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Tomada de Decisão - Relação Custo X Volume X Lucro
Tomada de Decisão - Relação Custo X Volume X Lucro
PROPÓSITO
Apresentar conceitos de contabilidade gerencial, mais especificamente aqueles envolvendo
a
relação entre custo, volume produzido e lucro, que ajudam na tomada de decisão por
parte da
empresa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Expressar o conceito de margem de contribuição, os principais
tipos de limitações na capacidade
de produção e como a margem de
contribuição ajuda na tomada de decisão
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Fonte: freepik
MÓDULO 1
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A margem de contribuição é um dos conceitos mais utilizados para a tomada de decisão
gerencial.
Ela é calculada pela diferença entre a receita de vendas e os custos
e despesas variáveis. Os
custos fixos e as despesas não têm uma relação
direta com a produção (eles existem
independentemente de produção), são apropriados por
meio de rateio (muitas vezes baseados em
critérios altamente subjetivos) e são menos
gerenciáveis pela empresa do que os custos variáveis.
Ou seja, seu resultado demonstra
quanto, efetivamente, sua produção contribui para o resultado
da empresa, líquida dos
custos necessários para a produção (custos variáveis) .
Fonte:freepik
Assim, ela representa o quanto a empresa consegue
gerar de recursos para pagar seus custos e
despesas fixas, e ainda obter lucro. Quando o
valor da margem de contribuição for superior ao
valor total das despesas e custos fixos,
a empresa estará gerando lucro e, quando for inferior, o
resultado será entendido como
prejuízo.
Por exemplo, uma indústria fabrica três produtos (mesas, cadeiras e sofás) e quer saber
qual deles
contribui mais para o resultado da empresa e qual deveria ter sua venda
incentivada. Para isso,
ela levantou as seguintes informações:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Conforme podemos observar, o produto com maior margem de contribuição para a indústria é
o
sofá, seguido pela mesa e, por último, pela cadeira. Dessa forma, seria importante
priorizar a
venda do sofá, cuja margem de contribuição unitária é maior e tem, portanto,
maior capacidade de
trazer resultados para a indústria.
ATENÇÃO
Receita de vendas
$
Vassoura $5 2 2,0 30.000 $ 20
3
$
Rodo $2 1 1,5 20.000 $ 10
2
$
Lixeira $ 10 12 3,0 5.000 $ 40
6
$
Varal $ 15 13 3,5 8.000 $ 50
5
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SEUS CUSTOS FIXOS SÃO DE $500.000/MÊS.
ELA
PRECISARÁ FAZER UMA PARADA PROGRAMADA PARA
MANUTENÇÃO DAS MÁQUINAS E REDUZIRÁ AS
HORAS
GASTAS PARA PRODUÇÃO. ASSIM, QUAL DOS
PRODUTOS DEVE TER SUA PRODUÇÃO REDUZIDA,
VISANDO MAXIMIZAR O RESULTADO DA EMPRESA?
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Por exemplo, uma empresa que fabrica quatro produtos apresenta a seguinte estrutura de
custos:
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
Produção
2.000 1.500 1.800 2.100
(unidades)
Preço de
venda $ 950 $ 1200 $ 800 $870
unitário
Custo
variável $ 450 $ 800 $ 420 $ 480
unitário
Custo fixo
$ 490 $ 350 $ 300 $ 320
unitário
Margem de
$ 500 $ 400 $ 380 $ 390
contribuição
TOTAL
$ $ $ $ $
Receitas
1.900.000 1.800.000 1.440.000 1.827.000 6.967.000
$ $ $ $ $
(-) CPV
(1.880.000) (1.725.000) (1.296.000) (1.680.000) (6.581.000)
(=) LUCRO
$ 20.000 $ 75.000 $ 144.000 $ 147.000 $ 386.000
BRUTO
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
O modelo 1 é o que traz mais receitas para a empresa, sendo responsável por
aproximadamente
27% do faturamento (($ 1.900.000 / $ 6.967.000)) . Mas
é o modelo que apresenta menor
resultado operacional. Cortar a produção dele equivaleria
a abrir mão de uma receita relevante
(apesar de a empresa poder compensar essa perda de
receita com o faturamento de uma maior
produção dos outros modelos, caso houvesse
demanda de mercado para isso).
ATENÇÃO
$
1.000.000000 ($ 1.900.000 - $450 x 2.000 unidades) , se não houvesse alteração da produção
dos outros
modelos.
Por outro lado, o modelo 3 é o que tem a menor margem de contribuição e traz a menor
receita
para a empresa. No entanto, é o modelo que apresenta maior resultado
operacional, sendo
responsável por aproximadamente 37%
do resultado (($ 144.000 / $ 386.000)) . Cortar a
produção dele equivaleria a abrir mão de um
resultado operacional relevante (apesar de, da
mesma forma, essa perda de resultado
poder ser compensada com o faturamento de uma maior
produção dos outros modelos, caso
haja demanda de mercado para isso). Novamente é
importante lembrar que os custos fixos
continuariam existindo no montante de $ 5400.000 (1.800
unidades x $ 300) . Caso a empresa
corte a produção do modelo 3, isso significa um resultado
menor em $ 684.000 ($ 1.440.000 - $420 x 1.800 unidades) , e
ela passaria a apresentar prejuízo
(caso não houvesse alteração da produção dos outros
modelos).
Fonte: Freepik
Esse é outro conceito que pode ser utilizado em conjunto com a margem de contribuição.
Significa
a capacidade da empresa de gerar lucro a partir dos seus ativos. A taxa de
retorno do ativo
demonstra o quanto de resultado o ativo da empresa gerou para ela e a
fórmula para cálculo é a
seguinte:
(antes dos impostos e da despesa financeira)
Vamos retomar o exemplo anterior: a empresa resolveu analisar seus quatro modelos
utilizando
adicionalmente o conceito de taxa de retorno do ativo. Para isso, ela
precisou ratear o ativo e
analisar os resultados para cada um dos quatro modelos:
$ $ $ $ $
Receitas
1.900.000 1.800.000 1.440.000 1.827.000 6.967.000
(-) Custos $ $ $ $ $
variáveis (900.000) (1.200.000) (756.000) (1.008.000) (3.864.000)
Margem de $ $
$ 600.000 $ 684.000 $ 819.000
contribuição 1.000.000 3.103.000
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 TOTAL
(-) Custos $ $ $
$ (525.000) $ (672.000)
fixos (980.000) (540.000) (2.717.000)
Resultado
$ 20.000 $ 75.000 $ 144.000 $ 147.000 $ 386.000
operacional
(-) Despesas $ $
$ (24.000) $ (60.000) $ (192.000)
fixas (18.000) (90.000)
Lucro antes
dos
impostos e $ 2.000 $ 51.000 $ 54.000 $ 87.000 $ 194.000
despesa
financeira
$
Ativo $ 200.000 $ 530.000 $ 350.000 $ 550.000
1.630.000
Taxa de
1% 10% 15% 16% 12%
retorno
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
COMENTÁRIO
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO % =
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL
RECEITA DE VENDAS
ou
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO % =
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
PREÇO
Por exemplo, uma empresa quer saber qual sua margem de contribuição percentual em relação
ao
preço de venda praticado no mercado. Seu ideal era atingir uma margem de contribuição
percentual de 50%.
Fonte: Freepik
Para esse tipo de tomada de decisão, além de conhecer a capacidade de produção, a empresa
tem que conhecer a margem de contribuição de cada um dos seus produtos.
Por exemplo, uma indústria fabrica cinco produtos com a seguinte estrutura de custos:
Rosa $ 20 $ 12 1 $ 17 $ 125
Amarelo $ 22 $ 14 2 $ 19 $ 130
Azul $ 24 $ 15 3 $ 20 $ 160
Roxo $ 27 $ 16 4 $ 23 $ 180
Preto $ 29 $ 20 5 $ 25 $ 210
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Além disso, para fabricar cada um dos produtos a empresa consome diferentes quantidades
de
MOD e, em condições normais, o mercado consome diferentes quantidades de cada produto por
mês (a capacidade produtiva máxima dessa empresa.) . Veja a diferença:
Rosa 1 5.000
Amarelo 2 7.500
Azul 3 600
Roxo 4 8.000
Preto 5 9.000
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Nesse nível de produção seus custos fixos mensais somam $ 500.000. Em dezembro a empresa
costuma diminuir a quantidade de horas trabalhadas, fazendo um rodízio de férias,
limitando a
quantidade de horas de MOD. Assim, ela reduz a produção de um de seus itens.
Rosa $ 125 $ 10 $ 17 $ 98 1 $ 98
Amarelo $ 130 $ 15 $ 19 $ 96 2 $ 48
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para produzir 10.000 unidades do produto rosa sem reduzir a quantidade dos demais itens,
a
empresa precisaria das seguintes horas:
115.000
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
1 10000 10.000
2 7500 15.000
3 6000 18.000
4 8000 32.000
Horas necessárias para atender a encomenda
Horas MOD Quantidade Qtd X horas
5 9000 45.000
120.000
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Sendo a capacidade máxima de produção de 115.000 horas e para atender a encomenda sem
reduzir a produção dos demais itens seriam necessárias 120.000 horas, e a empresa terá
que
reduzir a fabricação do item com menor margem de contribuição; no caso, o produto
preto.
Como a diferença é de 5.000 horas, a empresa deverá deixar de produzir 1.000 unidades do
produto preto, visto que cada um demanda 5 horas para ficar pronto:
5.000 HORAS
= 1.000 UNIDADES
5H/UNIDADE
115.000
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para fixarmos melhor o assunto, vamos a mais um exemplo. Suponha que uma indústria produz
garrafas e copos de vidro utilizando o mesmo processo
produtivo (mesmas máquinas, matéria-
prima e mão de obra) . Ela vende moringas (conjunto de garrafa + copo) pelo preço de $
8,00,
com as seguintes informações de produção:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para esse nível de produção (capacidade máxima) , seus custos fixos são
de $ 800.000.
A
empresa verificou que há uma demanda maior do que consegue atender e resolveu adquirir
os
copos já prontos de um fornecedor, ao custo de $ 2,00/unidade.
Como a indústria não fabricará mais o copo, o tempo total de produção desse item pode ser
utilizado para a produção da garrafa.
Receitas.................................................$ 6.400.000 $ 8,00 x 800.000
(-) CPV
Custos
fixos.......................................($ 800.000)
Custos
variáveis..............................($ 3.200.000) (800.000 x $ 4)
Resultado.................................................$ 800.000
SAIA $ 60 $ 20 $ 10 $ 17 $6
CAMISA $ 50 $ 18 $9 $ 10 $7
SHORT $ 40 $ 10 $4 $6 $9
CALÇA $ 70 $ 23 $4 $ 13 $5
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A
ROLAGEM HORIZONTAL
A) Saia e camisa
B) Saia e calça
C) Short e camisa
D) Short e calça
MATÉRIA-PRIMA (KG) 8 10 14
MOD (HORAS) 7 8 10
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A
ROLAGEM HORIZONTAL
OUTRAS INFORMAÇÕES:
• MATÉRIA-PRIMA: $ 10,00/KG
• MOD: $ 5,00/HORA
GABARITO
1. Uma indústria fabrica quatro produtos e apresenta a seguinte estrutura de custo para
cada unidade produzida:
Saia $ 60 $ 20 $ 10 $ 17 $6
Camisa $ 50 $ 18 $9 $ 10 $7
Short $ 40 $ 10 $4 $6 $9
Calça $ 70 $ 23 $4 $ 13 $5
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A empresa quer maximizar seu lucro e precisa incentivar a venda de dois produtos. Quais
são eles?
$
Saia $ 60 $ 20 $ 17 $6 $ 23
10
Camisa $ 50 $ 18 $9 $ 10 $7 $ 22
Short $ 40 $ 10 $4 $6 $9 $ 24
Calça $ 70 $ 23 $4 $ 13 $5 $ 34
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Os dois produtos com maior margem de contribuição e que, portanto, devem ter suas vendas
estimuladas pela empresa objetivando ter um maior lucro são a calça e o short, nesta ordem.
2. Uma indústria fabrica três modelos de banquetas que utilizam exatamente a mesma
matéria-prima e mão de obra direta. A empresa apresenta as seguintes informações
referentes à sua capacidade produtiva normal:
Matéria-prima (kg) 8 10 14
MOD (horas) 7 8 10
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Outras informações:
• Matéria-prima: $ 10,00/kg
• MOD: $ 5,00/hora
A indústria programou, para o próximo mês, férias coletivas para a MOD e reduzirá a sua
capacidade de horas dessa modalidade em 40%. Como ela pretende obter o maior lucro
possível com os modelos de lâmpadas, de que forma deve programar a produção?
Como a fábrica reduzirá em 40% a quantidade de horas de MOD, o total de horas disponíveis para
a produção dos três modelos será de 618.000 (60% x 1.030.000 horas). Assim, será necessário
reduzir o tempo em 412.000 horas (1.030.000 – 618.000).
Sabendo quantas horas será necessário reduzir, agora precisamos saber qual modelo deverá ter
sua produção reduzida e qual deverá ter sua produção mantida. Para isso devemos calcular a
margem de contribuição, considerando o fator de limitação de horas de MOD, da seguinte forma:
Matéria-prima (kg) 8 10 14
Matéria-prima ($/kg) $ 10 $ 10 $ 10
MOD (horas) 7 8 10
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
MOD ($/horas) $5 $5 $5
Custo MOD $ 35 $ 40 $ 50
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Margem de contribuição $ 91 $ 80 $ 80
MOD (horas) 7 8 10
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Assim, com base nos cálculos apresentados, o produto com a menor margem de contribuição
unitária, considerando a limitação de horas de MOD, é o modelo 3. Agora precisamos verificar se
basta reduzir a produção do modelo 3 para que a indústria consiga atingir o lucro máximo com a
redução de MOD.
Considerando o total de horas por modelo e que a empresa precisa reduzir o tempo de MOD para
618.000 horas (redução de 412.000 horas), e sabendo que a produção do modelo 3 consome, ao
total, 350.000 horas, apenas reduzir a sua produção não basta: é necessária a interrupção total de
sua produção, e mesmo assim não é o suficiente pois ainda falta cortar 62.000 horas. Assim, a
empresa precisa reduzir a produção de seu segundo modelo com menor margem de contribuição,
considerando o limitador de MOD, que, no exemplo, é o modelo 2. Como para produzir a
quantidade total de itens do modelo 2 a empresa consome o total de 400.000 horas e falta cortar
62.000 horas, não é necessário interromper a sua produção, bastando apenas reduzi-la.
Assim, concluímos que para atingir o lucro máximo, considerando uma limitação de horas de MOD
em 60% (redução de 40%), a empresa deve manter a produção do modelo 1, reduzir a produção
do modelo 2 e suspender a produção do modelo 3.
MÓDULO 2
Fonte: Freepik
O cálculo deve ser feito para apenas um produto. Caso a empresa fabrique mais de um
tipo, ela
deve analisar o ponto de equilíbrio por produto, preferencialmente.
Deve-se ter uma segregação clara entre os custos fixos e variáveis, visto que o
conceito de
margem de contribuição é utilizado no cálculo.
Deve haver um comportamento linear de custos, despesas e preços. Não precisam ser
iguais de
um período para o outro, basta que sejam lineares, que tenham um padrão de
comportamento ao
longo do tempo.
Deve ser avaliado levando em consideração o custo de oportunidade, que vem a ser em
quanto
uma empresa sacrifica a remuneração de seu capital por ter feito uma opção de
investimento em
detrimento de outra opção. Por exemplo, uma empresa tem a opção de
aplicar uma parte de seu
capital ($ 100.000) em um título que rende 10% ao ano ou
aplicar esse montante em uma máquina
para fabricar sabão. Seu custo de oportunidade
é $ 10.000, pois se ela não fizer nada e aplicar
apenas o dinheiro ela consegue pelo
menos esse valor ($ 10.000) .Se, com a atividade
resultante
dessa máquina, seu lucro no ano for de $40.000, o verdadeiro valor
resultante da atividade seria
de $30.000, que é o excedente ao que ela conseguiria
com o capital
investido em uma instituição
financeira ($ 40.000 - $ 10.000, que é seu custo de oportunidade ) .
Ponto de equilíbrio econômico (PEE)
Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para cobrir seus custos e
despesas fixas. Aqui o conceito é muito semelhante ao de tomada de decisão com base na
margem de contribuição: ele leva em consideração que, como os custos e despesas fixas
existem
independentemente de produção, a empresa deve, pelo menos, pagar esses custos.
(CUSTOS FIXOS + DESPESAS FIXAS)
PEC (QTD) =
Por exemplo, uma empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio contábil, tendo os
seguintes
dados:
RESOLUÇÃO
($ 240.000)
PEC =
= 3.000 UNIDADES
R($100 – $ 20)
Assim, para que essa empresa pague seus custos e despesas fixas,
ela deve produzir 3.000
unidades. No entanto, se a empresa levar
em consideração o custo de oportunidade ela está, na
verdade, perdendo dinheiro no
ponto de equilíbrio contábil.
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para pagar seus custos e
despesas fixas e ainda obter o mesmo rendimento que obteria se aplicasse seu capital no
mercado financeiro. Assim, ele utiliza o conceito de custo de oportunidade, em que a
remuneração
mínima equivale à taxa de juros de mercado.
(CUSTOS FIXOS + DESP. FIXAS + CUSTO DE OPORTUNIDADE)
PEE =
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio
econômico, a
partir dos seguintes dados:
RESOLUÇÃO
($ 240.000 + $20.000)
PEE =
= 3.250 UNIDADES
($100 –$ 20)
Assim, para que essa empresa pague seus custos e despesas fixas e ainda
consiga obter a
remuneração de mercado, ela deve produzir 3.250
unidades .
Representa a quantidade mínima que a entidade precisa produzir para pagar seus custos e
despesas fixas, e igualar seus desembolsos financeiros. Nesse ponto de equilíbrio
devemos
excluir aqueles custos ou despesas que não implicam saída de caixa para a
empresa, tais como a
depreciação (custo ou despesa fixa que não tem o desembolso relacionado.) .
PEF =
(CUSTOS FIXOS + DESP. FIXAS – PARC. NÃO DESEMBOLSADA DO CUSTO)
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber qual seu ponto de equilíbrio
financeiro, a
partir dos seguintes dados:
RESOLUÇÃO
($ 240.000 –$10.000)
PEF =
= 2.875 UNIDADES
($100 –$ 20)
Assim, para que a empresa pague seus custos e despesas fixas, e iguale
seu fluxo de saída de
caixa, ela deve produzir 2.875 unidades. .
Como podemos observar, e isso é uma regra geral, o ponto de equilíbrio econômico é sempre
superior ao ponto de equilíbrio contábil, visto que o primeiro utiliza, além dos custos
e despesas
fixas, a variável do custo de oportunidade. Além disso, o ponto de equilíbrio
contábil é sempre
superior ao ponto de equilíbrio financeiro, visto que este último
exclui do cálculo a parcela de
custos que não teve saída financeira.
DEMONSTRAÇÃO
Vale observar que o denominador das três equações de ponto de equilíbrio é sempre o
mesmo: a
margem de contribuição. Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, cada unidade
adicional vendida
aumenta o lucro da empresa no valor da margem de contribuição
unitária.
Custos variáveis: $ 30/ unidade
RESOLUÇÃO
$ 250.000
PEF =
= 2.500 UNIDADES
$100
No ponto de equilíbrio o lucro é zero. Se a empresa for aumentando a sua produção em uma
unidade, o lucro fica aumentado da margem de contribuição, conforme podemos observar:
Fonte: autor
Assim, o resultado da empresa para uma quantidade superior à do ponto de equilíbrio pode
ser
calculado pela fórmula:
Assim, se usarmos o mesmo exemplo anterior, podemos simular a alavancagem da empresa para
diferentes quantidades, agora que sabemos a variação que cada unidade causa no
resultado:
Fonte: autor
Assim, os graus de alavancagem operacional (GAO) para cada um dos níveis de produção
serão:
Agora, assista o vídeo e aprofunde os seus conhecimentos sobre o conceito de ponto de equilíbrio.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, QUAL O TOTAL DOS CUSTOS FIXOS
DA INDÚSTRIA?
A) $ 368.000,00
B) $ 376.000,00
C) $ 434.000,00
D) $ 452.000,00
2. UMA EMPRESA APRESENTOU AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
DEPRECIAÇÃO: $ 700,00
GABARITO
Com base nessas informações, qual o total dos custos fixos da indústria?
Ponto de equilíbrio econômico = (Custos fixos + Despesas fixas + Custo de oportunidade) Margem
de contribuição
Depreciação: $ 700,00
MÓDULO 3
Fonte: Freepik
MARGEM DE SEGURANÇA
MARGEM DE SEGURANÇA =
RECEITA ATUAL – RECEITA NO PONTO DE EQUILÍBRIO
RECEITA ATUAL
ou
Utilizando o mesmo exemplo, se a empresa quer saber sua margem de segurança atual, tendo
os
seguintes dados:
RESPOSTA 1
RESPOSTA 2
MARGEM DE SEGURANÇA =
$ 400.000 – (3.000 UNIDADES X $ 100)
= 25%
$ 400.000
PREÇO DE VENDA
Alterações no preço de venda impactam a margem de contribuição, que é o
denominador da
equação do ponto de equilíbrio. Assim, se o preço de venda
aumentar (sem alterações nos custos
e despesas fixas, e custos e despesas
variáveis), a margem de contribuição aumentará e o ponto
de equilíbrio será
menor. De forma contrária, se o preço de venda diminuir, a margem de
contribuição será menor e o ponto de equilíbrio, maior.
$ 300.000
PONTO DE EQUILÍBRIO =
= 3.750 UNIDADES
($100 - $ 20)
(AUMENTO DE 25%)
$ 210.000
PONTO DE EQUILÍBRIO =
= 2.625 UNIDADES
($100 - $ 20)
(QUEDA DE 12,5%)
Como podemos observar, as alterações nos custos fixos alteram na mesma proporção o ponto
de
equilíbrio. Mas para os custos e despesas variáveis e para o preço de venda não
ocorre essa
proporcionalidade. Vejam nos exemplos a seguir:
Fonte: freepik
Notem que as alterações nos custos variáveis e no preço de venda não resultam em uma
alteração proporcional do ponto de equilíbrio. Quanto maior for a margem de
contribuição, as
alterações de suas variáveis (custos e despesas variáveis e preço de venda)
não impactarão
tanto o ponto de equilíbrio. Quanto menor for a margem de contribuição,
qualquer alteração de
suas variáveis impactará de forma relevante o ponto de equilíbrio.
Se utilizarmos mais uma vez o exemplo em que calculamos o ponto de equilíbrio da empresa,
veremos que para ela pagar seus custos e despesas fixas é necessária uma produção de
3.000
unidades de seu produto. Assim, se ela fabricar 3.000 unidades, gerará um lucro de
zero (desconsiderando outras variáveis) .
Receita: $ 300.000
($ 240.000)
(-) Custos fixos:
0
Quantidade = 4.250
Notem que, para ter o retorno esperado, a empresa terá que produzir 1.250 unidades acima
do
ponto de equilíbrio. Ela pode não ter capacidade de produção para isso; mesmo que
tenha, pode
não estar disposta a isso. O que a empresa pode fazer é modificar
as variáveis do ponto de
equilíbrio.
Digamos que, no mesmo exemplo, ela não queira modificar a quantidade produzida. Para
conseguir o retorno esperado, deve então modificar uma das três variáveis existentes na
equação:
ou aumentar o preço de venda (caso haja espaço no mercado para isso), ou
diminuir os custos e
despesas fixas (que são menos gerenciáveis, em geral) ou ainda
diminuir os custos variáveis.
Como já vimos, alterar a estrutura dos custos é algo muito
complexo, em especial os custos fixos.
Mas de qualquer forma, veremos no exemplo de
quanto deveria ser a alteração de cada uma das
variáveis para que a empresa obtenha o
resultado esperado
Vejam que alterar apenas os custos variáveis seria impossível. Mas a empresa pode estudar
vários cenários alterando todas as variáveis ou algumas delas até chegar em um cenário
viável
para obter o retorno esperado.
Camisa Vestido
Margem de contribuição $ 20 $ 80
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Com base nessas informações a empresa precisa, para pagar seus custos e despesas fixas,
produzir 1.500 camisas e 2.625 vestidos; resolve então fazer simulações de alteração no
seu
preço de venda e avaliar como reduções ou aumentos nele impactariam a quantidade
necessária
para pagar seus custos e despesas fixas (que seria o novo ponto de equilíbrio
com os novos
preços). Após fazer as simulações, a empresa chegou aos seguintes
resultados:
Camisa Vestido
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Notem os percentuais dos cenários de variação dos preços de venda dos dois produtos. Os
custos
variáveis da camisa são elevados, sendo sua margem de contribuição percentual de 20% ($ 20 /
$100) . Já os custos
variáveis do vestido são baixos, tendo esse item uma margem de
contribuição percentual de 80% ($ 80 / $100) . O efeito no volume
de produção necessário para
cada um desses produtos, decorrente de uma mudança no preço
de venda, é dramaticamente
diferente.
ATENÇÃO
Para encerramos esse assunto, veja o vídeo e entenda ainda mais a relação entre custo,
volume e lucro no impacto do resultado das empresas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA FABRICA APENAS UM PRODUTO E TEM OS SEGUINTES
CUSTOS MAPEADOS:
A) Para atingir o ponto de equilíbrio contábil, é necessário que as vendas alcancem $ 11.500,00.
B) 320
C) 310
D) 300
GABARITO
A empresa deseja um lucro de $ 6.900,00. Com base nas informações apresentadas, qual a
opção correta em relação à análise de custo x volume x lucro?
MC = 320 - 140 - 65
MC = 115
PEE = 18.400
115
11.500 CF
32.800 CV
44.300 CF + DV
Cenário real:
Resultado: $ 1.730.400
Cenário 1:
Cenário 2:
Resultado: $ 1.696.320
Cenário 3:
Resultado: $ 1.635.000
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema vimos o conceito de margem de contribuição e sua importância para a
contabilidade
gerencial. Trata-se de uma relevante ferramenta para a tomada de decisão,
especialmente quando
a empresa enfrenta alguma limitação de produção. Vimos também que,
por meio desse conceito, é
possível encontrarmos o ponto de equilíbrio (seja contábil,
econômico ou financeiro), além de
realizarmos simulações com variações de custo, de
volume ou de ambos. Demonstramos a
relevância da análise de alterações nos componentes
da relação custo x volume x lucro.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.
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CONTEUDISTA
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
CURRÍCULO LATTES