Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sistemas Térmicos
i
PREFÁCIO
Este livro foi elaborado de forma a atingir vários objetivos; de material de referência
para alunos, com sólido conteúdo para assistência nos estudos, até como material de auxílio
para docentes para a ministração de disciplinas voltadas ao dimensionamento e análise de
sistemas térmicos, em especial aqueles dedicados a sistemas de potência e usado em instalações
industriais. Para aplicação como material em um curso de graduação, este livro permite sua
utilização para a ministração de oito horas aulas em cada capítulo, ficando a critério do docente,
quais tópicos serão apresentados, podendo ser usado a totalidade de seu conteúdo, ou em partes,
de acordo com uma ementa específica.
O capítulo dois trata, sem se aprofundar no mérito elementar dos fundamentos, de uma
revisão dos principais conceitos e princípios termodinâmicos e da mecânica dos fluidos,
aplicados aos sistemas térmicos. Serão revistos os princípios dos gases ideais, processos
isentrópicos, leis da termodinâmica e da conservação da massa (continuidade). Conceitos sobre
a dinâmica dos gases tais como as ondas de choque também serão relembrados ao leitor, que já
se pressupõe tenha ao menos um conhecimento básico do conteúdo.
ii
O sexto capitulo fala sobre os ciclos de geração de potência a partir de instalações e
sistemas que usem vapor como fluido de operação. São destacados o ciclo Rankine e elaborados
cálculos práticos.
Por fim no capitulo oito, tem-se as análises e descrições de sistemas térmicos aplicados
a refrigeração e condicionamento de ar. São destacados aspectos desde fluidos refrigerantes até
particularidade de instalação e apresentação de uma teoria complementar necessária para
analises destes sistemas.
Ao final de cada capítulo é possível encontrar uma série de exercícios com o desígnio
de reforçar a teoria apresentada, visando uma aplicação mais prática do conteúdo.
iii
Lista de Símbolos
𝐶 Velocidade absoluta
𝐶𝐿 Coeficiente de sustentação
𝑐 Corda
𝑐𝑚 Corda meridional
𝐷 Fator de difusão
iv
𝐷𝑒𝑞 Fator de difusão equivalente
𝛿 Ângulo de desvio
ℎ𝑐 Curso do pistão
𝑖 Ângulo de incidência
Λ Grau de reação
𝜇 Viscosidade cinemática do ar
𝑚̇ Vazão mássica
𝑀 Número de Mach
𝜂𝑠 Eficiência isentrópica
𝜃 Ângulo de encurvamento
𝑃 Pressão estática
𝜌 Densidade
𝜎 Tensão mecânica
𝑅 Constante universal dos gases / razão entre os raios na equação de vorticidade genérica
𝑟 Raio
𝑅𝑒 Número de Reynolds
𝑆 Entropia
𝑇 Temperatura estática
𝑇0 Temperatura de estagnação
Γ Circulação
𝑡𝑚 Espessura máxima da pá
𝑈 Velocidade tangencial
𝜗 Volume específico
𝑉 Velocidade relativa
𝜔 Coeficiente de perdas
𝜔𝑟 Rotação
𝑟 Raio
𝑍 Coeficiente de compressibilidade
vi
𝜁 Ângulo de montagem
vii
2 A TERMODINÂMICA E MECÂNICA DOS FLUIDOS APLICADA A SISTEMAS TÉRMICOS
11
A equação da conservação da massa ................................................................................. 11
A equação de estado.............................................................................................................. 12
Condições de estagnação, estática e dinâmica ................................................................. 13
A eficiência isentrópica ......................................................................................................... 14
Ondas de choque e o aumento de entropia ........................................................................ 16
Trabalho e potência................................................................................................................ 16
Primeira Lei da termodinâmica ............................................................................................. 18
Efeitos de compressibilidade ............................................................................................... 18
3 CICLOS MOTORES IDEAIS ............................................................................... 22
Classificação das máquinas térmicas ................................................................................. 30
Introdução aos motores de combustão interna ................................................................. 33
Relação ar-combustível ......................................................................................................... 35
Principais paramentos de motores alternativos ................................................................ 40
Elementos antidetonantes..................................................................................................... 43
Ciclo Otto ................................................................................................................................. 45
Ciclo Diesel ............................................................................................................................. 47
Ciclo Stirling ............................................................................................................................ 49
Ciclo Ericsson ......................................................................................................................... 51
4 CICLOS MOTORES AR-COMBUSTÍVEL ............................................................. 55
Modelagens matemáticas ...................................................................................................... 56
Aplicações ............................................................................................................................... 57
5 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE REGIME NÃO PERMANENTE .............. 63
Motores de dois e quatro tempos de combustão por centelha ........................................ 63
Tempo de combustão num motor alternativo ..................................................................... 72
Cinemática do conjunto pistão-biela-virabrequim ............................................................. 74
Disposição geométrica do motor ......................................................................................... 93
Cilindros em linha .................................................................................................................. 94
Cilindros em "V" ..................................................................................................................... 94
Cilindros opostos (Boxer) ..................................................................................................... 94
Momento torsor e potencia ................................................................................................... 95
6 CICLOS DE POTÊNCIA A VAPOR ................................................................... 109
viii
Caldeiras: .............................................................................................................................. 111
Condensadores: ................................................................................................................... 115
Ciclo Rankine Simples ......................................................................................................... 116
Aplicações do ciclo Rankine ............................................................................................... 119
7 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE REGIME PERMANENTE .................... 125
Ciclo Brayton e suas derivações ........................................................................................ 125
Ciclo de propulsão a jato..................................................................................................... 137
8 CICLOS DE REFRIGERAÇÃO ......................................................................... 147
Ciclo de compressão de vapor ........................................................................................... 147
Sistemas típicos para condicionamento de ar e refrigeração ........................................ 154
158
Compressão multiestágio com inter-resfriamento .......................................................... 160
Exergia ................................................................................................................................... 171
Psicrometria .......................................................................................................................... 172
Mistura de dois escoamentos de ar ................................................................................... 180
ix
Visão geral sobre os sistemas térmicos
Os sistemas térmicos podem ser definidos de forma mais genérica possível como
aqueles os quais estão envolvidos o armazenamento e o fluxo de calor, quer seja ele
através de condução, convecção ou radiação. Com essa definição em mente é possível
notar a grandeza do espectro de sistemas possíveis de serem formados e que inclusive
podemos notar a nossa volta. Os exemplos de sistemas térmicos vão desde arranjos
destinados a refrigeração de sistemas que por sua vez tem uma emissão de calor excessiva,
tais quais os automóveis que usam motores de combustão interna através da reação
química de combustível e oxidantes. Exemplos de refrigeração domésticos como os
modernos sistemas compactos com evaporadores cada vez menores destacam o uso da
engenharia de sistemas térmicos presentes no dia a dia das pessoas.
10
2 A termodinâmica e mecânica dos fluidos
aplicada a sistemas térmicos
𝑟𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎
𝑚̇ = 2𝜋 ∫ 𝜌𝑟𝐶𝑎 𝑑𝑟 (2.1)
𝑟𝑟𝑎𝑖𝑧
11
Onde o subscrito um e dois são referentes a uma seção de entrada e saída
respectivamente. Logo, para um fluido incompressível:
Aonde, para uma seção anular, com um raio de base 𝑟𝑟𝑎𝑖𝑧 e um na ponta 𝑟𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎
tem –se:
(2.5)
∑ 𝑚̇ = 0
𝑉𝐶
A equação de estado
𝜌 = 𝑃𝑅𝑍𝑇 (2.6)
Onde R, é a constante universal dos gases em unidades SI sendo seu valor igual a
287 J/ (kgK);
(2.7)
12
𝑃
ℎ=𝑢+
𝜌
𝑑ℎ = 𝑐𝑝 𝑑𝑇 (2.8)
∆ℎ = 𝑐𝑝 ∆𝑇 (2.9)
𝐶2 (2.10)
𝑇 = 𝑇0 −
2𝐶𝑝
2 + 𝐶 2) (2.11)
(𝐶𝑚 𝑡
𝑇 = 𝑇0 −
2𝐶𝑝
13
E a entalpia de estagnação pode ser determinada através da equação 3.9, por:
𝐻 = ℎ + 0,5𝐶 2 (2.12)
A eficiência isentrópica
𝛾
𝑃 𝑇 𝛾−1 (2.13)
=( )
𝑃0 𝑇0
Para um gás ideal com calor específico constante, onde o subscrito 1 e 2 se referem
as seções de entrada e saída respectivamente:
14
𝑇𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 − 𝑇𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝜂𝑠 =
𝑇𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 − 𝑇𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝛾−1
𝛾
1
𝑇01 − 𝑇02 = 𝑇01 𝜂𝑠 1 − ( ) (2.14)
𝑃01
𝑃02
[ ]
E para o caso do gás ideal, com calor específico constante, onde o subscrito 1 e 2
se referem as seções de entrada e saída respectivamente:
𝛾−1
𝑇01 𝑃02 𝛾 (2.15)
𝑇02 − 𝑇01 = [( ) − 1]
𝜂𝑠 𝑃01
15
A relação do aumento de entropia se dá em função de condições de referência e
do ponto que se está analisando. A variação de entropia, pode ser então determinada pela
relação:
𝑇
𝑐𝑝(𝑇) 𝑃 (2.16)
∆𝑆 = ∫ 𝑑𝑇 − 𝑅 𝑙𝑛
𝑇𝑟𝑒𝑓
𝑇 𝑃𝑟𝑒𝑓
Alguns sitemas termicos podem ter sues escoamentos com velocidades locais
elevadas. Logo, deve-se considerar o possível surgimento de ondas de choque devido a
elevados números de Mach do escoamento. O número de Mach absoluto, pode ser
determinado por:
𝐶 (2.17)
𝑀=
𝑎
𝑎 = √𝛾𝑅𝑇 (2.18)
𝑐𝑝
γ=
𝑐𝑣 (2.19)
Trabalho e potência
16
𝐵
𝑊 = ∫ 𝑃 (∀) 𝑑∀ (2.20)
𝐴
𝑊 = 𝑃∆∀ (2.21)
A potência pode ser descrita como a derivada temporal do trabalho, que através
de sua definição é dada por:
𝑑𝑊 (𝐹. 𝑑𝑠)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = =
𝑑𝑡 𝑑𝑡
(2.22)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝐹. 𝐶
EXEMPLO 2.1
𝑝(∀) = 𝐶1 ∀2 + 𝐶2∀ + 𝐶3
SOLUÇÃO
17
Resolvendo-se a integral do ponto A até o B:
𝐵
𝑊 = ∫ (𝐶1 ∀2 + 𝐶2∀ + 𝐶3) 𝑑∀
𝐴
𝐵3 𝐵2 𝐴3 𝐴2
𝑊 = (𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3𝐵) − (𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3𝐴)
3 2 3 2
𝐵 3 − 𝐴3 𝐵 2 − 𝐴2
𝑊 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3(𝐵 − 𝐴)
3 2
Conforme foi visto na relação isentrópica, a primeira lei diz respeito a conservação
energética em determinado volume de controle. A energia pode então ser convertida
através da realização de trabalho e/ou transferência de calor. Uma variação de energia
interna, ∆𝑈 pode ser quantificado como:
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 (2.23)
Onde:
∆𝑈 = 𝑐𝑣 ∆𝑇 (2.24)
Efeitos de compressibilidade
Por definição, a constante universal dos gases pode ser descrita como:
(2.25)
𝑅 = 𝑐𝑝 − 𝑐𝑣
18
E o número adimensional 𝛾 pode ser descrito como na equação 2.19. Usando a
equação que descreve a velocidade do som, tem-se:
𝑐𝑝 (2.26)
√𝛾𝑅𝑇 = √( ) (𝑐𝑝 − 𝑐𝑣 )𝑇
𝑐𝑣
𝑐𝑝 − 𝑐𝑣 𝑐𝑝 (2.27)
√𝛾𝑅𝑇 = √( ) 𝑐𝑝 𝑇 = √(( ) − 1) = √(𝛾 − 1)𝑐𝑝 𝑇
𝑐𝑣 𝑐𝑣
𝐶
= 𝑎 = √𝛾𝑅𝑇 (2.28)
𝑀
𝐶2 (2.30)
𝑇0 = 𝑇 +
2𝑐𝑝
𝛾 𝛾
𝑃0 𝑇0 𝛾−1 (𝛾 − 1)𝑀2 𝛾−1 (2.32)
=( ) = [1 + ]
𝑃 𝑇 2
19
𝛾 1
𝜌0 𝑃0 𝛾−1 (𝛾 − 1)𝑀2 𝛾−1 (2.33)
=( ) = [1 + ]
𝜌 𝑃 2
𝑇0 𝛾 + 1 (2.34)
=
𝑇𝑐 2
𝑑𝐶 𝑑𝐴 (2.35)
(𝑀2 − 1) =
𝐶 𝐴
𝑑𝐴 𝑑𝐶
b) Se 𝑀 =1, e a área 𝐴
for nula ,a velocidade ira se manter constante ( 𝐶 = 0),
𝑑𝐴 𝑑𝐶 𝑑𝐴
c) Se 𝑀 >1, e a área 𝐴
for positiva ,a velocidade irá crescer ( 𝐶 > 0) e se 𝐴
for
𝑑𝐶
negativo ( área diminui ao longo da trajetória do escoamento) 𝐶
> 0,
Logo para que sempre haja um aumento de velocidade deve-se assim que a
velocidade alcançou velocidade sônica (ou seja 𝑀 =1) fazer uso de um bocal divergente.
O que nossa leva ao conhecido arranjo de bocal convergente-divergente.
20
EXERCICIOS
4) Uma bomba radial opera com uma determinada vazão com velocidade de 10 m/s
na linha de sucção. Sabendo que a seção de entrada contém um raio externo de
0,2 m e externo de 0,1 m, e a densidade da água é de 1000 Kg por metro cubico.
Determine o raio de saída do impelidor (rotor) da bomba, sabendo que o mesmo
sai com uma velocidade de 20 m/s e a largura da seção circunferencial de saída é
0,08 m.
21
3 Ciclos motores ideais
Em cada máquina térmica está associado seu respectivo ciclo, portanto para se
obter um conhecimento necessário para se otimizar cada ciclo, deve-se antes de tudo ter
em mente suas principais características. Nota-se a partir da figura 3.1 um ciclo que é a
referência sobre o máximo rendimento, ou seja trabalho que uma determinada máquina
térmica pode obter do sistema por unidade de trabalho recebido. Este ciclo é conhecido
como ciclo de Carnot:
Pressão 𝑄2
1
2
𝑇2
𝑇2 > 𝑇1
W
>
𝑇1 𝑇2
4 3
𝑄1
Volume
Figura 3.1 – Ciclo de Carnot num diagrama pressão versus volume. Fonte: do autor.
Nota-se que o ciclo de Carnot contém quatro processos principais, que podem ser
descritos da seguinte forma:
22
1-2: Processo isotérmico reversível de expansão
Num diagrama entropia versus temperatura, o ciclo de Carnot pode portanto ser
representado da seguinte forma:
Temperatura
3 𝑇2 4
2 𝑇1
1
Entropia
Figura 3.2 – Ciclo de Carnot num diagrama temperatura versus entropia. Fonte: do
autor.
O rendimento da máquina operando pelo ciclo ideal de Carnot pode ser descrito
como:
𝑇1
𝜂𝐶𝐴𝑅𝑁𝑂𝑇 = 1 − (3.1)
𝑇2
23
De modo que também pode ser escrito como:
𝑄1
𝜂𝐶𝐴𝑅𝑁𝑂𝑇 = 1 − (3.2)
𝑄2
(3.3)
𝑊 = 𝑄2 − 𝑄1
𝑑𝑄 = 𝑇 𝑑𝑆
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
∆𝑈 = 𝑚 𝑇 Δ𝑆 − 𝑊
24
E sabendo que ∆𝑈 = 𝑐𝑣 ∆𝑇 = 0
𝑊 = 𝑇 Δ𝑆
E conforme pode ser visto no capitulo dois, a variação da entropia pode ser dada
por:
𝑇
𝑐𝑝(𝑇) 𝑃
∆𝑆 = ∫ 𝑑𝑇 − 𝑅 𝑙𝑛
𝑇𝑟𝑒𝑓
𝑇 𝑃𝑟𝑒𝑓
Então:
𝑇
𝑐𝑝 (𝑇) 𝑃
𝑊 = 𝑚𝑇 (∫ 𝑑𝑇 − 𝑅 𝑙𝑛 )
𝑇𝑟𝑒𝑓
𝑇 𝑃𝑟𝑒𝑓
𝑃1
𝑊 = −𝑚𝑅𝑇 𝑙𝑛 =𝑄
𝑃2
Pela lei dos gases ideais e sabendo que para qualquer ponto o produto da pressão
pelo volume se torna constante:
𝑃1
𝑊 = −𝑃𝑉 𝑙𝑛
𝑃2
25
Como o processo é isentrópico, o calor transferido será igual zero reduzindo a
primeira lei:
∆𝑈 = −𝑊 = −𝑐𝑝 ∆𝑇
𝛾−1
𝑃1𝛾
𝑊 = 𝑐𝑝 ∆𝑇 = 𝑐𝑝 (𝑇1 − 𝑇4 ) = 𝑐𝑝 𝑇4 [( ) − 1]
𝑃4
𝛾−1
𝛾
1
𝑊 = 𝑐𝑝 ∆𝑇 = 𝑐𝑝 (𝑇2 − 𝑇3 ) = 𝑐𝑝 𝑇2 1 − ( )
𝑃2
𝑃3
[ ]
EXEMPLO 3.1
Tem-se determinado motor que trabalha com o ciclo de Carnot, ele tem em seu
reservatório quente uma temperatura de 1500 K e em seu reservatório frio uma
temperatura de 300 K. Sabendo que sua operação conta com fluido de trabalho, que é o
hélio, a uma vazão de 1 Kg/s, sabendo que a razão de pressão que ocorre no fluido de
operação desta máquina é de 2:1 quando a mesma passa pelo processo no reservatório
𝐾𝑗
frio (𝑐𝑝 do hélio: 5,193 𝐾𝑔.𝐾 )
26
c) O valor da variação de pressão entre o reservatório frio e quente altera o
rendimento da máquina?
RESPOSTA:
Parte A
A eficiência pode ser dada pela equação:
𝑇1 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑜
𝜂𝐶𝐴𝑅𝑁𝑂𝑇 = 1 − =1−
𝑇2 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒
Portanto:
300
𝜂𝐶𝐴𝑅𝑁𝑂𝑇 = 1 − = 0,8
1500
Parte B
Para o ponto 1 recorre-se ao fato de que o processo 1- 4 sendo isentrópico
permite a seguinte aplicação da equação:
𝛾−1
𝑃1 𝛾
𝑊 = 𝑐𝑣 ∆𝑇 = 𝑐𝑣 (𝑇1 − 𝑇4 ) = 𝑐𝑣 𝑇4 [( ) − 1]
𝑃4
Porém, como ainda não temos dados a respeito do processo isentrópico entre os
pontos 1-4, percorreremos o caminho inverso, encontrando a solução primeiramente do
ponto 4, para isso se observa que o processo 3-4, um processo isotérmico, pode ser
encontrado da seguinte maneira:
𝑃3
𝑊 = −𝑚̇𝑅𝑇 𝑙𝑛 =𝑄
𝑃4
27
1
𝑊 = −300 . 287 . 1 . ln = 𝑄
2
1
𝑊 = −300 . 287 . 1 . ln = 𝑄
2
𝑄3,4 = 59679,97 𝐽
𝑃4 = 2 𝑏𝑎𝑟; 𝑇4 = 300 𝐾;
𝛾−1
𝑃1 𝛾
𝑊 = 𝑐𝑝 ∆𝑇 = 𝑐𝑝 (𝑇1 − 𝑇4 ) = 𝑐𝑝 𝑇4 [( ) − 1]
𝑃4
𝛾−1
𝑃1 𝛾
(𝑇1 − 𝑇4 ) = 𝑇4 [( ) − 1]
𝑃4
𝛾 5.193
𝑃1 𝑇1 (𝛾−1) 1500(4.193)
=( ) = = 1.238
𝑃4 𝑇4 300
28
Por fim, para se encontrar as propriedades do ponto 2 do ciclo, deve-se calcular,
para o processo isotérmico a relação de que o produto da pressão e volume são constantes,
logo:
𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇
E sabendo que no processo 2-3 razão entre as temperaturas (1500 e 300 K) são as
mesmas:
𝛾−1
𝛾
1
𝑊 = 𝑐𝑝 ∆𝑇 = 𝑐𝑝 (𝑇2 − 𝑇3 ) = 𝑐𝑝 𝑇2 1 − ( )
𝑃2
𝑃3
[ ]
𝛾−1
𝛾
1
(𝑇2 − 𝑇3 ) = 𝑇2 1 − ( )
𝑃2
𝑃3
[ ]
𝛾 5.193
𝑃2 𝑇2 (𝛾−1) 1500(4.193)
=( ) = = 1.238
𝑃3 𝑇3 300
𝑃1
𝑄1,2 = −𝑚𝑅𝑇 𝑙𝑛
𝑃2
2.476
𝑄1,2 = −1 . 287 . 1500 𝑙𝑛 = 298399 𝐽
1.238
29
Parte C
Altera, pois a pressão está diretamente ligada a temperatura (observar a relação
dos gases ideais e relações isentrópicas) portanto, maior diferença de pressão entre os
reservatórios frios e quentes acarreta maior eficiência de Carnot.
Parte D
Para isso basta somar toda energia que entra no sistema (através da compressão e
do reservatório quente) menos a energia que será dissipada (pelo reservatório frio e
expansão dos gases).
30
Em resumo:
Os motores de combustão interna ainda podem ser divididos em duas categorias distintas,
os de regime não permanente e os de regime permanente:
31
• Motores de combustão interna de regime não-permanente com ignição por
compressão: Operam com combustíveis com alto ponto de detonação tal qual o
diesel.
Em relação aos motores de regime permanente que são divididos entre aqueles com
alto número de Mach de operação e os de baixa. Isso é explicado devido a forma de
compressão do gás de operação, ser para estes últimos através da ação de ondas de
choque. Além do motor Ramjet há também o motor foguete, que ainda pode ser
classificado de acordo com seu combustível, que pode ser do tipo solido (perclorato de
sódio, amônio) ou liquido (hidrazina, etc..)
32
Combustão Combustão interna
externa
Regime não permanente Regime permanente
Há ainda um último sistema térmico, este por sua vez tem por única finalidade
propiciar a troca de calor entre duas entidades (ou reservatórios), atuando como um
refrigerador ou bomba de calor. Os chamados de ciclo de resfriamento (ou refrigeração)
são comumente usados em larga escala e assim como os ciclos usados para gerar potência
útil serão estudados neste material.
𝑦 ∆ 𝑦
𝐶𝑥 𝐻𝑦 + (𝑥 + ) 𝑂2 → 𝑥𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
4 2
33
As variáveis em função de x e y podem ser encontradas através do cálculo
estequiométrico da reação química, em resumo, sempre que houver a queima de um
hidrocarboneto com oxigênio, tem-se o seguinte resultado:
∆
𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡. +𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑖𝑜 + 𝑔𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒 → 𝑎𝑔𝑢𝑎 + 𝑑𝑖𝑜𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜 + 𝑔𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
• 𝐶2 𝐻6 – Etano
• 𝐶3 𝐻8 – Propano
• 𝐶4 𝐻10 - Butano
• 𝐶6 𝐻14 – Hexano
• 𝐶7 𝐻16 – Heptano
• 𝐶8 𝐻18 – Octano
• ....
34
∆
𝐶2 𝐻5 𝑂𝐻 + 3(𝑂2 + 3,76𝑁2 ) → 2𝐶𝑂2 + 3𝐻2 𝑂 + 3,376𝑁2 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
EXEMPLO 3.2
RESPOSTA:
4 ∆ 4
𝐶1 𝐻4 + (1 + ) 𝑂2 → 1𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
4 2
∆
𝐶𝐻4 + 2𝑂2 → 1𝐶𝑂2 + 2𝐻2 𝑂 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
Relação ar-combustível
Para uma correta queima é necessário que haja uma certa relação entre a
quantidade de ar injetado e a quantidade de combustível que também é injetada na câmara.
Essa mistura ar combustível é controlada pela central eletrônica de um motor, em
substituição aos sistemas formados por carburadores no passado. No caso de caldeiras,
temos os queimadores industriais, que por sua vez podem obter diversas configurações.
∆ ∆
𝐶8 𝐻18 + 12,5 𝑂2 +47 𝑁2 → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2 𝑂 +47 𝑁2 → +𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
35
• Oxigênio =16
• Nitrogênio = 14
• Carbono = 12
• Hidrogênio =1
𝐶8 𝐻18 = 8 . 12 + 18 . 1 = 418
𝐴
Portanto a relação ar-combustível que será dado pela notação 𝐶
Na grande maioria das vezes para ocorrer uma queima eficiente, ou seja, que
aproveite ao máximo a massa de combustível injetado, oxidando o máximo de moléculas
possíveis, é necessário que haja um excesso de ar, ou em outras palavras, é necessário
que a relação ar-combustível seja maior que a estequiométrica.
𝐴
|
𝐶 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝜆=
𝐴
|
𝐶 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑞𝑢𝑖𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
36
Quando 𝜆 for maior que 1, a mistura é dita ser pobre, quando menor que 1 ela é
dita ser rica. Podemos expressar essa grandeza, lembrando que quando a mistura real é
igual a estequiométrica, 𝜆 = 1 :
𝐴 𝐴 𝐴
| > | > |
𝐶 𝑝𝑜𝑏𝑟𝑒 𝐶 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑞𝑢𝑖𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝐶 𝑟𝑖𝑐𝑎
Tipo de injeção/queima 𝝀
Gás combustível Em suspensão 1.05 ~1.2
Carvão pulverizado Em suspensão 1.1~1.2
Óleo combustível Em suspensão 1.1~1.2
Carvão granulado Em grelha 1.3~1.6
Lenha Em grelha 1.3~1.6
Nota-se, ao voltarmos nossa atenção para o ciclo de Carnot, que o ciclo consiste
basicamente em quatro processos principais, dois envolvendo compressão e dois de
expansão. Ao descrever tais etapas num sistema físico real, percebe-se que os tais
processos se transformam cada um em um tempo especifico do ciclo, portanto,
37
descrevendo em poucas palavras, chegamos a descrição de quatro tempos para um ciclo
completo de potência. São eles para o motor de quatro tempos:
• Admissão (1)
• Compressão (2)
• Combustão (3)
• Escape (4)
38
1- Admissão 2- Compressão 3- Combustão 4- Escape (com pós-combustor)
Figura 3.4 – Vista simplificada de um motor foguete (a) de combustivel solido, (b) de
combustivel liquido. Fonte: do autor.
39
Principais paramentos de motores alternativos
Razão de compressão:
𝑏2
(𝜋 ℎ ) + 𝑉𝑐
4 𝑐
𝑇𝐶 =
𝑉𝑐
𝑊 = 𝑃𝐶𝐼 . 𝑚𝑐
Curso do pistão:
Cilindrada
𝑏2
𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 = 𝜋 ℎ 𝑁𝑃
4 𝑐
41
𝑊𝑑 𝑇𝑀
𝑊𝑑
𝑇𝑀
𝐶𝐸 𝐶𝐸
𝜔 − 𝑟𝑝𝑚
Figura 3.5 – Grafico generico de curvas de potencia, torque e conseumo especifico para
motores de combustao interna em regime não permanente. Fonte: do autor.
𝑊𝑑 = 𝑊𝑖 − 𝑊𝑓
Outra forma de se calcular a potência efetiva usando a relação com o torque, pode
ser encontrada por:
𝑊𝑑 = 𝜔𝑇𝑀
42
ciclos idealizados que demonstrem o comportamento de cada tipo de motor a que me
melhor se assemelhem:
𝑊
𝑝𝑚𝑒 =
𝑣1 − 𝑣2
Elementos antidetonantes
1) Combustível adulterado
43
3) Não homogeneidade
Frente de chama
original
Segunda frente de
chama (ponto quente)
44
Ciclo Otto
• Processo 2-3 – Troca de calor isovolumétrica para o gás de trabalho de uma fonte
externa (no caso prático representa o processo de combustão, ignição mais
queima)
• Processo 4-1 – Calor e retirado para o ar, enquanto o pistão está no PMI
45
𝑃
3
0 1
𝑉2 𝑉
𝑉1
3
𝑑𝑉 = 0
2
4
1 𝑑𝑉 = 0
Figura 3.6 – Graficos genericos de pressao versus volume e temperatura versus entropia
para o ciclo Otto. Fonte: do autor.
46
Logo, para um motor de 4 tempos, o gráfico de pressão versus volume e de
temperatura versus entropia relativo ao ciclo Otto fica respectivamente da seguinte forma:
Ciclo Diesel
• Processo 2-3 – Troca de calor isobárica para o gás de trabalho de uma fonte
externa (no caso prático representa o processo de combustão, ignição mais
queima)
• Processo 4-1 – Calor e retirado para o ar, enquanto o pistão está no PMI
47
𝑄𝐻
𝑃
2 3
0 1
𝑉2 𝑉
𝑉1
𝑇
3
Figura 3.7 – Graficos genericos de pressao versus volume e temperatura versus entropia
para o ciclo Diesel. Fonte: do autor.
48
Ciclo Stirling
• Processo 3-4 – Fluido de trabalho com alta pressão absorve calor da fonte quente
e expande isotermicamente
Regenerador
(porcelana)
Pistão frio
Fonte de calor
Figura 3.8 – Motor que opera com o ciclo Sterling do tipo Alfa. Fonte: do autor.
49
Há ainda uma classificação para os motores Stirling, que podem ser do tipo alfa,
beta e gama.
𝑃 3
𝑄𝐻
4
2 𝑄 𝑄𝐿
𝑉2 𝑉
𝑉1
𝑇
3
Figura 3.9 – Graficos genericos de pressao versus volume e temperatura versus entropia
para o ciclo Stirling. Fonte: do autor.
50
Ciclo Ericsson
Ciclo com nome em homenagem ao seu criador John Ericsson (também criador
do ciclo Brayton). Em resumo, o ciclo Ericsson é um ciclo termodinâmico ideal composto
por quatro processos reversíveis, sendo duas transformações isotérmicas e duas
transformações isobáricas. Este ciclo modela o funcionamento da máquina (ou motor) de
Ericsson.
Alguns pontos em comum com os demais ciclos, por exemplo o ciclo Brayton diz
respeito a mudança relativas as compressões e expansões, enquanto no ciclo Ericsson
tem-se expansões isotérmicas, no Brayton temos compressões e expansões isentrópicas.
Os quatro processos do ciclo Ericsson são:
• Processo 4-1 – Remoção de calor isobárico: Antes de ar ser liberado, ele passa
novamente pelo regenerador, que resfria o ar a uma baixa pressão e é aquecido
para o próximo ciclo.
51
Os gráficos do ciclo termodinâmico podem ser vistos da seguinte forma:
𝑄𝐻
𝑃 2 3
1 𝑄𝐿 4
𝑉2 𝑉
𝑉1
3 4
1 2
52
Tanque de armazenamento
Pistão (que promove
a compressão e a
expansão)
Regenerador
EXERCICIOS
2) Notou-se que em certo motor os gases saíram com cor escura e muita fuligem.
Qual problema este motor apresenta. E como solucioná-lo?
53
é usada para calibrar o motor, determine a relação ar combustível estequiométrica
e a real, além da massa molar de ar real para uma mesma massa de combustivel.
6) Diga quantos litros deve ter um motor que tem 4 cilindros e um raio de 4 cm em
cada cilindro, determine também o curso do pistão sabendo que o mesmo contém
uma taxa de compressão igual 11:1 e um volume inicial, no PMS de 0,0001 𝑚3 .
9) Os motores de regime permanente, usados ara alta velocidade, como o ramjet tem
uma vantagem do ponto de vista construtivo. Qual é?
10) Para a diminuição de gases tóxicos a pessoa como o monóxido de carbono (CO)
deve-se usar uma estratégia na admissão do motor. Cite-a:
54
4 Ciclos motores ar-combustível
• O fluido de trabalho é uma massa fixa de ar e este pode ser sempre modelado
como um gás perfeito. Assim não há processo de alimentação nem de descarga
55
Modelagens matemáticas
Conforme visto no capítulo anterior, sobre a pressão media efetiva que aqui será
tratada como ``𝑝𝑚𝑒``, o trabalho em um pistão será obtido pela multiplicação da pressão
media efetiva pelo volume de deslocamento do pistão.
𝑊 = 𝑝𝑚𝑒 . ∆𝑉
2
𝑊 = 𝑝𝑚𝑒 . (𝑃𝑀𝑆 − 𝑃𝑀𝐼). 𝜋𝑟𝑝𝑖𝑠𝑡𝑎𝑜
𝑞𝐿 𝑐𝑣 (𝑇4 − 𝑇1 )
𝜂𝑂𝑇𝑇𝑂 = 1 − =1−
𝑞𝐻 𝑐𝑣 (𝑇3 − 𝑇2 )
𝑇4
𝑇1 𝑇1 − 1
𝜂𝑂𝑇𝑇𝑂 =1− ( )
𝑇2 𝑇3 − 1
𝑇2
𝜂𝑂𝑇𝑇𝑂 = 1 − 𝑇𝐶 1−𝑘
𝑇2 𝑉1 1−𝑘 1
=( ) =
𝑇1 𝑉2 𝑇𝐶 𝑘−1
Onde:
56
𝑏2
𝑉1 (𝜋 ℎ ) + 𝑉𝑐
4 𝑐
𝑇𝐶 = =
𝑉2 𝑉𝑐
𝑇4
𝑞𝐿 1 𝑇1 𝑇1 − 1
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 =1− = 1− ( )
𝑞𝐻 𝑘 𝑇2 𝑇3 − 1
𝑇2
Onde:
𝑞𝐻 = 𝑐𝑝 (𝑇3 − 𝑇2 )
𝑞𝐿 = 𝑐𝑣 (𝑇4 − 𝑇1 )
1 𝑇𝐶 𝑘 − 1
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 = 1 − ( )
𝑇𝐶 𝑘−1 𝑘(𝑇𝐶 − 1)
Aplicações
57
EXEMPLO 4.1
Para um ciclo padrão a ar Otto, sua relação de compressão tem um valor igual a 10.
No PMS a pressão dentro do ar que entrou no cilindro é de um 1 Bar, e a temperatura de
288 K, sabendo que em cada ciclo a transferência de calor para o ar é de 1950 KJ/Kg,
diga:
b) O rendimento do ciclo
SOLUÇÃO
PARTE A
58
0,827 𝑚3
𝑣2 = = 0,0827
10 𝐾𝑔
𝑞2,3 1950
𝑇3 = 𝑇2 + = 723 + = 2719.66 + 723 = 3442 𝐾
𝑐𝑣 0,717
𝑃3 𝑇3 3442
= = = 4,76
𝑃2 𝑇2 723
𝑇3 𝑣4 𝛾−1
=( ) = 100,4 = 2,51
𝑇4 𝑣3
𝑃3 𝑣4 𝛾
= ( ) = 101,4 = 25,12
𝑃4 𝑣3
PARTE B
1
𝜂𝑂𝑇𝑇𝑂 = 1 − 𝑇𝐶 1−𝑘 = 1 − = 0,602
100.4
59
PARTE C
𝐾𝐽
𝑊 = 1950 − 776,51 = 1173,49
𝐾𝑔
𝑊 1173,49
𝑝𝑚𝑒 = = = 1576 𝐾𝑝𝑎
𝑣1 − 𝑣2 (0,827 − 0,0827)
EXEMPLO 4.2
b) O rendimento do ciclo
SOLUÇÃO
PARTE A
60
𝑣1 0,827 𝑚3
𝑣2 = = = 0,0375
22 22 𝐾𝑔
𝑇2 𝑣1 𝛾−1
=( ) = 220,4 = 3,44
𝑇1 𝑣2
𝑃2 𝑣1 𝛾
= ( ) = 221,4 = 75,75
𝑃1 𝑣2
𝑞2,3 1800
𝑇3 = 𝑇2 + = 990,72 + = 990,72 + 1792,82 = 2783,54 𝐾
𝑐𝑣 1,004
𝑣3 𝑇3 2783,5
= = = 2,809
𝑣2 𝑇2 990,72
𝑚3
𝑣3 = 2,809 . 0,0375 = 0,1053
𝐾𝑔
2783,54
𝑇4 = = 1220,85 𝐾
2,28
61
PARTE B
𝐾𝐽
𝑊 = 1800 − 688,85 = 1131,14
𝐾𝑔
1131,14
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 = = 0.628
1800
PARTE C
𝑊 1131,14
𝑝𝑚𝑒 = = = 1432,73 𝐾𝑝𝑎
𝑣1 − 𝑣2 (0,827 − 0,0375)
EXERCICIOS
62
5 Motores de combustão interna de regime não
permanente
63
Janela de Janela de
Embolo Janela de
admissão transferência
escape
Carter
Vela
64
Figura 5.2 –Desenho esquemático do funcionamento de um motor de dois tempos com
ignição por centelha – segundo tempo. Fonte: do autor. (Adaptado de
https://www.maniamoto.com/entenda-os-motores-2-tempos/
Componentes principais
65
1 – Bomba da agua - Usada para forçar o escoamento de fluido de refrigeração do
motor que passa por dutos dentro do bloco (ver adiante), pode ser do tipo mecânica
acionada.
66
Pá do ventilador
Rolamento Retentor
Agua do radiador
Correia
67
• Tipo com By-Pass: Possui um pequeno flange com mola na parte inferior que
direciona, a uma certa temperatura, todo o líquido de arrefecimento para o
radiador;
68
5 – Injetor de combustível – Dispositivo que usando da pressão advinda de uma bomba
(com exceção do sistema), pulveriza o combustível
Este efeito de vácuo pode ser utilizado para controlar vários outros sistemas do
motor automóvel tais como o avanço da ignição, bombas de travões, e a ventilação
do cárter em que os gases deste são queimados juntamente com o combustível.
Quando forem mantidos fechados, os dutos curtos e de grande seção, será para
ganhar mais potência, e quando forem mantidos abertos os dutos estreitos e
longos, será para ganhar mais de torque.
69
Figura 5.3 –Coletor de admissão do Ford Focus e Ecosport 2.0 16 V. Fonte: do autor.
(Adaptado da internet)
10 – Haste de válvulas – Haste que une a superfície de contato da válvula com o orifício
de entrada e saída no cilindro com a superfície acionada no came através do eixo arvore.
11 – Duto de agua – Duto que leva a agua refrigerada através dos canais dentro do bloco
do motor com a intuição de impedir um superaquecimento do motor.
70
13 – Cabeçote - conjunto do motor localizado superior ao bloco. Eh ligado ao mesmo
através de uma junta. Nele estão contidos os eixos arvore juntamente com suas respectivas
hastes com a tampa da válvula. Geralmente feito de alumínio ou ferro fundido.
71
24 – Engrenagem do virabrequim – Usada para acionamento da correia do comando de
válvulas. Antigamente era usada correias de aço.
Para que ocorra uma queima com alto rendimento, é necessário além de um
excesso de ar dentro da câmara (comburente), também que haja um tempo suficiente para
que a frente de chama propague e seja capaz de queimar a maior fração possível da massa
de mistura ar-combustível dentro da câmara. Portanto, para um motor alternativo, o tempo
do início de ignição deve ocorrer geralmente a um determinado tempo antes do PMS. De
um modo geral deve-se ter um controle do rendimento da queima e conhecimento do que
influi na velocidade de propagação da chama, resumindo, os principais fatores que
influem na velocidade de propagação da frente de chama são:
• Relação ar-combustível
• Turbulências
• Gases residuais
72
Segundo Rodrigues (2014), o avanço de ignição visa proporcionar o tempo
necessário para que a combustão se inicie e se desenvolva de tal forma que o pico de
pressão resultante desse processo ocorra poucos graus depois do pistão iniciar seu
movimento descendente. Se o avanço de ignição for demasiadamente grande haverá um
aumento excessivo da pressão no cilindro antes do pistão atingir o PMS e iniciar seu
movimento descendente, resultando em um aumento do trabalho de compressão e redução
do trabalho útil do ciclo. Por outro lado, se a ignição for muito atrasada, os valores
máximos de pressão do ciclo serão reduzidos, reduzindo o trabalho útil produzido pelo
motor. Assim existe um momento ótimo para a liberação da centelha de tal forma a
minimizar o trabalho de compressão e proporcionar os maiores valores de pressão nos
instantes iniciais do movimento descendente do pistão, gerando o maior torque e menor
consumo de combustível para um determinado regime de rotação e carga. Este avanço é
conhecido pela sigla MBT, do inglês “maximum break torque”.
Ainda para um gráfico pressão versus volume, contendo um ciclo, podemos ver o
efeito do avanço de ignição, de modo que a área hachurada mostrada é a energia
desperdiçada.
73
Cinemática do conjunto pistão-biela-virabrequim
𝑟 2
𝑥 = 𝑟(1 − cos 𝛼) + 𝐿(1 − √[1 − ( ) 𝑠𝑒𝑛2 𝛼])
𝐿
74
Caso se deseja achar a posição em função do tempo, pode-se colocar a velocidade
tangencial vezes o tempo de forma que:
𝛼 = 𝜔𝑡
𝑟 2
𝑥 = 𝑟(1 − cos 𝜔𝑡) + 𝐿(1 − √[1 − ( ) 𝑠𝑒𝑛2 𝜔𝑡])
𝐿
𝑑𝑥 𝜔𝑟 2 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 cos 𝜔𝑡
𝑣= = −𝜔𝑟𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 −
𝑑𝑡 √𝐿2 − 𝑟 2 𝑠𝑒𝑛2 𝜔𝑡
𝑣𝐵 = 𝑣𝐴 + 𝜔𝐴/𝐵 × 𝑟𝐴/𝐵
E a aceleração como:
2
𝑎𝐵 = 𝑎𝐴 + 𝛼𝐴/𝐵 × 𝑟𝐴/𝐵 − 𝜔𝐴/𝐵 𝑟𝐴/𝐵
EXEMPLO 5.1
75
manivela faz 30 graus em relação a direção vertical. Sabendo que o comprimento da biela,
L, é 0,12 m e o do raio do virabrequim, r, 0,03 m, determine:
SOLUÇÃO
PARTE A
𝐿 cos 𝛽 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝛼
Então:
𝑟
cos 𝛽 = 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 0,25 𝑠𝑒𝑛 30 = 0,125, 𝛽 = 82,88
𝐿
𝑚
𝑣𝑃 𝑗 = 90
𝑠
𝑣𝐵 = 𝑣𝐴 + 𝜔𝐴/𝐵 𝑥 𝑟𝐴/𝐵
76
𝑣𝐵 = 𝜔𝐴/𝐵 𝑥 𝑟𝐴/𝐵
𝜔𝐴/𝐵 = 𝜔 𝑘
𝑣𝑃 = 𝑣𝐵 + 𝜔𝐵/𝑃 𝑥 𝑟𝐵/𝑃
O sentido de rotação da biela BP, é horário, logo negativo. E o vetor posição BP:
77
[𝑖] => 0 = −𝑣𝐵 cos 𝛼 + 𝜔𝐵/𝑃 𝑟𝐵/𝑃 sen 𝛽
Resolvendo-se tem:
𝑟𝑎𝑑
𝜔𝐵/𝑃 = 3571 𝑒 𝑣𝐵 = 493,92 𝑚/𝑠
𝑠
Por fim:
𝑣𝐵 493,92
𝑣𝐵 = 𝜔𝐴/𝐵 𝑟𝐴/𝐵 , 𝜔𝐴/𝐵 = = = 16429𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑟𝐴/𝐵 0,03
𝑑𝑦
𝑣𝑝 = = 300 𝑚/𝑠
𝑑𝑡
P
L=0,12 m
𝛽
𝛼 = 30
B
𝜔
A
R=0,03 m
78
PARTE B
2
𝑎𝐵 = 𝛼𝐴/𝐵 𝑘 𝑥 (𝑟𝐴/𝐵 cos 𝛼 𝑗 + 𝑟𝐴/𝐵 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑖) − 𝜔𝐴/𝐵 . (𝑟𝐴/𝐵 cos 𝛼 𝑗 + 𝑟𝐴/𝐵 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑖)
2
𝑎𝑃 = 𝑎𝐵 + 𝛼𝐵/𝑃 𝑥 𝑟𝐵/𝑃 − 𝜔𝐵/𝑃 𝑟𝐵/𝑃
79
𝑎𝑃 = (−𝛼𝐴 0,0258𝑖 + 𝛼𝐴 0,015 𝑗) − (9693730𝑗 + 4048680 𝑖) + (𝛼𝐵 0,11904𝑖 + 𝛼𝐵 0,015 𝑗)
𝐵 𝐵 𝑃 𝑃
− (1518002𝑗 − 191280 𝑖)
Admissão e exaustão:
80
• Distribuir uniformemente a mistura entre os cilindros
• A altas velocidades temos uma grande perda de carga e também baixo rendimento
volumétrico
81
Figura 5.5 – Exemplo da influência do diâmetro do duto na homogeneização da mistura.
Fonte: do autor. (Adaptado da internet)
Portanto valores típicos de comprimento do coletor (𝐿𝑑) versus seu diâmetro (D)
está entre 10:1 e 20:1. Como um componente também comum no sistema de admissão de
82
ar temos o plenum, cuja função é amortecer oscilações causadas por variação e de pressão
e velocidades, (consequentemente de vazão mássica) entre ciclos. Em outras palavras ele
é a câmara principal do coletor, logo sempre um coletor carrega consigo as funções de
um plenum.
Estima-se que a câmara principal do coletor de admissão (ou plenum) deve ter um
volume entre 70% e 95% do deslocamento total do motor. Ou seja, num motor de 2 litros,
o plenum deve ter um volume ente 1,4 e 1,9 litro, garantindo assim a boa distribuição do
fluxo de ar.
Resumindo: caso se opere com o motor a alta rotação, num coletor variável estará
disponível um duto de baixo comprimento, havendo assim menos perda de carga e
portanto maior vazão mássica (permitindo ``encher o cilindro``). Já quando há
necessidade de menor consumo, libera-se o duto de grande comprimento permitindo uma
menor vazão, com grandes perdas. Dutos longos favorecem o torque enquanto dutos
curtos favorecem a potência.
Uma das partes mais importante da admissão diz respeito a dinâmica das válvulas
de admissão e escape, conforme pode ser visto no diagrama abaixo, há um intervalo em
que ambas as válvulas encontram-se abertas, porém, com o advento da tecnologia, temos
hoje o comando variável de válvulas, que adapta a dinâmica da abertura e fechamento das
mesmas de acordo com a solicitação da central eletrônica.
83
Figura 5.8 – Gráfico típico de abertura de válvulas de um motor de combustão interna
alternativo. Fonte: do autor. (Adaptado da internet)
84
Este pulso possui uma grande quantidade de energia, porém uma baixa capacidade
de deslocamento. Então o duto de admissão deve aumentar de diâmetro à medida que se
afasta da válvula de admissão e preferencialmente deve terminar em uma boca de sino.
Dessa forma haverá o casamento entre a impedância acústica – causando a amplificação
da onda - do duto e do plenum. Quando o pulso de rarefação chega ao plenum, ele é
refletido e retorna para o duto defasado em 180˚, tornando-se um pulso de compressão
(positivo).
85
𝑓𝑎
𝑞=
𝑓𝑚
1
𝐿𝑑 = 170
𝑞. 𝑛. 3
( )
𝛼
87
Figura 5.11 – Comportamento do rendimento volumétrico a várias rotações para
vários atrasos de fechamento de válvula. Fonte: do autor. (Adaptado da internet)
Figura 5.12 – Comparações entre perfis de came para diferentes taxas de aceleração. Fonte: do
autor. (Adaptado da internet)
88
Geometria do cabeçote
Para um motor simples, com duas válvulas o arranjo mais usado hoje em dia é o
do tipo Hemi (ou hemisférico), dada a disposição dos cilindros, esse arranjo otimiza a
geometria no topo da câmara. Porem para motores com dois cilindros na admissão e o
escape o tipo Pentroof (ou penta motor) é o mais comum. O mesmo apresenta um formato
em V invertido (daí o nome em inglês)
Há ainda o tipo de cabeçote plano. Mais antigo e pouco usado ele tem a vantagem
na facilidade de fabricação a custo, porem com baixa performance.
89
câmaras de combustão, o que significa um melhor rendimento do motor. Com o fluxo
cruzado também se consegue construir motores multi valvulados.
• Turbocompressores
90
• Superchargers:
91
• Turbocompressores em série, tendo em vista aumentar a razão de pressão.
92
Figura 5.16 – Efeito do uso de turbocompressor com geometria variável Fonte: do autor.
(Adaptado da internet)
A outra disposição comumente usada, fica por conta do Boxer (cilindros opostos),
que se revelou uma alternativa criativa para os motores em linha e em "V", com
características bem diferenciadas e que tem na Porsche e na Subaru, dois fabricantes que
contam com projetos bem desenvolvidos quanto a este tipo. Motores do tipo radiais são
e foram muitos usados para usos aeronáuticos de forma que se adequada a seção
transversal da aeronave e maximizava a área frontal de contatos das aletas de
resfriamentos, (resfriamento por ar)
Por último tem-se o motor em "W', que apesar do nome não tenha os cilindros
dispostos em "W", mas sim em um duplo "V" unido pelos vértices, ou seja, foram unidos
dois blocos V4 a um ângulo de 72º, que se "comunicam" por um único virabrequim. A
seguir há uma lista com as principais características de cada um:
93
Cilindros em linha
Cilindros em "V"
- Torque maior e com curva mais homogênea, mais diretamente ligada ao número de
cilindros, mas também ao ângulo do "V".
- Blocos mais compactos, propiciando cofres de motor menores e frentes mais baixas,
favorecendo a aerodinâmica.
- Permite um centro de gravidade mais baixo, como frentes também mais baixas
(aerodinâmica).
94
- Maior rendimento mecânico.
95
Após feito um esboço inicial do motor, seu layout, grandezas e paramentos
principais deve-se ao menos num nível preliminar executar-se uma análise de rendimento
e desempenho. Usa-se dinamômetros e outras equações semi-empíricas disponíveis.
Porém, para podermos trabalhar com os parâmetros de desempenho do motor, devemos
antes de tudo relembrar algumas grandezas e equações de interesse, são eles:
Torque:
𝑇 = 𝐹𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃
Potencia:
𝑃 = 𝑇𝜔
𝑑𝑥
𝑃=𝐹 = 𝐹𝑉
𝑑𝑡
96
hidráulicos, de correntes parasitas, aerodinâmicos, etc. O termo “indicado” do
trabalho refere-se ao trabalho mecânico máximo que poderíamos extrair do motor,
calculado levando em conta o ciclo termodinâmico realizado pelos gases, sem
descontar a energia consumida no “bombeamento” do ar ou ar + combustível e
outras perdas por atrito no motor.
𝑃𝐿 = 𝑃𝐵 − 𝑃𝐴
𝑃𝑃 = (𝐶𝑅 𝑀𝑉 𝑔 + 0.5 𝜌 𝐴 𝐶𝐷 𝑉 2 )𝑉
𝐾𝑔
𝑉𝑎𝑧𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 [ ]
𝑆𝐹𝐶 = 𝑠
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 [𝐾𝑤]
1
𝜂=
𝑆𝐹𝐶 𝑄𝐻
97
Podemos ainda descrever o rendimento em função de outras grandezas:
1
𝜂=
𝑆𝐹𝐶 𝜂𝐶 𝑃𝐶𝐼
𝑄𝐻,𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑄𝐻,𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 𝜂𝐶
E que:
EXEMPLO 5.2
Considere como exemplo um motor de combustão interna alternativo que opere com
querosene de aviação, que deverá ser modelado como um alcano dodecano. Pede-se que
este motor, tenha uma relação de excesso de ar, 𝜆, de 1,6 no ponto de projeto, e que seu
ciclo seja matematicamente modelado como um ciclo Diesel com uma eficiência
isentrópica na compressão de 85 %, uma eficiência isentrópica na expansão de 92 % e
uma eficiência na combustão de 99 %.
98
a) A quantidade de calor especifico, em KJ/Kg, advinda da fonte quente – ou seja no
processo de combustão.
SOLUÇÃO
Parte A
∆ ∆
𝐶20 𝐻42 + 𝐵 ( 𝑂2 +3,76 𝑁2 ) → 𝐶 𝐶𝑂2 + 𝐷 𝐻2 𝑂 +𝐸 𝑁2 → +𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
𝐶 = 20
2𝐷 = 42
𝐷 = 21
2𝐵 = 𝐶 + 2𝐷
2𝐵 = 21 + 2.20
𝐵 = 30,5
99
𝐴
|
𝐶 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝜆=
𝐴
|
𝐶 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑞𝑢𝑖𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝐴 𝐴
| =𝜆 | = 1,6 14,85 = 23,76
𝐶 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝐶 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑞𝑢𝑖𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑚̇𝑎𝑟
𝑄𝐻,𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝑚̇𝑐 𝑃𝐶𝐼 = . 43050
23,76
𝑚̇𝑎𝑟
𝑄𝐻,𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = 𝑚̇𝑐 𝑃𝐶𝐼 = . 43050 = 1818,86 𝑚̇𝑎𝑟
23,76
𝑄𝐻,𝑟𝑒𝑎𝑙 𝐾𝐽
𝑞𝐻,𝑟𝑒𝑎𝑙 = = 1800,67 [ ]
𝑚̇𝑎𝑟 𝐾𝑔
Parte B
100
𝑅𝑇1 287. 308 𝑚3
𝑣1 = = = 0,8840
𝑃1 1 𝑥 105 𝐾𝑔
𝛾−1
𝑇1 𝑃2 𝛾 308 1,4−1
(𝑇2 − 𝑇1 ) = [( ) − 1] = [60 1,4 − 1] = 801
𝜂𝑠,𝑐 𝑃1 0,85
Logo:
𝑇2 = 1109,52 𝐾
𝑃2
𝑃2 = ( ) . 𝑃1 = 60 . 1 = 60 𝐵𝑎𝑟
𝑃1
101
𝑇3 = 1505,22 + 1109,52 = 2614,74 𝐾
E as demais propriedades:
𝑃3 = 𝑃2 = 60 𝐵𝑎𝑟
Por fim para o processo de expansão, tem-se que o volume especifico e igual ao
atmosférico, logo 𝑣4 = 𝑣1 :
𝛾−1
𝛾
1
(𝑇3 − 𝑇4 ) = 𝜂𝑠,𝑒 𝑇3 1 − ( )
𝑃3
𝑃4
[ ]
1
(𝑇3 − 𝑇4 ) = 𝜂𝑠,𝑒 𝑇3 [1 − ]
𝑣 𝛾−1
( 4)
𝑣3
1
(𝑇3 − 𝑇4 ) = 0,92 2614,74 [1 − ]
0,884 1,333−1
( )
0,125
𝑊 𝑄𝐿 𝑐𝑣 (𝑇4 − 𝑇1 )
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 = = 1− =1−
𝑄𝐻 𝑄𝐻 𝑐𝑝 (𝑇3 − 𝑇2 )
102
0,861 (1463,22 − 308) 0,861 . 1155,22 994.64
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 = 1 − = = 1−
1,148 (2614,74 − 1109,52) 1,148 . 1505,22 1727,99
𝜂𝐷𝐼𝐸𝑆𝐸𝐿 = 0,42
𝐾𝑔
𝑉𝑎𝑧𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 [ ]
𝑆𝐹𝐶 = 𝑠
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 [𝐾𝑤]
𝑚̇𝑐
𝑆𝐹𝐶 =
(𝑚̇𝑐 + 𝑚̇𝑎𝑟 ) (𝑐𝑝 3 − 𝑇2 ) − 𝑐𝑣 (𝑇4 − 𝑇1 ))
(𝑇
𝑚̇𝑐 1
𝑆𝐹𝐶 = =
(𝑚̇𝑐 + 23,76 . 𝑚̇𝑐 ) (𝑐𝑝 (𝑇3 − 𝑇2 ) − 𝑐𝑣 (𝑇4 − 𝑇1 )) 24,76 (1727,99 − 994,64)
𝐾𝑔
𝑆𝐹𝐶 = 5,507 . 10−5
𝐾𝑤. 𝑠
EXEMPLO 5.3
Com os dados do exemplo 5.2 e sabendo que este motor deve gerar uma potência de
270 cv a 3000 rpm, determine:
b) O valor do numero de cilindros, sabendo que cada cilindro deve ter 1500 cm^3 no
ponto morto inferior.
SOLUÇÃO
Parte A
103
Sabemos que cada cavalo força é dado por 0,736 Kw, logo:
𝑊 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿
𝑘𝑔
𝑚̇𝑐 = 0.0109
𝑠
𝐾𝑔
𝑚̇𝑎𝑟 = 𝑚̇𝑐 . 23.76 = 0,26
𝑠
Parte B
𝑉1 = 𝑣1 . 𝑚1
𝑐𝑚3
𝑉1 = 0.26 . 0.884 = 0,459 𝑚3 = 0,462 . (100 𝑐𝑚)3 = 229800
𝑠
104
Note porem que a rotação de 3000 rpm quer dizer que, haverão 50 rotações por
segundo, ou seja haverão 25 cilindros para serem cheios em um segundo levando-se em
conta que cada ciclo percorre 720 graus (ou duas rotações), logo:
229800
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 = = 9180 𝑐𝑚3
25
𝑐𝑚3
𝑉1 [ ]
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 = 𝑠
𝜔 [𝑟𝑝𝑚]
𝑁𝑐𝑖𝑙
120
Como queremos em média 1500 cm^3 por cilindro podemos definir que:
𝑐𝑚3
𝑉1 [ ] 229800
𝑁𝑐𝑖𝑙 = 𝑠 = = 6,12 𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜𝑠
𝜔 [𝑟𝑝𝑚] 25 . 1500
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼
120
𝑉1 229800
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 = = = 1532 𝑐𝑚3
𝜔 [𝑟𝑝𝑚] 25 . 6
𝑁𝑐𝑖𝑙
120
EXEMPLO 5.4
Ainda usando os dados do exemplo 5.2 e 5.3 determine, sabendo que o cilindro
deve ter um raio de 80 mm:
105
a) A taxa de compressão.
SOLUÇÃO
Parte A
𝑉1 𝑣1 𝑚𝑎𝑟 0,884
𝑇𝐶 = = . = = 16,67
𝑉2 𝑣2 𝑚𝑎𝑟 0,053
Parte B
𝑏2
𝑉1 (𝜋 ℎ ) + 𝑉𝑐 𝑉
4 𝑐 𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼
𝑇𝐶 = = =
𝑉2 𝑉𝑐 𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝑆
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 1532
𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 = 1532 𝑐𝑚3 𝑉2 = 𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝑆 = = = 91,90 𝑐𝑚3
𝑇𝐶 16,67
𝑏2
(𝜋 ℎ𝑐 ) + 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝐼 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐𝑖𝑙,𝑃𝑀𝑆
4
0,162
(𝜋 ℎ𝑐 ) = 1440 𝑐𝑚3 = 0,00144 𝑚3
4
ℎ𝑐 = 0,071 𝑚
EXERCICIOS
5) Caso adotemos cada vez mais um combustível mais viscoso – ou seja com mais
carbonos na cadeia principal – o que se espera em relação a relação ar combustível
estequiométrica?
107
6) Qual a vantagem do uso do intercooler e do aftercooler no desempenho de um
motor de combustão interna?
10) Tem-se um motor de combustão interna alternativo que tem uma velocidade de
expansão dos gases, que induz o movimento do pistão, na direção vertical de 100
m/s. Qual seria a velocidade angular do virabrequim em 45 graus em relação a
vertical. Considere o valor do comprimento da biela, L, de 0,15 m e o do raio da
manivela de 0,05 m. Determine também a aceleração angular.
108
6 Ciclos de Potência a Vapor
Para a geração de potência através de uma turbina a vapor, usa-se um arranjo que
opera segundo o ciclo Rankine, - e demonstrado na figura 6.1 - ou seja, um ciclo cujo
fluido operante seja agua (destilada) e formado por:
• Condensadores
• Bombas
• Turbinas a vapor
• Caldeiras
2 3
Caldeira
Bomba
Turbina
1
4
Condensador
109
𝑃
2 3
4
1
𝑉2 𝑉
𝑉1
1 4
Figura 6.2 – Graficos genericos de pressao versus volume e temperatura versus entropia
para o ciclo Rankine simples (sem regeneracao). Fonte: do autor.
Considerações mais detalhadas sobre bombas e turbinas a vapor foram vistas nas
disciplinas Maquinas de Fluxo e Sistemas Hidráulicos e não serão revistas aqui, ficando
a seguir a descrição dos condensadores e caldeiras:
110
Caldeiras:
• Supercríticas
111
As caldeiras flamotubulares do tipo horizontal contem: um vaso de pressão
cilíndrico horizontal, com dois tampos planos (os espelhos) onde estão afixados os tubos
e a fornalha. Caldeiras mais recentes contém vários canais (ou passes) de gases, sendo
mais comum uma fornalha e dois passes de gases (segunda da coluna do meio da figura).
112
Figura 6.3 – Desenho em corte de caldeira flamotubular. Fonte: (Adaptado de Togawa
Engenharia).
113
Figura 6.4 – Desenho esquematico de caldeira aquatubular, detalhando a caixa de
queimadores com a linha de combustivel e o ventilador/compressor. Note o ar sendo
pre-aquecido antes de ser atomizado na camara. Fonte: (Adaptado da internet).
Figura 6.5 – Queimador de combustivel liquido (oleo) com pulverizacao a ar. Fonte:
(Adaptado da internet).
114
Condensadores:
Condensadores são um trocador de calor, no qual o fluido passa de sua fase de vapor para
sua fase liquida, mediante uma troca de calor com as paredes do equipamento, com um
fluido externo. Sua principal função portanto é tornar o título igual a zero na entrada da
bomba de forma a evitar danos a integridade do equipamento e aumentar a eficiência do
ciclo. Os dois tipos existentes são:
• O ar de folgas que provem de falhas na vedação (deve ser retirado com uma bomba de
vácuo)
• A agua de reposição do ciclo (por causa das purgas, vazamentos). Essa agua é
desmineralizada e provem do tanque reserva.
115
Ciclo Rankine Simples
Δℎ𝑟𝑒𝑎𝑙 ℎ3 − ℎ4𝑟𝑒𝑎𝑙
𝜂𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑎, 𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎 = =
Δℎ𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑜 ℎ3 − ℎ4
Δℎ𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑜 ℎ2 − ℎ1
𝜂𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑎,𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = =
Δℎ𝑟𝑒𝑎𝑙 ℎ2𝑟𝑒𝑎𝑙 − ℎ1
𝑊𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎 = (ℎ3 − ℎ4 )
𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = (ℎ2 − ℎ1 )
𝑄 = (ℎ3 − ℎ2 )
116
EXEMPLO 6.1
Para um ciclo Rankine ideal, cuja pressão de saída da turbina é igual a 0,1 Bar e a
pressão e temperatura de entrada da turbina são respectivamente 125 Bar e 600 C,
determine, de forma que não haja vapor na entrada da bomba:
SOLUÇÃO
PARTE A
𝐾𝐽 𝐾𝐽
𝑠3 = 𝑠4 = 6,78 𝑒 ℎ3 = 3604
𝐾𝑔. 𝐾 𝐾𝑔
Com esse valor de entropia e a pressão de 0,1 Bar (10 Kpa) descobrimos que a
temperatura de saturação será igual a 6,98 𝐶 com um título, igualando-se o valor de
entropia encontrado anteriormente igual a:
117
𝑥 = 0,76
ℎ4 = (1 − 𝑥)29,30 + 𝑥. 2514,2
𝐾𝐽
ℎ4 = (1 − 0,76)29,30 + 0,76. 2514,2 = 1910,79
𝐾𝑔
Note que esse valor de 76 % de vapor na saída da turbina ira implicar numa
considerável porcentagem de agua, o que por sua vez ira acarretar um desgaste e erosão
acentuados nos últimos estágios da turbina.
PARTE B
𝐾𝐽 𝐾𝐽
ℎ1 = 29,30 𝑒 𝑠1 = 0,1059
𝐾𝑔 𝐾𝑔. 𝐾
118
𝐾𝐽
ℎ2 = 54
𝐾𝑔
• Ciclo regenerativo
Focaremos nosso estudo nos dois primeiros de forma que o ultimo poderá ser visto
com mais calma no ultimo capitulo. Começando no sistema com reaquecimento, define-
se o mesmo como um sistema que com fluido operante após passar por um processo de
aquisição de energia (troca de calor na caldeira), tem sua passagem por uma turbina
(chamada de alta pressão) e retorna através de um sistema de tubulações a caleira de forma
119
a reaquecer o vapor. Com isso consegue-se aumentar novamente a energia e passar por
último numa turbina de baixa pressão. A pressão entre o reaquecedor e as turbina se dá a
pressão constante.
3 5
4
2
1 6
Figura 6.6 – Gráficos genericos de temperatura versus entropia para o ciclo Rankine
com reaquecimento. Fonte: do autor.
2
Caldeira
3
Bomba
Turbina
de alta
4
1
Turbina
Condensador 5 de baixa
120
Os trabalhos específicos agora porém, que a turbina realiza nos eixos serão
somados (turbina de baixa mais turbina de alta):
𝑄𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 = (ℎ3 − ℎ2 )
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐. = (ℎ5 − ℎ1 )
EXEMPLO 6.2
Usina no ciclo Rankine ideal com reaquecimento. O vapor entra na turbina de alta pressão
a 15 MPa e 600 C, (sendo 600 C a temperatura que entra na turbina de baixa) e é
condensado a 10 kPa. Se o conteúdo de umidade do vapor na saída da turbina de baixa
pressão não deve exceder 10,4%, determine:
121
b) a eficiência térmica do ciclo. Considerar que o vapor é reaquecido até a mesma T de
entrada da turbina de alta pressão
SOLUÇÃO
PARTE A
𝐾𝐽
𝑠6 = 𝑠𝑙 + 𝑥6 (𝑠𝑣 − 𝑠𝑙 ) = 7,369
𝐾. 𝐾𝑔
𝐾𝐽
ℎ6 = ℎ𝑙 + 𝑥6 (ℎ𝑣 − ℎ𝑙 ) = 2335,1
𝐾. 𝐾𝑔
𝑝5 = 4,0 𝑀𝑝𝑎
ℎ5 = 3674,9 𝐾𝑗/𝐾𝑔
𝑚3
𝑣1 = (1 − 𝑥)𝑣𝑙 + 𝑣𝑣 = 0,001
𝐾𝑔
122
𝑘𝐽
ℎ1 = (1 − 𝑥)ℎ𝑙 + ℎ𝑣 = 191,7
𝑘𝑔
𝑘𝐽
ℎ2 = ℎ1 + 𝑣1 (𝑝2 − 𝑝1 ) = 191,7 + 0,001(15000 − 10) = 206,95
𝑘𝑔
Por fim:
𝑝3 = 15 𝑀𝑝𝑎, 𝑇3 = 600 𝐶
𝐾𝑗 𝐾𝑗
ℎ3 = 3583,1 𝑠 = 6,6796
𝐾𝑔 3 𝐾𝑔. 𝐾
𝑝4 = 4 𝑀𝑝𝑎, 𝑠3 = 𝑠4
𝐾𝑗
ℎ4 = 3155,0 𝑇 = 375,5 𝐶
𝐾𝑔 4
𝑞𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 ℎ6 − ℎ1
𝜂𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 1 − =1−
𝑞𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 (ℎ3 − ℎ2 ) + (ℎ5 − ℎ4 )
2335,1 − 191,8
𝜂𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 1 − = 0,45
(3583,1 − 206,95) + (3674,9 − 2335,1)
123
Como exercício sugere-se que se encontre as demais propriedades da tabela acima,
usando as tabelas de vapor.
EXERCICIOS
124
7 Motores de combustão interna de regime
permanente
125
• Processo 3-4 – Expansão isentrópica na turbina a gás
𝑃
2 3
1 4
𝑉
𝑇
4
1
𝑆
Figura 7.1 – Graficos genericos de pressao versus volume e temperatura versus entropia
para o ciclo Brayton – ideal (sem regeneracao). Fonte: do autor.
Combustível
Câmara de combustão
Ar Gás de exaustão
Potência de saída
Compressor Turbina
126
Figura 7.2 – Esquema de um turboeixo simples (Adaptado de Saravanamuttoo
et. al.)
𝑃
Onde 𝑟 é a razão de pressão 𝑃02 ( do compressor), logo:
01
𝛾−1
1 ( 𝛾 )
𝜂 =1−( )
𝑟
127
Há ainda variantes do ciclo, como por exemplo ciclos com regeneração de forma
que pode haver um trocador de calor entes da câmara, fazendo com que parte da energia
no escape da turbina possa ser reutilizada, como exemplo temos que:
6 Trocador de calor
Câmara de combustão
2 3 4
5
1
Potência
Compressor Turbina de saída
4
5
2 Calor cedido
6 no trocador de
calor
128
Um ciclo com reaquecimento também é possível, de forma que haja uma divisão
entre as turbinas de baixa e alta pressão. Na saída da turbina de alta pressão convém
colocar um reaquecedor na entrada da turbina de baixa pressão, de forma que segundo o
gráfico 7.5 pode ser mostrado por:
4
5
3
Sabemos que todos os arranjos citados anteriormente, são tidos como ideais, porem
devemos ter em mente que numa configuração próxima da realidade, todos os
componentes contem perdas, incluso portanto perdas de cargas em dutos e componentes
que compõem as turbinas a gás, são elas:
129
• Perdas de pressão em trocadores de calor (câmaras+ trocadores) – Também os
trocadores de calor realizam uma perda de carga em torno de 2 a 5% em relação
a pressão de entrada, podemos quantificar essa perda Δ𝑝 da seguinte forma:
• Perdas por transmissão mecânica – causada pelo atrito do elemento eixo com
rolamentos e mancais, geralmente há uma perda de 1 a 2 % da energia fornecida
pela turbina, até aquela que chega de fato ao compressor. Essa perda pode ser
quantificada através da eficiência de transmissão mecânica 𝜂𝑚 como:
130
𝑎𝑟 f/a𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜
𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 = f/a𝑟𝑒𝑎𝑙 =
𝑐𝑜𝑚𝑏 𝜂𝑐𝑜𝑚𝑏
Figura 7.6 – Diagrama relação ar-combustivel para uma camara usada em uma
turbina á gás (Adaptado de Saravanamuttoo et. al.)
EXEMPLO 7.1
131
Para um turboeixo simples com regeneração, que opera com ar atmosférico temos os
seguintes dados:
• Perdas de pressão:
SOLUÇÃO
𝛾−1
𝑇01 𝑃02 𝛾 288 0,285
𝑇02 − 𝑇01 = [( ) − 1] = [4 − 1] = 164,7 𝐾
𝜂𝑐 𝑃01 0,85
132
𝑐𝑝12 (𝑇02 − 𝑇01 ) 1,005 . 164,7
𝑊𝑡𝑐 = = = 167,2 𝐾𝐽/𝐾𝑔
𝜂𝑚 0,99
Δ𝑝𝑐𝑎𝑚 Δ𝑝𝑡𝑟𝑜𝑐.𝑐𝑎𝑙
𝑃03 = 𝑃02 (1 − − ) = 4(1 − 0,02 − 0,03) = 3,8 𝐵𝑎𝑟
𝑃02 𝑃02
𝑃03 3,8
= = 3,65
𝑃04 1,04
Após passar pela câmara o fluido operante na máquina deixa de ser ar e passa a
ser gás queimado, mudando assim suas propriedades, agora o 𝛾 = 1,333, e recorrendo a
equação 2.16
𝛾−1
𝛾
1 1 0,25
𝑇03 − 𝑇04 = 𝑇03 𝜂𝑡 1 − ( ) = 0,87.1100 [1 − ( ) ] = 264,8 𝐾
𝑃03 3,654
𝑃04
[ ]
133
Obs: Por exemplo, se quisermos um turboeixo capaz de gerar 10000 Kw, uma massa de 73
Kg seria necessária!
𝑇05 − 𝑇02
𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 = 0,8 =
𝑇04 − 𝑇02
f/a𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 0,0094
f/a𝑟𝑒𝑎𝑙 = = = 0,0096
𝜂𝑐𝑜𝑚𝑏 0,98
3600 . f/a𝑟𝑒𝑎𝑙 𝐾𝑔
𝑆𝐹𝐶 = = 0,253
𝑊𝑡 − 𝑊𝑡𝑐 𝑘𝑊. ℎ
EXEMPLO 7.2
Para um turboeixo simples com uma turbina livre, que opera com ar atmosférico
temos os seguintes dados:
134
• Razão de pressão no compressor (estagnação): 12,0;
• Perdas de pressão:
SOLUÇÃO
𝛾−1
𝑇01 𝑃02 𝛾 288
𝑇02 − 𝑇01 = [( ) − 1] = [120,285 − 1] = 346.3 𝐾
𝜂𝑐 𝑃01 0,86
135
Δ𝑝𝑐𝑎𝑚
𝑃03 = 𝑃02 (1 − ) = 12(1 − 0,06) = 11,28 𝐵𝑎𝑟
𝑃02
𝑊𝑡𝑐 351,5
𝑇03 − 𝑇04 = = = 306,2 𝐾
𝑐𝑝34 1,148
𝛾−1
𝛾
1
𝑇03 − 𝑇04 = 𝑇03 𝜂𝑡 1 − ( )
𝑃03
𝑃04
[ ]
0,25
1 𝑃03
306,2 = 0,89 . 1350 1 − ( ) 𝑙𝑜𝑔𝑜: = 3,243
𝑃03 𝑃04
[ 𝑃04 ]
𝑃03 11,28
= = 3,478
𝑃
( 03 ) 3,243
𝑃04
𝑃04 3,478
= = 3,377
𝑃05 (1 + 0,03)
136
𝛾−1
𝛾
1 1 0,25
𝑇04 − 𝑇05 = 𝑇04 𝜂𝑡 1 − ( ) = 0,89 . 1043,8 [1 − ( ) ] = 243,7 𝐾
𝑃04 3,377
𝑃05
[ ]
𝑊𝑡,𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 = 𝑐𝑝45 (𝑇04 − 𝑇05 )𝜂𝑚 = 1,148 . 243,7 . 0,99 = 277 𝐾𝐽/𝐾𝑔
Um dos maiores usos relativos aos sistemas térmicos que operam segundo o ciclo
Brayton diz respeito a aplicação como motores a reação e turboeixos de motores
137
aeronáuticos, em especial aos motores a reação temos o turbojato e turbofan. Estes
motores fornecem empuxo da seguinte forma:
Difusor
Bocal
𝐶𝑎2
𝑇01 = 𝑇𝑎 +
2𝑐𝑝
138
𝛾
𝑃01 𝐶𝑎2 𝛾−1
= [1 + 𝜂𝑑 ]
𝑃𝑎 2𝑐𝑝 𝑇𝑎
𝑃04 1
= 𝛾
𝑃𝑐 1 𝛾 − 1 𝛾−1
[1 − ]
𝜂𝑏 𝛾 + 1
De forma que as demais propriedades críticas (ou seja relativo a Mach de operação
igual a 1) sejam:
2
𝑇05 = 𝑇𝑐 = ( )𝑇
𝛾 + 1 04
1
𝑃05 = 𝑃c = 𝑃04 .
𝑃
( 04 )
𝑃𝑐
EXEMPLO 7.3
• Eficiências isentrópicas:
Compressor: 0.87
139
Turbina: 0.9
Difusor: 0.93
Bocal: 0.95
SOLUÇÃO
𝑚
𝑃𝑎 = 0.265 𝐵𝑎𝑟 𝑇𝑎 = 223.3 𝐾 𝑎 = 299.5
𝑠
𝛾
𝑃01 𝐶𝑎2 𝛾−1 28.6 3.5
= [1 + 𝜂𝑑 ] = [1 + 0.93 ] = 1.482
𝑃𝑎 2𝑐𝑝 223.3
Na saída do compressor:
𝑃02
𝑃02 = 𝑃 = 8 . 0.393 = 3.144 𝐵𝑎𝑟
𝑃01 01
140
𝛾−1
𝑇01 𝑃02 𝛾 251.9 0,285
𝑇02 − 𝑇01 = [( ) − 1] = [8 − 1] = 234.9 𝐾
𝜂𝑐 𝑃01 0,87
Δ𝑃𝑐𝑜𝑚𝑏
𝑃03 = 𝑃02 (1 − ) = 3.144(1 − 0.04) = 3.018 𝐵𝑎𝑟
𝑃02
1 1
𝑇 `04 = 𝑇03 − (𝑇03 − 𝑇04 ) = 1200 − 207.7 = 969.2 𝐾
𝜂𝑐 0.9
𝛾
𝑇 `04 𝛾−1 969.2 4
𝑃04 = 𝑃03 ( ) = 3.018 ( ) = 1.284 𝐵𝑎𝑟
𝑇03 1200
𝑃04 1,284
= = 4.845
𝑃𝑎 0,265
Note que a razão de pressão crítica para este bocal (considerando a eficiência do
bocal)
141
𝑃04 1 1
= 𝛾 = = 1,914
𝑃𝑐 1 𝛾−1 𝛾−1 1 0.333 4
[1 − ] [1 − ]
𝜂𝑏 𝛾 + 1 0.95 2.333
𝑃04 𝑃04
Como a pressão > o bocal esta entupido, portanto:
𝑃𝑎 𝑃𝑐
2 2 . 992.3
𝑇05 = 𝑇𝑐 = ( ) 𝑇04 = = 850.7 𝐾
𝛾+1 2.333
1 1.284
𝑃05 = 𝑃c = 𝑃04 . = = 0.671 𝐵𝑎𝑟
𝑃 1.914
( 04 )
𝑃𝑐
𝑃c
𝜌5 =
𝑅𝑇𝑐
𝑚
𝐶05 = √𝛾𝑅𝑇𝑐 = √1,333 287 850,7 = 570,5
𝑠
𝐴05 1 1 𝑚2 𝑠
= = = 0,006374
𝑚 𝜌5 . 𝐶05 𝜌5 . 𝐶05 𝐾𝑔
𝑁 .𝑠
𝐹𝑒𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 330,9 + 258,8 = 589,7
𝐾𝑔
0.194
𝑓= 0,0198
0,98
142
E o consumo especifico de combustível é:
𝑓 0.0198 . 3600 𝐾ℎ
𝑆𝐹𝐶 = = = 0.121
𝐹𝑙𝑖𝑞 589.7 ℎ𝑁
143
144
EXERCICIOS
• Eficiências isentrópicas:
Compressor: 0,92
Turbina: 0,95
Difusor: 0,98
Bocal: 0,97
3) Para um turboeixo simples com uma turbina livre, que opera com ar atmosférico
com os seguintes dados, encontre o SFC e o empuxo especifico:
• Perdas de pressão:
145
Na câmara de combustão: 6% da pressão entregue pelo compressor
𝐽
𝑐𝑝,ℎ𝑒𝑙𝑖𝑜 = 5193
𝐾𝑔. 𝐾
𝛾ℎ𝑒𝑙𝑖𝑜 = 1,63
5) Para um motor turborreator que opera entupido a nível do mar, caso o mesmo
comece a operar em uma altura mais elevada, espera-se que este motor deixe de
estar entupido em seu bocal?
146
8 Ciclos de Refrigeração de Compressão à Vapor
A principal diferença entre ambas é que enquanto a máquina frigorifica tem por
única e exclusiva função resfriar (arrefecer) determinado ambiente, a bomba de calor pode
ser usada tanto para resfriar quanto aquecer. Para isso basta escolher se o evaporador ou
condensador ficara no local a ter a temperatura modificada. Tanto o condensador quanto
o evaporador podem ser descritos de forma simplista como serpentinas.
3) Ciclo de gás
4) Ciclo Stirling
Neste curso serão estudados os dois primeiros, sendo que os dois últimos são
encorajados a serem pesquisados por aqueles interessados a se aprofundar no tema.
O ciclo mais comum, (também conhecido como ciclo de Kelvin, em homenagem a seu
idealizador), usado em larga escala em frigoríficos de grande porte e também sistemas
domésticos (tais quais os splitters). No contexto a ser estudado, entenda-se por frigorifico,
um nome que também pode ser dado ao ciclo – ciclo frigorifico – que é aquele que contem
equipamentos que produzem refrigeração são chamados de refrigeradores
Neste ciclo, um refrigerante em circulação – cuja lista de fluidos disponíveis será descrita
mais adiante – passa por um processo de compressão isentrópica, na forma de vapor,
saindo superaquecido do compressor. O próximo passo, é o fluido refrigerante entrar em
147
um condensador, que consiste numa serpentina circuncidando tubos, para se resfriar,
passando assim para a fase liquida, esse processo no condensador ocorre em temperatura
e pressão constantes. A seguir tem-se a válvula de expansão. O fluido ao passar por este
disposto tem uma queda de pressão considerável, de forma a ocasionar uma evaporação
parcial. Neste ponto temos geralmente uma mistura vapor mais líquido, que em seguida
vai ao evaporador, e muda de fase rapidamente, fazendo com que haja uma troca de calor
ao redor do tubo por onde passa (esfriando). Em muitas ocasiões, o ar ao redor dos tubos
resfriado tem sua circulação forcada por algum ventilador (ou fan) de forma projeta o ar
para o ambiente.
4 1
148
Figura 8.2 – Esquema basico de um ciclo de refrigeração por compressao. Fonte: do
autor. Notar a valvula que pode mudar a direção do escoamento e transformar o
refrigerador numa bomba de calor. Adaptado da internet.
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟 = (ℎ2 − ℎ1 )
149
𝑄𝐻 = (ℎ3 − ℎ2 )
𝑄𝐿 = (ℎ1 − ℎ4 )
𝑊𝑣𝑎𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 = 0, 𝑝𝑜𝑖𝑠 ℎ3 = ℎ4
𝑄𝐿
𝛽= (𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜)
𝑄ℎ − 𝑄𝐿
𝑄𝐻
𝛽= (𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟)
𝑄ℎ − 𝑄𝐿
Por último, convém destacar alguns dos fluidos mais usados em sistemas de
refrigeração comerciais, são eles:
• Usados entre 1940 até 1990 como o fluido refrigerante mais comum, contudo a
presença do cloro na sua formulação o levava a ser extremamente nocivo a camada
de ozônio.
150
• É uma tendência a volta dos refrigerantes naturais, dado como por exemplo o
baixo apelo dos mesmo para a formação do efeito estufa e degradação da camada
de ozônio
• Como exemplo temos o propano e o butano, que saem extraídos através do refino
do petróleo.
Note que para indicar o potencial de dano a camada de ozônio foi o criado o critério
de ODP – Ozone Depleting Potential - ou potencial de degradação da camada de ozônio,
que tem como referência o R12.
R11: ODP=1,0
R22: ODP=0,05
NH3: ODP=0
CO2: GWP=1,0
R22: GWP=1500
R134a: GWP=3260
151
4) Compatibilidade com materiais e óleo
6) Baixo custo
Resumindo:
Uso Nome/composição
Refrigeração domestica R134-a /(HFC sintético), R-600ª (isobutano)
Refrigeração comercial R134-a, R-404a. R-407-a/(HFC, sintético)
Conforto térmico R22 /HCFC, sintético, R-134a, R410a /HFC
Industrial e armazenamento R717/(NH3, natural), R744/(CO2, natural)
EXEMPLO 8.1
Um refrigerador utiliza R-134a e opera em um ciclo padrão entre 0,14 MPa e 0,8
MPa. Se a vazão mássica de refrigerante for igual a 0,05 kg/s, determine considerando
que no ponto 2 (saída do compressor há apenas vapor):
a) Capacidade de refrigeração
d) COP do sistema
SOLUÇÃO
Kj Kj
𝑃01 = 0,14 Mpa, ℎ1 = ℎv = 239,16 , 𝑠1 = 𝑠v = 239,16
Kg Kg
152
Sabendo que a compressão é um processo isentrópico (processo entre os pontos 1
e 2):
Kj
𝑃02 = 0,8 Mpa, 𝑠2 = 𝑠1 , ℎ2 = 275,39
Kg. K
Kj
𝑃03 = 0,8 Mpa, ℎ3 = ℎl = 95,47 ,
Kg
Kj
ℎ3 = ℎ4 = 95,47 ,
Kg
PARTE A
PARTE B
PARTE C
𝑄𝐻 = 𝑄𝐿 + 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟 = 8,99 𝐾𝑤
PARTE D
𝑄𝐿
𝛽= = 3,97 𝐾𝑤
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟
153
Sistemas típicos para condicionamento de ar e refrigeração
• Split
• Chillers
• Torres de resfriamento
154
Figura 8.3 – Diagrama pressão versus entalpia tipicamente usada para dimensionamento
e análise de sistemas de refrigeração. Adaptado da internet.
EXEMPLO 8.2
c) COP do sistema
155
d) A capacidade de refrigeração do ciclo
SOLUÇÃO
156
c) A eficiência do ciclo, COP:
6
𝑄𝐿 = 𝑚̇(ℎ1 − ℎ4 ) = = 11,68 𝑘𝑊
60
157
Figura 8.4 – Sistema de ar condicionado tipo janela. Adaptado da internet.
Split
158
Chillers
b) Resfria água entre 4,4 C e 7,2 C. Esta água resfriada é então canalizada através
de todo edifício para os sistemas de distribuição de ar.
Tubo capilar
Compressor
Torres de resfriamento
Uma corrente de água com baixa temperatura que corre através de um trocador e
resfria a serpentina quente (condensador). É um arranjo muito usado em centrais
termonucleares, onde geralmente o reservatório frio (que fornece água para o
resfriamento do condensador).
159
Figura 8.7 – Sistema de refrigeração usando torre de resfriamento. Adaptado da internet.
160
𝑄𝐿
𝐶𝑂𝑃 =
∑ 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑚̇2,3 (ℎ1 − ℎ4 )
𝐶𝑂𝑃 =
𝑚̇2,3 (ℎ2 − ℎ1 ) + 𝑚̇5,8 (ℎ6 − ℎ5 )
𝑄𝐻
Condensador
6
7
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝,1
Compressor
8 5
Trocador de
calor
3 2
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝,2
Compressor
e
4 1
Evaporador
𝑄𝐿
161
Nos exemplos a seguir, iremos considerar, análogo aos exemplos feitos ate aqui as
seguintes considerações:
• Regime permanente
EXEMPLO 8.3
SOLUÇÃO
PARTE A
162
Temos inicialmente os seguintes dados a partir do enunciado da questão,
observando que no compressor, no processo isentrópico 𝑠2 = 𝑠1:
𝑊𝑟𝑒𝑎𝑙 ℎ2,𝑟𝑒𝑎𝑙 − ℎ1
𝜂𝑠 = =
𝑊𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 ℎ2 − ℎ1
Logo:
𝐾𝑗 𝐾𝑗
ℎ3 = 212,055 𝑠3 = 1,043
𝐾𝑔 𝐾. 𝐾𝑔
𝐾𝑗
ℎ4 = ℎ3 = 212,055
𝐾𝑔
163
Já no ponto 5, temos uma pressão de 400 Kpa e na entrada temos que garantir que
haja apenas vapor saturado, logo:
𝐾𝑗 𝐾𝑗
ℎ5 = 403,89 𝑠5 = 1,723
𝐾𝑔 𝐾. 𝐾𝑔
𝐾𝑗 𝐾𝑗
ℎ6 = 425,1 𝑠6 = 1,723
𝐾𝑔 𝐾. 𝐾𝑔
𝐾𝑗 𝐾𝑗
ℎ7 = 265,3 𝑠7 = 1,19
𝐾𝑔 𝐾. 𝐾𝑔
𝐾𝑗
ℎ8 = ℎ7 = 265 265 = ℎl (1 − 𝑥) + ℎv = 212,5(1 − 𝑥) + 404
𝐾𝑔
164
Agora aplicando a conservação da energia:
PARTE B
PARTE C
E o COP é:
𝑄𝐿 1631.6
𝐶𝑂𝑃 = = = 4,53
∑ 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 265,39 + 94,5
165
6
𝑇
7 2
3
5
8
4
1
𝑇
6
2
8
4
7 3
9
1
166
Já o vapor vai de encontro diretamente com o vapor saturado que sai do
evaporador, conforme pode ser visto na figura 8.9.
𝑄𝐻
Condensador
4
5
Compressor 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝,1
e
9
6 3
Câmara de
Câmara mistura
flash
7
2
Compressor 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝,2
e
8
1
Evaporador
𝑄𝐿
EXEMPLO 8.4
167
vapor é misturado com o refrigerante que deixa o compressor a baixa pressão. A mistura
é comprimida no compressor de alta. O liquido da câmara passa por uma válvula e entra
no evaporador deixando-o como vapor saturado. Determine
c) O COP
SOLUÇÃO
PARTE A
168
𝐾𝑗
ℎ5 ( 𝑥 = 0, 𝑃 = 0,8 𝑀𝑝𝑎) = 95,47 = ℎ6
𝐾𝑔
Assim podemos, agora com o valor da entalpia na seção 6, encontrar o título, que
estará na câmara de separação:
ℎ6 = 95,47 = ℎl (1 − 𝑥) + ℎv
Assim:
𝑥6 = 0,2049
PARTE B
Observando que na seção de entrada evaporador temos que ter liquido saturado
(x=0) e na seção de saída do evaporador temos vapor saturado (x=1)
𝐾𝑗
ℎ8 (𝑥 = 0, 𝑃 = 0,15 𝑀𝑝𝑎) = 55,16
𝐾𝑔
𝐾𝑗
ℎ1 (𝑥 = 1, 𝑃 = 0,15 𝑀𝑝𝑎) = 239,16
𝐾𝑔
𝐾𝑗
𝑄𝐿 = (1 − 𝑥6 )(ℎ1 − ℎ8 ) = 146,3
𝐾𝑔
𝐾𝑗
ℎ2 (𝑠2 = 𝑠1 , 𝑃 = 0,32 𝑀𝑝𝑎) = 255,93
𝐾𝑔
169
Na seção 9, na saída do misturador, temos que pela conservação da energia,
lembrando que a entalpia na seção 3 (saída do vapor saturado do separador), é entalpia
do vapor saturado a pressão de 0,32 Mpa:
𝐾𝑗
ℎ9 = (1 − 𝑥6 )ℎ2 + 𝑥6 ℎ3 = (1 − 0,2059). 255,93 + 0,2059 . 255,8 = 255,1
𝐾𝑔
𝐾𝑗
ℎ4 (𝑠4 = 𝑠9 , 𝑃 = 0,8 𝑀𝑝𝑎) = 274,48
𝐾𝑔
𝐾𝑗
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝 = 32,7
𝐾𝑔
PARTE C
𝑄𝐿 146,3
𝐶𝑂𝑃 = = = 4,46
∑ 𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 32,7
170
Estado P (Kpa) h (Kj/Kg) x
1 150 239,16 1
2 320 255,93
3 320 255,88 1
4 800 274,48
5 800 95,47 0
6 320 95,47
7 320 55,16 0
8 150 55,16
9 320 255,1 1
Exergia
Este trabalho máximo que pode ser obtido (exergia), que será denotada pela letra
B, pode se dar principalmente de quatro formas:
• Exergia potencial
• Energia cinética
• Exergia química
• Exergia física
171
A Exergia potencial se dá através da realização do trabalho peso, através da aceleração
gravitacional, de forma que:
𝐵𝑝 = 𝑚𝑔ℎ
A cinética:
𝑉2
𝐵𝑐 = 𝑚
2
A física:
𝐵𝑓 = Δ𝑢 + 𝑃𝑣 − 𝑇Δ𝑠
A química:
𝑇0
𝐵𝑞 = 𝑄 (1 − )
𝑇
Onde Q é o calor. Assim a soma da Exergia total pode ser dada como:
𝐵 = 𝐵𝑝 + 𝐵𝑐 + 𝐵𝑓 + 𝐵𝑞
Psicrometria
Observamos até então, no nosso estudo sobre sistemas térmicos para refrigeração,
que vários parâmetros de interesse foram considerados, tais quais as temperaturas de
entrada e saída de cada componente do sistema (compressores, evaporadores....)
172
Contudo, há de se levar em conta que os sistemas de condicionamento de ar e
refrigeração por vezes são aplicados quando não para conservação de alimentos tais quais
grãos, por exemplo, são usados para conforto térmico humano.
173
• Propriedade relacionadas ao volume ocupado e energia
É a temperatura medida com um termômetro comum. Caso uma temperatura seja descrita
sem especificação, deve-se considerar como uma temperatura de bulbo seco. Já a
temperatura de bulbo úmido é dada através da medição de um termômetro envolto por
um tecido de algodão encharcado com água destilada. O bulbo deve então ser ventilado
com uma velocidade mínima de 5 m/s para se saber a temperatura do ar (no caso de bulbo
molhado) usados nesta ventilação.
O vapor da água, assim como todos os gases que constituem a atmosfera, exercem pressão
sobre todas as direções. A quantidade de vapor que pode existir em cada massa de ar é
limitada pela temperatura. Temperaturas mais elevadas permitem maior quantidade de
vapor. Quando o ar contém o máximo de vapor da água possível, diz-se que a pressão
correspondente é a pressão de saturação.
É definida como a razão entre a massa de vapor da água e a massa de ar seco em dado
volume em dado volume da mistura. Sua unidade é vapor/ kg de ar seco.
É a razão entre a pressão parcial de vapor, 𝑃𝑣 (aquela que não está saturada) e a pressão
de saturação do vapor, definida por 𝑃𝑣𝑠
𝑃𝑣
𝑈𝑅% = ( ) 100
𝑃𝑣𝑠
174
Umidade absoluta (𝑈𝑎 )
Grau de saturação
Alguns instrumentos que podem ser usados para a medição da umidade relativa do ar
são:
• Higrômetro de condensação
• Higrômetro de absorção
• Higrômetro elétrico
• Higrômetro ótico
• Psicrômetros
1 1
𝑈𝑅 = exp {5417 . [( ) − ( )]}
𝑇 𝑇0
E se temos um psicrômetro:
175
𝑃𝑣
𝑈𝑅 = ( )
𝑃𝑣𝑠
Onde:
𝑃𝑣 = 𝑃𝑣𝑠𝑚 − [𝐴. 𝑃. (𝑇 − 𝑇𝑚 )]
7,5 𝑇
𝑃𝑣𝑠 = 6,1078 . 10237,3+𝑇
7,5 𝑇𝑚
𝑃𝑣𝑠𝑚 = 6,1078 . 10237,3+𝑇𝑚
EXEMPLO 8.5
SOLUÇÃO
176
7,5 𝑇𝑚 7,5 .18
𝑃𝑣𝑠𝑚 = 6,1078 . 10237,3+𝑇𝑚 = 6,1078 . 10237,3+18 = 20,6 𝑚𝐵𝑎𝑟 (𝑜𝑢 15,5 𝑚𝑚𝐻𝑔)
𝑃𝑣 10,9
𝑈𝑅 = ( )= = 0,40
𝑃𝑣𝑠 26,8
EXEMPLO 8.6
SOLUÇÃO
177
A seguir se traça uma reta vertical até que a mesma seja interceptada, por uma reta
paralela a linha de entalpia, que coincida com a escala na curva esquerda do mapa da
temperatura de bulbo úmido;
178
Por fim temos os dados:
c) Umidade relativa=50 %
179
d) Volume específico= 0,862 Kg/m^3
𝑚̇ 1 + 𝑚̇ 2 = 𝑚̇ 3
𝑚̇ 1 𝑤1 + 𝑚̇ 2 𝑤2 = 𝑚̇ 3 𝑤3
𝑚̇ 1 ℎ1 + 𝑚̇ 2 ℎ2 = 𝑚̇ 3 ℎ3
Substituindo:
𝑚̇ 1 (ℎ3 − ℎ1 ) + 𝑚̇ 2 (ℎ2 − ℎ3 )
𝑚̇ 1 (𝑤3 − 𝑤1 ) + 𝑚̇ 2 (𝑤2 − 𝑤3 )
𝑚̇ 1 (ℎ 2 − ℎ 3 ) 𝑚̇ 1 (𝑤 2 − 𝑤 3 )
= =
𝑚̇ 2 (ℎ 3 − ℎ 1 ) 𝑚̇ 2 (𝑤 3 − 𝑤 1 )
180
EXERCICIOS
1) Resolva o exercício resolvido 8.1, agora assumindo que o mesmo seja um sistema
em cascata, com um pressão intermediaria (em todos os terminais no trocador de
calor) da média das pressões do evaporador e do condensador. Compare o valor
do COP e responda: O COP foi maior ou menor?
5) Substitua no exercício 8.4 o fluido refrigerante por R12 e observe o COP e o calor
retirado do ambiente 𝑄𝐿 .
6) Descreva porque uma análise exegética pode ser interessante para a otimização
térmica de um ciclo:
181
9 Ciclos de Refrigeração por Absorção de Vapor
Outro ciclo de interesse para refrigeração é aquele que opera segundo a absorção
de um elemento que compõem uma solução, no qual é absorvido por outro. Nesta
absorção ocorre a liberação de calor. Logo o ciclo por absorção de vapor se aproveita
deste fenômeno, sendo operado pelo calor, através da adição de energia num componente
chamado gerador, diferente do ciclo de compressão de vapor que é um ciclo operado por
trabalho mecânico do compressor.
Basicamente o ciclo por absorção de vapor funciona segundo uma instalação que
contenha os seguintes componentes:
• Um gerador, que recebe calor da fonte quente, que pode ser água quente, uma
resistência elétrica, etc...
De uma forma sucinta o sistema que opera segundo um ciclo de refrigeração por
absorção de vapor é descrito por:
182
Calor, 𝑄𝐻 Calor, 𝑄𝐶
1 3
Solução
Gerador Vapor de Condensador
alta
2 pressão 4
Válvula 3 Válvula de
redutora de expansão
7 pressão 5
Bomba de 8 6
recirculação Absorvedor Evaporador
Vapor de
baixa
pressão
Calor, 𝑄𝐴 Calor, 𝑄𝐿
E no absorvedor:
183
𝑚̇1 = 𝑚̇2 + 𝑚̇3
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑄𝐿
𝐶𝑂𝑃𝑎𝑏𝑠 = =
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑑𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑄𝐻
𝑄𝐻 𝑇𝐻
𝐶𝑂𝑃𝑝𝑜𝑡 = =
𝑊 𝑇𝐻 − 𝑇𝐴
𝑄𝐿 𝑇𝐿
𝐶𝑂𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝 = =
𝑊 𝑇𝐻 − 𝑇𝐿
184
Onde podemos descrever agora o coeficiente de desempenho como:
𝐶𝑂𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝
𝐶𝑂𝑃𝑎𝑏𝑠 =
𝐶𝑂𝑃𝑝𝑜𝑡
EXEMPLO 9.1
SOLUÇÃO
𝑄𝐻 𝑇𝐻 120 + 273,15
𝐶𝑂𝑃𝑝𝑜𝑡 = = = = 4,62
𝑊 𝑇𝐻 − 𝑇𝐴 120 − 35
𝑄𝐿 𝑇𝐿 (−5) + 273,15
𝐶𝑂𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝 = = = = 6,70
𝑊 𝑇𝐻 − 𝑇𝐿 35 − (−5)
𝐶𝑂𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝 6,70
𝐶𝑂𝑃𝑎𝑏𝑠 = = = 1,45
𝐶𝑂𝑃𝑝𝑜𝑡 4,62
É interessante notar que cada solução apresenta uma pressão de vapor, baseada
em sua composição e concentração. OS tipos mais comuns de soluções empregadas são:
• Amônia e água.
185
O brometo de lítio é um solido cristalino que na presença do vapor d’água absorve
vapor e torna-se uma solução liquida. A solução liquida exerce uma pressão de vapor,
que é função da concentração da solução e temperatura da mesma.
Figura 9.2 – Gráfico das propriedades da água pura, nas condições de saturação.
Fonte: Adaptado da internet
186
Pressão de vapor (Kpa)
Figura 9.3 – Gráfico das propriedades da solução de brometo de lítio, para várias
concentrações (dadas pelas curvas) e temperatura versus pressão de vapor. Fonte:
Adaptado da internet
EXEMPLO 9.2
SOLUÇÃO
187
Ao começar devemos ter em mente que a pressão no condensador e no gerador
são iguais, assim como a pressão no evaporador e no absorvedor são iguais. Logo, na
parte de alta de alta pressão (condensador mais gerador) a pressão é fixa pela pressão de
condensação (aquela cuja temperatura é mais baixa)
𝑚̇2 𝑥2 = 𝑚̇1 𝑥1
188
𝑚̇3 = 0,148 𝐾𝑔/𝑠
Note que teremos entalpia nula para água liquida a 0° C (mesma referência para
água pura) e LiBr e 25 °C
EXEMPLO 9.3
189
Figura 9.4 – Gráfico das propriedades da solução de brometo de lítio, para várias
concentrações (dadas pelas curvas) e temperatura versus entalpia. Fonte: Adaptado da
internet
SOLUÇÃO
Para melhor localização das seções de cálculo, são repetidas aqui a figura 9.1,
agora com as temperaturas respectivas.
190
Calor, 𝑄𝐻 Calor, 𝑄𝐶
1 3
Condensador
Solução Gerador
Vapor de 40 ° C
100 °C alta
2 pressão 4
Válvula 3 Válvula de
redutora de expansão
7 pressão 5
Bomba de 8 6
Absorvedor Evaporador
recirculação
30 ° C Vapor de 10 °C
baixa
pressão
Calor, 𝑄𝐴 Calor, 𝑄𝐿
191
𝑄𝐻 + 𝑚̇1 ℎ1 = 𝑚̇2 ℎ2 + 𝑚̇3 ℎ3
Concluindo:
192
𝑄𝐿 348,2
𝐶𝑂𝑃𝑎𝑏𝑠 = = = 0,736
𝑄𝐻 476,6
Note que o ciclo de absorção, descrito nos exemplos anteriores deste capítulo, a
solução que deixa o absorvedor necessita ser aquecida de 30 para 100 ° C, enquanto que
a solução que o deixa o gerador precisa ser resfriada de 100 para 30° C.
Calor, 𝑄𝐻 Calor, 𝑄𝐶
1 Gerador 3 Condensador
Solução
100 °C 40 ° C
2
Trocador Vapor de
de calor alta
pressão 4
Válvula Válvula de
3
redutora de expansão
7 pressão 5
Bomba de 8 6
Absorvedor Evaporador
recirculação
30 ° C Vapor de 10 °C
baixa
pressão
Calor, 𝑄𝐴 Calor, 𝑄𝐿
EXEMPLO 9.4
193
Para o sistema considerado no exemplo 9.2 calcule, acrescentando um trocador de
calor, como mostrado na figura 9.5, de tal forma que a temperatura do ponto 1 é de 52°
C. A vazão em massa do escoamento liberado peal bomba continua como 0,6 Kg/s. Qual
é ataca de transferência de energia em cada componente e o COP deste ciclo?
SOLUÇÃO
𝐾𝑔 𝐾𝑔 𝐾𝑔
𝑚̇5 = 𝑚̇6 = 𝑚̇7 = 0,148 𝑚̇3 = 𝑚̇4 = 0,452 𝑚̇1 = 𝑚̇2 = 0,6
𝑠 𝑠 𝑠
𝑄𝐶 = 371,2 𝐾𝑤 𝑄𝐿 = 348,2 𝐾𝑤
194
Pelo diagrama de entalpia versus temperatura:
𝑄𝐿 348,2
𝐶𝑂𝑃𝑎𝑏𝑠 = = = 0,783
𝑄𝐻 444,5
Cristalização
195
de lama que pode obstruir o escoamento nos tubos e comprometer o funcionamento do
sistema.
EXEMPLO 9.5
SOLUÇÃO
𝑚̇2 𝑥2 = 𝑚̇8 𝑥8
𝑚̇8 𝑥8 0,5 𝐾𝑔
𝑚̇2 = = 0,6 . = 0,43
𝑥2 0,7 𝑠
𝐾𝑔
𝑚̇3 = 0,6 − 𝑚̇2 = 0,6 − 0,43 = 0,17
𝑠
196
𝐾𝑗
ℎ2 = ℎ(100° 𝐶, 0,7) = −54
𝐾𝑔
Controle de capacidade
197