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Livro: MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. Do xadrez à cortesia. São Paulo: Saraiva, 2013.

DO XADREZ À CORTESIA
Ronaldo Porto Macedo Jr.

1. Introdução
1.1.O primeiro capítulo procura demonstrar o processos e as razões que fizeram a
teoria do direito de Dworkin alcançar importância no debate.
1.1.1. O livro procura identificar os principais argumentos e hipóteses que
direcionam a agenda contemporânea acerca da teoria do direito;
1.1.2. A agenda assumiu um caráter metodológico, em particular, no
ambiente anglo-saxão;
1.1.3. A ênfase metodológica, vista em Hart, ganhou novo impulso com as
publicações de Ronald Dworkin;
1.1.4. A obra de Dworkin reflete bem a teoria do o movimento de
aproximação da teoria do direito da filosofia geral – em particular com
a epistemologia e com a filosofia da linguagem, moral e política –
predominante nos anos 1960.
1.1.5. A aproximação da filosofia tornou o debate mais técnico, hermético e
sofisticado, exigindo novo treinamento teórico dos participante.Uma
das mais importantes contribuições de Dworkin reside na afirmação de
que o direito é um conceito interpretativo.
1.2.O segundo capítulo é dedicado a pormenorizar o significado das “concepções
fisicalistas”, em especial, as visões do positivismo jurídico de John Austin,
Jeremy Bentham, Hans Kelsen e o realismo de Alf Ross.
1.3.O terceiro capítulo é apresentada a análise hermenêutica feita por Max Weber
em suas críticas às ideias de Rudolf Stammler, pois, um traço distintivo da
abordagem hermenêutica é importância do sentido de ação;
1.3.1. Weber reapresenta os fundamentos de sua sociologia compreensiva
tomando como referência a análise da ação social num jogo de xadrez,
cujo fascínio sempre se exerceu entre os positivistas metodológicos.
1.3.2. Apesar da similaridade da análise weberiana com a crítica de Hart a
seus antecessores, há diferenças importantes que justificam a
comparação:
1.3.2.1.Ambas se reportam aos significados de sentido interno e externo
da ação regulada por regras e de intencionalidade.
1.3.2.2.A teoria hartiana apoia-se na análise inovadora do conceito de
regra e novos fundamentos para o positivismo metodológico;
1.3.2.2.1. Mas se mantém no compromisso clássico do positivismo
que diz respeito à separabilidade entre o direito e a moral e
à natureza descritiva do direito.
1.3.2.2.2. Dworkin formulou uma poderosa teoria capaz de explicar
a prática jurídica argumentativa e justificar a teoria
interpretativista do direito – reconstrução racional da teoria
da justiça;
1.4.O capítulo quarto analisa os momentos e reformulações de argumentos no
debate Hart-Dworkin, notadamente:
1.4.1. Relação entre direito e moral;
1.4.2. A natureza descritiva ou normativa da teoria do direito;
1.4.3. O papel da intencionalidade nas práticas interpretativa do conceitos
interpretativos;
1.4.4. Dworkin afirmará que a analogia do jogo de xadrez com o direito é
enganosa e inadequada, pois não captura a dimensão interpretativa do
direito;
1.4.4.1. E propõe a prática social de cortesia como um melhor modelo de
compreensão do direito;
1.4.4.2. O livro é intitulado “Do Xadrez à Cortesia” justamente em razão
desta passagem ancorada numa profunda mudança conceitual e
metodológica que separa Dworkin de Austin, Bentham, Kelsen,
Ross e Hart.
1.4.4.3.Dworkin constrói a chamada teoria interpretativista do direito.
1.5. O capítulo quinto distingue o conceito dworkiniano de interpretação e como
oferece novos e poderosos desafios aos seus contemporâneos ao analisar a
prática da cortesia.
1.5.1. A interpretação é um empreendimento criativo e reconstrutivo – o
melhor método de compreender o direito.
1.6.O capítulo sexto mostra o refinamento conceitual ao qual a teoria do direito
foi submetido, notadamente, quando a apresentação por Dworkin de uma
nova “conceitografia” para compreensão do direito, influenciada pela filosofia
analítica da linguagem.
1.6.1. Permite compreendermos os “jogos de linguagem” que usamos ao
tratar do conceito de direito.
1.6.2. Dworkin prega a correta compreensão da gramática do nosso uso da
linguagem conceitual como um empreendimento vital;
1.6.3. Gramática do uso dos conceitos teóricos em todas as suas variantes.

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