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3 ª Aula
O PLANEJAMENTO COMO
MÉTODO PEDAGÓGICO
Caros(as) alunos(as), após estudarmos sobre o contexto histórico da didá-
tica e as tendências pedagógicas, iremos agora para nossa próxima aula
que é sobre “O planejamento como método pedagógico”.
Nesta aula, estudaremos sobre a importância do planejamento e como po-
deremos administrar e disseminar os conteúdos aos alunos de forma cria-
tiva e organizada. O planejamento ou o plano de aula é parte integrante
do docente e deverá ser embasado nas argumentações teóricas e períodos
da educação que propiciaram formas diferenciadas nas metodologias de
ensino.
A elaboração do planejamento como um meio para facilitar e viabilizar a
democratização do ensino, e o seu conceito necessita ser revisto, recon-
siderado e redirecionado. As indagações selecionadas e as tentativas de
respostas pretendem incitar os docentes a refletirem sobre a problemática
da Educação Escolar Pública como um todo e, em especial, sobre os pro-
blemas e desafios do planejamento do ensino. Desse modo, vamos refletir e
construir juntos um entendimento sobre esse assunto.
Lembrem-se de que esta aula foi preparada para que vocês não encontrem
grandes dificuldades. Contudo, podem surgir dúvidas no decorrer dos es-
tudos! Quando isso acontecer, anotem, acessem a plataforma e utilizem as
ferramentas “quadro de avisos” ou “fórum” para interagir com seus co-
legas de curso. Sua participação é muito importante e estamos preparados
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DIDÁTICA - Elizabete Velter Borges
Boa Aula!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
SEÇÕES DE ESTUDO
SEÇÃO 1 – O planejamento
SEÇÃO 2 – Possibilidade e necessidade do planejamento
SEÇÃO 3 – Planos de aula
SEÇÃO 01 O PLANEJAMENTOO
modelo de homem e de sociedade, tendo em vista que ele envolve análise da realidade confi-
gurada na identificação da instituição, o contexto em que ela está inserida, os sujeitos envol-
vidos e o objeto de estudo. Assim:
Assim como planejamos nossa vida, devemos também planejar nossas aulas, pois é
por meio do planejamento que poderemos nos organizar e verificar se de fato o processo de
ensino e aprendizagem foi alcançado, e ainda caso haja necessidade, rever o que objetivamos
nas aulas para que alcancemos um ensino pautado na formação do cidadão crítico e atuante.
Reflitam sobre o que Lopes menciona a respeito do planejamento:
REFLEXÃO
A partir dos desacertos observados na atual prática pedagógica em nossas escolas,
sentimos que o processo de planejamento do ensino precisa ser repensado. A visão
negativa desse processo demonstrada pela grande maioria dos professores não pode
ser considerada como uma situação irreversível. Entendemos que um planejamento
dirigido possibilitará ao professor maior segurança para lidar com a relação educativa
que ocorre na sala de aula e na escola como um todo. Nesse sentido, o “planejamento
adequado”, bem como o seu resultado – “o bom plano de ensino” – traduzir-se-á pela
ação pedagógica direcionada de forma a se integrar dialeticamente ao conceito de
educando, buscando transformá-lo (LOPES, 1995, p.43).
atividade o homem se faz, se constitui enquanto tal se transforma também. E, nesse contexto
mais amplo é que se coloca a tarefa de planejar.
Libâneo, no que se refere a planejar, argumenta que:
Nesse sentido, o planejar deve ser de forma consciente e relacionada com as situa-
ções concretas do fazer pedagógica, e assim organizar suas ações, bem como verificar se os
objetivos, as competências e habilidades foram alcançados.
Assim, a transformação da realidade que nos cerca aponta para uma urgente necessi-
dade de transformação. Paralelamente, existe um desejo, em muitos educadores, de sair dessa
situação e ir para uma realidade melhor. Vem então a questão: é possível? A resposta a essa
pergunta não pode ser dada de forma idealista; há que se recorrer a uma reflexão histórica.
Existe uma forma de abordar a realidade que a divide entre o bem e o mal, o positivo
e o negativo, etc., de forma dicotômica, maniqueísta, como se essas coisas ocorressem em
“estado puro”, isoladas umas das outras; nesse sentido, uma coisa boa ou má (excludente).
Essa é uma concepção linear, mecânica, reducionista, que corre o risco de levar a duas posi-
ções equivocadas de acordo com Vasconcelos (1995), apresentadas no quadro a seguir:
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exigir a definição mais clara de posições por parte de todos. São tematizadas, favorece-se a
tomada de consciência, a superação do senso comum. Nessa medida, o planejamento resgata
seu sentido a partir da relação entre a teoria e a prática.
Outro elemento importante que se coloca para o professor é acreditar que as coisas
podem mudar. O pressuposto fundamental de qualquer trabalho educacional é crer na possi-
bilidade de mudança do outro. A atividade do professor está relacionada à transformação do
sujeito-educando; se não acreditar nessa possibilidade, seu trabalho carece de sentido.
É claro que existe uma determinação mais geral da sociedade sobre a escola, esperan-
do que a sala de aula seja um lugar de submissão, de doutrinação, de seleção social, de
domesticação. Diante desse fato, qual a opção?: reforçar/reproduzir esse esquema ou
resistir/tentar transformar? Entendemos que o professor tem que sair de uma posição
reativa, defensiva e partir para uma fase de autocrítica e de (re)construção de sua pro-
posta pedagógica. Sabemos que não é simples, mas é necessário.
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Mas para que haja mudanças, precisamos de planejamento como uma ação de es-
tratégia em nossa atuação enquanto docente na área da educação. Acreditar que é possível,
uma prática pedagógica diferenciada, que tenha relação com a teoria, desenvolvida de forma
humanística e diversificada, que respeite o ser humano em sua realidade e vivência.
Contribuições do Planejamento
De acordo com Libâneo (1994, p. 223), o planejamento escolar tem, assim, as se-
guintes funções:
Vasconcelos nos diz em relação a criar, inventar e construir, pois devemos pensar
que somos formadores dos indivíduos e, portanto é fundamental que nossa prática pedagó-
gica seja pautada na criatividade, na inovação e construção, pois somente assim estaremos
formando cidadãos críticos e atuantes na contemporaneidade.
Vejam:
Ao ter como objetivo nortear os currículos dos estados e municípios de todo o Brasil a
partir dessas perspectivas, a BNCC coloca em curso o que está previsto no artigo nove
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) sancionada em 1996.
Nesse sentido percebe-se que o ensino está pautado na BNCC e ela traz dez com-
petências gerais, que são primordiais no processo de ensino e aprendizagem do educando.
Observem a imagem abaixo:
Perceberam como não é tão difícil?!! Então vamos adiante para os planos de aula... =
planejamentos educacionais
O plano de aula: tem uma característica em comum, pois costuma partir de um texto
e/ou de um conteúdo específico que o professor deseja trabalhar com a turma. A partir desse
texto e dos temas que se depreendem dele, são buscados outros recursos — como músicas,
vídeos ou imagens — a fim de tornar a proposta mais rica e atraente para os alunos;
O Planejamento e a seleção de material: Esta etapa depreende de certo tempo e de-
dicação, uma vez que é importante definir os temas, pesquisar acerca do conteúdo e a seleção
do que é primordial. Com os temas de trabalho definidos, agora é possível pesquisar materiais
alternativos (no sentido audiovisual da palavra) que possam enriquecer a aula. Como por
exemplo: vídeos, cópias, sites, letras de música e teóricos, etc. Com o material escolhido e
definido, é hora de organizar tudo segundo o roteiro do plano de aula. Além disso, é preciso
pensar em como desenvolver a aula a partir dessa base.
No plano de aula, o docente deve descrever como será realizada sua aula, priorizan-
do os seguintes elementos: tema, conteúdos, objetivos, procedimentos, recursos didáticos,
atividades e a avaliação.
Lembrem-se:
O plano deve ser, antes de tudo, um instrumento de trabalho para o próprio pro-
fessor (e não para o coordenador, a secretaria da escola, a supervisão), correspon-
dendo ao seu projeto de intervenção na realidade.
Para refletir:
É preciso ter clareza das metas que queremos perseguir. É preciso que o pro-
fessor pergunte-se como tornar importante e única cada atividade, cada tarefa, cada
proposta para a vida de seu aluno; como instalar de fato nos alunos aqueles ideais
amplos e generosos discutidos nas primeiras reuniões de planejamento (CASTANHO,
1995, p.57).
Caso você tenha ficado com dúvidas sobre a Aula 1, mande perguntas para o e-mail:
elizabete.velter@unigran.br ou acesse as ferramentas “fórum”,“quadro de avisos” e/ou
“chat” e interaja com seus colegas de curso.
RETOMANDO A AULA
SEÇÃO 1 - O PLANEJAMENTO
Vimos o plano de aula como instrumento de trabalho e como proceder na sua elabo-
ração.
LEITURAS
SITES
Somos PAR. Plataforma Educacional. Saiba tudo sobre planejamento escolar. Dis-
ponível em: https://www.somospar.com.br/saiba-tudo-sobre-planejamento-escolar/ Acesso
em: 25 de mai. 2020.
FILMES
VÍDEOS
MINHAS ANOTAÇÕES:
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