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elaboração de uma
prova eficiente!
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I O
R
A prova eficiente
21
Á
X
Ensino adaptativo
U M
S 25 21 regras de ouro
para a elaboração
uma prova eficiente
31 Bibliografia
03 Introdução
06 tinuam as mesmas se
34
tanta coisa mudou na Escola dos Professores
educação?
11 A prova eficiente!
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A prova eficiente
X
Fracasso escolar
INTRODUÇÃO
Professor, professora, quantas reuniões na sua
escola você já participou para debater a prova?
Já parou para pensar que a prova, um dos principais
instrumentos da avaliação escolar, é pouco debatida
nas escolas? E que a falta deste debate pode
comprometer o sucesso escolar? Talvez, esteja aí
uma das raízes dos problemas do baixo desempenho
escolar.
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No recente estudo Prova: de instrumento de
controle à ferramenta formativa, a professora
Dirce Aparecida Foletto de Morais, da Universidade
Estadual de Londrina (UEL), observou que “a prova
ainda é o instrumento mais usado para avaliar e
documentar e comprovar as aprendizagens dos
alunos”. Neste contexto, também deve ser onde são
encontrados os maiores equívocos com relação à
avaliação escolar. Um dos motivos, inclusive, é a
expectativa da memorização por parte dos alunos. O
resultado, já conhecemos: pérolas que se propagam
nas redes sociais.
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Prova deve cobrar conteúdos que precisam ser
memorizados,mastambémproporsituações-problema.
5
1.
Por que as provas con-
tinuam as mesmas se
tanta coisa mudou na
educação?
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Sumário
7
Com o tempo, tornou-se necessário o ensino para muitos e a
demanda por um recurso eficiente para que o professor pudesse
conhecer o desempenho de todos. Assim, nasceu a prova.
A pesquisadora Dirce de Moraes, também apresenta outros
fatores para o longo período de existência da prova, tais como:
a possibilidade de documentação, a possível comprovação do
conhecimento e a representação numérica. Ela comenta que a
grande maioria dos professores não consegue abrir mão da prova
apesar de buscarem outros caminhos e que a prova ainda é um
instrumento comprobatório para muitos mestres.
Há tanto tempo em uso no processo de ensino e aprendizagem
torna impossível negar que a prova possua um papel social.
O estudante vive a prova como um fim do processo de
aprendizagem. Em casa, sempre é cobrado: Como foi na prova? É
por meio da prova que se consegue ou não entrar na universidade,
ou num outro concurso, por exemplo. E todo esse processo
começa desde muito cedo na escola.
Em sua pesquisa Dirce de Morais observa a prova como um
instrumento de status, pois, em salas de aulas, a nota da prova
seleciona os estudantes.
Anotadaprovalevaadistinçõesentremelhoresepiores,entreaqueles
que têm potencial e os que seguem para o fracasso”.
Dirce de Morais
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Porque existe um envolvimento já enraizado do
papeldaprovanocontextodaavaliaçãoescolare
umabandonoaesteinstrumentopoderiacausar
descréditodaescolaperantepaiseresponsáveis.
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Luckesi ainda comenta que, no contexto da avaliação escolar, a
preocupação com aprovação ou reprovação afasta o professor e
os demais agentes escolares do que efetivamente uma prova, teste
ou exame procura ao propor, ou seja, encontrar dados para tomar
as decisões que podem influenciar o futuro dos estudantes no que
se refere à aprendizagem.
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A PROVA
2.
EFICIENTE !
Alguns teóricos apontam para várias questões interessantes sobre
a elabor>»»ação do que hoje chamo de prova eficiente. Tadeu
da Ponte, por exemplo, sugere o professor, antes de elaborar
a prova deve se perguntar: “O que queremos que o aluno tenha
de fato aprendido?” O professor deve entender que a prova é um
indicador, um instrumento de informação e, portanto, deve ser
interpretada e não somente corrigida.
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ITENS DE PROVA
O ponto chave na elaboração das provas escolares são as questões
ou itens de prova. A falta de uma definição clara do que é
relevante ser cobrado afeta diretamente a coerência textual. Desta
forma, muito do que se pergunta compromete o entendimento do
aluno e, obviamente, o resultado. Muitas vezes o estudante erra
por não entender a pergunta. O professor Vasco Moretto, em seu
livro Prova: um momento privilegiado de estudo, afirma que “Com
frequência, a linguagem utilizada não é clara e precisa, deixando
o aluno em dúvida sobre o que o professor realmente quer como
resposta”.
• CLAREZA
Um dos atributos de uma boa prova é a clareza das questões ou
item. Neste item, deve-se considerar a adequação do vocabulário
à faixa etária e a objetividade textual. “Muitas vezes, o professor faz
uma questão com quatro ou cinco temas embutidos, porque acha
que poderia ser bom perguntar também isso e aquilo. Isso, no
entanto, só dificulta a análise posterior”, afirma Tadeu da Ponte.
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• Revisão
A dinâmica escolar, na qual professores cotidianamente estão
inseridos, favorece a repetição de equívocos nas provas, muitas
vezes só percebidos depois que as provas foram reproduzidas.
Tudo porque as provas saem das mãos dos professores e vão
diretamente para a reprografia. Por este motivo, toda instituição
deve construir um protocolo de elaboração das provas, que
deve iniciar com a leitura crítica da prova, para identificar erros
ortográficos, de coerência e clareza, entre outros. Depois desta
fase, a prova deve ser toda respondida por um grupo de avaliação
a fim de identificar possíveis dúvidas e dificuldades surgidas neste
processo, considerando o perfil do estudante que será submetido
ao instrumento. Como se verifica, seguindo este protocolo,
a prova ainda deveria passar pelas mãos dos coordenadores
pedagógicos para uma nova avaliação.
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• Objetividade
A objetividade também deve ser um parâmetro de qualidade
das questões da prova, pois permite melhores resultados. Por
este motivo, a cada leitura que o professor faz das questões que
elaborou, deve-se perguntar: É possível escrever esta questão ou
pergunta de outra forma? Com menos palavras?
• Contextualização
Outro atributo é a contextualização. Preocupados com a
adequação às provas de alguns vestibulares e, recentemente,
às provas do ENEM, a contextualização vem sendo um
outro ponto chave a se considerar na elaboração das provas
escolares. Originalmente estas ideias se relacionam com as do
psicólogo norte-americano David Ausubel sobre a concepção de
aprendizagem significativa. O conceito remete à necessidade de
estabelecer relações entre as aprendizagens prévias e a busca de
conexões com a realidade do aluno.
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Jeffrey Karpicke, da Universidade de Purdue, Indiana, realizou
uma pesquisa e observou que estudantes que exercitaram a
memória em vez de estudar com o texto a sua frente apresentaram
resultado 50% superior em provas aplicadas. Segundo o estudo, a
memorização ajudou os alunos a responder questões que exigiam
deduções mais complexas e cruzamento de informações. Para
este pesquisador o processo de relembrar não envolve apenas o
resgate de informações arquivadas no cérebro, mas também de
reconstruir, reorganizar o assunto e priorizar determinados tópicos.
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3.
A PROVA EFICIENTE
X
O FRACASSO ESCOLAR
Não precisamos sair da escola para perceber que os professores
estão desamparados e desorientados sobre o tema elaboração
da prova na escola! Qualquer professor sente na pele todo este
despreparo que como uma roda viva não para! Em sua ampla
pesquisa Dirce de Moraes, reúne relatos destes profissionais.
A autora comenta em seu estudo que não havia qualquer
orientação em relação à elaboração das provas, à correção e às
tomadas de decisão após os resultados. “Cada professor fazia
da forma como achava certo”. Em muitos casos, nas provas
analisadas, ela encontrou questões retiradas de livros que
enfatizavam somente a memorização, sem contextualização,
somente havendo perguntas soltas.
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“Um trabalho sistemático com a orientação
dos professores, a formação continuada e
conscientizaçãosobrearesponsabilidadedecada
um no processo colaboram significativamente
com o sucesso do aluno, distanciando-o do
fracasso escolar”.
Bernadete Gatti
“Oprofessortendeadarnomesiguaisparaalunos
diferentes”.
Ricardo Madeira
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A pesquisa sob este enfoque revela o que já se percebe no
ambiente escolar, provas que ranqueiam os alunos para baixo
podem desmotivar e causar o abandono. A prova pode favorecer o
fracasso escolar e até mesmo o pessoal ! Madeira afirma, “a prova
traz uma influência importante sobre a decisão dos alunos”.
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A PROVA EFICIENTE
X
ENSINO ADAPTATIVO
Neste contexto, a prova pode ser o primeiro passo para o
processo da avaliação na escola, contudo, não para a avaliação do
estudante, na qual é comprovadamente ineficaz. Cipriano Luckesi
aponta que a simples atribuição de valores numéricos não significa
que houve um processo de avaliação formativa, ou seja, que
produza reflexos sobre a aprendizagem.
A avaliação tem como objetivo a aprendizagem, sendo assim, há
muito a ser feito, como identificar e trabalhar com as turmas sobre
pontos que se mostraram difíceis, ou como lançar um olhar mais
individual para o desenvolvimento de cada aluno.
“Ofeedbackpossibilitaqueelesesitueemrelação
àsaprendizagens,tenhacondiçõesdeentender
e não apenas constatar seus erros e acertos. É
precisorefletir,proporsituaçõesemqueoaluno
possa compreender o que fez e o que deixou de
fazer em relação ao que foi proposto”
Dirce de Moraes
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Nas salas de aulas, o tratamento individualizado na avaliação pode
ser inviável dado ao grande números de aluno por sala. Porém,
é imprescindível corrigir o equívoco gerado por uma avaliação
ineficiente. Neste sentido devemos propor diferentes situações
para que os alunos possam trabalhar na superação das dificuldades
observadas e promover o avanço da aprendizagem.
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Neste contexto, a prova pode ser o primeiro passo para o
processo da avaliação na escola, contudo, não para a avaliação do
estudante, na qual é comprovadamente ineficaz. Cipriano Luckesi
aponta que a simples atribuição de valores numéricos não significa
que houve um processo de avaliação formativa, ou seja, que
produza reflexos sobre a aprendizagem.
A avaliação tem como objetivo a aprendizagem, sendo assim, há
muito a ser feito, como identificar e trabalhar com as turmas sobre
pontos que se mostraram difíceis, ou como lançar um olhar mais
individual para o desenvolvimento de cada aluno.
“Ofeedbackpossibilitaqueelesesitueemrelação
àsaprendizagens,tenhacondiçõesdeentender
e não apenas constatar seus erros e acertos. É
precisorefletir,proporsituaçõesemqueoaluno
possa compreender o que fez e o que deixou de
fazer em relação ao que foi proposto”
Dirce de Moraes
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21 regras de ouro
para a elaboração
de uma prova
eficiente
Uma boa prova, pode ter parâmetros de qualidade previamente
estabelecidos. A maioria desses foram pontuados a partir da
premissa de que a prova pode e deve ser um momento de
aprendizagem.
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6. Coerência: Cada questão deve ter coerência com as estratégias
utilizadas nas aulas, evite elaborar questões que não foram
trabalhadas em sala de aula. Afinal, você não pode cobrar na prova
aquilo que não ensinou.
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11. Formatação: Na seleção do texto (quando utilizado), procure
adequá-lo ao tema da prova. Observe se ele está no nível
de compreensão de seus alunos, você pode também fazer
adaptações textuais, neste caso, basta fazer menção ao original.
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16. O uso de termos como :``todas as anteriores´´ ou ``nenhuma
das anteriores´´ e repetições de muitas palavras do enunciado
devem ser evitadas nas alternativas de múltipla escolha.
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20. Lógica das alternativas de respostas:
Construa as alternativas:
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Sumário
Bibliografia
DEPRESBITERIS, Lea. Avaliação da aprendizagem – revendo
conceitos e posições. In: SOUZA, Clarilza Prado (org.). Avaliação do
rendimento escolar. Campinas: Papirus, 1991. p. 51 – 79.
31
SOBRE O
PROVA FÁCIL
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Siland Dib é fundadora da Escola dos Professores, uma
escola voltada para formação continuada de professores. Ela foi
professora de Química por 30 anos e atuou em diversos segmento
da educação. Foi uma das fundadoras do EJA/EAD na Secretaria de
Educação do Distrito Federal; é coautora de 14 livros didáticos de
Química dos quais sete foram distribuídos no PNLD.Possui autoria
de objetos educacionais para uso no computador disponíveis no
Portal do professor do MEC e foi consultora de elaboração de provas
institucionais em órgãos governamentais e escolas particulares.
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Esta última atividade despertou uma missão como
educadora que, diante de experiências vivenciadas,
relaciona-se com um tema muito delicado e velado no
ambiente escolar: a prova como instrumento da avaliação.
Para Siland, é fundamental refletir sobre a prova escolar e
seu papel no fracasso do estudante. Neste contexto, ela
criou o primeiro curso da Escola dos Professores, “Oficina
de Provas”, totalmente virtual, hoje já ministrado para mais
de 1000 professores de escolas particulares no Distrito
Federal. Nesta nova fase, ela pretende levar este debate
aos mais distantes ambientes educacionais, a fim de expor
os possíveis equívocos que normalmente são promovidos
nestes instrumentos. O curso Oficina de Provas tem como
objetivo desenvolver competências para elaborar provas
escolares com foco na aprendizagem do estudante.
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