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AV2
A violência institucional
A violência direta é a forma mais extrema de agressão, mas apenas aparentemente é a mais letal.
Ela representa tão somente uma pequena expressão das relações sociais violentas. Diferentemente
das formas de violência direta, existem outras que não se configuram como um fato ou evento
remissíveis a um ou mais agressores que causem um dano a outra pessoa ou a outras pessoas. Não
se trata de um evento isolado, mas de um processo que acaba gerando dano a um segmento social,
mesmo que, eventualmente, não se possa discernir explicitamente a intenção de produzir tal dano.
Apesar de ser mais difícil caracterizá-la, a violência no Brasil está relacionada a modelos de
organização e a práticas sociais que alcançam um nível institucional e sistemático de produção e
perpetuação de modos de vida violentos. Não é, portanto, apenas nas interações cotidianas que a
violência transparece. Ela permeia também as instituições sociais.
(...) Frequentemente, os danos causados por esse tipo de violência só aparecem em longo prazo e
se manifestam sobretudo na desigualdade de oportunidades que as pessoas encontram ao longo da
vida. A desigualdade de poder acaba por implicar uma distribuição também desigual de bens e
serviços, criando círculos viciosos.
(CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Campanha da Fraternidade 2018:
Manual. Brasília: Edições CNBB, 2017)
Selvagem
(Herbert Vianna / Bi Ribeiro / João Barone)
Desde sua origem, com a chegada dos portugueses, o Brasil foi inserido em um
processo de formação profundamente excludente e opressor. Prova disso foi o processo de
colonização que de tão brutal, causou o extermínio da população indígena e 300 anos de
modelo escravocrata. Esse contexto gerou uma sociedade com alta desigualdade social
tornando a violência cada vez mais constante e elevada na sociedade atual.
A priori, a violência estrutural existente na sociedade deixa clara que a corrupção dos
indivíduos para o meio do crime e da violência é principalmente, devido à falta de educação.
Isso porque a educação brasileira é desestruturada, sendo preciso refletir como a cultura da
violência impacta os jovens, e como é na educação para a diversidade e ordem que pode
haver uma resposta social para se evitar a violência.
A posteriori, com o acelerado crescimento da violência brasileira surge o sentimento de
medo e intimidação entre as pessoas, produzindo a falta de confiança e marginalização de
certos indivíduos da sociedade, interferindo no convívio social e insatisfazendo os pedidos
de justiça aos quais as ações do Estado não são suficientes.
Portanto, é necessário que o Governo Federal elabore programas sociais que invistam
em levar instituições de segurança e educação de qualidade a toda população, além de
propagandas e palestras fazendo com que escolas e empresas sejam um ambiente de
combate a diversos tipos de violência. Desse modo, a violência institucionalizada cairá
gradativamente, construindo um Brasil digno e inviolável.