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Ministério de Discipulado EBD

EDB – Escola Bíblica Dominical


Classe de Adultos | Facilitador: Oséas 16

AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS
1"Disse o Senhor a Moisés: 2"Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas
festas, as festas fixas do Senhor, que vocês proclamarão como reuniões sagradas.
44Assim anunciou Moisés aos israelitas as festas fixas do Senhor.

Levítico 23:1-2, 44
Objetivos:
 Saber: Compreender o significado bíblico das festas solenes.
 Fazer: Dedicar ao Senhor as primícias de nossa vida.
Neste capítulo de Levítico 23, veremos que o Senhor reforça a convocação a respeito das festas
solenes (o significado das festas sagradas destinadas às comemorações e adorações), reiterando
as instruções quanto a elas. Também reforça a determinação quanto a guarda do sábado.

As Festas Solenes do Senhor


Deus reservou um período sagrado de festas e dias santos para dar descanso da
vida diária à comunidade do pacto. Em 3 ocasiões, todos os homens de Israel
deveriam se reunir no local central de adoração (Êxodo 23:14-17). As pessoas
participavam dessas festas com uma mistura de solenidade e alegria. Eles foram
humilhados diante de Deus, mas gratos a ele por sua salvação misericordiosa e
provisão inesgotável (Levítico 23:1-2). Estes dias especiais também a ajudariam a
recordar Seus atos de criação, livramento, proteção e provisão.
Antes de Deus dar ao seu povo os detalhes desses festivais, Ele os lembrou que o
mais básico de todos os seus dias religiosos especiais era o sábado semanal (dia
santificado para o descanso). Na empolgação dos festivais anuais, as pessoas não
deveriam esquecer suas obrigações semanais regulares (Levítico 23:3).
A expressão “santas convocações” ocorre 11 vezes no capítulo 23 (v. 2) e 8 vezes em
outras partes da Torá (Êxodo 12:16). Esses encontros eram um período no qual o
povo devia deixar de lado seus afazeres comuns para se focar na adoração
completamente a Deus.
Destaques
 A Páscoa e a Festa dos Pães Ázimos (sem fermento) (vs. 5-8);1
 A Festa das Primícias (dos primeiros frutos) (vs.9-14);2
 A Festa de Pentecostes (vs. 15-22);3
 A Festa das Trombetas (vs. 23-25);4
 O Dia da Expiação (vs. 26-32);5
 A Festa dos Tabernáculos (vs. 33-44);6

1
comemorava a saída apressada dos israelitas do Egito e as dificuldades associadas ao êxodo e no deserto.
2
agradecimento a Deus pelo suprimento das necessidades do povo.
3
celebração da colheita, dia de alegria e ação de graças e renovação da Aliança.
4
gratidão a Deus pelo dom da terra.
5
simbolizava a expiação dos pecados de toda a nação israelita, dia em que toda a casa de Israel jejuava e descansava.
6
comemoração em memória aos 40 anos vividos pelo povo de Israel em cabanas no deserto, a caminho de Canaã.
Haviam três festas principais (ou festivais) do ano religioso israelita: os pães ázimos da Páscoa e as
primícias da colheita de pentecostes no início do ano e a colheita de tabernáculos no meio do ano.

(7) nenhuma obra servil fareis


A referência aqui é o trabalho costumeiro, aquele que é feito para ganhar o pão de cada dia (e não
serviços domésticos leves). O único sábado (dia de descanso) cerimonial quando mesmo o
trabalho doméstico era proibido era o Dia da Expiação (vs. 28, 20). Andrews Study Bible.
Os oito dias designados as assembleias santas eram:
 o primeiro e o sétimo dia de pães ázimos (Lv 23:7-8),
 a festa de Pentecostes (v. 21),
 o primeiro dia “do sétimo mês (v. 24),
 o Dia da Expiação (v. 27), o primeiro e” o oitavo dia de tabernáculos (v. 35-36) e
 o shabat (sábado).

Sábado do Descanso Solene.


O sábado é diferente de todas as outras festas e santas convocações, pois ele se originou na criação
(Gn 2:1-3), enquanto as festas anuais e os “sábados” tiveram sua origem com a nação judaica. O
sábado (do sétimo dia) “foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27) e, por isso, é um
compromisso do homem. As festas anuais foram feitas para os judeus e cumpriram seu propósito
quando o tipo encontrou o antítipo, na cruz de Cristo (Cl 2:16, 17). O sábado do sétimo dia está
incorporado à lei de Deus, os dez mandamentos, Sua constituição para a humanidade. Pelo fato de
ter sido criada antes que o pecado entrasse no mundo, a lei permanecerá depois que o pecado não
mais existir (Is 66:22, 23). Por outro lado, as festas anuais judaicas eram apenas temporais, locais
e de aplicação cerimonial, adequadas às condições da Palestina [tempos de colheita determinados
pelas estações do ano], e não para serem aplicadas ao mundo todo.
Todas essas festas serviam a um propósito, e foram adaptadas às condições dos judeus enquanto
vivessem na Palestina, antes da vinda do Messias. Todas elas cessaram, mas o sábado (do sétimo)
dia permanece. Cristo acrescentou: “de sorte que o Filho do Homem é SENHOR também do sábado”
(Marcos 2:28). É o dia que pertence ao Senhor. Ninguém o pode falsificar, pois não tem o direito
de fazê-lo. É o “santo dia do SENHOR”. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1, p. 869.

É sábado do SENHOR. A expressão indica propriedade. Se Deus tivesse falado do primeiro dia da
semana como “Meu santo dia” ou “o sábado do SENHOR”, hoje ninguém teria dúvida sobre o significado
desse dia. Em vez disso, Ele usa várias expressões sobre o sétimo dia, como Seu. CBASD, vol. 1, p. 869.
(9-14) A Festa das Primícias: os primeiros grãos colhidos deveriam ser ofertados a Deus. Os
israelitas não podiam comer a comida de suas colheitas até que tivessem feito essa oferta. Deus
ainda deseja que coloquemos a Sua porção primeiramente, não por último. Dar sobras para Deus
não é uma maneira de manifestar agradecimento.

Conexão com a vida:


Vemos o Senhor determinando que o povo de Israel não deixasse de guardar o sábado e as
festas fixas, aduzindo que seriam santa convocação, a fim de que servissem como memorial,
para as próximas gerações. Ainda nos dias de hoje, o mundo possui, em seus calendários,
datas especiais, que marcam acontecimentos históricos.
Atualmente, temos datas importantes dos quais a sociedade não pode se esquecer, gerando, assim a
lembrança e conscientização. Os israelitas estavam, de igual forma, sendo convocados a se reunirem e
transmitirem tudo o que o Senhor havia feito. Deus estava separando um povo para Si, criando uma nova
nação, instruindo Seus filhos e lhes dando ordens de que não deixassem que as próximas gerações
esquecessem dos Seus feitos e promessas. Mais adiante, veremos que Deus ordena que Suas
determinações fossem inculcadas aos descendentes dos israelitas, sendo que deveriam ser objeto de
meditação em todos os afazeres, enquanto andavam, sentavam ou dormiam (Deuteronômio 6:7).
Ainda hoje, Deus deseja que as crianças sejam ensinadas sobre Seus preceitos, sendo que, se assim
forem instruídas, não se desviarão deles (Provérbios 22:6). As escrituras mencionam que a
palavra de Deus é viva, eficaz e atuante em nosso interior (Hebreus 4:12), por essa razão que, ao
ser ensinada, ela possui o poder de trazer luz, direção e discernimento sobre todas as coisas.
Jesus, ainda, ensina que nossos corações são comparados à solos, sendo que, se a semente, que é
palavra de Deus, cair em boa terra, se multiplicará, produzindo os frutos dela advindos (Mateus
13). Em complemento a isso, temos que as escrituras, ainda, mencionam que Deus opera, em todos,
tanto o querer, quanto o realizar (Filipenses 2:13).
Deste modo, nossa parte consiste, apenas, em transmitir os princípios do Senhor. A palavra viva e,
o próprio Deus, se encarregarão da obra interior daqueles que atendem ao convite da graça.

Obedecendo a Deus e vivendo pela fé


Com o intuito de nos alegrarmos adequadamente nos dias de celebração a
Deus, nós não devemos realizar o nosso trabalho habitual (Levítico 23:3, 7-8,
21, 25, 35-36). Veja que a preparação de comida nesses Dias Santos envolve
trabalho, mas Deus diz que esse tipo de esforço é permitido e apropriado
(Êxodo 12:16). Contudo, no Dia da Expiação temos de renunciar a todo o
trabalho regular, incluindo, é claro, a preparação de alimentos (Levítico 23:28, 30-31).
Também demonstramos nossa obediência e compromisso com Deus providenciando um tempo
de descanso do nosso trabalho para que possamos celebrar a Deus.
Igualmente, a entregar as primícias é uma forma de se reconhecer a Deus em primeiro lugar.
Por outro lado, deixá-Lo para o fim significa não dar a Ele o primeiro lugar. Assim como Senhor
não aceitou isto de Caim, da mesma forma Ele não aceita isto de nós, hoje.
Penso que seja este o princípio que Deus aplica na Lei das Primícias. Ao ordenar que o Seu povo
Lhe entregasse os primeiros frutos, Deus queria ser distinguido no coração de Seus filhos. A
entrega das primícias é uma forma de se dar honra ao Senhor. Observe a ênfase bíblica:
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão
fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Provérbios 3.9,10)
A definição que o Dicionário Aurélio dá acerca de primícias é: “Primeiros frutos; primeiras
produções; primeiros efeitos; primeiros lucros; primeiros sentimentos; primeiros gozos; começos,
prelúdios”. A definição bíblica não é diferente. Por trás de toda uma doutrina fundamentada em
ensinos explícitos e figuras implícitas, as Escrituras nos mostram a importância que Deus dá ao
nosso ato de entregarmos a Ele as nossas primícias, cuja definição é: “a primeira parte de algo.”
Quando Deus instituiu as ofertas, seria pelo fato de precisar delas? Certamente que não, mas foi para
provar o nosso coração numa das áreas em que demonstramos um grande apego. Com a Lei das Primícias
não é diferente. Deus não precisa dos primeiros frutos. Nós é que precisamos d’Ele em primeiro lugar em
nossas vidas, e este é um excelente exercício para mantermos o nosso coração consciente disto.
Entregar ao Senhor as primícias é dar-Lhe honra. É distingui-Lo. É demonstrar o lugar especial
que Ele ocupa em nossas vidas. Deus quer ser o Primeiro em nossas vidas. A rebelião de Satanás
foi a tentativa de usurpação desta posição divina. E ainda hoje ele tenta tomar o trono de Deus em
nossos corações. Mas devemos manter o Senhor em Seu devido lugar.

Consequências Espirituais
No livro “Quando Deus é Primeiro” do pastor Mike Hayes, ele fala acerca das primícia, me abriu os
olhos para o que foi de fato o pecado cometido por Acã em Jericó. Vejamos:
Jericó era a primeira cidade a ser conquistada em Canaã. De acordo com a Lei das Primícias, o
despojo de guerra não era deles, e sim do Senhor:
“18Tão-somente guardai-vos das coisas condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as
tomeis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confundais. 19Porém toda prata, e ouro, e
utensílios de bronze e de ferro são consagrados ao Senhor; irão para o seu tesouro. 24Porém a
cidade e tudo quanto havia nela, queimaram-no; tão-somente a prata, o ouro e os utensílios de
bronze e de ferro deram para o tesouro da Casa do Senhor.” (Josué 6.18,19,24)
Os israelitas estavam proibidos de se apropriarem de qualquer coisa em Jericó. Os tesouros deveriam ir
para o Templo, e as demais coisas (chamadas de coisas condenadas) deveriam ser destruídas. Um
soldado, no entanto, desobedeceu a ordem que o Senhor havia dado. A consequência da quebra deste
princípio foi que a bênção para as demais conquistas foi retirada de sobre Israel. Eles foram derrotados
na próxima batalha, que exigia muito pouco deles, pois a Lei das Primícias não havia sido obedecida.
Quando santificamos as primícias ao Senhor, também santificamos o restante daquilo de que foi
dedicado. Portanto, inversamente, quando roubamos a Deus nos primeiros frutos, também
perdemos a Sua bênção no restante! Este princípio funciona em todas as áreas. Ao separarmos
um tempo pela manhã para buscarmos a Deus e oferecermos em nosso devocional as primícias do
nosso dia, também estamos santificando o seu restante ao Senhor. Quando separamos as primícias
da nossa renda, também estamos santificando o restante da nossa renda a Deus! Quando
dedicamos nossa vida ao Senhor, tudo será bem sucedido!!
Na Nova Aliança em Cristo, os cerimoniais da Lei Mosaica não são mais observados. Isso significa que as
primícias segundo os moldes do Antigo Testamento não são mais ofertadas ao Senhor. No entanto, o
princípio espiritual de que o cristão deve apresentar ao Senhor as suas primícias continua válido. O
crente deve reconhecer que tudo que ele possui, sejam bens, dons, ou quaisquer outras coisas, tudo,
absolutamente tudo, pertence ao Senhor. Portanto, o cristão deve sempre priorizar a causa do Reino de
Deus oferecendo ao Senhor a primazia dos seus recursos (Mateus 6:33).
“Se é santa a parte da massa que é oferecida como primeiros frutos, toda a massa também o é;
se a raiz é santa, os ramos também o serão”. Romanos 11:16.

Oração: “Pai Amado e Querido, peço forças para me afastar do que é impuro. Me de discernimento
espiritual para identificar as ciladas de satanás para roubar minha santificação. Mostre-me quais
são as áreas de minha vida que não Te agradam para que eu possa me consertar. Declaro que sou
completamente dependente e obediente a Ti. Eu oro em nome de Jesus. Amém.”

Princípio para minha vida cristã da igreja e no mundo:


Dedicar ao Senhor as primícias de minha vida!

Desafio para Casa


"Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação." 1 Tessalonicenses 4:7
Santidade é um dos principais atributos de DEUS e uma das características que deve ser
desenvolvida pelos discípulos de JESUS. E quem são os discípulos de JESUS, senão aqueles que
seguem a Cristo? Ser santo é ser separado do que é impuro e consagrado ao que é puro.
DEUS é santo e nEle não há nada sujo ou impuro. E a partir do momento que nós somos
considerados discípulos de JESUS, passamos a ter como uma de nossas características a santidade.
Todos nós somos chamados por DEUS para separarmos e consagrarmos as nossas vidas a
Ele. Santa é a pessoa que é separada por DEUS para o adorar e para o servir, cumprindo sua
vontade, para a glória do Seu nome!
Anexo #01 – Detalhamento das Festas Judaicas, conforme o Candelabro

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