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O POVO UIGUR
ITABIRA
2022
QUEM SÃO OS UIGURES?
São uma etnia que habita predominantemente há séculos a região autônoma de
Xinjiang. Essa população, que é muçulmana, e de origem turcomena que habita
principalmente a Ásia Central. Os uigures são uma das 56 etnias oficialmente
reconhecidas pela República Popular da China, consistindo de, aproximadamente, 8
680 000 pessoas, de acordo com o recenseamento chinês de 2004.
Habitam predominantemente no noroeste da China, que faz fronteira com o
Paquistão e o Afeganistão. Sua língua é parente da língua turca e os uigures se
veem culturalmente e etnicamente mais ligados à Ásia Central do que ao resto da
China.
O tratamento dado pelo governo da China à minoria muçulmana uigur constitui
genocídio e crimes contra a humanidade, concluiu um tribunal independente e não
oficial estabelecido para apurar as acusações de abusos de direitos humanos contra
os uigures.
Muitos uigures optam por abandonar ilegalmente o país pela impossibilidade de
obter um passaporte. Dezenas de uigures foram presos na Tailândia em março de
2014. Haviam entrado sem documentos. Pouco mais de um ano depois, o Governo
tailandês anuiu com o pedido de Pequim e enviou uma centena de volta à China.
As prisões aumentaram porque os chineses não querem mais ver traços
muçulmanos no país. A tolerância a barba comprida, véu, peregrinações religiosas e
línguas minoritárias é cada vez menor. O país tem adeptos do islã desde por volta
do ano 600, durante a dinastia Tang.
O país tem cinco religiões permitidas, o budismo chinês, o taoísmo, o islamismo, o
catolicismo e o protestantismo, que são supervisionadas por grupos oficiais, como o
Movimento Patriótico das Três Autoridades Protestantes e a Associação Budista da
China.
CONVENÇÃO DE GENOCÍDIO
As quatro páginas da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de
Genocídio da ONU foram aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas
em dezembro de 1948 e têm uma definição clara do que constitui “genocídio”. A
China é signatária à convenção, junto com 151 outros países.
O Artigo II da convenção declara que o genocídio é uma tentativa de cometer atos
“com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial
ou religioso”.
Existem cinco maneiras pelas quais o genocídio pode ocorrer, de acordo com a
convenção: matar membros do grupo; causar sérios danos físicos ou mentais aos
membros do grupo; infligir deliberadamente condições de vida calculadas para
provocar sua destruição física no todo ou em parte; impor medidas destinadas a
prevenir nascimentos dentro do grupo; ou transferir de forma forçada crianças do
grupo para outro grupo.
Desde que a convenção foi oficializada em 1948, a maioria das condenações
por genocídio ocorreram nos Tribunais Criminais Internacionais mantidos pela ONU,
como os de Ruanda e Iugoslávia, ou nos tribunais nacionais. Em 2006, o ex-ditador
Saddam Hussein foi considerado culpado de genocídio em um tribunal no Iraque.
“A MENTIRA DO SÉCULO”
O governo chinês tem defendido repetidamente suas ações em Xinjiang, dizendo
que os cidadãos agora desfrutam de um alto padrão de vida.
“A alegação de genocídio é a mentira do século, inventada por forças
extremamente anti-China. É uma farsa absurda com o objetivo de difamar e
vilanizar a China”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang
Wenbin, em uma coletiva de imprensa.
“Se isso não é suficiente para instigar algum tipo de ação ou mesmo para tomar
posições, o que realmente é necessário? ”.
BIBLIOGRAFIA
https://www.vivendobauru.com.br/quem-sao-os-uigures/
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/relatorio-independente-aponta-possivel-
genocidio-do-povo-uigur-na-china/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio_uigur