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MAPOFF-2B #RU| MEMÓRIA DO EQUIPAMENTO

ISCTEM | ARQ & URBANISMO | ATELIER O4 | ARQ. AMARO & ARQ. BICHINHO

EQUIPAMENTO: INSTITUTO TÉCNICO INDUSTRIAL

DÉBORA MAPOSSE 20190853

ISCTEM | ATE04 | DÉBORA MAPOSSE


Maputo, aos 19.09.022
MAPOFF-2B #RU| MEMÓRIA DO EQUIPAMENTO

ÍNDICE
Introdução .............................................................................................................................. 3

1. Objectivos (Agenda 2030)............................................................................................. 4

2. Enquadramento em relação ao plano ......................................................................... 5

2.1. Legislação e Imagem ............................................................................................... 6

2.2. Equipamentos ........................................................................................................... 8

2.3. Condicionantes Físicas ......................................................................................... 10

2.4. População ................................................................................................................ 11

2.5. Acessibilidade ......................................................................................................... 12

3. Reassentamento ............................................................................................................ 13

4. Legislação ...................................................................................................................... 14

5. Natureza do equipamento........................................................................................... 15

5.1. Site Analysis............................................................................................................. 17

5.2. Dimensionamento .................................................................................................. 18

6. Programa Base .............................................................................................................. 20

6.1. Programa Base ........................................................................................................ 22

6.2. Testagem do programa ......................................................................................... 23

7. Referências .................................................................................................................... 23

7.1. Viettel Academy Educational Centre ................................................................... 23

7.2. Instituto Caldeira .................................................................................................... 27

8. ANEXOS ......................................................................................................................... 29

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Introdução
Durante o processo de planificação MAPPOFF 2B, foi realizado um levantamento da
situação real e actual dos bairros em estudo, e essa informação foi analisada de modo
a entender as necessidades da área de intervenção.

Durante essa fase foi possível perceber a situação precária em que as pessoas vivem,
e essa precariedade derriva de um conjunto de fenómenos interelacionados, como o
desemprego associado aos baixos níveis de escolaridade, possuindo uma média de
35% de desistências no ensino primário e secundário, a nível dos 4 bairros, tendo em
conta que 25% da população não é alfabetizada, isso culmina com as altas taxas de
crimininalidade nos bairros, e o fortalecimento do comércio a escala familiar.

Figura 1 - Taxas de desemprego nos bairros

As soluções para este tipo de problema, não são dar dinheiro as pessoas, mas realizar
intervenções urbanas que promovam o desenvolvimento e reduzam os problemas da
população. Por isso fez se o estudo e houve propostas de implantação de
equipamentos diversos a nível dos 4 bairros em estudo, Mavalane B, Polana Caniço B,
Ferroviário e FPLM.

Através do cruzamento de informações foi possível elaborar um plano de Urbanização


(MAPOFF-2B), no qual através das propostas de equipamentos, propôs-se também
Institutos técnicos de formação, como uma solução para alguns problemas detectados
na área de estudo, sendo a educação a chave para desploquear a mente das pessoas
e assim impulsionar o desenvolvimento.

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1. Objectivos (Agenda 2030)


A ONU e seus parceiros em Moçambique estão trabalhando para atingir 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável. Estes objectivos estão fortemente interligados e
buscam responder aos desafios enfrentados por Moçambique e pelo mundo.

A proposta deste equipamento tem em vista alguns objectivos, tais como:

• 1- Erradicação da pobreza
• 4- Educação de qualidade
• 8- Trabalho decente e crescimento ecónomico
• 10 - Redução das desigualdades

Os objectivos da agenda mencionados se relacionam com o os objectivos de um


Instituto técnico de formação, através da busca por uma educação de qualidade
acessível a todas as massas, proporcionando um trabalho decente, que possa
empregar não apenas a pessoa formada, mas mais pessoas, gerando um créscimento
económico.

Os ODS (objectivos de desenvolvimento sustentáveis) desta agenda foram pensados


para acabar com todas as formas de pobreza, desigualdade, insustentabilidade,
mudanças climáticas, deficit de saúde e educação de qualidade. Ou seja, é uma
agenda alargada e ambiciosa que aborda várias dimensões do desenvolvimento
sustentável (social, económico, ambiental) e que promove a paz, a justiça e instituições
eficazes. A mobilização dos meios de implementação – dos recursos financeiros às
tecnologias de desenvolvimento e transferência de capacitação – é também
reconhecida como fundamental. Para alcançar estes objectivos é necessário o
envolvimento e cooperação dos órgãos governamentais e população, de modo a
alcançar as metas propostas.

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2. Enquadramento em relação ao plano


Propõe se a implantação do equipamento no bairro de Polana Caniço B, ao longo de
uma via secundária denominada Rua Primeiro de Maio, secundária em relação a Av.
Vladmir Lenine.

Figura 2 – Mapa de localização do terreno

O Plano de requalificação MAPOFF-2B elaborado pelo grupo 01, na disciplina Atelier


04 (Arquitectura-Isctem), inclui propostas de equipamentos diversos dentro da área
de estudo, como escolas, postos policiais e de saúde, bibliotecas, centros
comunitários, etc. O objectivo destas propostas está relacionado com os objectivos da
agenda, ou seja, garantir melhores condições de vida para a população, através do
fácil acesso aos serviços públicos. Durante o processo de levantamento e análise
verificou-se um défice em termos de Equipamentos comuitários, e a grande difiuldade
responder a demanda populacional.

O equipamento em questaõ, Instituto Técnico Comercial proposto para o bairro de


Polana Caniço B, encontra-se numa área identificada como área residencial B,
caracterizada por ser uma zona residencial, com 60% de habitações.

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Figura 3 - Mapa de Uso do Solo

Área Total Área Habitacional Comércio a escala Familiar Áreas precárias


150

100

50

0
Área Residencial A Área Residencial B Área Residencial C Área residencial C

2.1. Legislação e Imagem


O plano prevê alguns parâmetros derivados das zonas de risco, riscos de inundações,
riscos de erosão, e para evitar construções que ignoram estes fenómenos, há limites
por meio do estabelecimento de Cérceas, e a área em que se encontra o terreno são
permitidas edificações até 18 metros, conforme ilustra o mapa seguinte.

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Figura 4 - Mapa de Cérceas e condicionantes

Quanto a imagem do Bairro, apresenta um baixo nível de precariedade em relação


aos outros bairros, porém existe uma dualidade no bairros, dois “lados”
completamente diferentes, um mais organizado e fruto da implementação de planos,
e outro mais desordenado, o lado mais precário, a população ocupa-se mais do
comério a escala familiar, ao longo da Via, como é o caso do mercado Compone, onde
fazem uso de material precário para as suas bancas: estacas, sacos e lonas.

A forte inclinação para o comércio torna a área vulnerável a más condições de


saneamento, pois de uma forma geral nas zonas comerciais, mercado há uma má
gestão do lixo, e no bairro da Polana Caniço B não é diferente, é importante mencionar
este factor para saber e conhecer o contexto em termos de imagem, onde se pretende
implantar os equipamentos.

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Figura 5 - Mapa da Imagem

2.2. Equipamentos
No plano de requalificação, atenta-se também as necessidades da população
relativamente ao acesso a equipamentos comunitários. Durante o processo de
levantamento e análise percebeu-se que alguns equipamentos foram implantados em
lugares não previstos pelos planos parciais de urbanização, como é o caso de um
centro infantil localizado no bairro da Polana Caniço B em uma zona de escoamento
das águas pluviais, por tanto propôs-se planos de reassentamentos nesses casos.

A rápida ocupação espontânea, compromete a implementação dos planos, pois os


mesmos são executados num processo mais lento em relação à ocupação dos bairros.
Isso gera uma desigualdade da distruibuição de equipamentos pelos bairros, a
envolvente é alterada com a ocupação espontânea, assim as condições de
aplicabilidade do equipamento são comprometidas, portanto, houve uma
necessidade de equilibrar a distribuição de equipamentos pelos bairros.

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Figura 6 - Mapa de equipamentos propostos

Figura 7 - Mapa geral de implantação de equipamentos

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2.3. Condicionantes Físicas

Figura 8 - Mapa de áreas de risco (Polana Caniço B)

No bairro de Polana Caniço B, A erosão é p problema que mais se destaca no Bairro


da polana caniço B, pois 29.7 % da área é propensa a erosão, enquanto apenas 20% é
suscepítvel a inundações. O terreno encontra-se fora das áreas de risco, sendo esta
uma vantagem, considerando os problemas que as áreas de risco possuem e o valor
económico que as soluções envolvem.

Para combater este problema o plano parcial prevê uma redução do espaço
construído de 72% para 65%, incrementando áreas verdes e optando pela construção
em altura.

O solo é caracterizado pela formação da Ponta Vermelha (QPV): a formação mais


antiga que existe na cidade de Maputo, é constituída por arenitos superiores,
ferruginosos e consolidados, com espessura máxima rondará os 20 m, e por uma
sucessão inferior com espessura da ordem dos 15–20m, constituída por arenitos e
siltitos, claros, pouco consolidados, com impregnações de arbonatos. Aqui são
encontramos solos arenosos pouco férteis e de baixo poder de retenção de água.
Estes solos também tem uma facilidade de infiltração de águas superficiais os
arenitos/siltitos inferiores resultando nos abatimentos e escorregamentos, com perigo

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proporcional à carga do edificado e declive do terreno.

2.4. População
O bairro conta com 15918 habitantes, com a possibilidade de reduzir em 25 anos
para 12458, em 2047. A população pratica maioritariamente actividades comerciais, e
se dedica a serviços administrativos.

Figura 10 - Mapa que ilustra a densidade populacional

Figura 9 - Gráfico de densidade

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Para além da dimensão do terreno, a área em que se encontra é muito densa, o que
torna-se benéfico em relação a abrangência do equipamento, ou seja, quanto maior
for a densidade populacional, mais pessoas o equipamento poderá alcançar.

2.5. Acessibilidade
Actualmente a avenida Vladmir Lenine, no troço entre a praça da OMM e o
entrocamento com a Avenida Julius Nyerere, é extremamente congestionado, por ser
uma avenida estreita, e por ser uma via muito usada pelos transportadores públicos,
por ser uma via rápida até a cidade, por ser também uma via de carácter comercial
através do mercado compone que se desenvolve ao longo do troço.

Portanto extiste a vantagem de ser uma via com fácil acesso ao transporte público, o
que torna o Instituto mais acessível, porém a implantação do Instituto poderia piorar o
fluxo viário. O plano de requalificação apresenta uma solução para este problema, que
é o redimensionamento da via e redistribuição do fluxo comercial.

Figura 11 - Perfil proposto para a avenida Vladmir Lenine

A avenida Vladmir Lenine é uma via principal que conecta as zonas periféricas do
centro da cidade, o que torna a via muito importante e concorrida.

Para o instituto pode ser benéfico, pois significa que os alunos teriam um acesso
directo ao equipamento, considerando a conexão entre o terminal prómixo
(Xiquelene), que conecta a cidade de Maputo.

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• Grau de disponibilidade de equipamentos comunitários e infra-estruturas

Figura 12 - Cobertura de infra-estruturas

3. Reassentamento
As famílas que tenham que ser reassentadas, segundo o plano de requalificação
propõe-se o processo de BIMBY (Building in my back yard) A ideia geral do BIMBY é
poder ampliar o espaço de habitação, construindo uma habitação adicional no quintal
de outras residências de forma controlada e ordenada. Sua própria existência atesta o
surgimento de um fenômeno social real. O BIMBY consiste em aumentar a densidade
do habitat urbano de forma difusa, promovendo a construção de casas individuais no
coração de bairros urbanos e suburbanos.

A matéria do BIMBY foi é referenciada como matéria estudada na cadeira Arquitectura


04, do curso Arquitectura e Urbanismo do ISCTEM, primeiro Semestre.

Para o bairro B, a realocação deverá ser feita para os blocos de apartamentos


propostos no terreno do INGD.

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Figura 13 - Sobreposição do Mapa de uso do solo X Bimby

4. Legislação
A legislação, permite implantar o equipamento de acordo com os parâmetros legais,
de modo a garantir o bom funcionamento do mesmo.

Segundo o Regulamento do Ensino Técnico Profissional ETP 2011:

Secção I

Artigo 1

Definição de Níveis de Ensino

1. As instituições do Ensino Técnico-Profissional e Vocacional são aquelas que têm por


finalidade garantir aos cidadãos o acesso à uma formação cientifico-técnica altamente
qualificada, para responder às necessidades do desenvolvimento económico, social e
cultural do país.

2. O ensino técnico-profissional industrial, comercial e agrário abrange três níveis:

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a) O nível elementar compreende os cursos elementares de artes e ofícios e


elementares de agricultura

b) O nível básico compreende os cursos básicos industriais, comerciais, agrários e de


artes regulares;

c) O nível médio compreende os cursos médios industriais, comerciais, agrários e de


artes.

Secção IV

Ensino Médio

Artigo 9

Definição e Programas

1. O ensino técnico médio é constituído por um ciclo de educação geral e básica


equivalente ao 2º ciclo do Ensino Secundário e por um ciclo de formação profissional
e vocacional.

2. Os programas das disciplinas que compõem cada um dos cursos são aprovados
por Diploma Ministerial, podendo designadamente para as disciplinas
eminentemente práticas, ser estabelecidos programas próprios para cada escola, de
acordo com as exigências de formação do local em que o instituto se insere, depois
de ouvida a comissão de patronato.

5. Natureza do equipamento
No âmbito de propostas para equipamentos, propôs-se a implantação de institutos
técnicos, tendo em vista o melhoramento da educação como melhor solução para
situação actual.

O ensino técnico é um nível de ensino enquadrado no nível médio dos sistemas


educativos, referindo-se normalmente a uma educação realizadas em escolas
secundárias ou outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas
profissionais.

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Constitui uma modalidade de ensino profissional, orientada para a rápida integração


do aluno no mercado de trabalho, com caraterísticas específicas que podem variar
conforme o país e o seu sistema educativo. Normalmente, corresponde a uma
formação ao nível do ensino secundário, incluindo tanto os níveis 3 e 4 da Classificação
Internacional Normalizada da Educação.

A localização do instituto a nível da área de intervenção, não é feita de forma aleatória,


o equipamento e sua implantação tem uma relação directa com o plano de
requalificação urbana elaborado a prior, atendendo os parâmetros estabelecidos no
plano.

Trata-se de um equipamento comunitário de cunho educacional. O Instituto técnico


profissional, ao contrário da Universidade, que dá uma visão ampla de conhecimento
permitindo a formação, por exemplo, de pesquisadores ou cientistas, o objetivo de
um curso técnico é outro: formar pessoas para o Mercado de Trabalho.

Por esse motivo os cursos técnicos são muito mais focados em prática que as
faculdades (muitos inclusive são 100% práticos). Seu objetivo é formar trabalhadores.

nas políticas de desenvolvimento e educação na África Oriental e Subsaariana. Os


actores globais e regionais, incluindo o Banco Mundial através de iniciativas como
EASTRIP e PASET, estão a aumentar amplamente o seu apoio aos esforços dos países
para reformular as suas instituições do ETP e combater o desemprego dos jovens e
atender às necessidades da mudança estrutural em seus mercados de trabalho.

Na melhor das hipóteses, o ETP forma estrategicamente jovens para preencher


lacunas de habilidades, prepara os estudantes para uma transição suave da escola
para o trabalho e impulsiona a economia através do empreendedorismo.

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5.1. Site Analysis

Figura 14 - Site Analysis

Figura 15 - Site analysis 2

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5.2. Dimensionamento
Para o dimensionamento é importante atender às estatísticas do bairro, e avaliar
principalmente os dados referentes às ocupações e índices de literacia da população,
de modo a conhecer o público-alvo do equipamento.

TAXAS DE
DESEMPREGO
100%
% Desemprego
50%

0%

O bairro Polana Caniço B conta com a menor taxa de desemprego entre os bairros,
com uma percentagem de 40% dos habitantes, o que equivale a mais ou menos 6367
pessoas. E sabe-se que pelo menos 22% ja frequentou o ensino secundário, ou seja
pelo menos 1400 pessoas tem o ensino secundário, porém apenas 3/5 podem ser
considerados, da 10ª classe a 12ª classe, segundo o regulamento.

O que torna apenas 840 pessoas do grupo dos desempregrados, elegíveis para
admitir ao instituto. Porém, nem todos podem ter o interesse, considerando uma
percentagem de interesse de 50%, baseado nas ocupações da população, o numero
baixa para 420 pessoas.

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Nível escolar
2%
22% 27%

3%
3%

43%

Nenhum Pré-escolar Alfabetização


Ensino Primário Ensino Secundário Ensino Técnico

É um bairro que conta com 2090 pessoas com o nível médio, e assim têm a
possibilidade de frequentar um instituto técnico, pois de acordo com a lei, apenas
concluída a 10ª classe, é que se pode ingressar num instituto técnico de formação.

Portante apenas 1254 pessoas seriam elegíveis para admitir, considerando uma taxa
de interesse de 50%, isso torna 627 pessoas interessadas e elegíveis para o instituto.

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A população predomimante é da faixa dos 15 aos 34 anos, sendo uma população


jovem, e dentro das faixas ideiais para um instituto técnico.

Sendo assim, considerando os dados mencionados, pode se dimensionar o instituto


para 1000 estudantes.

6. Programa Base
Para um instituto técnico, é necessário estipular os cursos e o número de alunos, de
modo a elaborar o guião geral do projecto que é o programa base.

O instituto, deve comportar 1000 alunos, distribuidos em 3 turnos: diurno, da tarde e


nocturno

O instituto técnico em questão é do ramo comercial, por tanto propõe-se os seguintes


cursos:

• Contabilidade
• Gestão
• Comunicação e Mídia
• Secretariado
• Gastronomia e Artes culinárias

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Portanto seriam necessárias pelo menos, 14 salas destinadas ao ensino, das quais o
número pode ser reduzido mediante a flexibilidade dos horarios a serem
estabelecidos, sendo possível a rotação entre salas de aula, e as oficinas, laboratórios
etc.

Alunos por Alunos por Nº de


Cursos Alunos por curso turno sala salas

Contabilidade 320 160 40 4

Gestão 320 160 40 4

Secretariado 120 60 30 2

Comunicação e mídia 120 60 30 2

Gastronomia e artes
culinárias 120 60 30 2

Total 1000 500 14

Departamentos Funcionários

Direção geral 6

Sector pedagógico 8

Direção Financeira 8

Recursos Humanos 8

Professores 30

Apoio/contínuos 15

Total 75

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6.1. Programa Base

Chélzia Débora Vânia


Necessidades
Gerais Áreas m² Área Qt Total Área Qt Total Área Qt Total
S. Teóricas 65 65 10 650 65 10 650 65 10 650
S. Práticas /
Oficinas 80 80 4 320 80 2 160 80 4 320
S.
Informática 50 50 2 100 50 2 100 50 2 100
Ensino
S. Media 50 0 50 1 1 0
Auditório 250 250 1 250 0 250 1 250
Biblioteca 100 100 1 100 100 1 100 100 1 100
Laboratório 80 80 1 80 0 80 1 80
Direção
geral 20 20 4 80 20 2 40 20 4 80
Sector
Pedagógico 20 20 4 80 20 3 60 20 4 80
Direção
financeira 20 20 4 80 20 2 40 20 4 80
Recursos
Administração humanos 20 20 4 80 20 2 40 20 4 80
Sala dos
professores 30 30 1 30 30 1 30 30 1 30
Tesouraria 30 30 1 30 30 1 30 30 1 30
Secretaria 30 30 1 30 30 1 30 30 1 30
Sala de
arquivos 20 20 2 40 20 1 20 20 2 40
Cantina 150 150 1 150 150 1 150 150 1 150
Repografia 40 40 1 40 40 1 40 40 1 40
Enfermaria 40 40 1 40 40 1 40 40 1 40
Apoio Copas 30 30 1 30 30 1 30 30 1 30
S.
Contínuos 30 30 1 30 30 1 30 30 1 30
Guarita 15 15 1 15 15 1 15 15 1 15
Depósitos 20 20 1 20 20 1 20 20 1 20
Total 1190 2275 1626 2275

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6.2. Testagem do programa

7. Referências
Sendo o programa-base um preparo para o projecto, é neccessário ter as ideias gerais
do projecto, limites pelos quais pode se explorar e criar umn fio de pensamento
coerente para o projecto. Para tal são necessárias referências de projectos com
tipologias similares a que se requer.

7.1. Viettel Academy Educational Centre


Um projecto de um Centro educacional no Vietnam, escolhido por possuir um clima
identico ao de Maputo, Tropical Húmido. O projecto foi concluído em 2019, foi
projectado pelo escritório VTN architects, encabeçado por Vo Trong Nghia.

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Figura 16 - Referencia 1

O projecto conta com 2651 metros quadrados, e a principal intenção dos arquitectos
é criar um abiente quieto e pacífico para que os alunos possam se focar nos estudos,
filtrando a confusão da cidade.

Possui 12 Blocos, acomodando salas de aula, de reuniões, halls e escritórios. Os blocos


principais possuem 4-5 pisos e os restantes, 2-3 pisos. Os blocos estão
envolvidos por uma piscina que reflete a imagem dos edifícios.

A circulação é feito por meio de corredores externos de betão armado, o arranjo dos
blocos forma pátios ajardinados que aproximam os utentes à natureza. As paredes são
de tijolo local, e são duplicadadas e intercaladas por espaços de vacuo como forma
de reduzir o impacto do calor.

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Figura 17 Planta V.A.E.

Figura 18 Planta 2 V.A.E.

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Figura 19 - Imagem 2 V.A.E.

Figura 20 - Imagem 3 V.A.E.

Figura 21 - Imagem 4 V.A.E.

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7.2. Instituto Caldeira


O Instituto Caldeira é um centro de inovação e empreendedorismo, localizado no 4º
distrito de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Um projeto realizado pela BHEMN com a
missão de perpetuar a história local e trazer inovação para a cidade.

Figura 22 - Imagem 1 Instituto Caldeira

Divisórias em vidro e estruturas metálicas foram pensadas para integrar todos os


ambientes. Os diversos jardins internos foram reorganizados a fim de trazer maior
conforto visual e lazer. Hoje em dia também servem como sede para pequenos
eventos do instituto. O teto do local manteve-se intacto por fazer parte da
personalidade da construção e evidenciar os detalhes da obra, absorvendo a luz por
meio de uma claraboia e criando contraste entre o natural e o industrial.

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Figura 23 - Imagem 2 Instituto Caldeira

Descartes da obra antiga foram utilizados de maneira contemporânea transformando-


se em mobiliários, contribuindo para uma obra ecológica e sustentável, reduzindo
custos, materiais e acúmulo desnecessário de lixo. Dentre os mobiliários criados estão
os cachepôs metálicos, os bancos externos em madeira e alguns pendentes.

A arquibancada principal situada no miolo da edificação tem como proposta conectar


as pessoas e ser o espaço oficial de convenções e palestras. A estrutura deste ponto
foi elaborada com pilares e vigas metálicas - ornando com o ambiente e marcando-o
como o marco central da obra. Os assentos em madeira de deck tratada e o piso
superior em grama sintética, trazem comodidade para os espaços de encontro.

Figura 24 - Imagem 3 Instituto Caldeira

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8. ANEXOS
9.

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