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PROPRIEDADE DO:

26 de Julho de 2017 NOTÍCIA 1

Director: JOÃO MANASSES • Nº 201 • Quarta-feira, 26 de Julho de 2017 • www.portaldogoverno.gov.mz • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

QUEREMOS EQUILÍBRIO
NA BALANÇA DE PAGAMENTOS
Págs. 3 e 4

Págs. Governo e privados unidos Págs. País com capacidade


10 e 11 na melhoria do ambiente de negócios 6e7 de resposta a doenças aviárias

ESTA EDIÇÃO CONTÉM SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA - UFSA


2 CONSELHO DE MINISTROS 26 de Julho de 2017

VISTO DE FRONTEIRA FIXADO


EM 50 DÓLARES PARA TURISTAS

O
Governo fixou,
por via de um
diploma conjun-
to assinado pe-
los ministros do
Interior e da Economia e Fi-
nanças, em 50 dólares norte-
-americanos, o equivalente a
3 mil meticais, o visto de fron-
teira para turistas, uma me-
dida integrada nas reformas
que o país tem levado a cabo
com vista a melhorar o am-
biente de negócios.
Recorde-se que há três me-
ses o Governo aprovou uma
série de medidas para a pro-
moção da actividade turística
no país, uma das quais foi o
alargamento da concessão do
visto de fronteira para 30 dias,
podendo o turista entrar duas
vezes no território nacional
durante a vigência do visto.
A entrada de turistas no país tem vindo a aumentar graças a algumas medidas tomadas pelo Governo
O ministro do Interior, Basílio
Monteiro, explicou que o va- lhoria do ambiente de negó- duração do mandato do presi- segurados pelas Alfandegas
lor do visto adoptado pelo país cios, das quais 12 do Governo e dente da AT e dos directores- de Moçambique
está abaixo do praticado pelos cinco do sector privado. -gerais e adjuntos, com pro- O Governo apreciou também
países vizinhos em 3 a 7 dóla- “A matriz referida será objec- posta de 4 anos. a informação sobre a gestão
res americanos. to de avaliação em Dezembro Também visa definir a com-
Considerou que com esta de calamidades naturais no
do ano em curso, e o Gover- posição do Conselho Superior período de 27 de Junho a 24
nova facilidade a entrada de no assume o compromisso da Autoridade Tributária, o ór-
turistas no país incremen- de Julho e sobre o lançamento
de continuar a trabalhar cada gão máximo dirigido pelo mi-
tou bastante nos últimos três da construção da refinaria de
vez mais para melhorar o nistro da Economia e Finanças
meses, ao atingir 11.904 casos, açúcar em Xinavane, provín-
ambiente de negócios, intro- e que integra várias entidades,
contra cerca de 9 mil regista- duzindo reformas legislativas nomeadamente o ministro da cia de Maputo, realizado no
dos no primeiro trimestre do que possam simplificar os Indústria e Comércio, o Banco pelo PM.
ano passado. procedimentos e criem aces- de Moçambique, os presiden- Trata-se de um investimento
A maior parte dos turistas so à actividade económica”, tes da AT e do Instituto Nacio- que vai absorver 550 milhões
provém da América, Ásia e do explicou Ana Comoana, por- nal de Estatística, bem como de randes e vai contribuir
continente africano. ta-voz do Governo, falando no o director-geral do Centro de para a redução de divisas que
“Felizmente, nas últimas duas final da sessão. Desenvolvimento de Siste- o país gastava na importação
semanas a tendência é de su- Ainda ontem, o Conselho de mas de Informação. do açúcar branco, estimado
bida drástica de entrada de Ministros apreciou a propos- A mesma revisão preten- em 60 mil toneladas. Espera-
turistas no país, o que está a ta de revisão da lei que cria de alargar a composição do -se que o projecto crie 15 mil
ter reflexos na nossa econo- a Autoridade Tributária de Conselho de Fiscalidade para empregos e beneficie 2200
mia”, explicou. Moçambique, a submeter à outras entidades como os re-
agricultores que fornecem
O Conselho de Ministros apre- apreciação e aprovação da presentantes da Ordem dos
ciou ainda na sessão de ontem cana-de-açúcar a Xinavane e
Assembleia da República. Contabilistas e Auditores e
a informação do IV Conselho Mafambisse.
Segundo explicou Ana Co- da Câmara dos Despachan-
de Monitoria do Ambiente de moana, a revisão visa definir tes, para além das direcções Também foi apreciada na ses-
Negócios no âmbito do Diá- de forma expressa as com- provinciais e delegações das são de ontem a informação
logo Público-Privado, cujo petências do ministro que su- áreas fiscais. Atribui, igual- sobre a realização do XIII Fes-
memorando de entendimento perintende a área das Finan- mente, natureza paramilitar tival dos Jogos Desportivos
inclui uma matriz concertada ças, neste caso o ministro da aos serviços técnicos de fis- Escolares, que terminaram
que prevê 17 acções para me- Economia e Finanças; fixar a calização e investigação as- domingo em Gaza.
26 de Julho de 2017 POLÍTICA 3

Comércio internacional
NYUSI DEFENDE MAIOR EQUILÍBRIO
NA BALANÇA DE PAGAMENTOS Texto/ Fotos: Leonildo Balango /Januário Magaia

Entre várias informações na visita ao MIC, o Presidente da República ficou a saber do plano de comercialização de cereais

O
Presidente da saldo das exportações e im- do nos 1.5 mil milhões. os institutos de Propriedade
República, Filipe portações de bens mostra Esta redução pode ter sido Industrial (IPI), para a Promo-
Nyusi, defende a uma grande redução. originada pelas medidas de ção das Pequenas e Médias
necessidade de Em 2014, o país exportou contenção que o país adoptou Empresas (IPEME), de Ce-
o país equilibrar bens avaliados em 3.9 mil mi- nos últimos dois anos, o que reais de Moçambique (ICM),
a balança de pagamentos no lhões de dólares e importou o satisfaz o Presidente da Re- de Normalização e Qualidade
comércio exterior, reduzindo equivalente a 7.9 mil milhões, pública. (INNOQ); Direcção Nacional
cada vez mais as importa- resultando num saldo de 4 mil Entretanto, Nyusi defende da Indústria (DNI) e a Bolsa de
ções e aumentando as expor- que é preciso manter este Mercadorias de Moçambique
milhões.
tações. Só que este equilíbrio
Já em 2015, as exportações ritmo de redução das impor- (BMM), para depois orientar
não deve advir da crise finan-
atingiram 3.4 mil milhões, tações não devido à situação um conselho consultivo ex-
ceira que o país tem atraves-
enquanto as importações económica que o país atra- traordinário.
sado nos últimos anos, mas
sim do aumento da produção fixaram-se nos 7.5 mil mi- vessa, mas sim criando con- No geral, o PR ficou satisfeito
e da produtividade das indús- lhões, gerando um saldo de dições para o efeito. com o desempenho do sector,
trias nacionais, bem como 4.1 mil milhões, e em 2016 a Durante a visita ao MIC, Nyusi tendo instado os dirigentes e
das exportações. venda dos produtos nacionais escalou sucessivamente as técnicos a fazer do comércio
É que, segundo os dados ao exterior rendeu 3.3 mil mi- várias direcções que com- uma das bandeiras do sector,
apresentados há dias ao PR, lhões de dólares, face a 4.8 mil põem este ministério e as oferecendo produtos de qua-
durante visita ao Ministério milhões de dólares de impor- instituições tuteladas e su- lidade ao consumidor e a pre-
da Indústria e Comércio, o tações, tendo o saldo se fixa- bordinadas, nomeadamente ços competitivos.
4 POLÍTICA 26 de Julho de 2017

Filipe Nyusi visitou a sede do ministério, instituições subordinadas e tuteladas e ainda orientou um conselho consultivo alargado do MIC

DESAFIO É ABSORVER TODO O EXCEDENTE DE CEREIS INAE DEVE GARANTIR


AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

Um dos grandes desafios do país é a coamento do produto, a fonte disse já Num outro desenvolvimento, Filipe Nyu-
recolha e comercialização de todo o existir uma parceria com as empresas si congratulou a forma como a Inspecção
excedente de cereais produzidos nos Transmarítma e Correios de Moçam- Nacional das Actividades Económicas
vários campos do país e oferecer ao bique. (INAE) tem estado a desenvolver as suas
mercado nacional. Por outro lado, está a Bolsa de Merca- actividades, por agir tendo como foco a
Actualmente, grande parte da produ- dorias de Moçambique, que por via de satisfação dos anseios da sociedade.
ção nacional tem-se deteriorado devi- silos autos distribuídos pelo país está Entretanto, defende que deve continuar
do à falta de condições para a recolha, também a acolher e a acondicionar a privilegiar em primeiro plano a sensibi-
acondicionamento e comercialização cereais dos camponeses de algumas lização, sem descurar a penalização aos
no mercado interno, chegando algu- províncias inscritas neste mecanismo. renitentes, mas não deve comprometer a
ma parte a deteriorar-se no produtor O ministro da Indústria e Comércio, produção e a produtividade.
e outra vendida a preços baixos no Max Tonela, revelou que o ICM já as- “Todos os que querem ganhar dinheiro
mercado informal, chegando a países sinou memorandos de entendimento à custa da saúde das populações devem
vizinhos como o Malawi.
com 39 intervenientes da cadeia de ser penalizados”, disse Nyusi, salientan-
Mas o Instituto de Cereais de Moçam-
comercialização agrícola, incluindo 14 do que é preciso que se combata igual-
bique (INCM) já tem um plano para re-
unidades de agro-processamento. mente a concorrência desleal e contra-
verter o cenário.
Tonela disse, por outro lado, haver uma facção de produtos porque compromete
Segundo explicou o respectivo direc-
reacção positiva do sector industrial, a produção nacional.
tor-geral, João Macaringue, ao Presi-
dente da República, o plano de comer- que está a substituir o processamento A inspectora-geral da INAE, Rita Freitas,
cialização de cereais prevê para 2017 de cereais e oleaginosas importadas disse haver muitos casos graves de con-
um volume de 3.7 milhões de tonela- por matérias-primas nacionais. trabando e contrafacção de produtos na-
das, das quais 3.5 milhões de milho, Na ocasião, Nyusi sublinhou a ne- cionais, que vêm de países vizinhos por
193.820 de arroz, 56 mil de mapira, 4 cessidade de se potenciar a cadeia de vias ilegais e ensacados em Moçambique
mil de mexoeira e 20 mil de trigo. produção de cereais, principalmente o como se tivessem sido produzidos cá.
Por outro lado, há um trabalho com as milho. São os casos do açúcar, frango, tabaco,
indústrias de processamento e moa- “O país está a produzir milho e não óleos e outros produtos.
geiras nacionais, num total de 36, para faz sentido continuar a importar este A fonte disse que já há um trabalho em
absorverem a produção, enquanto nos cereal”, disse, salientando que em al- curso, juntamente com as Alfândegas de
distritos há 155 armazéns com capa- guns casos “gastamos divisas a im- Moçambique e o INNOQ, para desmante-
cidade para acolher 229.705 toneladas. portar o nosso próprio milho, colocado lar os grupos envolvidos no esquema.
Em termos de transporte para o es- ilegalmente nos países vizinhos”
26 de Julho de 2017 SOCIEDADE 5

Para reduzir conflitos

MATOLA ATRIBUI 10 MIL TÍTULOS DE TERRA


Texto: Líria Samissone

Manuel Nhanzimo, chefe de Construção e Urbanização no município da Matola Ester Parruque, residente de Tsalala, já tem DUAT

O
município da Ma- cerca de sessenta mil pro-
tola é uma das cessos em regularização, um
regiões do país terço do esperado em termos
que registam de volume da população que
grande procura tem”, disse.
de terra para habitação, o que Nhanzimo acrescentou que
tem provocado muitos confli- este processo tem em vista a
tos afins. redução de conflitos de terra
Para reverter a situação, o porque o DUAT garante a pos-
Conselho Municipal está a le- se do espaço físico real que
var a desenvolver uma cam- uma pessoa ocupa, e a partir
panha de regularização de desse momento reduz o po-
terras desde ano de 2015, ini- tencial de conflitos.
ciativa que vai culminar com Reiterou que as fiscalizações
a atribuição, até ao final deste deviam ser minuciosas de
ano, de 10 mil títulos de Direito modo a que todo o documento
de Uso e Aproveitamento de entregue fosse correcto e que
Terra (DUAT). garantisse a segurança da
João Sebastião, munícipe da Matola também já com DUAT
Até ao momento, segundo posse de terra.
Manuel Nhanzimo, chefe da O valor a pagar varia de acor- a casa dos sonhos. este processo de entrega de
área de Construção e Urbani- do com a localização do es- João Sebastião é outro con- DUATs.
zação no município da Matola, paço, isto é, se o bairro onde a templado. Ele considera que Para se obter o título, com
já foram entregues três mil pessoa está inserida é urbano com o DUAT já pode começar base nas fichas de regulari-
DUATs no posto administrati- ou semi-urbano. Também a construção da sua casa e
vo da Machava. Depois deste varia em função da área, a di- zação preenchidas em 2015,
aconselha todos a regulari- os técnicos da edilidade des-
local, a atribuição de títulos mensão do talhão e do tipo de
zarem sua situação, evitando locam-se aos bairros para
vai abranger os postos ad- uso.
conflitos ou multas por falta
ministrativos do Infulene e Ester Parruque, residente de certificar a informação junto
de documentação do espaço
Matola-sede, atingindo cinco Tsalala, é uma das contem- ao chefe do quarteirão, segui-
mil só este mês. pladas e diz sentir-se muito que ocupam.
do de um trabalho de fisca-
“No acto das fiscalizações, o feliz e realizada por lhe ter Recorde-se que em 2015 o
município da Matola iniciou lização. Após este processo,
município deparou-se com sido atribuído o DUAT, que
uma campanha de regulari- as fichas são encaminhadas
alguns constrangimentos, de vem solicitando há mais de
zação de talhões dos muníci- ao chefe do posto para dar o
entre eles os números incor- cinco anos. Neste momento,
rectos de talhões apresenta- ela já pode dizer que o espaço pes, por via de preenchimento visto, seguindo-se depois, já
dos pelos munícipes. Muitos é dela e ninguém mais pode das respectivas fichas. De lá na vereação, a introdução dos
deles apresentavam números tirar-lhe. O que resta é pagar o para cá, fez-se um trabalho dados correctos no cadastro
dos seus vizinhos. Matola tem valor e, quem sabe, construir de triagem que culminou com do registo e emissão do DUAT.
6 SOCIEDADE 26 de Julho de 2017

Doenças aviárias

PAÍS COM CAPACIDADE DE RESPOSTA


- garante AMA
Texto/ Fotos: Líria Samissone /Mário Vasco

Avicultores, Governo e convidados reunidos para discutir sobre a influenza aviária e outras doenças que afectam as galinhas

M
oçambique é Mas tanto a Associação Mo-
um dos paí- çambicana dos Avicultores
ses vulnerá- (AMA) assim como o Gover-
veis a doen- no, através da Direcção Na-
ças aviárias cional de Veterinária, garan-
devido à sua localização tem que o país possui capa-
geográfica e por fazer parte cidade de resposta a even-
da principal rota de migração tual eclosão destas doenças,
das aves selvagens da Euro- como a gripe aviária H5N8
pa para Ásia e vice-versa. que está a afectar alguns
Dados da Direcção Nacional países da África Austral
de Veterinária (DNV) indi- como África do Sul e Zimba-
cam que anualmente cerca bwe, de onde o país importa a
de 77 espécies visitam e de- maior parte dos ovos de en-
positam grande quantidade cubação para a produção de
de fezes no território nacio- frangos. Anabela dos Muchangos, directora nacional de Veterinária
nal, sobretudo nas zonas Falando há dias numa reu-
costeiras e alagadas, de onde nião com avicultores sobre Com efeito, já foi criada ca- as instituições envolvidas na
grande parte da população doenças aviárias, a directo- pacidade de prevenção e er- luta contra as doenças, bem
retira os seus recursos. ra nacional de Veterinária,
radicação destas doenças, como a circulação regular da
Este facto coloca o país numa Anabela dos Muchangos,
situação de vulnerabilidade explicou que estão a ser to- detecção precoce de novos informação actualizada so-
para contracção de doenças madas medidas para evitar a casos nas aves e huma- bre a evolução da influenza
aviárias, que podem afectar eclosão de doenças das aves nos, garantia de distribuição aviária.
o ser humano. no país. apropriada dos fundos entre Segundo Anabela, em caso
26 de Julho de 2017 SOCIEDADE 7

de detecção precoce e reacção rápi- Também estão estabelecidas equipas ou dentro dum raio da área infectada,
da a alguma situação, o Ministério da operativas para investigação de cam- combinada com vigilância activa, res-
Agricultura e Segurança Alimentar po e avaliação do terreno, controlo da trição de movimento e biossegurança,
dissemina informação ao público sobre situação, bem como elaboração de o que tem resultado numa significante
práticas saudáveis para lidar com aves guiões sobre a reacção rápida em caso redução da contaminação viral ao am-
doentes e mortas; informação ao sector de suspeita de casos. biente.
produtivo em matéria de biossegurança Outras medidas incluem, em casos de “As medidas de contenção poderão im-
para produção e manuseamento segu- detecção e confirmação de surtos, o plicar o encerramento temporário de
ro das aves, ração e outros insumos. abate sanitário no local de ocorrência mercados de venda de aves”, explicou.

AUTORIZADA IMPORTAÇÃO DE OVOS FÉRTEIS DA RAS


tas zonas laboratoriais.
consideradas livres da gripe “Recebemos a informação
e que se encontram compar- com satisfação, pois se não
timentadas. tivéssemos esta abertura nas
Esta medida vai garantir a próximas semanas teríamos
normalização do funciona- alguma redução da quanti-
mento do sector nas próxi- dade do frango colocado ha-
mas semanas e que não haja bitualmente no mercado”,
escassez do frango no país, referiu.
segundo garantiu o secretá- O seminário sobre influenza
rio executivo da AMA, Loko aviária tinha como objecti-
Roger, no seminário sobre in- vos partilhar experiências e
fluenza aviária. discutir o impacto socioeco-
Refira-se que, com a proi- nómico que este vírus pode
bição da importação destes trazer, apreciar as medidas
materiais dos países vizinhos, estabelecidas para o controlo
os avicultores nacionais já e diagnóstico caso o país seja
aventavam a hipótese de ad- atingido.
Loko Roger, secretário executivo da AMA quirir ovos férteis na Europa, A AMA tem colaborado com
o que poderia encarecer o o Governo para encontrar so-
Depois de cerca de um mês frangos importarem ovos fér- frango. luções para os desafios que
da eclosão do surto da gri- teis da vizinha República da A fonte afirmou que os ovos o problema traz e, por outro
pe aviária H5N8 em alguns África do Sul (RAS) e Zimba- devem ser adquiridos nos es- lado, persuadido os interve-
países da África Austral, que bwe, o país decidiu suspender tabelecimentos certificados e nientes da cadeia de valor a
culminou com a proibição a medida, permitindo a aqui- autorizados a exportar, com tomarem medidas de biosse-
de os criadores nacionais de sição de ovos férteis de cer- base nos resultados de testes gurança.
8 SOCIEDADE 26 de Julho de 2017

Trabalho infantil

LUTA PELA RENDA QUE COMPROMETE O FUTURO


Texto e foto: Pilatos Pires

O
trabalho infantil
constitui um dos
grandes proble-
mas das socie-
dades em vias
desenvolvimento, comprome-
tendo sobremaneira o cresci-
mento e a educação de muitas
crianças.
Moçambique não é alheio a
este problema, as zonas ru-
rais como urbanas, onde mui-
tos petizes são usados como
mão-de-obra barata na agri-
cultura e no comércio.
Entretanto, a Lei do Trabalho
vigente no país proíbe e pune
severamente actos conside-
rados como trabalho infantil,
permitindo apenas a partici- Há crianças que se envolvem em trabalho infantil por imposição dos progenitores
pação de menores acima de
familiar. responder aos mandamentos lhos”, contou o menor.
15 anos em certas actividades
Um dos casos é de Manuel, dos avôs maternos, tudo para Assim como acontece com
previstas e em determinadas
nome fictício de um adoles- ajudar na renda familiar. Manuel, este foi sentenciado a
condições.
cente de 13 anos de idade que Hoje vende rebuçados, bola- vaguear pelas ruas pelos seus
A Organização Internacional
todas as manhãs dobra as es- chas, cigarros, entre outros próprios progenitores. Sobre
do Trabalho e o Fundo das
quinas da cidade de Maputo produtos, alguns dos quais não
Nações Unidas para a Infân- perspectivas para o futuro, o
vendendo maçãs. recomendados para menores.
cia (UNICEF) estimam que menor, mas com mentalidade
Conta que iniciou a actividade “Quando minha mãe se casou
mais de 4 milhões de crianças de adulto, diz: “Quero-me ca-
há cinco anos, depois da morte com outro homem, fiquei a vi-
moçambicanas sejam explo- sar, ter dois filhos e uma boa
da mãe, por recomendação do ver com meus avôs e tenho de
radas como mão-de-obra in- casa para viver com os meus
pai desempregado, com que os ajudar porque os dois não
fantil, mas um estudo recente trabalham e são muito ve- avós”.
vive.
elaborado pela Universidade
“Logo que a minha mãe fale-
Eduardo Mondlane indica a ceu, meu pai começou a beber
existência de mais de um mi- muito e perdeu emprego. Tive
lhão de crianças no país en- de abandonar a escola na ter- INAS ASSISTE 500 MIL FAMÍLIAS
volvidas no trabalho infantil,
com principal incidência na
ceira classe porque meu pai PARA REVERTER CENÁRIO
me mandou trabalhar para
agricultura, com 96 por centos termos comida na mesa, por
deste número. Com vista a reverter este tris- Refira-se que a medida já re-
isso estou aqui a vender e
Especificamente na cidade de te cenário, o Ministério do Gé- sultou na integração de par-
agora pelo menos tenho di-
Maputo, este fenómeno ocor- nero, Criança e Acção Social te significativa de menores
nheiro para comermos e com-
re mais no sector comercial, (MGCAS), através do Instituto que geravam renda para suas
prar minhas coisas”, contou.
onde estão envolvidos 74.4 por São palavras de quem lhe fo- Nacional de Acção Social, está famílias por via de activida-
cento dos petizes, seguindo- ram tirados vários direitos, a assistir cerca de 500 mil fa- des comerciais e agricultura.
-se a agricultura, com 3.6 por mas que revela estar feliz com mílias em todo o país em for- Além disso, foram garantidos
cento, o que coloca em cau- os ganhos que obtém do ne- ma subsídio social básico e de
direitos e serviços sociais bá-
sa direitos da criança como a gócio e diz não ver nenhuma apoio directo, especificamen-
sicos a estes menores, como
educação, lazer e segurança. vantagem em voltar à escola. te a famílias chefiadas por
escola.
No lugar de estarem na escola, “Estudei até terceira classe, crianças.
De acordo com a directora Igualmente, o MGCAS tem di-
a brincar ou a realizar activi- mas vi que a escola não é para
nacional da Criança, Angélica vulgado a legislação que pro-
dades que concorrem para o mim. Até pensava antes em
Magaia, “a medida visa redu- tege a criança, sobretudo no
seu desenvolvimento harmo- ser médico, mas estou bem
zir a carência económica das que concerne aos direitos e
nioso e observando os seus aqui”, contou.
direitos, muitos menores se Assim como Manuel, o pe- famílias, o que contribui para deveres dos menores, com-
fazem às ruas para produzir queno Paíto, de 15 anos, viu- manutenção das crianças na bate a abusos e violência, bem
dinheiro para ajudar na renda -se sem alternativas a não ser escola”. como trabalho infantil.
26 de Julho de 2017 ECONOMIA 9

BANCO MUNDIAL SATISFEITO COM


ESTABILIDADE ECONÓMICA DO PAÍS
norte-americanos para apoiar diversos
programas sectoriais.
“Moçambique precisa de implementar
projectos de transformação e diversifica-
ção da economia. Temos o sector mineiro,
a agricultura, energia solar. Por isso vamos
identificar as devidas prioridades com o
sector privado”, disse, assegurando que o
financiamento aos programas da educa-
ção, saúde, agricultura e as cadeias de va-
lor não foi suspenso, mas sim expandido.
Bvumbe disse, por outro lado, que foi in-
formado sobre os resultados da auditoria
independente às dívidas não declaradas,
tendo assegurado que tudo está sendo re-
solvido no quadro da legalidade, com vista

O
Encontro de cortesia entre o Governo de Moçambique e delegação do Banco Mundial
à melhoria do desempenho económico.
Banco Mundial considera que te. A situação está favorável e podemos ver Durante o encontro, Bvumbe também ma-
Moçambique está a caminhar que as reservas estão num nível de melho- nifestou a disponibilidade da instituição
rumo a uma situação macroe- ria”, disse o director executivo do Banco
que representa para financiar a mecaniza-
conómica favorável, avaliando Mundial, Andrew Ndaamunhu Bvumbe,
ção agrícola em substituição da agricultura
o comportamento dos indica- que foi recebido esta segunda-feira, em
dores nos últimos tempos, nomeadamente audiência, pelo primeiro-ministro, Carlos de subsistência, para assegurar o aumento
a queda da taxa de inflação e o aumento Agostinho do Rosário. da produção e da produtividade.
das reservas internacionais, o que pode- Referiu que a instituição da qual faz par- Acrescentou ainda que, no quadro de fi-
rá assegurar a breve trecho a estabilidade te vai continuar a ajudar o país em várias nanciamento das várias áreas de desen-
económica. áreas de forma a alcançar a estabilidade volvimento para os próximos três anos, a
“Estamos felizes com os indicadores ma- económica. sua instituição vai trabalhar no desenvol-
croeconómicos que apontam para baixa Aliás, anunciou que a instituição multilate- vimento do capital humano e no aumento
inflação, mas precisamos de ir mais à fren- ral disponibilizou 1.2 mil milhões de dólares da conectividade da rede de Internet.

MALEIANE DESAFIA JOVENS A


APOSTAREM NO AUTO-EMPREGO
O
ministro da Eco- cerias de implementação. Por seu turno, o presidente da recém-graduados consigam
nomia e Finanças, Na sua intervenção, o dirigente AEFUM, Osvaldo Mauaie, dis- entrar para o mercado de tra-
Adriano Maleiane, referiu que o Governo, nas prio- se que a agremiação que diri- balho através do auto-emprego
desafia os jovens ridades II e III do seu Programa ge está a implementar vários
ou empreendedorismo, sem
a apostarem em Quinquenal, direcciona a ac- projectos e programas em todo
modelos de desenvolvimento ção governativa ao Desenvol- o país, os quais permitem aos terem de fazer empréstimos”,
económico baseados no pro- vimento do Capital Humano e jovens estudantes e recém- defendeu.
gresso tecnológico e sustentá- Social, Promoção do Emprego, -graduados do ensino superior Para o PCA da Zero Investi-
vel na promoção do auto-em- Produtividade e Competitivi- identificarem oportunidades mento, João das Neves, parceiro
prego, competitividade, melho- dade, tendo em perspectiva existentes para a sua entrada da iniciativa, é preciso que se
ria de rendimento e aumento da alavancar o envolvimento e no mercado de trabalho.
apoiem estudantes com pro-
produção nacional. contribuição dos jovens no de- Para Mauaie, essas feiras são
O governante fez estas con- senvolvimento do país. um espaço onde os estudantes jectos de geração de lucros.
siderações na cerimónia de “O ensino para competitividade apresentam as suas ideias de Sob o lema “Fazer dinheiro sem
lançamento da II Feira Nacio- é um desafio do momento nes- negócio, na expectativa de en- dinheiro”, a segunda edição da
nal de Projectos, iniciativa da ta era de conhecimento para a contrar parceiros que garantam Feira de Projectos vai decorrer
Associação dos Estudantes Fi- criação de auto-emprego atra- que estas iniciativas sejam im- no dia 11 de Agosto de 2017, no
nalistas Universitários de Mo- vés de esforço físico e intelec- plementadas, salvaguardando
âmbito da Semana Nacional da
çambique (AEFUM), que junta tual, de modo a fazermos um os benefícios resultantes para o
empresários e estudantes com trabalho que tenha aceitação dono da iniciativa. Juventude, no campus da Uni-
projectos de geração de renda social”, recomendou o dirigen- “Com estas feiras pretendemos versidade São Tomás de Mo-
para estabelecimento de par- te. garantir que mais finalistas e çambique.
10 ECONOMIA 26 de Julho de 2017

GOVERNO E PRIVADOS ALINHADOS


NA DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA
Texto: Brígida da Cruz Henrique

Governo e CTA assinando instrumentos de cooperação

O
Governo e o prioridades de reformas para
sector privado 2017.
elegem a agri- No total, são 14 prioridades
cultura, turis- eleitas pelo sector privado
mo, energia e que devem ser desenvolvi-
infra-estruturas como sec- das pelo Governo este ano
tores vitais para dinamizar para flexibilizar o ambiente
a economia, aumentando de negócios no país, a exem-
os níveis de produção, pro- plo da revisão do decreto que
dutividade e exportações, e aprova o licenciamento sim-
assim gerar mais emprego e plificado, alteração do valor
melhores condições de vida do visto, actualização do có-
da população. Esta afirma- digo do registo predial.
ção foi feita pelo primeiro- Os empresários nacionais
-ministro, Carlos Agostinho também estão preocupa-
do Rosário, no decurso do dos com a implementação
IV Conselho de Monitoria do sistema de informação uso de bandeirolas, escolta Em termos de reformas, os
do Ambiente de Negócios, do registo predial, revisão da e outros meios de sinaliza- empregadores querem ver
no qual a Confederação das sobretaxa de exportação da ção de veículos automóveis criado um fórum consultivo
Associações Económicas de castanha de caju, estabele- de dimensões anormais, de que integre todos os inte-
Moçambique (CTA) analisou cimento do direito de opção transporte de carga perigo- ressados no sector público,
com Governo a proposta de de exportação, revisão do sa, entre outros. Ordem dos Engenheiros, dos
26 de Julho de 2017 ECONOMIA 11

O Governo e o sector privado trabalham juntos para a melhoria do ambiente de negócios no país

Arquitectos, entre outros; incentivos fiscais que permi- te privados, e Vuma chama público-privado, continua-
divulgação das linhas ver- tam o desenvolvimento de atenção para o facto de que remos a assegurar maior
des da Autoridade Tributária capacidades para satisfação a penalização contínua de participação do empresa-
(AT) e da CTA; formalizar 100 das necessidades dos mer- Moçambique em relação à riado nacional na nossa eco-
agentes económicos; anexar cados nacionais e interna- sua classificação no rating nomia e melhorar cada vez
cláusulas de anticorrupção cionais. internacional afecta todo o mais o ambiente de negócios
nos contratos; operacionali- O responsável ressalva que o mercado de forma. em Moçambique”, enfatizou
zar a plataforma de forma- actual momento económico “Aos nossos credores da o PM, realçando a necessi-
ção e cadastramento. e social obriga o empresário comunidade internacional, dade de as partes continua-
No tocante ao processo nor- a ter cautela em relação ao apelamos a um renovado rem de mãos dadas face aos
mativo, Agostinho Vuma, aparente elevado risco fiscal, cometimento e retoma da desafios que se traduzem no
presidente da CTA, disse ser devido aos evidentes efeitos cooperação com Moçambi-
aprimoramento dos meca-
sintomática a ausência de nefastos da dívida externa e que nos vários domínios que
nismos de simplificação de
uma legislação que define a do seu impacto no ambiente carecem de financiamento
procedimentos no licencia-
participação pública na cria- de negócios e nas empresas, programático”, apelou Vuma.
mento das actividades eco-
ção, modificação ou extinção através da sua tesouraria. Nesta esteira da proposta
nómicas.
das leis e seus regulamentos. “É aqui onde residem alguns de responsabilidades e prio-
Este facto faz com que várias constrangimentos para a ridades de reformas para Por outro lado, a melhoria da
instituições sigam métodos melhoria do ambiente de 2017, o primeiro-ministro, qualidade de bens e serviços
diferenciados, muitas vezes negócios no actual estágio Carlos Agostinho do Rosá- fornecidos pelo sector priva-
sem auscultação abrangente da nossa economia”, anota o rio, reiterou que o Governo do torna-os mais competiti-
ao público para o qual as leis presidente da CTA. implementará as reformas vos nos mercados nacionais
se destinam. Ademais, a redução das par- acordadas com o sector pri- e internacionais, daí o desa-
Por outro lado, Vuma consi- ticipações do Estado a fa- vado para melhorar cada vez fio de pautarem por trans-
dera importante promover vor do sector privado pode mais o ambiente de negócios parência, responsabilidade
o sector comercial da agri- evitar o risco de colocá-lo no país. e cumprimento dos prazos
cultura, investindo nele re- como avalista de interesses “É nossa convicção que, com na prestação de serviços ao
cursos financeiros e criando que podem ser meramen- aprofundamento do diálogo Estado e ao público em geral.

FICHA TÉCNICA:
Registo N.º 1/GABINFO - DEC/2013
Periodicidade: Semanal
PROPRIEDADE DE:
Director: João Manasses
GABINETE DE INFORMAÇÃO Coordenador Editorial: Mendes José +258 84 34 54 000
Maputo, Av. Francisco Orlando Magumbwe,
Redacção: Brígida Herinque, Líria Samissone, Leonildo Balango e Pilatos Pires
N.º 780, 1.º andar Revisão: Mário Bento Vasco
email: jornalmocambique@gmail.com Maquetização: Januário Magaia
12 DESPORTO 26 de Julho de 2017

Jogos Escolares

VIVEIRO DE ATLETAS PARA OS CLUBES E SELECÇÕES NACIONAIS


- considera o PM, Carlos Agostinho do Rosário, no encerramento da edição de Gaza
Texto: Líria Samissone
estamos perante um viveiro de atletas de
grande valor para os diferentes clubes e
selecções nacionais”, referiu.
Na ocasião, Do Rosário apelou e encorajou
os clubes e as federações desportivas a
prosseguirem com o trabalho de valorização
dos talentos, criando oportunidades de
inserção no desporto de alta competição.
Do Rosário gostaria de ver os estudantes-
atletas que se revelaram neste Festival
Nacional dos Jogos Desportivos Escolares
representando Moçambique nos próximos
Jogos da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) e em outros eventos
internacionais.
O evento deste ano decorreu sob o lema
“Desporto escolar, conservando a natureza”,
sendo que o objectivo era consciencializar,
sensibilizar e criar compromisso para
assegurar maior envolvimento da juventude

O
Os Jogos Escolares de Gaza foram um sucesso na protecção dos recursos naturais,
s Jogos Desportivos Escolares, desportivas e oportunidades para troca particularmente a fauna e florestas, bem
que este ano (XIII edição) tiveram de experiências de várias vivências como a disseminação de mensagens nas
lugar na província de Gaza, com socioculturais do país. comunidades, famílias, colegas e amigos.
a participação de 1386 alunos Para o governante, os atletas que participaram O vencedor absoluto desta edição foi de novo
de todas as províncias, devem nos Jogos Escolares devem continuar a a província de Manica, que por sinal deverá
constituir um viveiro de atletas de grande praticar desporto nas escolas e nos locais acolher o próximo festival, em 2019. Em
valor para os clubes e selecções nacionais. de residência sem, no entanto, prejudicar segundo lugar ficou a província de Maputo e
Este é o apelo deixado pelo primeiro- a principal tarefa, que é estudar e adquirir a cidade capital em terceiro.
ministro, Carlos Agostinho do Rosário, no conhecimentos para melhor contribuir no Participaram no evento 1386 atletas, 154
final do festival, que durante duas semanas, desenvolvimento do país. técnicos, 155 dirigentes, entre outros
de 14 a 23 de Julho, criou espaço para que os “Apreciamos o talento demonstrado pelos elementos, incluindo árbitros e pessoal de
alunos demonstrassem as suas habilidades estudantes, o que nos faz acreditar que apoio.

O ministro da Juventude e Para a melhoria dos seus


PARTE DOS ATLETAS COMPÕE SELECÇÃO Desportos, Alberto Nkutumula, dotes, os atletas identificados
anunciou no encerramento do e com potencial vão trabalhar
QUE VAI AOS JOGOS DA CPLP festival que já existe matéria- com acompanhamento de
prima suficiente e garantia de especialistas.
que 50 por cento dos atletas “Estamos satisfeitos com
que participaram nos Jogos o sucesso que estes Jogos
Desportivos Escolares vão fazer demonstraram, pois a união faz a
parte da selecção que disputará força e, apesar das adversidades
os jogos da CPLP em 2018, em financeiras que existem,
São Tomé e Príncipe. conseguimos fazer Jogos tão
A responsabilidade agora é belos como estes em que
dos directores provinciais, que encontramos talentos que vão
devem acompanhar os talentos dignificar o nosso país dentro e
que despontaram nesta edição. além-fronteiras”, disse.
“Neste momento existe uma Tanto os atletas como as
equipa que está a trabalhar para equipas técnicas consideram
a identificação desses talentos, que o festival foi um sucesso
outra está a fazer o levantamento em termos de organização,
de dados estatísticos dos atletas, mas também pelos resultados
para que no momento em que obtidos. Defendem, porém, o
eles forem às províncias já contínuo acompanhamento e
tenham as fichas identificativas investimento em atletas que se
do trabalho que deve ser feito evidenciaram para que não se
para a melhoria das suas percam talentos, de que o país
Manica foi vencedor absoluto dos Jogos Escolares de Gaza qualidades”, referiu. tanto precisa.
26 de Julho de 2017 NOTÍCIA 13

26 de Julho de 2017 UFSA SUPLEMENTO

SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA


Suplemento do Jo r nal Mo ça m b i q u e d e 2 6 d e Ju lh o d e 2 0 1 7 – N. º 2 0 1
PARCERI A GA BI NETE DE I NFORM A ÇÃ O – U NI DA DE F U NCI O NA L DE SU P E RVI SÃ O
D A S A QU I SI ÇÕES

CONTINUAÇÃO

Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Forneci-


mento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto
n.º 5/2016 de 8 de Março

Artigo 143 trabalhos, de acordo com o tipo de empreitada


(Projecto Base) estabelecido.
O projecto que integra os Documentos de 2. A Entidade Contratante poderá, caso aprove
Concurso deve ser elaborado pela Entidade as propostas de melhoria e se chegue a acordo
Contratante e deve conter as peças desenhadas quanto ao preço, instruir a Contratada a executá-
em escalas adequadas e peças escritas com las, nos termos do presente Regulamento.
indicação das especificações dos trabalhos a 3. Se da melhoria do projecto referido nos
executar, especificações dos materiais a aplicar, números anteriores resultar economia sem
bem como os métodos construtivos a utilizar. afectar a qualidade, durabilidade e estabilidade
da obra, a Contratada terá direito a cinquenta por
Artigo 144 cento (50%) do valor monetário dessa economia.
(Erros e Omissões)
1. O erro de projecto pode ser de cálculo, de Artigo 146
dimensionamento e ou de medição, discrepância (Reclamações sobre Erros e Omissões)
entre mapas e peças desenhadas, método 1. Consignada a obra, a Contratada deverá no
construtivo e ou material inadequados ou prazo a definir nos Documentos de Concurso, de
inaplicáveis e diferença entre as condições físicas acordo com a complexidade e especificidade do
existentes no local da obra e as correspondentes projecto, apresentar reclamações sobre erros e
condições previstas ou indicadas no projecto. omissões no projecto.
2. A omissão de projecto pode ser por falta de 2. Findo o prazo indicado no número anterior,
elementos do projecto, folhas de cálculo ou a Contratada ainda poderá apresentar
mapas. reclamação de erros e omissões, nos dez (10) dias
subsequentes, desde que prove não poder ter
Artigo 145 detectado antes.
(Proposta de Melhorias do Projecto) 3. Na reclamação, a Contratada deve indicar os
1. Durante a execução de uma obra o empreiteiro custos resultantes do erro ou omissão reclamada,
pode propor melhorias do projecto das podendo ser a mais ou a menos.
componentes por executar, através de variante 4. A Entidade Contratante tem o prazo não superior
ou alteração ao projecto, nos termos do presente a trinta (30) dias, contado da data de apresentação
Regulamento, devendo para o efeito apresentar da reclamação, a definir no Contrato, de acordo
o preço global respectivo ou os preços unitários com a complexidade e especificidade do projecto
aplicáveis e quantidades dos respectivos para notificar a Contratada da decisão sobre a
14
2 NOTÍCIA SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA
SUPLEMENTO 26 de Julho de 2017

reclamação. concorrentes que apresentem o conceito e os


5. Findo o prazo referido no número anterior, sem princípios para a elaboração do projecto final.
notificação da Entidade Contratante à Contratada, 2. O anteprojecto pode definir aspectos técnicos a
a reclamação é considerada aceite. cumprir obrigatoriamente e deve ter detalhes que
6. Se no decurso da execução da obra a Entidade permitam aos concorrentes atingir os objectivos
Contratante detectar a existência de erro e/ou pretendidos pela Entidade Contratante.
omissão no projecto, notificará a Contratada de 3. O concorrente vencedor procederá à elaboração
tal facto, indicando os custos resultantes do erro do projecto final.
e/ou omissão identificado. 4. São aplicáveis ao projecto apresentado pelo
7. Se a Entidade Contratante e a Contratada concorrente vencedor as disposições relativas
não chegarem a acordo em relação aos custos à variante do projecto base apresentado pela
resultantes de erros e/ou omissões no projecto Entidade Contratante.
referidos nos n.ºs 3 e 6, poderão recorrer à
arbitragem independente para solução de Artigo 149
conflitos resultantes da interpretação e execução (Efeitos da Responsabilidade)
do Contrato. 1. Compete a Entidade Contratante de forma
idónea e responsável contratar empreitadas
Artigo 147 de obras públicas e monitorar a execução dos
(Variantes do Projecto) respectivos Contratos.
1. Os Documentos de Concurso podem prever a 2. Por erros de concepção, deficiências técnicas e
apresentação, pelos concorrentes, de variantes omissões de projecto ou sua variante responde a
do projecto base da Entidade Contratante. Contratada.
2. A variante deve ser compatível com o projecto 3. Em caso de projecto ou sua variante ter sido
base em termos de detalhes e qualidade. apresentado pela Contratada, será responsável
3. A variante deve conter todos os elementos pelas deficiências e erros do projecto ou da
necessários para a sua perfeita apreciação variante resultantes da inexactidão de dados,
e verificação do método de cálculo utilizado, previsões ou estudos.
podendo a Entidade Contratante exigir 4. Por erros de concepção, deficiências técnicas ou
esclarecimentos, pormenores e desenhos omissões dos projectos devem as partes assumir
explicativos. os custos das obras, alterações e reparações
4. O concorrente deve apresentar, conjuntamente necessárias à adequada rectificação das
com a sua variante, o mapa de quantidades de respectivas consequências, devendo indemnizar
trabalhos e preços unitários respectivos. a outra parte ou terceiros pelos danos causados.
5. O projecto da variante é da responsabilidade do
respectivo concorrente. Artigo 150
6. Os Documentos de Concurso poderão exigir (Custo das Alterações do Projecto)
um seguro contra os riscos e danos, directa O custo dos trabalhos, a mais ou a menos,
ou indirectamente, resultantes de potenciais que resultar de alterações ao projecto,
deficiências de concepção e segurança da independentemente do autor, será adicionado
variante. ou diminuído ao preço da adjudicação,
7. A variante que for aprovada substitui o projecto respectivamente.
base da Entidade Contratante.
8. A Contratada suportará os danos resultantes de Artigo 151
erros e/ou omissões da sua variante, excepto se (Especificações Técnicas)
resultarem de deficiências dos dados fornecidos 1. As especificações técnicas devem conter o
pela Entidade Contratante. conjunto de requisitos e prescrições técnicas
que definem as características e qualidade dos
Artigo 148 trabalhos e dos materiais a aplicar na obra.
(Projecto Base dos Concorrentes) 2. As especificações técnicas visam assegurar
1. Em caso de obra complexa ou muito os objectivos e as pretensões da Entidade
especializada, a Entidade Contratante pode Contratante, em termos de concepção, aplicação
lançar o respectivo concurso com base num e testagem de materiais e de metodologia de
estudo prévio ou anteprojecto e solicitar aos execução dos trabalhos.
26 de Julho de 2017 NOTÍCIA
SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 15
3

3. As especificações técnicas não devem


mencionar marcas nem origem dos materiais a notificação ou acusar a sua recepção, a parte
serem aplicados. notificante lavra o respectivo auto perante
4. Deve ser dada prioridade às especificações duas testemunhas idóneas que conjuntamente
técnicas nacionais, quando existam, recorrendo- com ele o assinam, considerando-se, assim, a
se, caso contrário, a normas internacionais notificação efectuada.
aplicáveis. 3. Se a Contratada se recusar a receber a
notificação ou acusar sua recepção, nos termos
Artigo 152 do número anterior deste artigo, é punida com
(Visita ao Local da Obra) uma multa a estabelecer no Contrato que será
1. O programa de visita dos interessados no duplicada em cada reincidência.
concurso, ao local da obra deve ser indicado nos 4. As notificações das decisões e instruções da
Documentos de Concurso. Entidade Contratante para a Contratada são feitas
2. A visita ao local da obra termina com uma obrigatoriamente pela Fiscalização.
(1) reunião para colocação de perguntas pelos
interessados e esclarecimentos pela Entidade Artigo 156
Contratante, a serem consignados em acta a ser (Reclamações da Contratada)
distribuída por todos os participantes. SECÇÃO IV 1. As reclamações da Contratada são feitas
Habilitação Especial dos Concorrentes por escrito, em duplicado e enviadas por carta
protocolada ou com aviso de recepção, no prazo
Artigo 153 e condições a indicar no Contrato.
(Habilitação de Concorrentes Detentores de 2. A Fiscalização notifica a Contratada da decisão
Alvarás) sobre a sua reclamação no prazo a indicar no
1. O alvará passado pela Comissão de Contrato.
Licenciamento dos Empreiteiros e Consultores 3. Havendo necessidade de proceder a testes
de Construção Civil constitui prova de idoneidade ou ensaios laboratoriais, a Fiscalização informa
e capacidade para a participação do empreiteiro à Contratada o prazo necessário para a sua
nos concursos para as obras da classe em que se decisão, justificando a dilatação do prazo referido
encontra inscrito. no número anterior.
2. O empreiteiro detentor do alvará deve incluir na 4. Findo o prazo estabelecido para a Fiscalização
sua proposta cópia autenticada do seu alvará. tomar a decisão, não o fazendo, a reclamação é
considerada procedente.
Artigo 154 5. Das decisões da Fiscalização proferidas sobre a
(Supervisão de outras Instituições do Estado) reclamação cabe recurso à Entidade Contratante.
As instruções, ordens e decisões de outras
entidades do Estado que venham a ser dadas Artigo 157
à Contratada ou à Fiscalização no processo de (Autos)
supervisão da obra devem ser comunicadas à 1. Os autos sobre visitas, inspecções, testes e
Entidade Contratante. ensaios são lavrados pela Fiscalização com a
assistência da Contratada.
Artigo 155 2. Nos autos são registados as constatações e
(Notificações) esclarecimentos dos intervenientes.
1. As notificações e comunicações da obra são 3. A Contratada pode requerer o registo nos autos
reduzidas a escrito, em duplicado, e enviadas por dos aspectos com os quais não está de acordo.
carta protocoladas ou com aviso de recepção. 4. A recusa de assinatura do auto pela Contratada
2. Caso a parte notificada se recuse a receber a é punida por multa a estabelecer no Contrato.

Para mais informação consulte:


www.ufsa.gov.mz
UFSA
Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições
“Por uma Contratação pública Transparente”
Rua da Imprensa – Prédio 33 Andares, 7º Andar, nº 701, 702 e 704
Maputo - Moçambique
16
4 NOTÍCIA SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA
SUPLEMENTO 26 de Julho de 2017

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  


Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Março  de  2017  

3089/PE/Ps Atlantic, Lda Av. Ho Chi Min, Nº 1881, R/C, 20/3/2017


Maputo
3053/PE/PSFB Audicy Multiservice, Lda Av. Milagre Mabote, Xai - Xai 20/3/2017
3087/ME/PSC Austral Seguros, SA Rua Faraly, nº 108, Bairro da 20/3/2017
Sommershield, Maputo
2815/PE/FB Auto Bas, Lda Av. Karl Marx, nº 1877, R/C, Maputo 20/3/2017
3031/PE/FB Auto Hilux, EI Av. Karl Marx nº 1063, , Maputo 20/3/2017
2157/ME/FBPS Auto Rachi, Lda Estrada Nacional. Nº 6, Chimoio 20/3/2017

2941/PE/PS Auto Riaze Ismail Rua nº 02, Bairro de Alto da Manga, , 14/3/2017
Beira
2954/PE/PS Auto Serviços, Lda Av. Milagre Mabote, nº 573, Maputo 17/3/2017
2716/PE/PS Auto Vialex, Lda Rua Serpa Pinto, nº 53,. R/C, Beira 03-06-2017
2697/PE/PS Auto Víctor Rua Mártires de Moeda, Bairro de 20/3/2017
Muhala, Belenenses, , Nampula
2862/GE/PS Avenida Empreendimentos Av. Július Nyerere, nº 627, Maputo 14/3/2017
Turisticos e Hoteleiros, Lda
3126/PE/EOP B & T Construvisão Av. Milagre Mabote, Q. 28, Casa nº 30/3/2017
Engenharia, Lda 253, Matola
2648/ME/EOP B. Amili Construções Av. 1 de Julho nº 1431, Quelimane 03-02-2017
3002/PE/FBPS Banca Fixa Rosa Enhacolo Sede, Distrito de Tambara, 20/3/2017
Manica
3227/PE/PS Banco Big Moçambique, S.A Av. Vladimir Lenine nº 174, Edificio 30/3/2017
Millennium Park, 11º Andar, Maputo

 
26 de Julho de 2017 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 5

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  

Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Março  de  2017  

3109/ME/PS Bareau Veritas Moçambique, Lda Bairro Sommershield, Rua Dar - Es - 28/3/2017
Salaam nº 279, R/C, Maputo
3103/PE/PS Bawito Publicidade Marketing e Rua São Gabriel, Talhão T4H, 28/3/2017
Serviços, Sociedade Unipessoal, Lda Tchumene 2, , Matola
2369/MIE/EOP BCC Construções, EI Bairro Muelé II, Inhambane 20/3/2017
3224/ME/FB BDQ - Comércio Internacional, Lda Av. Eduardo Mondlane, nº 1574, 30/3/2017
Maputo
3225/ME/PS BDQ - Impressão Gráfica, Lda Av. Eduardo Mondlane, nº 1574, 30/3/2017
Maputo
3223/ME/FB BDQ - Serviços de Fotocópias, Lda Av. Eduardo Mondlane nº 1574, Maputo 30/3/2017
2925/ME/PS Bed Center, Lda Av. Das Indústrias nº 724, Matola 14/3/2017
2715/ME/PS Beiranave - Estaleiro da Beira, SA Rua Dom Dinis, nº 1323/3, Beira 03-06-2017
2714/PE/FB Belatronic Trading, Lda Rua Dr. Araújo de Lacerda 11, Chimoio 03-06-2017
3162/MIE/EOP Belson Construções, Lda Bairro Chambone 3, Inhambane 30/3/2017
3203/PE/PS Benedito Boxlhane Macuácua Rua Joaquim Mara nº 68, Maputo 28/3/2017
2805/PE/PS Beta Engenharia, Gestão & Av. 25 de Setembro nº 1509, Maputo 03-10-2017
Ambiente, Lda
2804/ME/PS BG - Arquitectura & Engenharia - Rua Almeida do Aeroporto nº 2770, 03-10-2017
Sociedade Unipessoal, Lda Maputo
2751/PE/PS Bindzu, Agribusiness & Consultoria, Rua de Quionga, nº 2, R/C, Bairro 03-10-2017
Lda Central B, Maputo
3026/PE/FB Biotech - Comércio industrial e Av. Zedequias Manganhelas, nº 1641 20/3/2017
Serviços, Lda Maputo
2656/PE/PSC BKSC Auditors & Manangement, Rua do Sol, nº 15, R/C, Maputo 20/3/2017
Consultants, Lda

 
6 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 26 de Julho de 2017

 
República  de  Moçambique  

Ministério  da  Economia  e  Finanças  

Direcção  Nacional  do  Património  do  Estado  

Unidade  Funcional  de  Supervisão  das  Aquisições  

Lista  de  Empreiteiros  de  Obras  Públicas,  Fornecedores  de  Bens  e  Prestadores  de  Serviços  Inscritos  no  Cadastro  
Único,  ao  abrigo  do  Regulamento  aprovado  pelo  Decreto  nº  5/2016,  de  8  de  Março  

Março  de  2017  

3172/PS/EOP Bloc - DC Construções, Sociedade Av. Mohamed Siad Bare, nº 508, 1º 28/3/2017
Unipessoal, Lda andar, Maputo
2863/PE/PS Blue Water warine Services, Lda Rua dos Marinheiros, nº 6, Maputo 14/3/2017
3120/PE/FBPS Boa J, Sociedade Unipessoal, Lda Rua Correia de Brito 1614, nº 1325, 28/3/2017
Ponta Gêa, Beira
2618/PE/EOP BRITA - Engenharia e Construção, Lda Av. 1 de Julho, , Quelimane 03-01-2017
2617/PE/EOP BRTZ - Construções e Serviços, Lda Av. Amílcar Cabral nº 527, Maputo 03-01-2017
3021/PE/PSC BTMZ - Auditoria & Gestão, Lda Av. Vlademir Lenine, nº 174, 1º andar, 20/3/2017
Maputo
2956/PE/EOP Bukaya Construções - Sociedade Av. 24 de Julho, nº 2761, 10º andar, 17/3/2017
Unipessoal, Lda Maputo
3208/PE/PS Busines Creative Solutions, Lda Av. Ahmed Sekou Touré nº 3357, R/C, 30/3/2017
Maputo
3210/PE/FB Busta Comercial, E.I Rua Amaral Matos nº 55 R/C, Bairro 30/3/2017
Chamanculo, Maputo
2647/PE/EOP C.N.F Construtora Nury & Fay, Lda Rua 2.294, Bairro Muhala Expansão, 03-02-2017
Nampula
2659/PE/PSC Cambo Marqueza - Engenheiro & Av. Agostinho Neto nº 21, Quelimane 20/3/2017
Consultor
2867/PE/EOP Campe Construções Rua do Mercado Central, Lichinga 14/3/2017
2687/PE/EOP Campe Construções Rua do Mercado Central, Lichinga 20/3/2017
2660/PE/PS Camy Travel Advisor Sociedade Rua dos Escultores nº 146, Matola 20/3/2017
Unipessoal, Lda
2814/PE/FB Canhine Comercial, EI Av. 24 de Julho, Tete 20/3/2017
2008/PE/EOP Carpintaria Nova e Construções Bairro de Mutala, nº 280, Nampula 20/3/2017
 

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