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Que a maior democracia do mundo elegeu uma digna senhora da comunidade tribal para o
cargo mais alto do país é uma demonstração inequívoca de seu compromisso com a
equidade social, a igualdade de gênero e o progresso equitativo de cada segmento de sua
população. É uma homenagem digna da Nação à feminilidade.
Smt Draupadi Murmu simboliza a mulher indiana indomável que supera muitos desafios da
vida. A dela tem sido uma luta constante e longa contra adversidades e tragédias pessoais.
Ela superou esses obstáculos e tornou sua vida movimentada. Ela teve experiência de
trabalho na Secretaria de Estado; ela foi legisladora por dois mandatos, ministra em Odisha
e foi uma governadora bem-sucedida em um estado dominado por tribos.
A nomeação de Smt Murmu pelo partido no poder como candidato presidencial foi um golpe
de mestre político. Suas credenciais eram tão fortes que ela merecia ser uma candidata
consensual e deveria ter sido eleita sem oposição. As forças políticas que decidiram por
uma eleição foram péssimos juízes do estado de espírito da nação. A eleição testemunhou
casos de votação cruzada em vários estados e confirmou suas fortes credenciais e a ânsia
do povo em vê-la eleita para o cargo mais alto do país.
Sua vitória retumbante torna um membro digno da comunidade tribal pela primeira vez o
Presidente da República da Índia e o Comandante Supremo das Forças Armadas da Índia.
O impacto social desse evento histórico se refletiria no processo de empoderamento das
mulheres ganhando força mesmo naquelas sociedades onde foi modesto. Isso
interromperia o processo de marginalização econômica e social de muitas comunidades
tribais em partes remotas do país.
Odisha tem motivos para alegrar o evento. O fato de a honra de se tornar Presidente da
República ter ido para uma pessoa pertencente à comunidade tribal que constitui 22,5% da
população do estado deixa o povo mais jubiloso. O Aam Aadmi do estado acredita que a
filha de Odisha aceleraria o ritmo de desenvolvimento nas áreas tribais, particularmente na
área da rede ferroviária, conectividade rodoviária e aérea, infraestrutura de saúde e
educação.
Indo pela distribuição geográfica do apoio a ela, é mais provável que o novo titular do
Rasthrapati Bhawan surja como um verdadeiro Presidente do Povo e acelere o processo de
empoderamento das mulheres no país.
Presidenta da Índia ☝🏿
Nova Délhi, 25 out (EFE).- A Lei de Proteção das Mulheres contra a Violência Doméstica
entra em vigor amanhã na Índia, país em que 70% das mulheres sofrem maus-tratos em
casa, disse hoje a ministra Renuka Chowdhury.
Esta norma tem especial importância em um país no qual os casamentos são muitas vezes
acertados pelas famílias e no qual as mulheres dependem totalmente da família.
A partir de amanhã, uma mulher poderá obter de um juiz uma ordem de afastamento contra
seu agressor, cuja violação levará a até um ano de prisão e ao pagamento de uma multa de
20.000 rupias (cerca de 350 euros).
A lei levou à criação de uma série de figuras encarregadas de colocá-la em prática, como os
"oficiais de proteção" e os conselheiros, assim como de mecanismos que proporcionem à
mulher assistência legal e refúgio caso seja necessário, segundo um comunicado do
Ministério para o Desenvolvimento da Mulher e da criança divulgado por agências indianas.
"Faz tempo que tentamos proteger a mulher da violência doméstica. Na Índia, cerca de 70%
das mulheres são vítimas de atos violentos de uma ou outra natureza", afirmou a ministra.
Segundo dados oficiais, em 2003 foram feiras 1,5 milhão de denúncias de maus-tratos
contra mulheres, embora o Governo diga que a maior parte dos casos não é denunciada.
EFE
O Congresso da Índia respondeu, rapidamente, aos movimentos de protestos das mulheres
indianas contra a violência sexual. Foi uma reação à indignação pública contra o estupro,
com morte, de uma estudante de fisioterapia, de 23 anos, em dezembro de 2012, por cinco
homens, em um ônibus em Nova Déli, de acordo com o Huffington Post e do Los Angeles
Times.
A lei define como crime qualquer recusa de agentes da Polícia de aceitar denúncias contra
abusos sexuais ou de levar a denúncia contra os agressores à Promotoria Pública. Essa foi
uma medida importante, diz a diretora do Centro de Pesquisas Sociais Ranjana Kumari, por
causa da tradicional "insensibilidade dos policiais à violência sexual" no país.
Também foram qualificados como crime, na nova lei, a "perseguição" sexual à mulher, o
voyeurismo (espiar mulheres por prazer sexual, entre outras coisas), o assédio sexual e
ataques com ácido.
A lei aumentou de dez para 20 anos a pena mínima de prisão para crimes de estupro
cometidos por gangues e por policiais. Mas a lei não prevê punição especial a abusos
sexuais cometidos por integrantes das forças armadas — um provável descuido pela pressa
da aprovação.
A grande omissão da lei, segundo a advogada e militante dos direitos das mulheres Vrinda
Grover, foi não criminalizar o abuso sexual cometido por maridos. Para ela, isso não foi um
descuido, mas uma dificuldade dos indianos de vencer um problema cultural.
A Dra. Ranjana Kumari é uma ativista proeminente e amplamente considerada uma força de
liderança no movimento de mulheres na Índia. A Dra. Ranjana Kumari é Diretora do Centro
de Pesquisa Social (CSR), Presidente da Women Power Connect (WPC), a única
organização de lobby da Índia focada em questões de gênero, Secretária Geral Nacional da
Mahila Dakshata Samiti, uma organização de mulheres da Índia, Coordenadora do A Joint
Action Front for Women (JAFW), composta por 97 organizações, foi consultora sênior do
Ministério do Trabalho, do Governo da Índia e coordenadora do Fórum do Sul da Ásia para
o Empoderamento Político das Mulheres.
A Dra. Ranjana Kumari também foi membro da Força-Tarefa sobre Relações Industriais da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra. Doutora em Ciências Políticas
pela Jawaharlal Nehru University, a Dra. Ranjana Kumari é autora de 9 livros, incluindo o
mundialmente famoso “Noivas não são para queimar?” e “Mulheres na Tomada de
Decisões”. Como ativista no movimento de mulheres e defensora fervorosa da reserva de
assentos para mulheres no parlamento, a Dra. Ranjana Kumari tem feito campanha
ativamente pela questão por mais de uma década. Ela também está envolvida na pesquisa,
advocacia, lobby, campanha de mobilização e treinamento para a proteção dos direitos
humanos das mulheres.
CONGO
Estupro e outras formas de violência sexual continuam endêmicos no Congo, país africano
com uma população de, aproximadamente, 68 milhões de habitantes.
A violência é cometida tanto pelas forças de segurança do governo como por parte de
grupos armados.
Violência sexual é acompanhada por outras formas de violações aos direitos humanos,
como tortura e saques.
Na cidade de Bukatu, capital da província de Kivu do Sul, uma das regiões onde mais
ocorrem ataques de grupos armados, um hospital atende mulheres vítimas de estupro e
violência sexual.
O diretor do hospital, o ginecologista Denis Mukwege, diz já ter atendido mais de 40.000
mulheres estupradas.
Ele reconstrói os genitais e trata de feridas ginecológicas graves.
As atrocidades são tantas que já motivaram uma ação em defesa do julgamento dos crimes
de guerra pelo Tribunal Penal Internacional.
Violência sexual ☝🏿
Na sessão anual sobre o assunto, ela falou da República Democrática do Congo, que está
no topo da lista dos países com maior número de casos. Foram 701 violações verificadas.
Pramila Patten adicionou que os trabalhadores humanitários das Nações Unidas relataram
mais de 38 mil casos de violência sexual e de gênero em 2022, apenas na província
congolesa de Kivu do Norte.
Pramila Patten esteve no país africano mês passado, onde conversou com sobreviventes.
Ela aponta que o trauma deixado nessas mulheres as coloca em uma posição de escolha
entre seus meios de subsistência e suas vidas.
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SOMáLIA
A prática, que consiste em tirar partes ou todo o órgão sexual da mulher, não é própria do
país, mas atinge diversas nações africanas e algumas asiáticas. Segundo o Unicef, pelo
menos 200 milhões de mulheres e meninas que estão vivas hoje já passaram pela
mutilação genital feminina. A Somália tem a maior taxa de mutilação feminina do mundo.
☝🏿
Lá, 98% das mulheres entre 15 e 49 anos são vítimas.
reportagem do G1 em relação a somália
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No entanto, no setor privado, que se expandiu muito em anos recentes, homens ainda
ocupam 80% dos cargos gerenciais e 94% dos postos de alto escalão.
Nos conselhos editoriais de jornais, por exemplo, há três homens para cada mulher,
enquanto os homens são 70% dos entrevistados ouvidos pela mídia. Em 2014, 75% dos
professores universitários eram homens.
E, nas ruas, muitos avaliam que os benefícios não são tão óbvios. "É bom para o governo
dizer que é feminista", diz Matilda Andersson, uma cabelereira de 24 anos de Gotemburgo.
"Mas não notei mudanças na minha vida. Na verdade, sinto-me menos segura nas ruas em
comparação com há alguns anos."
Ela destaca que trabalha em uma indústria predominantemente feminina, mas na qual os
cabeleireiros "celebridades" são homens.
Foi parar nas manchetes do país a decisão de um hospital de uma pequena cidade no norte
do país de fechar sua maternidade, fazendo com que mulheres tenham de dirigir 100 km
para dar à luz.
"Mulheres estão sendo agora treinadas para parir em seus carros. Isso não aconteceria se
homens dessem à luz", diz Matilda.
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Afeganistão
O Ministério da Educação do país deu uma reviravolta repentina ao excluir as meninas das
escolas secundárias um dia antes do início do novo ano letivo.
"Meu sonho era ir para a universidade e me tornar médica", declarou a estudante Mahvash,
que tem 17 anos e é da província de Takhar.
Falando à BBC 100 Women, a estudante secundária Rohila disse que assiste ao noticiário
todos os dias, esperando ouvir notícias sobre a reabertura das escolas em sua área. Há
meses, ela vê seus irmãos do sexo masculino irem para as aulas, enquanto ela é "deixada
para trás" em casa.
"Sinto muita tristeza por estarmos sendo privadas desse direito básico à educação só
porque somos mulheres."
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