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Matricula: 201801010951
Resposta: Numa cultura em que nove mulheres e dois homens aguardam execução por
apedrejamento, no Irã, a Anistia Internacional apela às autoridades daquele país para
abolirem a morte por apedrejamento e que decretem uma moratória imediata a esta
prática cruel, especialmente pensada para aumentar o sofrimento das vítimas.
A maioria dos condenados a apedrejamento são mulheres. Elas são as maiores vítimas
deste tipo de castigo. Uma das razões é porque as mulheres não são tratadas igualmente
em relação aos homens perante a lei e os tribunais, numa clara violação dos padrões
internacionais de um julgamento justo. O fato de uma grande maioria não saber ler nem
escrever torna-as particularmente vulneráveis a terem julgamentos injustos, e desta
forma serem levadas a assinar confissões de crimes que não cometeram. A
discriminação contra as mulheres em outros aspectos das suas vidas deixa-as mais
susceptíveis de ser condenadas por adultério.
No meio desta realidade sombria ainda existe esperança de que a morte por
apedrejamento seja completamente abolida no futuro, no Irão. Está sendo feito um
grande esforço por parte dos defensores de Direitos Humanos no Irão que lançaram a
Campanha ‘Stop Stoning Forever’ (Acabar com os Apedrejamentos para Sempre) em
Maio de 2006, em Mashhad. Desde que começaram, os seus esforços ajudaram a salvar
do apedrejamento quatro mulheres e um homem – Hajieh, Esmailvand, Soghra, Mola’i,
Zahra, Reza’i, Parisa A e o seu marido Najaf. E ainda outra mulher, Ashraf Kalhori, que
teve a execução da sua sentença adiada.
Nós exigimos às autoridades iranianas que ouçam os nossos apelos e o daqueles que se
estão a empenhar insistentemente para obter o fim desta prática horrenda’,segundo
Malcolm Smart.
Mahsa Amini, de 22 anos, morreu em 17 de setembro, quatro dias após ser presa, por
alegadamente não ter usado o hijab, véu, da forma obrigada pelo país ao código de
vestimenta das mulheres.
Mahsa Amini era da província de Saqez, no noroeste do Irã, e foi a Teerã, capital do
país, para uma visita. Ela desmaiou após ser levada para um centro de detenção e
morreu no hospital após passar três dias em coma.
Agências de notícias dizem que a polícia iraniana informou que a jovem, de 22 anos,
sofreu complicações cardíacas, mas a família nega o atestado e acusa as forças de
segurança de terem batido na vítima.
Milhares de pessoas saíram às ruas nos últimos 11 dias, e em alguns casos, a polícia
respondeu com tiros de revólver.
Weibe Tapeba, liderança indígena do Ceará, revelou que a intenção é levar um hospital
de campanha para dentro do território Yanomami, na região do Surucucu. “Levar uma
estrutura mínima com profissionais, materiais, insumos, para recuperar todo esquema de
vacinação que foi fragilizado naquela região”, pontua. O secretário da Sesai chegou a
Roraima no último sábado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou
Boa Vista acompanhado de uma equipe de ministros, e desde então tem trabalhado junto
aos Yanomami e equipes de saúde.
As Índias yanomami mataram 35 bebês indesejados no ano passado, logo após o parto.
O infanticídio é a principal causa de morte entre crianças com menos de um ano, o que
pode parecer uma barbárie aos olhos da sociedade não- índia não passa de um traço
cultural desse povo, que é considerado o mais “primitivo” do mundo.
Resposta: A mutilação genital feminina (MGF) refere-se aos procedimentos que envolvem a
remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos femininos ou qualquer outra lesão nos órgãos
genitais das mulheres sem justificação médica. Tradicionalmente a circuncisão é feita com uma
lâmina e sem qualquer anestesia. Apesar de ser reconhecida como uma violação dos direitos
humanos, cerca de 68 milhões de raparigas continuam em risco de sofrer mutilação genital até 2030.
Em que países é praticada a circuncisão feminina?
Apesar de ser ilegal na UE, e alguns dos Estados-membros condenam o ato mesmo quando é feito
fora do país, estima-se que hoje em dia vivam cerca de 600 mil mulheres na Europa que foram
vítimas de MGF e que outras 180 mil raparigas ainda estejam sob risco em 13 países europeus.
O que é FGM
A mutilação genital feminina (FGM, na sigla em inglês) é uma prática em que parte ou todo o
órgão sexual de mulheres e crianças é removido. A chamada infibulação consiste na costura dos
lábios vaginais ou do clitóris, feita com pontos ou espinhos; nestes casos, é deixada apenas uma
abertura pequena para urina e menstruação, assim como ocorreu com a africana Inab Abduliah.
Segundo dados da ONU, pelo menos 15% das meninas mutiladas na África passaram por uma
infibulação.
O fim da prática da mutilação genital é uma das metas da ONU em relação à violência contra a
mulher. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que não há nenhuma
razão religiosa, de saúde ou de desenvolvimento para mutilar ou cortar uma mulher. Segundo
estimativas da organização, 86 milhões de meninas serão mutiladas até 2030, apesar de ser
considerada ilegal. O dia 6 de fevereiro foi escolhido como Dia Internacional de Tolerância
Zero à Mutilação Genital Feminina, celebrado para denunciar a prática.
“A FGM não é considerada como algo legítimo internacionalmente, por ser violenta, agredir os
direitos sexuais das mulheres e não permitir que usufruam do próprio corpo. Inclusive é ilegal
em países onde é praticada, como no Egito. Mas há grupos que seguem culturas e religiões nas
quais é exercida pelas famílias: muitas vezes pela avó e mães; as meninas que sofrem são muito
jovens. É algo que funciona em núcleos familiares e, portanto, levado por diversas gerações”,
explica o cientista político e assessor de direitos humanos da Anistia Internacional no Brasil,
Maurício Santoro.
Proibida, porém prevalente, a mutilação da genitália feminina chega a ser praticada em 99% das
mulheres em países como Djibuti e Somália, na África. As justificativas apontadas são muitas:
as famílias acreditam que, mutiladas, as filhas poderão se casar com homens “melhores”, que
não as aceitariam não-circuncisadas. Isto porque algumas culturas acreditam que os órgãos
femininos são impuros e a prática traz higiene. Com a retirada do clitóris, também acreditam
que as possibilidades de acontecerem relações sexuais extraconjugais são diminuídas.