CLÁUSULA SEXTA: DO PAGAMENTO

Página 2
6.1 Deverá o pagamento acordado neste instrumento ser efetuado por meio de boleto
bancário favorecendo o CONTRATADO ou para terceiro previamente especificado por
ela.

6.2 Em relação ao prazo para o pagamento deverá ser efetuado até o 5º dia útil do mês
subsequente ao vencimento, sendo divididos em 12 (doze) parcelas de R$8250,00.

7. CLÁUSULA SÉTIMA: DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADO

7.1. Sem prejuízo de outras disposições deste contrato, constituem obrigações da


CONTRATADO:

7.2. cumprir integralmente todos as especificações e atividades estipuladas no


presente contrato e em todos os documentos que fazem parte integrante do mesmo;

7.3. realizar a manutenção preventiva de áreas verdes, tentando minimizar as perdas


de árvores, além de impedir casos de acidentes provocados pelas quedas de galhos e
tronco;

7.4. fazer avaliações periódicas das condições fitossanitárias das árvores, em caso de
riscos de acidente realizar a remoção da árvore;

7.5. executar os serviços contratados utilizando a melhor técnica e aplicabilidade,


visando sempre atingir o melhor resultado, sob sua exclusiva responsabilidade, sendo-
lhe vedada a transferência dos mesmos a terceiros, sem prévia e expressa
concordância da CONTRATANTE.

7.6. Alocar os empregados necessários ao perfeito cumprimento das cláusulas deste


contrato, com habilitação e conhecimento adequados, fornecendo os materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios demandados, cuja quantidade, qualidade e
tecnologia deverão atender às recomendações de boa técnica e a legislação de
regência;

7.7. Prestar todo esclarecimento ou informação solicitada pelo Contratante ou por


seus prepostos, garantindo-lhes o acesso, a qualquer tempo, ao local dos trabalhos,
bem como aos documentos relativos à execução do empreendimento.

7.8. Paralisar, por determinação do Contratante, qualquer atividade que não esteja
sendo executada de acordo com a boa técnica ou que ponha em risco a segurança de
pessoas ou bens de terceiros.

7.9 Atender às determinações regulares emitidas pelo fiscal do contrato ou autoridade


superior (art. 137, II);

7.10. Cumprir, durante todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos


prevista em lei para pessoa com deficiência, para reabilitado da Previdência Social ou
para aprendiz, bem como as reservas de cargos previstas na legislação (art. 116);

Página 3
7.11. Promover a guarda, manutenção e vigilância de materiais, ferramentas, e tudo o
que for necessário à execução do objeto, durante a vigência do contrato.

7.12. Realizar a prestação de serviços dentro do prazo estipulado, garantindo a


perfeita satisfação da obrigação.
8. CLÁUSULA OITAVA: DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE

8.1. Sem prejuízo de outras disposições deste contrato, constituem obrigações


da CONTRATANTE:

8.2. Exigir o cumprimento de todas as obrigações assumidas pelo Contratado, de


acordo com o contrato e seus anexos;

8.3. Notificar o Contratado, por escrito, sobre vícios, defeitos ou incorreções


verificadas no objeto fornecido, para que seja por ele substituído, reparado ou corrigido,
no total ou em parte, às suas expensas;

8.4. Acompanhar e fiscalizar a execução do contrato e o cumprimento das obrigações


pelo Contratado;

8.5. Efetuar o pagamento ao Contratado do valor correspondente à execução do


objeto, no prazo, forma e condições estabelecidos no presente Contrato;

8.6. A Administração não responderá por quaisquer compromissos assumidos pelo


Contratado com terceiros, ainda que vinculados à execução do contrato, bem como
por qualquer dano causado a terceiros em decorrência de ato do Contratado, de seus
empregados, prepostos ou subordinados

9. CLÁUSULA NONA: DA OBRIGAÇÕES PERTINENTES À LGPD

9.1. As partes deverão cumprir a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (LGPD),


quanto a todos os dados pessoais a que tenham acesso em razão do certame ou do
contrato administrativo que eventualmente venha a ser firmado, a partir da
apresentação da proposta no procedimento de contratação, independentemente de
declaração ou de aceitação expressa.

9.2. Os dados obtidos somente poderão ser utilizados para as finalidades que
justificaram seu acesso e de acordo com a boa-fé e com os princípios do art. 6º da
LGPD.

Página 4
10. CLÁUSULA DÉCIMA - DO REAJUSTE (art 92,V)
10.1. Os preços inicialmente contratados são fixos e irreajustáveis no prazo de um ano
contado da data de assinatura do Contrato.
10.2. Após o interregno de um ano, e independentemente de pedido do contratado, os
preços iniciais serão reajustados, mediante a aplicação, pelo contratante, do índice
INPC (IGBE), exclusivamente para as obrigações iniciadas e concluídas após a
ocorrência da anualidade.
10.3. Nos reajustes subsequentes ao primeiro, o interregno mínimo de um ano será
contado a partir dos efeitos financeiros do último reajuste.
10.4. No caso de atraso ou não divulgação do(s) índice(s) de reajustamento, o
contratante pagará ao contratado a importância calculada pela última variação
conhecida, liquidando a diferença correspondente tão logo seja(m) divulgado(s) o(s)
índice(s) definitivo(s).
10.5. Nas aferições finais, o(s) índice(s) utilizado(s) para reajuste será(ão),
obrigatoriamente, o(s) definitivo(s).
10.6. Caso o(s) índice(s) estabelecido(s) para reajustamento venha(m) a ser extinto(s)
ou de qualquer forma não possa(m) mais ser utilizado(s), será(ão) adotado(s), em
substituição, o(s) que vier(em) a ser determinado(s) pela legislação então em vigor.
10.7. Na ausência de previsão legal quanto ao índice substituto, as partes elegerão
novo índice oficial, para reajustamento do preço do valor remanescente, por meio de
termo aditivo.
11. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

11.1. Comete infração administrativa, nos termos da Lei nº 14.133, de 2021, o


contratado que:

a) der causa à inexecução parcial do contrato;

b) der causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração
ou ao funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo;

c) der causa à inexecução total do contrato;

d) ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da contratação sem


motivo justificado;

e) apresentar documentação falsa ou prestar declaração falsa durante a execução do


contrato;

f) praticar ato fraudulento na execução do contrato;

g) comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza;

h) praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.


Página 5
Serão aplicadas ao contratado que incorrer nas infrações acima descritas as seguintes
sanções: i) Advertência, quando o contratado der causa à inexecução parcial do
contrato, sempre que não se justificar a imposição de penalidade mais grave (art. 156,
§2º, da Lei nº 14.133, de 2021);
i) Impedimento de licitar e contratar, quando praticadas as condutas descritas nas
alíneas “b”, “c” e “d” do subitem acima deste Contrato, sempre que não se justificar a
imposição de penalidade mais grave (art. 156, § 4º, da Lei nº 14.133, de 2021);
iii) Declaração de inidoneidade para licitar e contratar, quando praticadas as
condutas descritas nas alíneas “e”, “f”, “g” e “h” do subitem acima deste Contrato, bem
como nas alíneas “b”, “c” e “d”, que justifiquem a imposição de penalidade mais grave
(art. 156, §5º, da Lei nº 14.133, de 2021).
iv) Multa: (1) moratória de 30% (trinta por cento) por dia de atraso injustificado sobre o
valor da parcela inadimplida, até o limite de 10 (dez) dias;
(2) compensatória de 30% (trinta por cento) sobre o valor total do contrato, no caso de
inexecução total do objeto;

12. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: DOS CASOS OMISSOS

Os casos omissos serão decididos pelo contratante, segundo as disposições contidas


na Lei nº 14.133, de 2021, e demais normas federais aplicáveis e, subsidiariamente,
segundo as disposições contidas na Lei nº 8.078, de 1990 – Código de Defesa do
Consumidor – e normas e princípios gerais dos contratos.

13. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA: PUBLICAÇÃO


Incumbirá ao contratante divulgar o presente instrumento no Portal Nacional de
Contratações Públicas (PNCP), na forma prevista no art. 94 da Lei 14.133, de 2021,
bem como no respectivo sítio oficial na Internet, em atenção ao art. 8º, §2º, da Lei n.
12.527, de 2011, c/c art. 7º, §3º, inciso V, do Decreto n. 7.724, de 2012.
14. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA: DA EXTINÇÃO CONTRATUAL (Art 92, XIX)

14.1. O contrato se extingue quando vencido o prazo nele estipulado,


independentemente de terem sido cumpridas ou não as obrigações de ambas as partes
contraentes.

14.2. O contrato pode ser extinto antes do prazo nele fixado, sem ônus para o
contratante, quando esta não dispuser de créditos orçamentários para sua continuidade
ou quando entender que o contrato não mais lhe oferece vantagem.

14.3. A extinção nesta hipótese ocorrerá na próxima data de aniversário do contrato,


desde que haja a notificação do contratado pelo contratante nesse sentido com pelo
menos 2 (dois) meses de antecedência desse dia.

14.4. Caso a notificação da não-continuidade do contrato de que trata este subitem


ocorra com menos de 2 (dois) meses da data de aniversário, a extinção contratual
ocorrerá após 2 (dois) meses da data da comunicação.

Página 6
14.5. O contrato pode ser extinto antes de cumpridas as obrigações nele estipuladas,
ou antes do prazo nele fixado, por algum dos motivos previstos no artigo 137 da Lei nº
14.133/21, bem como amigavelmente, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

14.5.1. Nesta hipótese, aplicam-se também os artigos 138 e 139 da mesma Lei.

14.5.2. A alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa


não ensejará a rescisão se não restringir sua capacidade de concluir o contrato.

14.5.2.1. Se a operação implicar mudança da pessoa jurídica contratada, deverá ser


formalizado termo aditivo para alteração subjetiva.

14.6. O termo de rescisão, sempre que possível, será precedido:

14.6.1. Balanço dos eventos contratuais já cumpridos ou parcialmente cumpridos;

14.6.2. Relação dos pagamentos já efetuados e ainda devidos;

14.6.3. Indenizações e multas

1 45. CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA: DO FORO

Fica eleito o foro da Comarca de Guarapuava – Paraná, como único e competente para
dirimir eventuais dúvidas oriundas deste instrumento, com exclusão de quaisquer
outros, por mais privilegiados que sejam com o que concordam expressamente as
partes contratantes. E, por assim estarem justos e contratado firmam o presente
instrumento em 03 (três) vias de igual teor e forma, para um mesmo fim, perante as
testemunhas abaixo, que também as subscrevem.

Assinado de forma digital por LUIS


LUIS RENATO RENATO
VILELA: 62323467823
VILELA:62323467823

VERDEJÁ SERVIÇOS AMBIENTAIS


LTDA
Contratada
LUIS RENATO VILELA
Representante legal.

NOME:
346.245.678-89 RG/CPF: 132.546.879-45

Guarapuava, 19 Dezembro de 2023

Página 7
CS ENGENHARIA AMBIENTAL
CNPJ: 00.140.396/0001-00
Av. Manoel Ribas, 1698, Centro - Guarapuava/PR
Telefone: (42) 3623-7056

CLIENTE: SAMANTA KLAUS

ENGENHEIRA RESPONSÁVEL: CAMILLA SEVERO

REGISTRO CREA: 21.7479/PR

EMPRESA: CS ENGENHARIA AMBIENTAL

LAUDO TÉCNICO:

O presente Laudo Técnico, tem como objetivo a avaliação do risco de queda de uma das
árvores presentes na Praça da Ucrânia, em Guarapuava/Pr, que foi solicitado por Samanta
Klaus, residente na Rua Cinco de Outubro, Nº 1593, casa 22, em frente a praça.
A praça da Ucrânia está localizada no Bairro Santa Cruz, em Guarapuava. A praça
possui intenso tráfego de transeuntes que aproveitam o local para descanso sob a sombra das
árvores que compõem o espaço. Além disso, a presença de várias casas ao redor da praça, as
quais estão em risco pela presença da árvore que pode cair a qualquer momento.

CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE:

Handroanthus albus (Cham.) (Ipê-Amarelo)


Família: Bignoniaceae
Categoria: Árvores/Ornamentais
Clima: Subtropical, tropical
Origem: América do Sul
Altura: 20 a 30 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

O ipê-amarelo é uma árvore decídua de grande porte que pode alcançar 30 metros de
altura e de 40-60 cm de diâmetro. É uma espécie heliófita pertencente ao grupo das espécies
secundárias iniciais. Possui copa globosa e flores melíferas vistosas e amarelas que quando
maduras podem ser utilizadas para alimentação humana. Seu florescimento ocorre de
julho-setembro e a maturação de seus frutos de outubro a novembro. A madeira desta espécie
é dura, pesada e apresenta alta durabilidade natural. Sua madeira pode ser empregada na
construção civil e marcenaria.

É comumente utilizada em arborização urbana, proporcionando um belo espetáculo


durante o período de sua floração. Quando utilizada para arborização urbana devem ser
realizadas podas de condução ao longo de seu desenvolvimento. Também é recomendada
sua utilização em recuperação de matas ciliares. Entre as principais pragas associadas a
espécies estão os Coleópteros da espécie Cydianerus bohemani.

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA ÁRVORE:

Foram analisados os aspectos da copa, tronco e base do tronco, sendo identificado que
a árvore apresenta um grau de risco elevado, podendo ocorrer a queda a qualquer momento,
colocando em risco as moradias ao redor. Tendo em vista que a árvore com danos tem em
média 20 metros de altura e 60 cm de diâmetro.
Desta maneira recomenda - se a retirada urgente da árvore do local, pois se trata de uma
árvore de grande porte, com condições precárias e risco de queda.

Segue em anexo, laudo fotográfico:


Diante do exposto, declaro ser verdade todas as informações.

Guarapuava, 05 de fevereiro de 2024.

Camilla Severo
________________________
Eng. Camilla Severo
Psicólog Keil Fernande Santan d Silv - CRP 08/29205

Laudo Psicológico

Nome completo: Samanta Klaus


CPF:123.456.789-01
RG:10.643.906-4
Data de Nascimento: 10/03/1995
Estado civil: solteira
Profissão/ocupação: recepcionista
Endereço: rua Cinco de Outubro, nº 1593, casa nº 22,CEP 85015-220, bairro Santa Cruz,
Guarapuava, Paraná

Nome do solicitante: Samanta Klaus

Finalidade: comprovar judicialmente que a paciente faz tratamento psicológico devido a


uma perda recente.

Elaboração: Keila Fernandes Santana da Silva Inscrição no CRP:08/29205

Descrição da demanda

O presente laudo psicológico atendeu ao pleito da solicitante para a inclusão do


documento em uma petição processual. Samanta deu início ao tratamento psicológico em
razão de um possível quadro de depressão.
A paciente apresenta frequentemente baixo ou pouco interesse pelas coisas que já
realizava em sua vida cotidiana e até por aquilo que lhe dava prazer, seus relacionamentos
afetivos se tornaram desinteressantes, de forma que a mesma passou a se manter mais
isolada, calada mesmo quando estava acompanhada e apresentando-se sempre triste e
chorosa. Tais comportamentos começaram a se apresentar após a perda de sua gata de
estimação, Suzy.

Procedimento

A paciente iniciou o processo de psicoterapia onde foram realizadas 06 (seis)


sessões - dois encontros por semana - com duração de 50 minutos cada. Nestes
encontros foram realizadas, além da entrevista inicial (anamnese), observações e
entrevistas livres, além da aplicação de testes psicológicos.

Análise

Ru Arlind Ribeir , º1236, Centr . Telefon : 42 999887766 Página


Psicólog Keil Fernande Santan d Silv - CRP 08/29205

Nas primeiras sessões de psicoterapia, a paciente mostrou-se bastante chorosa e


verbalizando frequente sentimento de culpa pela perda de sua gata. Conforme as sessões
foram acontecendo e, de acordo com as observações clínicas e avaliações, ficaram
evidentes os sinais de desesperança, perda de interesse ou prazer nas atividades,
solidão, tédio, perda de apetite, fadiga, sono bastante agitado, perda de peso, irritabilidade,
lentidão e isolamento após a perda de seu animal de estimação.
Após o período de adaptação, comprometimento emocional e estabelecimento de
vínculo terapêutico procedeu-se a aplicação do instrumento BDI (Inventário de Depressão
de Beck), por meio do qual foi medida a intensidade da depressão de Samanta, sendo
constatado um quadro de depressão moderada, a qual exige acompanhamento e
tratamento, bem como o fortalecimento da rede de apoio da paciente.

Conclusão

Através dos dados analisados no psicodiagnóstico, por meio das informações


coletadas durante as sessões, sendo observado um quadro depressivo e, visto a natureza
dos sintomas, bem como a frequência e intensidade dos mesmos, a paciente foi orientada
a dar continuidade no processo psicoterapêutico e encaminhada para acompanhamento
psiquiátrico.

Guarapuava, 28 de fevereiro de 2024.

______________________________________
Psicóloga (o)

Ru Arlind Ribeir , º1236, Centr . Telefon : 42 999887766 Página


ORÇAMENTO DAS DESPESAS

Considerando os fatos apresentados pela parte autora na Petição Inicial, apresenta-se um


orçamento das despesas e valores dos bens que a requerida sofreu danos. Dessarte, a
autora realizou uma pesquisa minuciosa para expor valores e produtos que assemelham-se
com os que já possuía, vale ressaltar que a mesma optou pelo orçamento que melhor se
adequava em sua realidade financeira.

Difusor

Americanas R$92,25

Casas Bahia R$220,22

Magazine R$70,67
Luiza

Conserto R$70,00

TV Smart 50 Polegadas

Americanas R$2.551,00

Casas Bahia R$2.326,55

Magazine R$2.199,90
Luiza

Conserto R$1500,00
Sofá

Colchões R$3.329,00
Ortobom

Casas Bahia R$3.325,59

Lojas R$3.599,90
Colombo

Conserto R$2.700,00

Frigobar

Casas Bahia R$899,00


Frigelar R$868,99

Magazine R$84,37
Luiza

Conserto R$500,00

Estante de Livros

Americanas R$424,56

Casas Bahia R$409,90

Magazine R$611,99
Luiza

Conserto R$300,00
Muro, cobertura, janelas, parede frontal da sala de estar

Orçamento 1 R$
43.600,30

Orçamento 2 R$
47.315,00

Orçamento 3 R$
45.963,28

Orçamento 4 R$
42.810,12
PETS – CLÍNICA VETERINÁRIA
R. Prof. Becker, 3143 - Santa Cruz, Guarapuava - PR, 85015-230
CNPJ: 21.321.005/0001-56
ANA LÚCIA SILVA – CRMV: 000.002

ATESTADO DE ÓBITO

IDENTIFICAÇÃO DO ANIMAL:
Atesto para os devidos fins que o animal de nome SUZY, espécie FELINA, raça ANGORÁ,
FÊMEA, pelagem BRANCA, idade 08 anos. Veio a óbito na localidade da Rua Cinco de
Outubro N° 1593 – Casa 22- Santa Cruz, Guarapuava/PR. Entre as 16:00/16:05 horas do
dia 11/02/2024. Sendo a causa mortis TRAUMA POR ESMAGAMENTO.

OUTRAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE A CAUSA MORTIS:


O animal sofreu hemorragia interna e fraturas múltiplas nos membros inferiores devido ao
trauma causado pela queda de uma árvore sobre ela.

IDENTIFICAÇÃO DO TUTOR:
Tutora responsável: Samanta Klaus
RG: 10.643.906-4 CPF: 123.456.789-01
Endereço completo: Rua Cinco De Outubro N° 1593 – Casa 22- Santa Cruz.

Ana
X Lúcia Silva - 000.002
Médico Veterinário responsável e CRMV
GUARAPUAVA – PR 2024
09/02 10/02 11/02 12/02 13/02 14/02 15/02

40 km/h 55 km/h 30 km/h 30km/h 28 km/h 35 km/h

120 mm 200 mm 95 mm 95 mm 56 mm 10 mm
GUARAPUAVA – PR 2023
10/02 11/02 12/02 13/02 14/02 15/02 16/02

40 km/h 35 km/h 40km/h 25 km/h 31km/h 28 km/h 37 km/h

92 mm 100 mm 111 mm 48 mm 52 mm 40 mm 15 mm
GUARAPUAVA – PR 2022
11/02 12/02 13/02 14/02 15/02 16/02 17/02

48km/h 26 km/h 25km/h 20 km/h 22km/h 26 km/h 29 km/h

0,9 mm 25 mm 20 mm 28 mm 21 mm 15 mm 13 mm
GUARAPUAVA – PR 2021
05/02 06/02 07/02 08/02 09/02 10/02 11/02

30km/h 15 km/h 34km/h 40 km/h 42km/h 31 km/h 29 km/h

12 mm 0 mm 20 mm 10 mm 0,9 mm 13 mm 14 mm
GUARAPUAVA – PR 2020
07/02 08/02 09/02 10/02 11/02 12/02 13/02

12km/h 12 km/h 30km/h 22 km/h 42km/h 33km/h 30 km/h

0mm 0 mm 22 mm 11 mm 12mm 13 mm 12 mm
FEVEREIRO DE 2020

Imagem do dia 11/02/2020, fortes chuvas deixam estrago em bairro localizado no município de
Guarapuava. Foto de Daniel Cruz.
FEVEREIRO DE 2021

Chuvas em Guarapuava levam à queda de árvores. Imagem do dia 09/02/2021 - Carla Santos
FEVEREIRO DE 2022

Casas inundadas pela chuva em Guarapuava. Imagem de 17/02/22. Foto de Eduarda Sousa.
FEVEREIRO DE 2023

Estragos deixados pela chuva em Guarapuava. 10/02/23 – foto de Cristina Goes.


FEVEREIRO DE 2024

Tempestade em Guarapuava deixa danos em residência em razão


de queda de árvore. 11/02/24. Foto de Samanta Klaus.

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