O documento discute a importância da definição de preços para as empresas e apresenta três processos distintos para a formação de preços: 1) Pelo custo, 2) Pela concorrência e 3) Pelo valor percebido pelo consumidor. O autor argumenta que embora o custo e a concorrência sejam fatores importantes, o valor percebido pelo consumidor deve ser o fator principal na definição de preços, identificando os atributos que os consumidores realmente valorizam.
O documento discute a importância da definição de preços para as empresas e apresenta três processos distintos para a formação de preços: 1) Pelo custo, 2) Pela concorrência e 3) Pelo valor percebido pelo consumidor. O autor argumenta que embora o custo e a concorrência sejam fatores importantes, o valor percebido pelo consumidor deve ser o fator principal na definição de preços, identificando os atributos que os consumidores realmente valorizam.
O documento discute a importância da definição de preços para as empresas e apresenta três processos distintos para a formação de preços: 1) Pelo custo, 2) Pela concorrência e 3) Pelo valor percebido pelo consumidor. O autor argumenta que embora o custo e a concorrência sejam fatores importantes, o valor percebido pelo consumidor deve ser o fator principal na definição de preços, identificando os atributos que os consumidores realmente valorizam.
Esse assunto é fundamental para qualquer empresa, o preço é importante para um botequim, assim como é importante para o Carrefour ou Extra, é importante pra mim que trabalho prestando serviço. Então o preço está presente em tudo, como se forma esse preço? Como definir uma política de preços bem elaborada? É basicamente essa a ideia da nossa conversa de hoje. (Slide 1) E eu vou começar com os critérios essenciais na formação de preços, quais são os objetivos da empresa? Não há empresa que não deseje rentabilizar seu capital, não há empresa ou acionista que não deseje remunerar o seu esforço financeiro ou seu esforço produtivo, por isso ouvimos tanto termos como rentabilidade sobre o patrimônio, rentabilidade sobre o capital empregado. O preço é fundamental para rentabilizar o capital, por que se nós pensarmos em demonstração de resultados de uma empresa, receita bruta nasce do preço e tudo vem da receita; receita – custos - despesas – impostos = lucro, então, a primeira linha de um demonstrativo de resultados de uma empresa é a receita é a função do preço. Estabelecer o preço corretamente é condição indispensável para que esse resultado seja alcançado, eu costumo pensar da seguinte maneira, o preço parte do objetivo do acionista em relação ao resultado desejado, o preço não nasce do custo, o preço de tal objeto, não nasce do seu custo, deveria ter nascido do objetivo do acionista em relação a remuneração do seu capital lá final do exercício do período de analise desejado. Não é um processo tão simples, porque se o preço fosse formado exclusivamente pelo custo, bastaria computar um custo de 100 e multiplicar por 2 e chegar a 200. Seria muito simplista, o preço é um pouco mais complexo, parte basicamente do desejo de remuneração do capital. Preço é um componente importante para as empresas obterem suas participações de mercado, maximizar também a sua participação de mercado. Seja multinacional ou nacional, toda empresa tem verdadeira obsessão em ganhar mercado, há uma preocupação no setor de vendas, por exemplo, em se fazer avaliações através do volume, volume de vendas, faturamento da zona de vendas, faturamento da área, faturamento da filial. É importante? Claro que é importante, é um grande instrumento de mensuração de resultado, é uma métrica fundamental, o volume, a participação de mercado. Mas ganhar mercado via preço não necessariamente indica um rumo lucrativo para a empresa, rumo lucrativo tem que estar associado a participação e não necessariamente obter a participação por si própria, a participação de mercado por si própria não leva a lugar nenhum. Existem diversos exemplos de empresas que buscaram participações, sem um envolvimento mais claro, com objetivos de lucratividade ou de rentabilidade, até mesmo do corpo de vendas acabam não chegando a lugar nenhum. Estabelecer preço passa também por uma lógica de mercado, mas essa lógica de mercado tem que estar acompanhada de resultado. Maximizar a capacidade produtiva. Não adianta nada nós termos um restaurante com capacidade para 50 pessoas, e ele viver vazio, não adianta nada também nos termos esse mesmo restaurante sempre cheio, mas sem resultado. O empreendedor, o gestor de preços, o gestor de uma empresa, tem que definir uma política de preços, tal que maximize a ocupação, que maximize o capital empregado e a capacidade produtiva, seria uma capacidade produtiva numa lógica lucrativa, não basta encher o nosso espaço, não basta ocupa-lo, ele tem que ser ocupado da maneira mais lucrativa possível para rentabilizar o capital. (Slide 2) Preços são definidos por três processos distintos, essa é uma parte muito interessante do preço, a totalidade das empresas formam os preços por custo ou pela concorrência, o que é formar o preço pelo custo? Eu tenho um produto, por exemplo eu comprei esta camisa, ou eu tenho um serviço já pré-determinado, pré-estabelecido, esse produto ou esse serviço tem um custo, custo apurado e forma correta ou incorreta, que seria uma conversa para outro dia, pois é outra maneira de abordar o tema, custo é custo, preço é preço, mas eu tenho custo para produzir o produto, para distribuí-lo e assim por diante. Esse custo leva a um preço, então eu comprei essa camisa por 80, vou vende-la por 160, o que formou o preço? O custo, eu levo esse preço para o consumidor, mas ele não quer comprar essa camisa a 160, ele só enxerga 56 ou 72, mas ele não enxerga 160 e aquela camisa vai ficar eternamente parada na gondola ou no mostruário. Isso vale para qualquer tipo de atividade, eu usei o exemplo da camisa mas vale pro restaurante, vale para uma grande organização, vale para um boteco, vale para o que for. O consumidor foi ouvido na última fase do processo, ele não necessariamente estaria disposto a pagar os 160 reais que eu propus a ele em função do custo, nesse momento quando eu estabeleci o preço dessa forma, o custo foi o atributo que levou ao preço, e eu esqueci um monte de variáveis que são fundamentais para a definição desse valor. A concorrência também pode ser um fator de influência para a formação de preços, o meu preço é 100 o seu é 100, o preço dele é 80 o meu é 81, quem formou meu preço? O outro, mas se ele investiu mais do que eu? Ou se ele investiu menos do que eu? Se ele tem um produto mais valorizado que o meu? Ou menos valorizado que o meu? E se ele tem um custo fixo diferente do meu? Se ele tem uma estrutura operacional completamente diversa da minha? E se nossas expectativas de rentabilidade são diferentes? não importa quem formou o preço? O outro. Evidentemente quando eu formo o preço a partir do outro eu deixo de considerar uma série de variáveis intrínsecas a minha valorização, ao que eu entrego efetivamente ao consumidor ou ao que eu proponho entregar a esse consumidor. É obvio que a concorrência é importante, eu não seria ingênuo, ou até mesmo maluco de dizer que a concorrência não é importante, mas não pode ser o fator fundamental, a não ser que você e eu vendamos feijão, se eu vendo feijão quem forma o preço é a concorrência, se eu vendo soja que forma o preço é o mercado, mas em todas as demais áreas quem forma o preço é a empresa, ah mas eu vendo computadores lá no shopping, quem forma o preço? Sou eu, eu vendedor de computador, por que eu posso atender melhor ou pior, por que eu posso entregar imediato, eu posso parcelar em 500 vezes sem juros, eu sou um extraordinário instalador de computadores e posso ir na sua casa instalar o computador, eu estou mostrando que a concorrência é um ponto importante, mas não é o único elemento definidor da política de preços de uma empresa. Algumas empresas também formam seu preço através do valor percebido pelo consumidor, essas empresas geralmente são de pequena expressão no mercado, identificam no consumidor variáveis as quais ele valoriza, um bom exemplo, que é interessante, o exemplo é um pouco mórbido mas relevante para esse modelo. A jornalista Júlia Lewgoy, acho que esse é nome dela, da revista exame fez um artigo para revista, onde ela conta que ela passava na Avenida Brasil, em São Paulo, uma área nobre com casarões dos barões do café, hoje em dia com menos, e se deparou com um escritório suntuoso, era o escritório do cemitério do Morumbi, e ela resolveu entrar e perguntar qual era o valo de uma sepultura, de um jazigo, naquele cemitério, e a resposta da gerente que administrava essa parte de vendas do cemitério foi depende; se você quiser uma cova num local não muito nobre, vocês vão entender o que é o nobre, R$11.000,00. No entanto, se você quiser ficar próximo, isso foi dito em termos literais na matéria, do jazigo do Ayrton Senna, R$25.000, 00. O que quer dizer isso? Quer dizer que as pessoas valorizam a proximidade eterna de um ídolo ou de um ícone do país. Se há valor percebido em um jazigo há valor percebido em tudo. Se a gente tem uma discrepância de preços dessas, entre 11.000,00 e 25.000, 00 e a gente compra, então, a gente compra tudo na vida percebendo valor, identificando valor e poucas empresas como eu já comentei se atentaram para esse detalhe. Estabelecer o preço de acordo com a percepção de valor do consumidor, o que é isso? Você vai até ele, o processo é mais caro, é mais doloroso e é mais difícil, não pergunta a ele quanto ele quer pagar, quer pagar quanto? evidentemente que essa pergunta é importante numa propaganda, dá uma demonstração que a empresa é do consumidor, aliás o pagar quanto existe em mercados com uma certa evolução, como veremos mais pra frente, mas não exatamente como uma propaganda que teve das Casas Bahia, uma época dessas. A pergunta é essa consumidor o que você valoriza num produto? É a proximidade do Senna, 25.000,00, não é a proximidade do Ayrton Senna, 11.000,00. Aqui o preço um é atributo, antes o preço era o atributo, função do custo, no modelo de preço a partir do custo, agora o preço é apenas um atributo, quando compramos qualquer coisa, nós compramos um conjunto de atributos, o preço exterioriza o produto, o preço é um grande elemento de exteriorização daquilo que a gente apresenta ao consumidor, apesar de importante, não é o principal atributo. Apesar de sabermos que em determinados mercados como os de commodities puras, nas bolsas de mercadorias de Chicago, de São Paulo, na feira livre, o preço venha a ser realmente o atributo, mas não estamos discutindo esse tipo de mercado. Estabeleci um preço a partir da percepção de valor, eu tenho o preço x e tenho custo y, será que x – y justificam a elaboração daquele produto? A prestação daquele serviço? Será que eu posso melhorar este custo para oferecer esse produto? Ou é impossível? o consumidor não está disposto a pagar uma valor compatível ao custo de oferecer o bem. Se eu chegar essa conclusão deque o consumidor não está disposto a comprar essa mercadoria dessa forma, talvez eu nem ofereça ao consumidor. Exemplos de atividades que atuam dessa forma, montadoras de veículos, as montadoras de veículos praticamente só formam o preço a partir da percepção de valor, utilizando pesquisas de preços pelo valor percebido, ou observando o comportamento do consumidor no mercado, algumas empresas como a Unilever, a Multibrás, a Coca Cola, a Ambev, a Net, ou seja algumas poucas empresas que estabelecem seu preço dessa forma, com preço através do valor percebido pelo consumidor, identificam o quanto o consumidor está disposto a pagar e a partir dessa pesquisa estabelece uma política de preços mais elaborada, e isso é um assunto importante a se discutir, pois, foge ao padrão, não é tão trivial, é moderno, é novo e tem poucas empresas que se enquadram nesse modelo, desse estudo todo sai um produto, que provavelmente seja vencedor. Quando a EMBRAER, lança um novo modelo de aeronave, ela traz os potenciais consumidores, que são: asiáticos, americanos, europeus e faz uma imersão dessas pessoas dentro da Embraer, durante um período essas pessoas ficam na empresa e definem o avião da forma que melhor se adequa às suas necessidades. Não adianta você oferecer a um chinês, por exemplo, você oferecer um espaço da antiga VARIG, pois esse chinês tem estatura mais baixa, e isso traria uma ociosidade de espaço. A observação da estatura média do consumidor ajuda a maximizar o espaço, esse exemplo mostra um produto definido de acordo com a percepção de quem vai adquiri-lo. Esse é um modelo novo e vitorioso. (Slide 3) Quando a gente fala de preço, não podemos esquecer também do giro, do capital de giro, eu sempre reitero para os meus alunos inúmeras vezes essa questão, para entender melhor esse ponto podemos usar um exemplo: Se você por exemplo quer montar uma administradora de rodovias, vou precisar de dinheiro, obviamente, e muito cacife político, mas se eu decidisse montar uma empresa de ônibus? Cairia no mesmo problema, cacife político e cacife financeiro, mas quem sabe um estacionamento no centro da cidade? Não tenho dinheiro, tá muito caro, da forma como o setor de imóveis está em João Pessoa fica inviável. Quem sabe um taxi, eu encerre minha vida profissional, compre um taxi, e seja um taxista. Sem nenhum demérito ao taxista, mas o que o taxista tem a ver com uma administradora de rodovias? Nada e tudo. Nada porque evidentemente os parâmetros são diferentes, e tudo, porque, os quatro exemplos são geradores de caixa. Conversando com o padrinho da minha esposa que é taxista no rio, ele me falou o seguinte: Gio, é assim que ele me chama, não tem atividade melhor na vida do que o taxi, ai eu falei, porque? Porque eu tenho dinheiro todo dia. É verdade ele tem dinheiro todo dia, ele talvez não tenha lucro, mas ele tem dinheiro todo dia. Ele consegue saldar seus compromissos todos os dias, talvez não consiga saldar todos, e ai vai acumulando, por que ele não tem margem suficiente porque ele tem que pagar algum dinheiro pro dono do taxi, ou pela praça que possa ser alugada, ele no final do mês não tenha um capital para entre aspas “ter lucro”. Porque ele também é uma empresa, nós funcionamos como uma empresa, ele não tem lucro talvez, mas ele tem caixa, ele tem caixa todo dia, ele é um gerador de caixa, é por isso que a questão do UBER atrai tanta gente. A administradora de rodovias é hiper-geradora de caixa. Eu não tenho nada contra, mas, eu nunca teria uma indústria de calçados, ah mas a indústria de calçados é um excelente negócio, ok mas é tomadora de caixa, indústria de calçados tem: tamanhos diferentes, cores diferentes, modelos diferentes, e o famigerado estoque, mas muito estoque mesmo, e o estoque é para atender a diversos perfis de consumidores, e se eu não tiver capital de giro suficiente para sustentar uma operação como essa, é muito provável que eu não alavanque meus negócios a longo prazo. É muito provável que eu não consiga gerar resultado. Empresa tomadora de caixa, industrias em geral são tomadoras de caixa, tem que ter margem, tem que ter resultado, margem seria a diferença entre o preço e o custo, custo variável no caso, isso é só uma pincelada, se eu sou um tomador de caixa, se eu sou uma indústria de calçados, eu tenho que ter margem, se eu não tiver margem e for tomador, tá sempre colocando dinheiro, o que é um tomador de caixa? Prazo dilatado para o consumidor, é normal dessa atividade, prazo pequeno junto ao fornecedor, é normal dessa atividade, estoque elevado, é também uma característica dessa atividade, então, se eu tenho muito estoque, se eu tenho pouco prazo junto ao meu fornecedor e dou muito prazo pro meu cliente, eu sou um tomador de caixa. Se você não tiver margem, cuidado, acende uma luz amarela e talvez a vermelha, se você é gerador de caixa, amarela e verde normalmente, se não tiver margem na geração de caixa, você consegue viver durante um período considerável ou provavelmente não morra. Então o gerador de caixa consegue sobreviver, o gerador de margem consegue crescer, o tomador de caixa se não tiver margem não cresce e provavelmente morre mais precocemente. Há uma relação intima entre giro e margem, são siameses, podemos dizer. (Slide 4) Existem novas modalidades de preço, a internet muda tudo, existe um site nos estados unidos chamado de priceline.com, para quem quiser ver depois, não existe um serviço como esse no Brasil ainda, digo tão completo como esse, isso está aparecendo aqui talvez agora. No priceline você define quanto você quer pagar, eu quero viajar de St. Louis para Dallas e digo o seguinte para o priceline, eu quero pagar 50 dólares pela passagem, e o site vai consultar todos os bancos de dados de todas as companhias aéreas do país, se alguma delas tiver acento ocioso ela te oferece a oportunidade de viajar a 50 dólares, talvez não no voo dos seus sonhos, talvez num voo que demore mais horas que o um normal e te coloque num aeroporto que você não gostaria, mas você estará no seu destino a 50 dólares. Esse é um modelo de preço completamente inovador, eu quero pagar 50 dólares por que eu reconheço nessa atividade, nesse percurso esse valor percebido, se houver alguém que queira me disponibilizar ok, então a internet veio para mudar o modelo de grande parte dos negócios, e principalmente o modelo de preços. A adaptação a internet por parte das empresas ainda está se fazendo, esta adaptação do setor real para o virtual ainda não está completamente configurada. Existem inúmeras oportunidades. Como exemplo disso temos o preço zero, ele é basicamente derivado da internet, foi pensado lá, Um exemplo bom para visualizarmos esse processo foi o caso da banda britânica Radiohead, eles venderam o seu álbum In Rainbows pela internet, onde você pagava o que quisesse ou o que achava justo, inclusive 0 libras. E foi o maior sucesso da banda, inclusive em termos de valor, a remuneração toda foi da banda, eles tinham terminado o contrato com a EMI, e não fez parte desse processo, então toda a remuneração foi para eles e o número de shows que eles fizeram logo após esse lançamento foi extraordinariamente superior ao que eles vinham fazendo até o momento. E hoje as bandas não se importam em colocar suas músicas de graça na internet, eles usam isso até como forma de atrair um público para os seus shows que são muito lucrativos. A vendo zero foi possível, por que o custo desse serviço foi zero, quanto custa oferecer um serviço como este? Praticamente zero, custo que eu falo aqui é o incremental, custo de uma nova unidade. Quanto custa para a banda um cliente baixar a música a música ou o vídeo? Não custa nada, então, preço zero. No entanto, eu ganho depois, eu tenho que ganhar depois. Existem casos de autores de livros, nos EUA, vendendo livro a zero, porque vão ganhar na exposição, por que podem criar um novo modelo de negócio a partir daquilo, por que podem receber uma remuneração baseada na utilização da sua obra no futuro. Isso mostra que o modelo de preços está mudando, o modelo de preço pelo custo e o modelo de preço pela concorrência está caducando, existem inúmeras novas oportunidades de precificação, estou citando aqui algumas poucas. Uma delas a discriminação de preços, se você for viajar de avião, você perceberá que todos que estão no avião viajam com passagens aéreas com valor diferente do seu, até quem está ao seu lado tem o a passagem com valor diferente. Tem gente que paga 900,00 e tem gente que não paga nada se tiver milha ou um plano de fidelidade, se a passagem for comprada com uma antecipação elevada, esta fica bem mais barata. D de 0 a 900,00, preços diferentes, vemos então uma discriminação de preços, uma oportunidade ótima para estabelecer o preço, de acordo com a real percepção de valor de quem adquiri o serviço, de acordo com o nível de ocupação. Podemos ver isso no setor de aviação, no setor de hotelaria, setor de locação de veículos, de locação de equipamentos, restaurantes, salões de beleza, todos eles tem algo incomum, evidentemente os portes são diferentes, mas todos tem um custo fixo elevado, custo estrutural elevado e um custo variável, um custo para oferecer uma nova oferecer uma novo acento, um novo quarto, um novo carro, próximo de zero, então vemos que toda vez que houver um custo fixo preponderante, e um custo incremental próximo de zero ou muito reduzido, a uma oportunidade muito grande de discriminação de preço. Aquele ativo, o avião, o carro, o hotel tem que ser maximizado, como já comentamos lá no início da nossa conversa. O ativo tem que ser maximizado, nós temos que ocupa-lo da melhor maneira possível, como eu vou ocupa-lo, através da política de preços. Tem gente que paga 900,00 e tem gente que paga 0,00 pela fidelização. É um modelo supernovo, muito interessante, basicamente voltado para prestação de serviço, é uma área que tem vários estudos hoje, e todos indicam que o caminho dos preços esteja apontando para a discriminação, principalmente no setor de serviços, e eventualmente para o de produtos. Um exemplo interessante foi a entrevista do presidente da Coca-Cola internacional à veja há um tempo atrás onde ele fala, nós Coca-Cola estamos testando no mercado americano um novo modelo de preços, a empresa tem nas vendas através das máquinas o seu grande foco de resultado, lá você vê máquina de refrigerante em tudo quanto é lugar. Ai ele fala o seguinte, nós vamos estabelecer o preço de acordo com a temperatura ambiente, se for uma temperatura em torno de 30 a 40º, o valor será digamos que 1 dólar, se a temperatura for muito baixa o refrigerante seria 0,30 centavos. Vocês devem imaginar o que aconteceu, uma semana depois ele foi demitido da Coca-Cola. Ele acabou afrontando o consumidor americano, digamos que ele mexeu com um ícone americano, você não pode criar uma situação como essa com um ícone, porque os consumidores não aceitaram essa discriminação de preços, eu estou mostrando que o modelo é incrível, estatisticamente viável, interessantíssimo, mas possui riscos. Todo modelo de preços tem riscos, toda precificação tem riscos, todo critério tem riscos, esse tem riscos também. Pague o considerado justo, esse é um tipo de modelo que tem crescido, é uma outra inovação na área de preços, encontramos muitos exemplos fora do nosso país, que evidentemente estão gradualmente sendo adaptados para cá, alguns restaurantes nos EUA, atuam dessa forma, quanto você que pagar por esse prato? É arriscado? Claro que que é, o cliente pode não achar interessante e não pagar nada, pode agir de má fé, e ai você imagina que todo mundo consuma e não pague nada, evidentemente nenhuma empresa vai a algum lugar dessa forma. Nesse caso tem que ser criado alguns critérios de dificuldades para o cliente, por exemplo, somente pessoas cadastradas no nosso restaurante podem agir assim, ou somente com reservas, o chefe sempre passa de mesa em mesa, perguntando como a pessoa se sente, e ela vai se sentir constrangida de pagar algo injusto e menos do que pagaria numa situação de preço estabelecido, e assim por diante. Quando se estabelece o preço considerado justo, sai do gestor de preços ou do empreendedor, a responsabilidade pela gestão de valor, o valor é dado pelo consumidor, é um risco? Como qualquer política de preços. A ideia aqui é tentar mudar o modelo trivial, ele vai continuar existindo, mas você pode fazer adaptações ao seu negócio. Principalmente nas atividades prestadoras de serviços, esse tipo de atividade é um grande laboratório na área de preços, atividades industriais e comerciais, possuem dificuldades, em função da elevada estrutura de custos diretos do produto. Explicando um tipo de empresa que utiliza esse novo modelo. O preço é um indicador fundamental, o preço é importante para geração de resultados, muito mal trabalhado. As áreas de preços das empresas são geralmente dedicadas a contas, pega o custo multiplica por um fator ou apura a margem chega a um valor, preço é muito mais do que isso.