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Recursos do assunto
A pessoa com diabetes mellitus pode apresentar várias complicações de longo prazo que afetam
muitas áreas do corpo, sobretudo os vasos sanguíneos, os nervos, os olhos e os rins.
As pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2 têm grande probabilidade de apresentar complicações,
como resultado de nível elevado de glicose. No entanto, uma vez que o diabetes tipo 2 pode
estar presente por algum tempo antes de ser diagnosticado, as complicações no diabetes tipo 2
podem ser mais graves ou estar mais avançadas quando são descobertas.
As pessoas com diabetes mellitus podem ter muitas complicações graves em longo prazo.
Algumas dessas complicações começam meses depois do surgimento de diabetes; no entanto, a
maioria tende a surgir após alguns anos. A maioria das complicações piora gradualmente.
Controlar rigorosamente o nível de glicose no sangue em pessoas com diabetes faz com elas
fiquem menos propensas a ter essas complicações ou que elas venham a piorar.
Causas e complicações
A maioria das complicações do diabetes são o resultado de problemas com os vasos sanguíneos.
Os níveis glicêmicos que permanecem elevados durante um longo período fazem com que
pequenos e grandes vasos sanguíneos estreitem. O estreitamento reduz o fluxo de sangue para
várias partes do corpo e leva a problemas. Há várias causas para o estreitamento dos vasos
sanguíneos:
Com o passar do tempo, o estreitamento dos vasos sanguíneos pode causar danos ao coração,
cérebro, pernas, olhos, rins, nervos e pele, dando origem à angina, insuficiência cardíaca,
acidentes vasculares cerebrais, cãibras nas pernas ao caminhar (claudicação), visão prejudicada,
doença renal crônica, danos aos nervos (neuropatia) e ulcerações na pele.
Infecção no diabetes
Um exemplo desse tipo de infecção é uma infecção fúngica denominada candidíase. A levedura
Candida reside, normalmente, na boca, no aparelho digestivo e na vagina e, de forma geral, não
causa lesão. No entanto, em pessoas com diabetes, a Candida pode infectar as membranas
mucosas e as regiões úmidas da pele causando erupções cutâneas nesses locais.
Além disso, as pessoas com diabetes são particularmente propensas a apresentar úlceras e
infecções nos pés e nas pernas devido à má circulação na pele. É muito frequente que essas
feridas tenham uma cicatrização muito lenta ou nunca cheguem a cicatrizar. Quando as feridas
não cicatrizam, elas normalmente ficam infectadas e isso pode causar gangrena (morte do
tecido) e infecção óssea (osteomielite). Pode ser necessário amputar o pé ou parte da perna.
As lesões nervosas podem se manifestar de várias formas. Caso ocorra o mau funcionamento de
um único nervo, pode haver o enfraquecimento repentino do braço ou da perna. Caso ocorra
lesão aos nervos das mãos, pernas e pés (polineuropatia diabética), a sensação pode ficar
alterada, com o surgimento de formigamento ou ardência e fraqueza nos braços e pernas. As
lesões nos nervos da pele tornam as lesões repetidas mais frequentes porque as pessoas
tendem a não sentir mais as mudanças na pressão ou na temperatura.
Problemas de pé no diabetes
O diabetes causa muitas mudanças no corpo. As seguintes alterações nos pés são frequentes e
difíceis de tratar:
As lesões no nervo (neuropatia) afetam a sensibilidade dos pés ao ponto de não se sentir
dor. Irritação e outras formas de lesão podem passar desapercebidas. Uma lesão pode
perfurar a pele antes de a pessoa sentir qualquer dor.
As alterações na sensibilidade mudam a forma como o diabético suporta o peso em seus
pés e os concentra em determinadas áreas para formarem calosidades. As calosidades
(e pele seca) aumentam o risco de feridas na pele.
O diabetes pode causar má circulação nos pés, formar úlceras mais provavelmente
quando a pele estiver lesionada e formar úlceras mais difíceis de curar.
Como o diabetes pode afetar a capacidade de o organismo combater infecções, uma úlcera no
pé, após formada, torna-se facilmente infectada. Devido à neuropatia, é possível que a pessoa
não sinta desconforto decorrente da infecção até ela ter se tornado grave e difícil de ser tratada,
o que dá origem à gangrena. O diabético tem 30 vezes mais probabilidade de ter de amputar um
pé ou uma perna do que um não diabético.
O cuidado com os pés é fundamental (consulte Cuidado com os pés). Os pés devem ser
protegidos contra lesões e a pele deve ser mantida hidratada com um bom creme hidratante. Os
sapatos devem se ajustar adequadamente e não provocarem nenhuma área de irritação. Os
sapatos devem ter amortecimento adequado para distribuir a pressão originada quando se está
de pé. Não é aconselhável andar descalço. O cuidado regular de um podólogo (médico
especializado em cuidar dos pés) para lixar as unhas dos pés e tratar as calosidades, pode ser
útil. Além disso, a sensibilidade e a circulação sanguínea dos pés devem ser avaliadas em
intervalos regulares pelo médico.
Monitoramento e prevenção.
No momento do diagnóstico e, em seguida, pelo menos anualmente, as pessoas com diabetes
tipo 2 são monitoradas quanto à presença de complicações do diabetes, como danos nos rins,
olhos e nervos. Em pessoas com diabetes tipo 1, os médicos começam a monitorar as
complicações cinco anos após o diagnóstico. Normalmente, os exames preventivos incluem o
seguinte:
Exame dos pés para testar a sensibilidade e verificar sinais de má circulação (úlceras,
perda de cabelo)
Exame dos olhos (realizado por um oftalmologista)
Exames de sangue e urina da função renal
Exames de sangue para medir os níveis de colesterol
Às vezes, um eletrocardiograma