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HOMOSSEXUAIS INDESEJADAS
Um guia para o tratamento
Traduzido do Original: HANDBOOK OF THERAPY FOR UNWANTED
HOMOSEXUAL ATTRACTIONS: A Guide to Treatment
É PROIBIDO COMERCIALIZAR OU
ALTERAR ESSE ARQUIVO
2
Colaboradores
Joseph Nicolosi, psicólogo clínico e fundador da Clínica Tomás de Aquino
em Encino (Los Angeles) Califórnia. Junto com mais dois clínicos, ele
fundou a Associação Nacional para Pesquisa e Terapia da
Homossexualidade (NARTH) 1 em 1992, disponível no endereço eletrônico
www.narth.com. Ele publicou os livros: Terapia Reparativa da
Homossexualidade Masculina 2 (Jason Arouson, Inc., 1992); Curando a
Homossexualidade 3 (Jason Arouson, Inc., 1994); Um guia parental para
prevenção da homossexualidade 4 (Intervarsity Press, 2002); Perda da
Vergonha e Apego: Um Trabalho Prático para Teoria Reparativa 5
(Intervarsity Press, 2009). Dr. Nicolosi também publicou três capítulos de
livros e nove artigos, incluindo os seguintes artigos publicados na revista
Relatórios Psicológicos 6: “Auto-relatos Retrospectivos de Mudanças na
Orientação Homossexual: Uma pesquisa de satisfação de clientes da
terapia de conversão,” 7 (Nicolosi, Byrd, & Potts, Junho, 2000); “Revisão
Meta-Analítica do Tratamento da Homossexualidade,” 8 (Nicolosi, Byrd, &
Potts, Junho, 2002); “Percepções de Clientes sobre Como Terapia de
Reorientação e Auto-Ajuda Pode Promover Mudanças na Orientação
Sexual,” 9 (Byrd, Nicolosi, & Potts, Fevereiro, 2008). Dr. Nicolosi têm
oferecido seminários de formação pelo mundo, incluindo Alemanha, Itália,
México e Estados Unidos. Ele também supervisiona terapeutas que
querem desenvolver uma prática que inclua terapia reparativa para
homossexualidade indesejada.
1
National Association for Research and Therapy of Homosexuality
2
Reparative Therapy of Male Homosexuality
3
Healing Homosexuality
4
A Parent’s Guide to Preventing Homosexuality
5
Shame and Attachment Loss: The Practical Work of Reparative Therapy
6
Psychological Reports
7
Retrospective Self-Reports of Changes in Homosexual Orientation: A Consumer Survey of Conversion
Therapy Clients
8
A Meta-Analytic Review of Treatment of Homosexuality
9
Clients Perceptions of How Reorientation Therapy and Self-Help Can Promote Changes in Sexual
Orientation
3
Albert Dean Byrd, Presidente do Fundo de Pesquisas Thrasher 10 e
membro da faculdade Utah School Of Medicine, designado para o
Departamento da Família e Medicina Preventiva e para o Departamento
de Psiquiatria. Ele é Professor Adjunto no Departamento de Estudos da
Família, também na Universidade de Utah. Como um psicólogo clínico
licenciado, Dr. Byrd recebeu seu treino acadêmico no Colégio Metodista
de Spartanburg, Brigham Young University, Medical College of Virginia
(Virginia Commonwealth University), Loyola University e University of
Utah. Ele palestrou em vários países, incluindo Israel, Polônia, República
Democrática do Congo e Costa do Marfim. Dr. Byrd é autor de cinco livros
e mais de 200 artigos revisados (em revistas de saúde mental, bem como
em revistas de direito), capítulos de livros, revisões de livros e opiniões
editoriais no tema da homossexualidade, casamento homossexual, adoção
por duplas homossexuais e outros tópicos relacionados à família. Ele tem
servido como uma testemunha experiente em processos judiciais sobre
assuntos de família, ambos nos Estados Unidos e afora.
10
Thrasher Research Fund
4
Janelle M. Hallman é uma conselheira profissional licenciada, autora e
oradora popular nacional e internacional em assuntos relacionados ao
quebrantamento humano, relações verdadeiras, sexualidade autêntica e a
maravilhosa graça redentora de Deus. Sua paixão é compartilhar da
Palavra de Deus de maneira que fale no mais profundo das necessidades
de pessoas machucadas. Ela tem falado pelo Focus on the Family, é
professora adjunta no Denver Theological Seminary e foi também ex-
professora adjunta na Colorado Christian University. Ela acabou de lançar
um livro inovador chamado O Coração da Mulher com Atração pelo
Mesmo Sexo: Um Aconselhamento Compreensivo11. Ela é a fundadora e
diretora do Desert Hope Ministries, uma organização não governamental
que provê conferências dinâmicas sobre o desígnio de Deus para
sexualidade e gênero humano. Janelle completou seu mestrado em
Aconselhamento com honras no Denver Theological Seminary. Ela é
casada e tem uma filha.
11
The Heart of Female Same-Sex Attraction: A Comprehensive Counseling Resource
12
Eye Movement Desensitization and Reprocessing
5
Mike Rosebush é o fundador do Coaching Santificante e autor do livro,
Sanctification Coaching. Um Conselheiro Nacional certificado desde 1984,
ele recebeu seu doutorado em Aconselhamento Psicológico em 1989 da
University of North Carolina (um programa aprovado pela Associação
Americana de Psicologia), e é um profissional licenciado no Colorado,
desde 1990. É ex-presidente do Focus on the Family, e referência em
aconselhamento para muitas organizações cristãs evangélicas. Dr.
Rosebush foi diretor de rede de conselheiros profissionais do Exodus
International, e também um membro clínico do NARTH. Dr. Rosebush vem
ajudando homens com capacidade homoerótica por décadas.
13
Posição acadêmica em uma Universidade
14
Idem
6
Kimberly Barnett Oram, é professora assistente de aconselhamento
psicológico na Graduate School of Trinity International University em
Davie, Florida. Ela é bacharel em bioquímica pela Virginia Tech em 1992 e
tem doutorado em psicologia clínica pela New Southeastern University em
1999. Ela é co-autora em dois capítulos sobre as desordens de sexualidade
e gênero e ética profissional, questões legais e multiculturais em saúde
mental na edição de 2009 do livro de ensino mais usado, Psicopatologia
Essencial e seu Tratamento 15. Dra. Oram é licenciada como psicóloga
clínica nos estados da Florida e Virginia, com uma prática ativa de clínica
privada na área de Florida’s Treasure Coast. É membro da Associação
Americana de Psicologia e da Associação Americana de Conselheiros
Cristãos. É casada e está aguardando seu primeiro filho.
15
Essential Psychopathology and Its Treatment
7
Sobre o Livro
“Esse livro deve ser lido por qualquer pessoa que queira aprender desse
assunto de uma maneira cuidadosa e coerente.”
8
Este livro é dedicado à memória de Bart
Allen e de muitos outros que se esforçaram
para encontrar ajuda para superar suas
atrações homossexuais indesejadas.
9
Conteúdo
Prefácio............................................................................................12
Agradecimentos...........................................................................14
Introdução......................................................................................15
Capítulo Um
O Significado da Atração Pelo Mesmo Sexo
Joseph Nicolosi.............................................................................18
Capítulo Dois
Cuidados Psicológicos para Homens que Possuem Atrações
Homossexuais Indesejadas: Uma Abordagem Interpessoal
Albert Dean Byrd.........................................................................36
Capítulo Três
Trabalhando com Lésbicas e Mulheres Bissexuais
Mary Beth Patton.........................................................................61
Capítulo Quatro
Conceitos Básicos da Terapia para Mulheres com Atrações
Homossexuais Indesejadas
Janelle Hallman.............................................................................92
10
Capítulo Cinco
Dessensibilização e Reprocessamento por Meio dos
Movimentos Oculares (EMDR) e Atrações Homossexuais
Indesejadas: Um Novo Tratamento para a Mudança
Esly Regina Carvalho...............................................................116
Capítulo Seis
Coaching Santificante: Pureza Sexual e Paz para Homens
Cristãos que Possuem Capacidades Homoeróticas
Mike Rosebush...........................................................................135
Capítulo Sete
Terapia de Crianças e Adolescentes como Prevenção de
Atrações Homossexuais na Maioridade
George A. Rekers e Kimberly Barnett Oram…………...166
Os Editores.................................................................................214
11
Prefácio
A inspiração para esse livro vem primeiramente de várias pessoas que
confiaram a mim suas lutas para encontrar uma assistência profissional
apropriada para diminuir suas atrações homossexuais indesejadas. A
muitos foram ditos que a mudança é impossível, enquanto a outros foram
oferecida uma assistência bem-intencionada (porém ineficaz) de
terapeutas e clero que não foram bem treinados para lidar com esse
assunto. Embora eu tenha ouvido muitas histórias, uma que mais fica em
minha mente é a de Bart Allen, contada pra mim pelos seus pais, Joe e
Marion Allen. Logo após completar o ensino médio, Bart disse a seus pais
que estava com receio de ser gay. Ele disse que queria ajuda, então seus
pais acharam um terapeuta para ele. Infelizmente, o terapeuta disse a
Bart que ele havia nascido gay e que uma mudança não seria possível. O
terapeuta disse que ele deveria abraçar sua identidade homossexual, algo
que claramente ele não queria, pois era algo contrário à suas crenças
religiosas e convicções, e contraditório aos seus objetivos de vida. Seus
pais disseram que Bart deixou o consultório aquele dia parecendo que
havia visto um fantasma. Ele estava chocado e devastado pela
proclamação de seu terapeuta que ele deveria ser algo que ele não queria
ser. Ele disse a seus pais que iria tentar superar a homossexualidade por
ele mesmo. No entanto, sem ajuda ele começou a desenvolver problemas
com o álcool, e eventualmente acabou entrando em um relacionamento
homossexual, o qual foi severamente abusado. Depois de dois anos de
abuso, Bart finalmente acabou com a relação. Nesse tempo ele encontrou
um terapeuta que foi educado e informado sobre o assunto de
reorientação homossexual. Aquele terapeuta deu a ele esperança e
encorajamento. Bart saiu da terapia dizendo que ele estava preparado
para trabalhar o necessário para ir além de suas atrações homossexuais.
No entanto, tragicamente naquela mesma semana, seu ex-namorado
entrou em seu apartamento e o assassinou. Embora o agressor de Bart
seja o único responsável pela sua morte, alguém pode se questionar de
como a vida teria sido diferente se seu primeiro terapeuta tivesse sido
educado para ajudá-lo a atingir seus objetivos. Enquanto aquele terapeuta
bem-intencionado é certamente inocente pelo que aconteceu a Bart, Joe e
Marion provavelmente tenham medido que fim teria se sucedido caso o
terapeuta fosse treinado para lidar melhor com a solicitação de ajuda de
seu filho. Ajudar clientes a realizar seus objetivos pessoais é um objetivo
primário da terapia. Quando terapeutas impõem sua própria agenda por
falta de conhecimento ou preconceitos pessoais, há um potencial para
12
grandes danos. Uma vez que muitos clientes buscam a terapia para
superar suas atrações homossexuais, é importante que terapeutas
entendam que os meios para as mudanças podem ser alcançados. Nossa
esperança para com esse livro é que terapeutas e clero em geral possam
ser bem equipados para ajudar seus clientes e que fiéis consigam alcançar
seus objetivos pessoais relacionados às suas orientações sexuais.
13
Agradecimentos
Quero agradecer aos contribuintes desse livro pelo seu incrível serviço
para uma população que é quase sempre incompreendida e esquecida.
Por mais que esses clínicos são às vezes criticados, e seus trabalhos vêm
sob um grande escrutínio, eles continuam esse importante esforço com
um grande cuidado e preocupação pelos seus clientes. Quero também
agradecer a Dannemart Pierre por sua incrível criatividade em criar a capa,
assim como Celia Henry, Christine Sneeringer, Michael McDonald e Katie
Sharpe pela ajuda editorial. Também, quero agradecer Phil Henry pela
ideia de juntar esse livro. Ele é um grande advogado da causa. Sou
agradecida por todos meus apoiadores, como meus colegas, amigos,
membros da família, e especialmente meu incrível esposo, Tyler. Não só
ele demonstrou grande interesse no meu trabalho com
homossexualidade, mas também deu seu tempo para a edição desse livro,
além de estar sendo muito apoiador nesse período ocupado de minha
vida. Mais importante é que sou grata a Deus pelas suas muitas bênçãos e
por permitir que sejamos usados para tocar na vida daqueles que estão ao
nosso redor.
Julie Harren Hamilton
14
Introdução
Julie Harren Hamilton e Philip J. Henry
15
possibilidade de mudança é por vezes ignorada e até mesmo deixada de
lado.
Na terapia para atrações homossexuais indesejadas, os níveis
variam entre os clientes, assim como níveis de mudança variam em
qualquer questão terapêutica. Em outras palavras, em qualquer número
de questões, como vícios, distúrbios alimentares, depressão, ansiedade, o
sucesso varia de cliente para cliente, assim como em níveis de sucesso que
um cliente em particular pode experimentar. Ainda assim, a mudança
ocorre mesmo que seja variada ou incompleta. Mudanças na área de
orientação sexual parecem similares a mudanças em muitas outras
questões. De fato, uma recente pesquisa de alto padrão revelou sucesso
na área da orientação sexual que foi comparada ao sucesso em um estudo
similar no tratamento da depressão (Jones e Yarhouse, 2007).
16
Oferecer terapia para atrações homossexuais indesejadas é uma
questão que requer treinamento adequado e compreensivo. Assim como
qualquer dificuldade psicológica, existem vários métodos que são usados
para ajudar pessoas a superarem suas atrações homossexuais. Neste livro,
os especialistas em orientação sexual oferecem descrições de suas
abordagens. Temos procurado trazer uma variedade de abordagens.
Enquanto existem diferenças entre essas abordagens e enquanto elas não
necessariamente refletem nossa visão, nós entendemos que é importante
examinar os vários caminhos que a terapia é oferecida. É nosso desejo que
esse livro revele alguns dos caminhos que tem guiado as pessoas a
experimentarem mudança na orientação sexual e/ou na identidade
sexual.
Referências
Jones, S. L., & Yarhouse, M. A. (2007). Ex-gays: Um estudo longitudinal de religiosidade mediado na mudança da orientação sexual.
Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press.
Nicolosi, J., Byrd, A. D., & Potts, R. W. (2000). Auto-relatos Retrospectivos de Mudanças na Orientação Homossexual: Uma
pesquisa de satisfação de clientes da terapia de conversão, Relatos Psicológicos, 86, p. 1071-1088.
Spitzer, R. L. (2003). Pode alguns homens e lésbicas mudar sua orientação sexual? 200 participantes reportando mudanças de
orientação homossexuais para heterossexuais. Arquivos de Comportamento Sexual, 32 , 5, Outubro, p. 403-417.
17
Capítulo Um
Por mais de vinte anos tenho trabalhado com homens com AMS
(Atração pelo mesmo sexo) que acreditam que foram designados pelo seu
Criador para uma união complementar de gênero. Comportamento
homossexual viola o senso de quem eles realmente são, e quem eles
acreditam que deveriam ser. Um estilo de vida gay já provou ser
profundamente insatisfatório para eles. Algo em seus comportamentos e
relacionamentos está “errado” ou “faltando”, aos quais eles são
estranhamente puxados. Estes homens entram na terapia com a
esperança de reduzir suas atrações indesejadas e desenvolver seu
potencial heterossexual.
Neutralidade Terapêutica?
18
nesse campo, eu disse a ele que encontrei esse tipo de aproximação
inocente e extremamente impraticável.
19
A filosofia da lei natural afirma que essa visão deriva da
humanidade coletiva, conhecimento intuitivo – um tipo natural de
consciência intuitiva. Isso explica porque tantas pessoas, mesmo as que
não têm religião, sentem que a identidade gay é uma construção falsa.
21
heterossexual!” Até hoje, esse cliente ainda estima essa memória de
afirmação de seu pai.
Minhas façanhas sexuais são como, “Sabe, posso ser mau como
vocês.” Posso ter cicatrizes de batalha... “Eu estive lá, posso te
contar histórias.” É como mostrar aos meus amigos, “Eu fiz isso, isso
e aquilo. Tenho algo para falar a respeito,” como, “Aqui estou!”.
23
primeiramente, nossos clientes possam confundir asserção com
infantilidade. Sair do armário é um comportamento problemático, um
velho caminho mal adaptativo de existir no mundo. Uma saudável
asserção é bem diferente; Forma o fundamento da autêntica relação e da
direta comunicação. Envolve intenção e responsabilidade.
Comportamentos assertivos ajudam a completar as necessidades
masculinas de um cliente e o impulsiona ao domínio de conflitos
interpessoais, especialmente aqueles que repetidamente aparecem em
suas relações com outros homens.
24
homem disse um dia, “Se eu agarrar minha tristeza e puxá-la próxima ao
meu peito, eu acredito que ela irá me absorver, me consumir.”
Antecipação inconsciente desse profundo desespero muitas vezes pede
por defesas maníacas, incluindo o decreto homossexual.
25
vergonha, do dialeto sul italiano, “scompaire”, significa literalmente
“desaparecer”.
26
sugere sua função atual. Quando ele abandona a defesa da vergonha, o
cliente sente um impacto total da dessintonia pelos pais como um sólido
vazio.
27
background de quase todo homem com AMS. Ainda lá trás em suas
memórias, nós podemos revelar medos da mãe “onipotente” que pôde
colocar os membros familiares contra ele.
VERDADEIRO EU FALSO EU
Individualmente
28
Interpessoalmente
Conectado Separado
Extrovertido Introvertido
Espontâneo Extremamente inibido, “congelado”
Perdoando, aceitando Retaliatório, ressentido
Genuíno, autêntico Dramático, teatral
Busca os outros Evita os outros
Humildade Própria dramatização
Ciente dos outros Consciência restrita
Assertivo, expressivo Não assertivo, inibido
Maduro nas relações Imaturo nas relações
Respeita o poder dos outros Ressentido em relação ao poder
dos outros
Capacitado Vítima
Integrado; aberto Vida dupla; secreto
Afinidade com sexo oposto Má interpretação do gênero oposto
Vê os outros homens como si Atraído pela mística dos outros
mesmo homens
SEM HOMOSSEXUALIDADE HOMOSSEXUALIDADE
“Homossexualidade raramente vem “Estou naquela mentalidade gay.
para mim. Eu posso Atração sexual por homens
intencionalmente visualizá-la, mas preocupa e domina toda minha
ela não tem aquela qualidade visão de vida”.
convincente”.
29
onde cada pessoa sente intuitivamente o que o outro está tentando
expressar.
30
Reconexão com a Vida Afetiva
31
No entanto, o “homossexual não gay” (ou seja, nosso cliente) tem a
mesma reação somática ao mesmo homem atrativo, mas sua narrativa
interna é diferente. Ele diz, “Sou atraído para aquele homem porque ele
possui qualidades masculinas que eu sinto que estão faltando para mim
neste momento. Essa atração não define quem eu sou”. Ele então
pergunta, “Como estou me sentindo em relação a mim mesmo agora que
me faz suscetível a essa resposta sexual? E o que posso fazer para mudar
isso?”.
Mas mesmo que sua mente esteja confusa, seu corpo, o qual está
sentindo raiva, “sabe” a verdadeira mensagem da comunicação. Ele sente
que “existe alguma coisa acontecendo que me faz sentir... *triste, bravo,
desapontado, machucado, diminuído, evitado, etc.], mas eu não posso
identificar exatamente porque me sinto daquela forma”.
32
A Expectativa Habitual sobre Relações Humanas
33
peixe pike é colocado em um tanque com vairões. O pike imediatamente
começa a comer todos os vairões que vê. Então um cilindro de vidro
invisível é colocado ao redor do pike, o separando dos peixinhos. Qualquer
nova tentativa para comer os vairões resulta no pike batendo o nariz no
cilindro, causando a dor. O cilindro então é removido, mas o pike,
antecipando a dor, não faz mais tentativas para comer os peixes. A
resposta vital foi perdida e a resposta inibitória é substituída.
34
Para Leitura Adicional
Nicolosi, J., & Nicolosi, L. A. (2002). Um guia parental para prevenção da
homossexualidade. Downers Grove, IL: InterVarsity.
Referências
Nicolosi, J. (1991). A terapia reparativa da homossexualidade masculina.
Northvale, NJ: Aronson.
35
Capítulo Dois
37
interpessoais. De acordo com Sullivan, a experiência da solidão vem à tona
quando as necessidades de intimidade foram frustradas.
38
gênero (Evans, 1996) que determina a orientação sexual. Isso é um
entendimento importante considerando a miríade de fatores que
contribuem para o senso de gênero de uma pessoa (definido como o
senso de masculinidade ou feminilidade). A identidade de gênero emerge
de relacionamentos significativos e é primariamente social/emocional por
natureza como oposto ao sexo (referindo-se ao sexo biológico, se é um
macho ou uma fêmea). Relacionamentos interpessoais primários
começam com pais e mais tarde se estendem aos seus iguais, exercendo
um profundo efeito no desenvolvimento de gênero e na subsequente
identidade de gênero.
39
Sullivan postulou que a obtenção do amor heterossexual tardio foi
severamente impedida sem a experiência do bom relacionamento com o
seus iguais do mesmo sexo durante a pré-adolescência. Ele referiu-se a
essas primeiras experiências do mesmo sexo como “chumships”16 (Evans,
1996). Sullivan percebeu que a falha ao encontrar um chum do mesmo
sexo durante a pré-adolescência contribuiu para um “modo de vida
homossexual”.
16
Embora não tenha uma tradução coerente, esse termo se refere à camaradagem, um melhor amigo.
40
de tensões entre colegas, ou de alguma combinação destes que possa
fazer um indivíduo vulnerável a homossexualidade, é com o
relacionamento interpessoal nos quais essas atrações emergem e que
proporcionam a grande oportunidade para resolução e remédio.
Desenvolvimento de gênero é essencial para o entendimento e
tratamento de homossexualidade não desejada. Gênero, um senso de
masculinidade ou feminilidade, emerge no contexto dos primeiros
relacionamentos. O que é claro é que a afirmação de gênero começa cedo
e é assunto de descarrilamento quando não reforçada ou avaliada por
relacionamentos significantes, como a família ou amigos. As crianças de
gênero não conforme são vulneráveis a um número de dificuldades,
incluindo aquelas associadas com homossexualidade. De fato, Dean
Hamer, o pesquisador que se auto rotulou gay, notou que a não
conformidade de gênero é o fator único mais comum observado associado
com a homossexualidade e concluído como “De fato, isso pode ser o mais
consistente, bem documentado, e achado significante em todo campo da
pesquisa da orientação sexual e talvez em toda psicologia humana”
(Hamer & Copeland, 1994, p. 166).
41
emocional (Shore, 1994). Tais dessintonias podem ser indutoras de
vergonha. Elas contribuem significantemente ao sentimento e na própria
avaliação do “ser diferente”, um fenômeno relatado por tantos homens e
mulheres que se auto identificam como homossexuais.
42
Durante a briga, eu lembro que senti como se fosse meu pai que
estava me dando os socos. Por um ano depois, eu tive esse terrível
sentimento de que papai achava que eu merecia ser vencido, que ele
pensava que eu era uma marica e que ele concordava com todas as coisas
que as crianças na escola falavam de mim. (p. 37).
43
relações parentais e de amigos parecem ser um estágio para atrações
homossexuais como jovens homens sexualizam com o qual eles não estão
familiarizados. Alguns homens homossexuais buscam uma figura paterna
na qual eles buscam se tornar sexualmente envolvidos; outros buscam
homens com uma juventude adolescente. O que parece estar faltando são
relacionamentos interpessoais o qual mutualidade e intimidade podem
ser achadas. Devido a muitos relacionamentos homossexuais terem sua
base na sexualidade, a intimidade é muitas vezes impedida por conta do
simples número de relacionamentos nos quais homens homossexuais se
engajam.
44
idade me incomodou demais, e ele não poderia ser uma parte da
minha vida. Eu me senti estúpido dizendo a ele sobre o que eu
estava fazendo na escola e não poderia apresentá-lo a nenhum dos
meus colegas de classe. Eu odiava a separação e o segredo, mas
continuava voltando pela afeição, o segurar, o afago – mais do que
sexo. Eu estava faminto por afeição, e ele estava feliz por poder me
dar isso. Fiquei chateado ao saber que ele era muito mais velho, não
porque eu me sentia molestado ou algo do gênero. Eu fui mais que
um parceiro disposto, mas a diferença de nossas idades fez essa
experiência ainda mais vergonhosa. (pp. 79-80).
Greg mais para frente escreveu, “Em certo ponto ele me disse que
estava preocupado em me ver, pois eu era menor de idade.
Aparentemente ele já foi preso no passado por sair com menores.” (pp.
79,80). Abuso sexual cria um estrago na vida de crianças por introduzir a
confusão de gênero e a vergonha. Em garotos vulneráveis,
particularmente aqueles que têm comportamentos não em conformidade
com seu gênero, adiciona-se o sentimento de ser diferente, criando
isolações adicionais, alienação e prolonga o processo de descarrilamento.
45
relacionamentos não sexuais com pessoas do mesmo sexo, parece
diminuir as atrações homossexuais.
46
desenvolvimento de relacionamentos interpessoais saudáveis no qual se
encontra segurança, intimidade e necessidades mútuas.
47
adolescência. Ele foi casado por um breve período de tempo. Sua esposa
se envolveu com outra mulher, e ela assinou o divórcio. Por
aproximadamente 12 anos depois do divórcio James se envolveu
exclusivamente com relações homossexuais. Por sua estimativa, ele teve 5
ou 6 relacionamentos “sérios” durante esse tempo, em sua maioria com
homens mais velhos (15-20 anos mais velho) e mais encontros
homossexuais do que ele poderia contar. Quando pressionado, ele disse
que foram “muitos”. James me contatou via telefone, sendo referenciado
pela Evergreen International, um grupo de educação e suporte.
48
ser como eles, mas ele era diferente). Uma vez, durante essas primeiras
sessões, ele notou que “Eu não era uma garota, mas eu não era um garoto
real e era de certa forma perfeccionista”, e “eu pensei que se eu fizesse
tudo certo, Deus faria tudo certo”. Quando questionado para descrever
seus anos de infância, ele respondia com uma palavra: solitário.
49
acham atrativos, por medo de serem notados. Esse frequente
afastamento aumenta sua preocupação e suas atrações. A atribuição
comportamental é isso: encontrar um lugar seguro, talvez a área de um
shopping. Quando você encontrar um homem atrativo, vá em direção a
ele (ao invés de desviar dele). Mas enquanto você se virar em direção a
ele foque nos aspectos não sexuais da pessoa. Foque nas similaridades,
não nas diferenças. Imagine como ele deve ser como um amigo, etc.
Em uma ocasião, por alguma razão que James não poderia lembrar,
Geoff estava no banho no andar de cima, James subiu em direção à porta
do banheiro e Geoff convidou-o para entrar. Geoff encorajou James a
tocar em seu pênis – o que James fez “porque ele não sabia mais o que
fazer”. James lembra se sentir embaraçado e envergonhado, mas nem ele
e nem Geoff disse nada para ninguém.
50
James era ou atormentado ou negligenciado pelos seus irmãos mais
velhos, os quais ele via como favoritos por seu pai. Ele se lembrou de uma
ocasião onde “fingiu” ser interessado em carros somente para ficar mais
próximo de seu pai, e isso parecia estar dando certo até que um de seus
irmãos apareceu e seu pai o lembrou, “Vá para lá e deixe que um dos
verdadeiros garotos me ajude”.
51
sexo e desenvolvendo entendimentos interpessoais significantes os quais
eles traduzem para o relacionamento atual. Muitos relatam momentos de
transição. Eles começam a se ver e a ver outros homens como similares,
não somente diferentes. E essas similaridades parecem adicionar
estabilidade de tanto relações imaginárias quanto in vivo.
52
relacionamentos saudáveis com os outros, ambos entre homens e
mulheres. Com homens, eles focam primeiro nas similaridades, depois nas
diferenças. Com mulheres, eles focam primeiro nas diferenças, depois nas
semelhanças.
53
Fase Final. Na fase final da assistência psicológica interpessoal,
questões de intimidade são abertamente discutidas. O terapeuta assume
o papel de um participante-observador. Amizades com homens e
mulheres são encorajadas. O paciente é ajudado para que veja homens
em toda sua diversidade com um foco nos diferentes “tipos” de
diversidade masculina. As mulheres são consideradas de uma perspectiva
de gênero complementar. As atrações homossexuais que previamente
pareceram consertadas entram na característica de fluidez assim como em
amizades. Os relacionamentos históricos são trazidos para frente para um
processo interpessoal e aprendizado. Questões de vergonha, de culpa, de
solidão e abandono são vistos de uma perspectiva diferente e mais
interpessoal. Os significados são atribuídos, ambos historicamente e
atualmente, para relacionamentos que são o estágio central durante essa
fase.
54
incomodado por uma memória ou um pensamento, mas isso não
permanece. Eu não estou em um relacionamento com uma mulher agora,
mas estar em um relacionamento com uma mulher não é inimaginável
como era antes. Eu tenho um maior senso sólido do eu, de quem eu sou,
Eu não me vejo invejando outros homens – de fato, houve algumas
ocasiões em que eu me senti melhor que alguns homens – não acontece
muito, mas ainda assim acontece”.
55
da terapia, somente 13% perceberam a si mesmos como exclusivamente
ou inteiramente heterossexuais enquanto 33% se autoescreveram como
exclusivamente ou inteiramente heterossexual. 99% dos entrevistados
relataram que eles acreditavam que terapia para mudança da atração
homossexual pode ser efetiva e valiosa (Nicolosi, Byrd & Potts, 2000). Uma
parte de meus pacientes participou tanto no Karten Study (Karten, 2005)
quanto também no Spitzer Study (Spitzer, 2003).
56
orientação heterossexual. Agora cabe aos céticos em relação à
terapia reparativa prover fortes evidências comparáveis para apoiar
sua posição. Em minha opinião, eles ainda têm que fazê-lo.
Conclusão
57
A outra categoria consiste em homens em seus 30 anos que estão
tanto quanto descontentes com suas lutas homossexuais. Eles viveram
esse “estilo de vida” e descobriram pouca felicidade. Sua queixa é
“homossexualidade não está funcionando para mim” seguida pela questão
“você pode me ajudar a explorar minhas opções?”. Todos esses homens
eram depressivos, muitos tinham vícios de todo tipo, e alguns até eram
suicidas.
58
Referências
Bailey, J. M. (1990). Homossexualidade e doença mental. Archives of General
Psychiatry, 56, 884.
Evans, F.B. (1996). Harry Stack Sullivan. Nova Iorque, Nova Iorque: Routledge.
Hamer, D., & Copeland, P. (1994). A ciência do desejo. New York, NY: Simon and
Schuster.
Johnson, R.I., e Shrier, D.K. (1985). Vitimização sexual dos meninos. Journal of
Adolescent Health Care, 6, 372- 276.
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60
Capítulo Três
61
um supervisor que aconselhava homens homossexuais que gostariam de
superar sua homossexualidade. Ele me introduziu à National Association
for Research and Therapy of Homosexuality (NARTH) e ao conceito de
atrações indesejadas pelo mesmo sexo. Ele expressou uma necessidade de
terapeutas mulheres que poderiam trabalhar nessa área de atrações
homossexuais indesejadas e me encorajou nessa linha de trabalho como
terapeuta. Ao mesmo tempo, por conta do meu escritório estar em
Portland, Oregon, onde há uma grande população homossexual, eu atendi
clientes lésbicas que buscavam e queriam ajuda com a depressão,
ansiedade ou assuntos de relacionamentos, mas não queriam sair do
estilo de vida gay. Então, eu trabalhei com elas do jeito que elas vieram
até mim. Eu não trouxe para elas esse assunto de mudança nem mesmo
questionei suas orientações sexuais. Para mim, poderia ter sido
desrespeitoso e inapropriado. Ao trabalhar com essas mulheres, me tornei
atenta de uma quantidade significativa de aglutinamento de seus
relacionamentos íntimos com suas amizades, e ao trabalhar com elas para
estabilizar um maior senso de individualismo, vi esses relacionamentos
melhorando e mudando.
62
Minha posição como terapeuta é que meu cliente tem o direito da
própria determinação. Como um adulto eu respeito sua habilidade de
fazer decisões por si mesmo. Elas estão machucadas pelo controle
exagerado dos outros e querem ter certeza de não repetir esse padrão. A
teoria feminista irá dizer que um relacionamento hierárquico pode ser
prejudicial. Especificamente com essa população, eu concordo. A
colaboração é o meu objetivo, pois sou expert nesse assunto e ela é
expert sobre si mesma. Nós trabalhamos juntas para ajudá-la a dar passos
para frente, ajudando-a a fazer os ajustes desejados. Nós estamos
construindo confiança no relacionamento terapêutico e em seu eu
emocional. Ela precisa saber e ser assegurada de que eu investi bem nela.
Meu objetivo é a satisfação dela como pessoa e em sua singularidade (não
somente no que ela pode fazer).
Fundamentos da Terapia
63
próprio”. Medicamentos prescritos podem ser necessários durante
esse tempo para manter um funcionamento diário.
Estágio Um da Terapia
64
confiança faz ser possível começar a falar sobre as muitas perdas em
seu passado, enquanto se estabelece uma fundação do entendimento
que irá guiar o processo terapêutico.
Eu deixo isso bem claro aos meus clientes, de que AMS é uma
questão de desenvolvimento e não surgiu de uma natureza espiritual.
A relação do cliente com Deus, sua habilidade de orar, e sua conexão
com uma igreja local são bem importantes para seu desenvolvimento
espiritual e emocional, mas suas atrações não são resultados de
problemas espirituais. Sua caminhada com Deus permitirá que ela
possua a fé e a persistência necessária para trabalhar através desses
assuntos, mas não da maneira que ela trouxe AMS a si mesma. Eu
enfatizo isso, que embora não exista um “gene gay”, ser gay não é algo
que podemos escolher. Ao invés disso, é relacionado a questões de
desenvolvimento e relacionamento.
Tratando a Vergonha
65
Durante a terapia, junto com a construção da confiança, ouvir a
cliente e ajudá-la a lidar com vergonha, eu a avalio para descobrir
desordens de humor e/ou desordens de personalidade e traços. Eu
também começo a importante tarefa de educá-la nos fatores que
podem ter possivelmente contribuído para sua AMS e começo a
ensinar boas habilidades de enfrentamento. Eu quero que ela
claramente entenda as raízes comuns da AMS. Usei Terapia
Comportamental Dialética17 para ensinar as habilidades de
enfrentamento.
17
Dialectic Behavioral Therapy (DBT)
18
Exotic Becomes Erotic Theory (EBE Theory)
66
Os fatores que se acredita contribuir para o desenvolvimento da
AMS em mulheres são: fatores biológicos/genéticos, influências dos
pais, interações com irmãos e colegas, abusos sexuais, escolhas e
influências da sociedade. Algumas mulheres têm somente alguns
desses fatores ao invés de todos eles.
67
percepções, crenças, respostas e internalizações, que forma tudo o
que é humano, incluindo a possibilidade da atração pelo mesmo
sexo. (p. 2)
68
desenvolvimento da AMS. Hallman (2004) diz que o que é típico na
história da mulher com atração pelo mesmo sexo são falhas de conexão
com a mãe, resultando em uma não identificação (rejeição da mãe como
um modelo). Isso pode surgir de:
69
palavras, mulheres que lidam com atração pelo mesmo sexo estão
ansiando por uma conexão com a feminilidade de si mesmas que foram
negadas a elas ao longo de seu próprio desenvolvimento. Em vez de
encontrar a feminilidade em si mesma, elas olham para outra mulher para
obter a identificação e a conexão que está perdida.
70
Embora crianças se tornem apegadas com quem cuida delas, sejam
estes sensíveis e responsivos (ou não), o apego cresce na
comunicação previsível, sensível e sincronizada no qual o pai/mãe
mostra interesse e alinha estados de espírito com a criança. Estados
compartilhados permitem a amplificação de estados emocionais
positivos e a redução de estados negativos em conexões seguras. (p.
93).
Por conta disso, a maneira que uma criança é vista pelos pais
influencia grandemente no como a criança virá a entender quem ela é,
quais são suas forças, talentos, esperanças, sonhos, e crenças. Pais não
podem sempre ser responsáveis pelos comportamentos de seus filhos,
mas eles podem ser encarregados de como seus filhos se enxergam. Esse
processo de “espelhamento”, quando feito corretamente pelos pais e
quando é congruente com o como a criança percebe e se sente sobre ela
mesma, cria um forte senso de si na criança. Mulheres que lidam com
atrações pelo mesmo sexo descrevem uma falta de espelhamento próprio.
Isso é muitas vezes o resultado de abuso, negligência, mal-entendidos ou
má interpretação pelos pais ou possivelmente por outros membros
familiares ou autoridades significantes. Enquanto não há nunca uma
desculpa para abuso ou negligência, alguns pais são simplesmente não
atentos à necessidade que seus filhos têm e da importância do papel que
o pai/mãe deve completar. Alguns abusos ou negligência resultam da falta
de educação ou entendimento das necessidades dos filhos, ou porque as
perdas pessoais dos pais os deixaram indisponíveis para seus filhos.
71
tanto usando a como uma substituição emocional da mãe ou por negar
sua feminilidade e tratá-la como um filho ou um dos garotos. Em qualquer
situação, a filha sente seu eu verdadeiro abandonado e seus sentimentos
invalidados.
72
estabelecer um senso de pertencer, sendo rejeitada após grande esforço,
humilhação e ostracismo, tanto real como percebida.
73
Por causa de o padrão ter sido desenvolvido cedo na vida, elas não têm
memória de ter sido de outra maneira.
74
problemas do dia-a-dia e da insatisfação com a vida. As garotas muitas
vezes poderão entrar em relacionamentos sexuais com outras garotas
numa tentativa de ganhar a atenção dos garotos. Ainda, algumas garotas
exploram sua sexualidade com outras garotas como uma solução segura
para sua curiosidade sexual. Os jovens muitas vezes são encorajados a
reivindicar uma identidade gay antes que a formação da identidade seja
completada, o que pode gerar efeitos negativos prolongados.
Administrando Emoções
75
mesmo em uma variedade de situações e interações. Isso permite uma
monitoração objetiva de comportamento, pensamento e sentimento, o
que é necessário para entender motivações, medos e desejos.
76
vemos uma mãe amavelmente segurando seu bebê em seus braços e
cantando suavemente, dizendo à sua filha o quanto ela a ama, o quanto
ela é maravilhosa e linda e o quanto ela está emocionada por ser sua mãe.
No primário, aquela mesma mãe diz o quão maravilhoso foi assistir ela
cantando com todo seu coração em um evento da escola e que ela era a
mais bonita do palco. Na adolescência, sua mãe pode dizê-la que seu
sorriso é lindo e seus olhos brilham quando ela fala sobre algo que ama.
Essa mãe pode mostrar o quão lindo é quando ela cuida de algo tão
apaixonadamente. Geralmente, quando a criança cresce, ela casualmente
para com esse tipo de comentário sentimental. Ela pode responder
dizendo, “Bom, você deve dizer isso, você é minha mãe,” ou “Você não
pode ser objetiva, sou sua filha”. Embora ela possa dispensar a afirmação,
ela ainda aparece e geralmente muito bem recebida. A casa é o lugar onde
uma criança sabe que é amada, pra melhor ou pior.
77
vergonha. O constrangimento é passageiro, muitas vezes engraçado e
muito normal. Nós sabemos, ou pelo menos já ouvimos falar sobre o que
acontece a outras pessoas e nós sabemos que isso passa. A vergonha, por
outro lado, é muitas vezes permanente, devastadora, e nos faz sentir
muito anormais e sozinhos.
Muitas mulheres que tem atração pelo mesmo sexo relatam sentir
esse isolamento emocional ou experimentar esse “afastamento” da
família de origem. Isso pode ser resultado da depressão da mãe ou
negligência emocional por conta da separação. Isso pode resultar de
78
abuso emocional, físico ou sexual. A revista Parade (Fong-Torres, 2004)
publicou uma entrevista com Ellen DeGeneres, famosa comediante e
lésbica, intitulada Eu Quero Fazer as Pessoas Felizes. Sua história é uma
ilustração dessa dinâmica. Ela descreve crescer em uma casa muito quieta
com muito pouca comunicação em família. Ela diz,
79
Estágio Três da Terapia
80
visto é uma montanha russa de emoções similar aos altos e baixos da
adolescência, mas com mais intensidade e grande frequência de emoções.
Com a intensidade emocional vem outra dinâmica significante chamada
de “desapego defensivo”, descrito em detalhes por Moberly (1993). Ela
afirma,
19
Se trata de um estágio de desenvolvimento descrito por Freud, que se refere ao período de 6 anos de
idade à puberdade.
81
completamente diferente da individualização do homem. Ela afirma que
mulheres individualizam no contexto de relacionamentos. Elas mantêm
conexão com a família enquanto se esforçam em direção ao objetivo de
desenvolver seus talentos e habilidades. Elas encontram seu nicho e são
vistas e tratadas diferentemente (como adultas) pelas mesmas pessoas
com quais elas mantiveram relacionamentos através do seu processo de
individualização. Indiscutivelmente, isso pode parecer tomar mais tempo
do que o processo masculino, mas Gilligan afirma que geralmente homens
e mulheres alcançam o mesmo nível de individualização em seus 30 anos.
De fato, ela afirma que geralmente os homens em seus 30 estão
começando a tarefa de reestabelecer esses laços emocionais que eles se
afastaram quando adolescentes.
82
Como um terapeuta, somos ensinados a evitar criar dependência
em nossos clientes. Mas ao trabalhar com mulheres AMS, o objetivo é
permitir o crescimento de dependência saudável, dando à mulher AMS
uma experiência de ser vulnerável e segura ao experimentar seu próprio
eu. Isso é o começo; daqui ela pode levar essa experiência com ela, fora
do mundo, procurando por outros relacionamentos saudáveis. Ela está
agora apta a fazê-lo de todo coração, sem o medo que previamente a
manteve longe de admitir suas próprias necessidades. O terapeuta a apoia
e a afirma quando a cliente começar a estabelecer amizades saudáveis
com pessoas atenciosas, de ambos os sexos.
83
caso de relacionamentos com o mesmo sexo. Eu reafirmo a ela que a
maioria dos homens irá aceitar sua história sexual, mas ela deve ter
certeza de que o relacionamento está forte antes de compartilhar isso,
pois não é todo mundo que tem o direito de saber isso sobre ela. Muitas
mulheres com AMS tem medo de que os homens estão primariamente
focados em sexo. Minha resposta é que um relacionamento íntimo inclui
proximidade emocional, espiritualidade e sexualidade. Se um homem quer
somente sexo, uma prostituta seria mais fácil. Ela pode também
reconhecer que por mais que ela cuide desse homem, ele tem um pênis, o
que é muitas vezes visto como uma arma. Esse medo deve ser orientado,
e pode ser confrontado ao ajudá-la a mover além de sua imagem de um
perigoso pênis sem corpo para algo que é parte do homem que ela ama.
84
mas ela se sente culpada por dizer isso. Ainda, ela geralmente está ciente
de propositadamente não se identificar com sua mãe. Ela quase sempre
nunca teve amigas próximas enquanto crescia. O relacionamento entre
Anne e Diana no livro, Anne of Green Gables (Montgomery, 1908), é um
bom exemplo do tipo de conexão que estava faltando em suas vidas. Essa
história, que é também um filme, mostra essa amizade adolescente de
coração para coração que era chamada de “amigos íntimos”. Isso é algo
que claramente estava faltando na vida de meus clientes com AMS
enquanto cresciam.
Conexões com homens são geralmente tênues. Ela muitas vezes irá
falar com carinho sobre seu pai, mas o relacionamento é extremamente
fraco por conta da sua falta de iniciativa. Em alguns casos ele foi arrogante
ou ausente. Ela geralmente desenvolve interesse em homens mais tarde
na adolescência ou cedo na vida adulta.
85
Tipicamente, o relacionamento pelo mesmo sexo é emocionalmente
emaranhado e muito sexualmente ativo. Existe um tempo no
relacionamento onde a única coisa que parece importar é o parceiro do
mesmo sexo. Eu muitas vezes descrevo isso como um vício. Duas pessoas
em um relacionamento enredado emocionalmente agem como se eles
não estivessem sóbrios. Seu funcionamento diário e trabalho são
limitados pela obsessão com o parceiro. Nosso objetivo então é manter o
relacionamento apropriado, pois é aparente que esse nível de
engajamento não pode continuar sem gerar uma enorme interrupção em
suas vidas diárias.
86
Preocupações Práticas para os Terapeutas
87
mudança, o qual envolve esforço intencional direcionado a alterar ou
mudar a atração sexual, preferências, comportamentos ou identidade.
Conforme mencionado, muitos pesquisadores atestam para a realidade da
fluidez sexual feminina (Diamond, 2000; Falco, 2001; Schecter, 2004). Essa
evidência substancial, no entanto, não diretamente traduz-se na prova de
que qualquer mulher com AMS pode facilmente mudar ou alterar suas
atrações pelo mesmo sexo. No entanto, confirma que sentimentos sexuais
e comportamentais não são absolutamente imutáveis ou imudáveis. O
nível o qual uma mulher com AMS pode ou vai experimentar de mudança
irá variar de acordo com sua história, com a natureza de seus sentimentos
pelo mesmo sexo e comportamentos e com as circunstâncias atuais e
motivações para fazê-lo.
Digo aos meus clientes que a mudança é possível, mas que não há
garantia. Mais do que qualquer coisa, eu as encorajo a fazer o trabalho
difícil de individualização, então elas poderão ser claras sobre quem elas
são e o que elas querem da vida. Eu digo a elas que não é possível serem
aptas a verdadeiramente amar ao outro até que elas totalmente amem a
si mesmas. Eu cito Jesus, dizendo “Ame o seu próximo como a si mesmo.”
(Matheus 19:19, Nova Versão Internacional). Essa escritura assume que
somos abertos a nos amar primeiro, o qual é a base para um
relacionamento saudável. Minhas clientes entendem que essa é uma área
difícil e nós muitas vezes falamos de como elas “perdem a si mesmas em
outra mulher”.
88
suporte ao crescimento. Gosto da escritura de I Coríntios 3:6-8, que
explica que uma pessoa pode plantar uma semente e outra pessoa pode
regá-la, mas Deus é quem faz crescer. Esse verso me dá a garantia de que
pessoas estão em processo e que não é minha responsabilidade fazê-las
mudar. Eu também vejo que a mudança é algo que eu não posso prever.
Disse anteriormente sobre um cliente que estava envolvido em
relacionamentos homossexuais por mais de trinta anos, mas no processo
de trabalho de sua individualização ela decidiu querer encontrar um “bom
homem”. Outra cliente via a si mesma como heterossexual até completar
trinta e cinco anos, quando ela teve um romance de duas semanas com
uma mulher e então veio me ver. Depois de trabalharmos juntas por mais
ou menos três anos, ela concluiu que se sentia confortável em ser
homossexual e que queria ficar em um relacionamento lésbico. Eu ainda
trabalho com ela, e nosso foco é manter sua individualidade enquanto ela
fica conectada, para que ela não se perca no seu relacionamento íntimo.
89
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91
Capítulo Quatro
93
“caixa”. Como todos os outros, elas querem ser conhecidas pelo que elas
realmente são fora de sua sexualidade, confusões e conflitos. Toda mulher
que tem ou que teve atrações pelo mesmo sexo é também
maravilhosamente única e especial. Elas têm vários backgrounds, famílias
de origem, experiências, personalidades, traços de caráter, estilos
relacionais, profissões, aparências, status maritais, necessidades de
desenvolvimento, histórias de abusos, religiões, talentos e dons. Elas
foram pequenas garotas em algum ponto. Elas inocentemente olharam
nos olhos de suas mães e pais procurando por amor, conforto, atenção,
abraços, paciência e entendimento. Muitas de suas histórias não são tão
diferentes de muitos de nós.
94
ao ponto... E irão imediatamente reconhecer a não autenticidade
por parte do terapeuta. Elas não têm problemas em confrontar ou
desafiar o conselho ou atitude subjacente de seu terapeuta. Elas
podem ser hipersensíveis e parecem ser resistentes a intervenções
terapêuticas comuns. (Hallman, 2008, pp. 37-38).
Criando Confiança
95
uma necessidade tão essencial em muitas dessas mulheres que o objetivo
primário ao começar a trabalhar com uma mulher é criar um “lugar
seguro”, livre de julgamento, preconceito, choque ou surpresa,
moralizando ou coagindo indevidamente (Beckstead & Morrow, 2004). O
terapeuta deve prover um “ambiente que dá ao cliente a máxima
liberdade para expressar, explorar e clarificar seus valores e crenças sobre
a homossexualidade” (Nicolosi, Byrd & Potts, 2000a, p. 1085) e sua vasta
vida.
Para prover esse lugar seguro, vi que ele deve ser caloroso,
autêntico e comprometido, que ofereça ao cliente a experiência de um
relacionamento saudável. Devo lidar com a defesa de uma mulher, ou o
que parece uma resistência terapêutica, com paciência e gentileza,
afirmando a necessidade dela por ainda mais segurança e convidando-a a
explorar seu medo latente ou sua vergonha. Não devo forçar muito, mas
sim honrar sua necessidade de espaço, de ir devagar e de até mesmo
esquivar-se. Não devo fazer promessas ou exagerar reivindicações sobre a
“possibilidade de mudança”. Como, onde e o que a mulher com AMS pode
mudar depende de sua única jornada, sua história, sua personalidade,
seus desejos e sonhos e seus recursos de apoio. Nunca devo também
pressionar meu cliente a fazer um compromisso de mudar ou alterar seu
comportamento homossexual ou identidade. Pode levar um tempo para
que ela chegue a um entendimento de o que pode ou o que precisa
“mudar”.
96
homossexualidade. Elas vieram até mim porque elas ouviram que eu era
boa com lésbicas, que eu era segura, e que eu “tinha sacado isso”. Como
foi dito em meu livro, O Coração da Mulher com Atração Pelo Mesmo
Sexo: Um Compreensivo Recurso de Aconselhamento (Hallman, 2008), eu
me comprometi na terapia com essas mulheres aplicando a mesma
atitude que eu tinha em relação a minha clientela existente. Eu
concordava em fazer terapia com cada mulher que vinha me ver, pois:
A Avaliação Inicial
97
objetivos além do lidar com sua homossexualidade. Inicialmente, quero
abordar e ser sensível a ela:
98
2. Se uma mulher está no processo de perder ou terminar uma relação
com o mesmo sexo, ela pode estar experimentando um trauma
interno severo que é excruciantemente doloroso. Isso pode gerar
sintomas de stress pós-traumáticos e até mesmo levar a ideias
suicidas. Nos casos de possíveis autolesões ou danos, intervenções
padrões como contratos de segurança, drogas psicotrópicas,
serviços de ligações 24 horas, aumento de sessões, ou
hospitalização devem ser usadas. As técnicas recomendadas no
capítulo seis do O Coração da Mulher com Atração Pelo Mesmo
Sexo para o propósito de criar segurança irá também ajudar a
estabilizá-la (Hallman, 2008).
99
Na luz do potencial inconsciente ou das emoções reprimidas e
conflitos no começo da terapia, eu meço todas as minhas interações e
intervenções de acordo com as reações imediatas de meus clientes e suas
habilidades abrangentes para entender, processar e lidar. Como
enfatizado por Dr. Daniel Hughes (1997), um especialista em distúrbios de
apego da infância, “são as respostas dos clientes, não os planos dos
terapeutas, que devem ditar a direção da sessão” (p. 43).
Estratégia Clínica
100
identidade. Sua aceitação de sua AMS ou sua dissonância com ela irá
flutuar e mudar completamente o processo de terapia.
101
que podemos confiar” (Paulk, p. 173-174). Quando uma mulher se abre
para acreditar nesse novo amigo, uma resposta de apego emocional é
atualmente acionada. “Ao invés de descarregar uma pequena parte de
necessidade relacional, a pessoa na defensiva irá balançar na dependência
emocional, abrindo uma maré de necessidades relacionais” (Paulk, p.
174).
102
tempo, ela descobrirá que ela é separada e é uma entidade especial com o
potencial para experimentar sua própria gama de emoções (e vida)
separada do que sua amiga está sentindo ou experimentando.
103
talvez eu não fosse ainda capaz de lidar com uma amiga íntima. Eu vi que
ele estava certo, porque eu ainda estava propensa à dependência
emocional.
Mais tarde eu orei a Deus para que Ele escolhesse a mulher que eu
desenvolveria uma amizade mais próxima. Eu conhecia a mim mesma bem
o bastante para saber que se isso fosse deixado para mim, eu atualmente
a escolheria por razões erradas. Eventualmente – atualmente, dois anos
depois – Deus trouxe Patrícia em minha vida. Eu a conheci na igreja.
Enquanto nós crescíamos próximas emocionalmente eu ficava com medo
e queria sair correndo. Eu estava com medo de arruinar nosso
relacionamento, porque sempre que eu estava tão perto de uma mulher
dessa forma no passado, sempre acabava no romântico e no sexual. Eu
percebi através disso que se eu abandonasse o relacionamento, eu nunca
passaria além desse ponto em quaisquer amizades futuras. Eu sempre
acabaria presa logo após experimentar intimidade não sexual com uma
mulher. E esse ainda era meu objetivo, então eu me pendurei nele mesmo
que eu estivesse com medo. Nosso relacionamento nunca se tornou
sexual. Ao invés disso ele ajudou muito a curar enquanto nós
compartilhávamos partes de nós mesmas. Eu eventualmente abri minha
história lésbica e ela me amou da mesma maneira. Eu estava bem livre por
ter alguém que sabia parte de mim que eu pensava ser a mais vergonhosa
e que não me rejeitara.
104
mulheres heterossexuais porque eu acreditava que nós não tínhamos
muito em comum. Elas falavam sobre coisas de meninas as quais eu não
sabia de nada, como maquiagem e moda. Por um longo tempo eu me
senti tremendamente insegura ao redor delas porque eu era muito
desapegada nesse sentido e não me vestia ou parecia como elas. Eu
estava determinada a não deixar meu medo me afastar de experimentar
de amizades piedosas e saudáveis, então eu sai com essas mulheres,
mesmo que eu me sentisse diferente. Por termos uma paixão comum por
Jesus, nós passamos tempo juntas em um grupo pequeno como um grupo
de estudo bíblico caseiro ou um grupo de solteiros da igreja. Nós
realmente aprendemos umas sobre as outras.
105
uma ausência de compilação de evidências empíricas para dar suporte à
prática da terapia de conversão. Não há evidência convincente para
sugerir que é possível reorientar um indivíduo” (Tozer & McClanahan,
1999, p. 730). Eles oferecem relatórios de primeira mão de homens e
mulheres homossexuais que afirmam que a mudança não é somente
impossível, mas também que tentar ajudar clientes a mudarem é
prejudicial à sua própria pessoa e autorrespeito (Beckstead & Morrow,
2004; Shidlo & Schroeder, 2002).
106
pessoas através do tempo. Isso parece especialmente verdadeiro para
mulheres.
Jan Clausen (1999), uma ex-lésbica, fala dessa fluidez como uma
“instância de auto realização humana... há uma lógica para minhas
escolhas eróticas que relata bem de perto o que está acontecendo em
outras áreas de minha vida” (p. xxi). Ela acredita que mulheres tem uma
escolha tanto em relação ao individual tanto como em gênero da pessoa
com quem elas estão sexualmente relacionadas. Reconhecido isto, alguns
podem opor-se a facilidade liberal de se mover dentro e fora das atrações
homossexuais e heterossexuais e seus relacionamentos. No entanto,
dentro da experiência de muitas mulheres, religiosas ou não religiosas, há
a habilidade de entender a facilidade com que muitos relacionamentos
mulher-mulher são estabelecidos, assim como seu poder inerente de se
tornarem profundamente e rapidamente satisfeitas e cheias de significado
mesmo fora dos sentimentos sexuais ou afeições.
107
alguém descobre“, mas, “tem muito haver com o contexto em que uma
pessoa vive”, ocorrendo na “interação da pessoa e cultura” (p. 178). Mais
tarde, ela sugere, “orientação sexual feminina é menos fixada do que a
orientação sexual masculina e suscetível a mudanças posteriores”
(Henderson, 1984, p. 218).
108
Amam Mulheres Que Amam Homens: Fluidez Sexual e identidade Sexual
em Lésbicas de Meia Idade. Ela entrevistou “Onze mulheres que se
identificaram como lésbicas por mais de dez anos, mas as quais após a
idade dos trinta estavam agora em relacionamentos íntimos com homens
que duravam ao menos um ano” (Greer, 2004, p. 28). Ao revisar o estudo
de Schecter, Greer (2004) sugeriu que identidade sexual pode mudar e
evoluir à medida que a mulher cresce e assimila o significado de suas
experiências e relacionamentos.
109
a fluidez sexual da mulher não prova que toda mulher que se propõe
intencionalmente a mudar aspectos de sua sexualidade irá alcançar o nível
desejado de transição ou mudança.
110
Clausen (1999), que acredita que é perfeitamente bom ser ou
heterossexual ou homossexual, reconhece que “os parceiros sexuais de
uma pessoa não pareceriam mais relevantes ao medidor de sua natureza
básica do que seria uma série de outros hábitos, preferências e gostos” (p.
xxv). Portanto, pessoas que se movem com a fluidez da sexualidade e
mudam suas atrações sexuais não devem ser tratadas como
“atravessadores de fronteiras”. “O que é necessário parar é o
aparelhamento da história para ter ou parecer permanentemente e
universal” (p. xxviii).
111
Respeito: Terapia para o Bem da Mulher – Não ao Contrário
Conclusão
112
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115
Capítulo Cinco
Dessensibilização e
Reprocessamento por Meio
dos Movimentos Oculares
(EMDR) e Atrações
Indesejadas pelo Mesmo Sexo:
Um Novo Tratamento para a
Mudança
Esly Regina Carvalho
20
Do inglês, Eye Movement Desensitization and Reprocessing
116
no desenvolvimento, na manutenção e no reforço da AMS e, ainda, pode
ser uma das formas mais eficientes e promissoras de tratamento. Nesse
capítulo, discutirei as maneiras que o trauma age naqueles com AMS
indesejada. Também apresentarei a EMDR e descreverei como ela
funciona, e finalmente, esse método é exemplificado através de um curto
estudo de caso. Enquanto a EMDR é usada para tratar uma vasta
variedade de questões, esse capítulo particular destaca a efetividade de
tratar AMS indesejada.
O Trauma e a Bíblia
117
O trauma muitas vezes leva a pensamentos obsessivos. Nós
repetimos o que nós experimentamos no passado: quem disse o quê, a
sequência dos eventos, etc. Mesmo quando nós apertamos o botão
mental de “desligar” e tentamos mudar o assunto das conversas presentes
na nossa mente, em questão de minutos os pensamentos voltam –
estejamos acordados ou dormindo. Pessoas traumatizadas gastam
incontáveis horas obsessivas sobre eventos dolorosos, inutilmente dando
replay nos eventos e o que poderia ter sido feito ou dito diferentemente.
Deus nos criou com uma habilidade inata para cura. Francine
Shapiro (1997) tão aptamente ilustrou em seu workshop de treinamento
que o corpo é capaz de curar a si mesmo de um corte na mão; porque
118
então o cérebro não poderia fazer o mesmo? A verdade é que nós
finalmente estávamos abertos a encontrar a chave que destranca alguns
dos mistérios do cérebro, e uma delas é a habilidade de ajudar o cérebro
curar informações processadas mal adaptadas (Shapiro, 2001).
119
antes. Algumas vezes a memória some, perde sua precisão, ou muda em
uma interpretação mais positiva sobre os eventos.
21
Do inglês, Rapid Eye Movement
120
Shapiro (2001) afirma que, durante a EMDR, o cliente atende em
sequência às experiências do passado e do presente em breves doses,
enquanto simultaneamente ele foca em estímulos externos. Então o
cliente é instruído a permitir que o novo material se torne o foco do
próximo conjunto de dupla atenção. Essa sequência de dupla atenção e
associação pessoal é repetida muitas vezes na sessão (EMDR, 2008).
121
clínicos EMDR treinados e sedia uma conferência anual (para treinamento
em Espanhol e Português, veja www.emdriberoamerica.org).
122
não é dada à criança uma apropriada oportunidade de aprender como se
tornar um homem ou mulher. Um pai que se esconde por detrás da tela
do computador, que viaja constantemente, ou que está muito ocupado
para gastar tempo com seus filhos, contribui para essa dificuldade uma
vez que o filho não tem acesso a um pai carinhoso que confirma sua
sexualidade/gênero em sua presença afirmadora. Alguns pais podem até
mesmo serem fisicamente presentes, mas emocionalmente muito
distantes de seus filhos. Recentemente, Nicolosi (em publicação) afirmou:
Abuso Sexual
123
Erotização de Necessidades Emocionais
Temperamento
Trauma
124
Para algumas pessoas essa repetição eventualmente se torna
intolerável e elas buscam ajuda. Algumas são motivadas porque o trauma
em si mesmo se tornou intolerável, e a vida gay muitas vezes compõe suas
feridas emocionais. Elas buscam alívio para sua dor. Outras são incitadas
por sua religião. Ainda outras gostariam de entrar no mundo
heterossexual, ou até mesmo se tornar mais confortáveis com isso devido
ao prejuízo e discriminação que as pessoas homossexuais sempre lidam. E
alguns gostariam de casar e de ter filhos de uma maneira tradicional.
EMDR e Trauma
125
Terapia EMDR e AMS Indesejada
126
acompanham o trauma: depressão, pesadelos, ansiedade, ataques de
pânico, etc. Com o tempo, eles começam a perceber que a AMS diminui e
são menos problemáticas. Eles também percebem que eles estão
adquirindo níveis diferentes e diversos de controle sobre o
comportamento de que a AMS muitas vezes desencadeia. Respostas
heterossexuais se tornam uma possibilidade.
Estudo de Caso
127
se separaram. Eles estavam prestes a se divorciar quando seu pai se
tornou cristão, e o casamento sobreviveu. Eventualmente, sua mãe se
tornou cristã, e também sua irmã mais nova. Ela se apaixonou e casou-se
com seu marido quando tinha 22 anos. Ela reclamava que ele tinha
vergonha e não tomava muitas iniciativas.
128
Escala Subjetiva de Perturbação (SUDS22) foi 8, uma pontuação
razoavelmente alta.
No fim de quatro meses, ela desenhou uma nova “porta”. Dessa vez
ela disse, “Eu estou do outro lado da porta, e é grande porque eu já a
atravessei. Não tem nenhuma decoração, e a janela está fechada. A porta
está fechada com cimento”. E de repente ela olhou e comentou “Até
mesmo a maçaneta está do outro lado!” Ao comentar depois, Mercedes
disse,
22
Do inglês, Subjective Unit of Distress Scale
129
Discussão
130
irmã e sua família. Adicionalmente, após férias intensas e amorosas com
seu marido, seu casamento foi renovado, e ela muitas vezes sente falta de
seu marido durante o dia quando eles estão separados.
Conclusão
Limitações
131
treinados que podem avaliar a leitura de um cliente (ou falta da mesma)
para esse tipo de tratamento.
Pesquisa
132
Para leitura complementar
Nicolisi, J., & Nicolisi, L. A (2002). Guia dos pais para prevenir a
homossexualidade. Downer Grove, NJ: InterVarsity Press.
Shapiro, F., & Silk-Forrest, M. (1996). EMDR: A terapia inovadora para superar a
ansiedade, estresse e trauma. New York, NY: Basic Books.
Referências
133
EMDRIA. O que é EMDR? Consultado em 23 de agosto de 2008, no site
http://www.emdria.org/display-common.cfm?an=1&subarticlenbr=56
Lew, M. (1988). Não mais vítimas. Nova Iorque, NY: Nevraumont Publishing.
134
Capítulo Seis
136
Os métodos usados combinam a transformação cognitiva, a
perseverança comportamental e responsabilidade, a cooperação com o
Espírito Santo e os relacionamentos seguros com um treinador masculino
e amigos. O programa tenta ajudar os homens cristãos que possuem
capacidades homoeróticas a usufruir de uma vida melhor com Deus, com
ele mesmo, e com outros homens – mesmo que essa capacidade
homoerótica continue a existir.
Objetivos
Pureza Sexual
Objetivo Heteroerótico
137
querem uma assistência de como superar os medos de namorar uma
mulher, ou de como falar sobre sua capacidade homoerótica à mulher
com a qual ele busca. O cliente casado que tem uma capacidade
heteroerótica pode querer uma ajuda do coaching para criar uma
harmonia interpessoal ou uma relação sexual com sua esposa.
Paz Sexual
138
que eles serão rejeitados ou machucados se outros descobrirem sobre sua
capacidade homoerótica. E de fato, tal rejeição pode ser possível
(Wolkomir, 2006). Assim, o cliente estará no clássico dilema, no qual ele
pouco provavelmente curará sua angústia a não ser que ele permita a si
mesmo ser sincero sobre sua sexualidade; e ainda, se ele divulgar sua luta
para uma fonte não segura, ele poderá ser ainda mais machucado.
139
sexualidade humana acredita que as ações sexuais de um homem devem
acontecer com sua querida esposa. Assim, todas as outras formas de
luxúria erótica e contato sexual são contra o perfeito design de Deus – e
irão resultar em dor para o indivíduo e provavelmente para outros. Isso é
verdadeiro, independente se o erotismo é heteroerótico ou homoerótico
por natureza – ambos são igualmente pecaminosos e prejudiciais na visão
bíblico-ortodoxa.
140
ou saúde terapêutica) foram sinceros em expressar que isso é verdadeiro.
O programa também reconhece que sua pureza sexual e sua paz sexual
podem mudar. Por exemplo, minha própria vida, as vidas de meus
clientes, e vários resultados de pesquisa (Jones & Yarhouse, 2007;
Nicolosi, Byrd & Potts, 2000) tem demonstrado que homens com
capacidades homoeróticas podem aprender a abster-se de luxúria e
contato sexual, e se tornarem mais confiantes em alcançar seu objetivo
heteroerótico, reduzir sua angústia sobre a existência de sua capacidade
homoerótica e aumentar sua estima masculina.
141
desacreditado. Similarmente, alguns treinadores têm a intenção de serem
“profissionais cristãos”, e ainda nunca fazem nenhuma menção a Jesus
Cristo, ao Espírito Santo, ou até mesmo sobre a Bíblia em seu coaching.
142
Crenças Teológicas Centrais
Deus Pai quis que nós tivéssemos uma eterna união com a Trindade
– começando na terra, e continuando depois da morte ou até o retorno de
Jesus à Terra. Aqueles indivíduos que acreditam nas afirmações bíblicas de
Jesus, e que confiam sua vida a Jesus (com o objetivo comprometido de
ser um discípulo que vive como Jesus), receberam o selo do Espírito Santo
como uma influência ativa e inicial sobre seus pensamentos e
sentimentos. O Espírito Santo está em “uma missão” para transformar
seus seguidores cooperativos para pensar como Jesus e sentir o que Jesus
sentiria (para as várias situações encaradas na vida). Jesus não é somente
o Deus homem que resgatou a humanidade da penalidade da eterna
separação da Trindade, mas Ele é o exemplo literal da melhor maneira que
qualquer pessoa pode viver. O elemento central da vida de Jesus, e ainda
o objetivo central para Seus seguidores, é para continuamente submeter
tudo à vontade do Pai para nossas vidas – enquanto dependemos da
orientação e do poder do Espírito Santo para estender o amor de Jesus a
qualquer um que tenhamos contato. Ainda, se alguém é de fato cristão,
ele não somente se alinha com Jesus, mas tem também totalmente a
intenção e tenta viver de acordo com o caminho de Jesus como
expressado na Bíblia, e faz isso mais sabiamente através do trabalho do
Espírito Santo.
143
assim, nós somos também machucados pelo pecado de outras pessoas e
seus egoísmos, pelas calamidades circunstanciais de um universo
quebrado, e pela influência dolorosa e contínua do reino demoníaco
invisível. Existem algumas limitações que toda pessoa tem e, assim, nós
devemos esperar a total conversão em um mais perfeito corpo em um
novo céu e terra.
144
pecado e utilizar da assistência do Espírito Santo, do estilo de vida
disciplinado, e do apoio humano ao suceder. Não é simplesmente se
manter no caminho de Jesus para simplesmente aceitar a misericórdia de
Deus sem atualmente ter a intenção de viver como Jesus. Portanto, todo
cristão genuíno é um discípulo de Jesus – alguém que tem a intenção de
então agir da maneira de Jesus, estendendo as ações de amor para todos.
Isso é verdade apesar das limitações pessoais, doença, humor ou
circunstâncias.
Distinções
Etimologia Incerta
Nós não sabemos ao certo o que causa a qualquer homem ter uma
capacidade homoerótica. A pesquisa científica continua a fazer tentativas
nobres ao explicar a causa do porque uma pequena minoria de homens
desenvolve essa capacidade (Laumann, Gagnon, Michael, & Michael,
1994). A Bíblia não oferece uma clara explicação, embora fale sobre os
145
desejos carnais inatos e da luxúria homoerótica que resulta em contato
homoerótico. Tenho ouvido teorias que sugerem fatores pré-natais,
fatores genéticos, diferenças de cérebros, diferença de temperamentos,
explicações parentais prematuras, influência de irmãos, abuso sexual,
exposição prematura a contato homoerótico ou heteroerótico, impacto da
puberdade, misoginia, opressão demoníaca e aceitação da sociedade
sobre a homossexualidade – e a lista continua. Atualmente, não há uma
explicação conclusiva (Jones & Yarhouse, 2000). Ainda assim, o programa
não foca em explicar aos clientes a possível etimologia, nem toma uma
presunção teórica. Ao invés disso, tenta ajudar o cliente a entender que
ele não é pessoalmente responsável por criar sua própria capacidade
homoerótica – e nem ninguém.
146
Ainda, não é necessário para um cliente ter um pleno entendimento
de sua etimologia a fim de atingir os objetivos da pureza sexual, confiança
heteroerótica e paz sexual. Por exemplo, em minha prática, alguns clientes
se tornam mais aptos para abster-se de luxúria e contato homoerótico, de
aumentar sua estima masculina e/ou se tornar mais confiantes de como
perseguir seus objetivos heteroeróticos – independente de seus
entendimentos sobre a causa de suas capacidades homoeróticas.
147
essa capacidade ainda vá experimentar algumas sensações homoeróticas
ocasionais ao ser exposto a certos estímulos masculinos em certas
condições. No entanto, eu também estou absolutamente certo (através de
minha vida e de meus clientes atuais) que alguns homens que tem
capacidade homoerótica podem mudar. A mudança tipicamente ocorre ao
se tornar mais apto a abster-se da luxúria ou do contato sexual, e ao ter
menos angústia sobre a existência dessa capacidade. Ainda, estou certo
(através de meus clientes e de pesquisas) que é possível para uns homens
(mas não todos) que nunca tiveram previamente uma capacidade
heteroerótica, espontaneamente e misteriosamente desenvolverem essa
capacidade – ainda mais tarde na vida (Throckmorton, 2002). De fato, as
mudanças podem ocorrer para muitos clientes.
148
esperança e de abraçar uma identidade gay afirmativa (Jones & Yarhouse,
2007).
O cristão, por definição, tem uma identidade de ser “em Cristo”. Jesus
morreu por nossos pecados e salvação, e nós entregamos nossa vida em
confiança fiel para Jesus. Portanto, não é o indivíduo que vive, mas é
Cristo que vive em nós (na forma interior do Espírito Santo). Nós
dedicamos nossa vida a sermos discípulos de Jesus – alguém que
continuamente está aprendendo da vida de Jesus e está intencionado em
viver no Seu caminho. Jesus instruiu seus discípulos para que
“permaneçam em Mim, que Eu permanecerei em vós” (João, 15:4), e que
não ser de Cristo impossibilita estender o amor de Jesus aos outros.
Portanto, nossa identidade primária é “em Cristo”. Alguns homens que
possuem atração pelo mesmo sexo são muito gratos pela habilidade de se
rotularem como um “ex-gay” depois de anos se identificando como
“gays”. Tal transformação é uma conquista enorme e o cliente tem todo o
direito de se sentir bem com sua nova identidade. No entanto, o programa
enfatiza focar primariamente em ter uma identidade “em Cristo”.
149
preconceituosa de uma pessoa, simplesmente pelo rótulo que ela usa. Por
exemplo, em algumas comunidades, descrever a si mesmo como gay
versus ex-gay (ou vice-versa) certamente terá reações variadas (Wolkomir,
2006). Na opinião do Coaching Santificante, tais rótulos se tornam um
obstáculo mais do que uma ajuda – e coloca a ênfase de ser um nome (ao
invés de uma pessoa).
150
sexual, sua paz sexual e sua confiança em adquirir seu objetivo
heteroerótico. O processo terapêutico no programa acontece em uma
quantidade de tempo relativamente curta (tipicamente de três a doze
meses de sessões bissemanais). Em contraste, um estudo (Nicolosi, Byrd &
Potts, 2000) de conversão ou terapias de reorientação encontrou que a
duração média de participantes que disseram receber aconselhamento
era de 3.4 anos (a média foi 2.0 anos).
151
de suporte liderado pelo treinador; ou contratar por mais sessões
individuais e mais o grupo de suporte.
Métodos
152
O cliente é encorajado mais ainda a ver seu papel “em Cristo” como
um chamado maravilhoso – um chamado que inclui comunhão contínua
com a Trindade, abraçando os valores das provações e perseverança, se
tornando contente em tudo que é provido, sendo um exemplo para
outros de integridade e coragem, e tendo o privilégio de estender o tipo
de amor de Jesus para aqueles que o zombam, acusam e difamam – como
Jesus fez para aqueles que O machucaram.
153
que administra sua próxima tentação de beber. Alcoólicos podem
aprender a viver bem com sua condição ao abster-se de beber, ou eles
irão somente encontrar paz uma vez que eles passarem por uma
conversão que permita que eles bebam álcool como a maioria das pessoas
faz? O alcoólatra deve alcançar um momento na vida onde ele não seja
mais capaz de ser tentado pelo álcool, para que ele possa ser “totalmente
curado”? Poucos terapeutas, pastores ou membros de família aplicariam
tais normas para um alcoólatra, porém muitos ainda aplicam essas
expectativas rigorosas sobre homens que possuem capacidades
homoeróticas.
154
O quarto e último estágio é quando ele continua em sua luxúria e
engaja em contato físico com outro homem (masturbação, sexo oral ou
anal). O firewall para o indivíduo – portanto seu campo de luta para
“sucesso ou derrota” – é para que o homem rapidamente refoque suas
atenções quando experimenta uma tentação (um estado de não pecado)
para que não progrida em luxúria (um estado de pecado). O programa
ensina para os clientes uma simples e prática regra: sempre que o cliente
primeiramente percebe uma sensação homoerótica, ele deve refocar seus
olhos (ou pensamentos, ou corpo) dentro dos primeiros três segundos.
155
perceber a falta (como habilidade com esportes ou habilidade mecânica,
agressividade).
156
O Exodus International (www.exodus.to) é uma organização cristã que
provê suporte para aqueles que lutam com atrações pelo mesmo sexo, e
eles oferecem grupos de suporte em vários locais pelo mundo. Clientes
são tipicamente encorajados a participar de um ministério local de Exodus
para investigar se aquele grupo de suporte é útil para ajudar seus
objetivos do coaching.
157
então o casal é encorajado a mutuamente aproveitar de intimidade física
de maneira que não demande relações sexuais.
158
Bem cedo no relacionamento do coaching (na primeira ou segunda
sessão) o cliente é instruído sobre a importância de refocar suas
atenções quando ele experimentar atrações homoeróticas. O
treinador refere a essa disciplina como a “regra dos três segundos
de refoque”.
O cliente é provido com um checklist pelo treinador, e é então
solicitado que responda todas as questões do checklist e as devolva
para o treinador em um dia específico de cada semana. O propósito
do checklist é reafirmar o cliente sobre a importância de perseverar
em tentar realizar cada uma das disciplinas terapêuticas e ser
responsável por suas tentativas. Os itens do checklist tipicamente
incluem passos dados para se relacionar melhor consigo mesmo,
com Deus, com outros homens, e outras mulheres (ou sua esposa,
se casado).
Durante a maioria das sessões o treinador enfatiza os seguintes
pontos:
- Como um cristão, você é profundamente amado por Deus,
independente de suas capacidades eróticas. Deus quer interagir
com você, e pode ser imensamente agradável interagir com Ele;
- Nos olhos de Deus, você é igual em valor para todos os homens.
Quando tentado a acreditar no contrário, deve-se combater o falso
diálogo;
- Você não é responsável pelo gênesis de suas atrações pelo mesmo
sexo; você não quer essas atrações e não é culpado pela existência
delas. No entanto, você é responsável pelo que você faz com suas
atrações – e você deve tomar responsabilidade por essas escolhas;
- Não há nunca uma razão para se sentir envergonhado pela
existência de suas atrações pelo mesmo sexo. De fato, o mais que
você sente envergonhado de quem você é, o mais provável é que
você continue agindo sobre suas tentações homoeróticas – e menos
provável será para você experimentar paz sexual. Em contraste,
experimentar culpa sempre que você engajar em luxúria ou contato
homoerótico é um sentimento saudável – uma certeza do Espírito
Santo;
- Dor emocional, inabilidade de “conseguir certo”, e outras formas
de frustração pessoal é uma parte de ser um humano em um
mundo caído. Deus irá um dia remir totalmente toda fragilidade, e
até lá nós sabemos que somos perdoados, entendidos e fortificados
por Deus;
159
- Como um cristão, sua intenção é atualmente se tornar como Jesus
em caráter – e o Espírito Santo ajuda a mostrar a você a natureza e
escolhas de Jesus para que você possa viver como Ele. A
santificação fortifica sua habilidade inata de pensar e sentir o que
Jesus sentiria, para a ordem de situações que você encontra. E você
é lembrado da maneira de Jesus perdoar todos seus abusadores,
sejam eles do seu passado ou presente, ou se eles são pagãos ou
cristãos.
O treinador dá assistência ao cliente em determinar seu objetivo
heteroerótico.
O cliente é desencorajado pelo treinador de se identificar como
sendo “gay”, “ex-gay”, ou qualquer outro nome. Ao contrário, o
cliente é encorajado a identificar a si mesmo como sendo “em
Cristo” – irmão mais novo de Jesus, selecionado por Deus o Pai para
representar Jesus em prover ações de amor para um mundo
machucado. Adicionalmente, o cliente é desencorajado de si
mesmo sobre a construção abstrata da “orientação sexual”, e ao
invés disso de assumir uma despreocupação verdadeira de que ele
é alguém que é capaz de experimentar sensações homoeróticas (e
heteroeróticas, se aplicável) – e que ele mantém total controle
sobre tais impulsos.
O cliente é encorajado a imaginar um tipo de futuro que ele possa
se envolver: estar totalmente em controle sobre sua resposta a
impulsos sexuais; não sentir vergonha sobre a existência de suas
atrações pelo mesmo sexo; não ter baixa estima masculina em
relação a outros homens; relacionamentos seguros, legais e
recompensadores em relação a outros homens que não tem
atrações pelo mesmo sexo; confiança e paz no que ele precisa para
continuar mantendo (ou obtendo) seu objetivo heteroerótico; e
intimidade, comunhão agradável com os três membros da
Trindade.
Casos Exemplos
160
Oliver
Cody
161
masturbei depois, o que eu suspeitei que não fosse a mais sábia
coisa a se fazer, mas senti que foi normal de certa forma.
Alec
Louis
Hank
162
a assistência da angústia que ele sentiu sobre esses desejos enquanto
casado. Ele eventualmente teve um contato adultero com outro homem,
para quem ele desenvolveu um envolvimento emocional. Através do
coaching ele decidiu ficar casado, e terminou a amizade com esse amigo.
Ele e sua esposa trabalharam através das questões difíceis de
permanecerem casados e agora celebram seu compromisso de profundo
amor por cada um.
Conclusão
163
Nota do autor: Os conceitos teológicos foram tomados das
seguintes Escrituras:
João 14:15; João 13:34; Lucas 23:34; Matheus 5:28; Matheus 23:13-36; Lucas 11:39-52; João
14:27; Galátas 5:22; João 1:16; Atos dos Apóstolos 15:11; João 15:12,13; Romanos 3:23;
Genesis 1:1; João 14:26; 2 Timóteo 3:16; 1 Crônicas 16:34; João 10:25-30; Levítico 19:18;
Deuteronômio 6:5; Matheus 22:37-40; Marcos 12:28-34; João 6:44; 2Tessalonicenses 2:13,14;
1 Pedro 1:2; Matheus 19:28,29; João 17:24; Romanos 8:15,16; Galátas 4:5-7; João 17:20,21;
João 3:16; João 6:35; Romanos 5:1; Galátas 2:16; Lucas 9:23,24; Efésios 1:13,14; Efésios 3:16;
Romanos 8:6; Galátas 5:22,23; João 14:26; 1 Coríntios 2:11b-14; Romanos 12:2; 1 Coríntios
2:16; Efésios 4:23; Lucas 19:10; Matheus 25:46; João 14:6; Matheus 26:39; Romanos 8:14;
Romanos 15:13; João 15:12; Matheus 10:37-39; Matheus 16:24; Matheus 5:11,12; João 16:13-
15; Romanos 5:12; Romanos 7:18; Romanos 7:5; Romanos 7:24; Romanos 1:29-31; Galátas
15:19-21; Romanos 8:19-22; Efésios 6:12; 2 Coríntios 4:7; 1 Coríntios 15:35;38;44; Matheus
17:2,3; Marcos 9:2b,3; Lucas 9:29-31a; João 17:17-19; 1 Coríntios 1:2,30; 6:11; 1
Tessalonicenses 4:3,4; 2 Timóteo 2:21; Hebreus 10:10; Romanos 6:19; 1 Tessalonicenses 4:4;
Matheus 9:36; 14:14; 15:32; 20:34; Marcos 1:41; 6:34; 8:2; Lucas 7:13; Tiago 1:5; 3:17; Efésios
1:7; Colossenses 1:14; Marcos 1:15; Lucas 15:7; Matheus 18:4; James 4:6,10; Matheus 6:33;
Romanos 8:5,6; 1 Coríntios 2:10-14; Romanos 8:7,8; Romanos 15:16; 1 Pedro 1:2; Lucas 11:13;
Filipenses 4:19; Genesis 1:28; 2:25; 9:7; Canto dos Cânticos 7:1-9; Genesis 2:24; Hebreus 2:18;
4:15; Matheus 5:28; Tiago 1:13-15; 1 Coríntios 6:18; Hebreus 4:15a; Hebreus 4:15b; Hebreus
2:18; 1 Corinthians 10:13; João 10:10; Efésios 5:3; Romanos 8:13; Matheus 9:6; Efésios 1:7; 1
Coríntios 6:18; Efésios 5:3; Colossenses 3:5; 1 Tessalonicenses 4:3; Galátas 5:16; Romanos 5:3;
Tiago 1:2-4; Romanos 6:15; Lucas 6:40; Matheus 10:38; 16:24; Lucas 9:23; 14:27; Matheus
10:42; 1 Coríntios 10:13; Hebreus 4:15; Romanos 1:24-27; Tiago 1:14,15; Romanos
8:5,6,8,9,13,16,17; Galátas 5:16,17; Efésios 4:30; Romanos 7:23,24; Romanos 7:15-20; 23,24;
Levítico 18:22; 20:13; Romanos 1:27; 1 Corinthians 6:9,10; Isaías 56:4,5; Matheus 19:12;
Matheus 5:28; Exôdo 20:14; Deuteronômio 5:18; Matheus 5:27; Lucas 18:20; 1 Coríntios
6:9,13,18; 7:2; 2 Coríntios 12:21; Galátas 5:19; Efésios 5:3; 1 Tessalonicenses 4:3; Romanos 8:
17, 18; Romanos 1:26a, 27; João 15:4; Matheus 5:28; 1 Coríntios 7:7, 8; Matheus 19:10-12; 1
Coríntios 7:28a; Malaquias 2:16; Lucas 16:18; 1 Coríntios 7:10.
Referências
Carnes, P. (1991). Não chame isso de amor: Recuperação do vício sexual. New
York, NY: Bantam Books.
164
Laumann, E., Gagnon, J., Michael, RT, e Michael, S. (1994). A organização social
da sexualidade: Práticas sexuais nos Estados Unidos. Chicago, IL: O University of
Chicago Press.
Spitzer, R. (2003). Podem alguns gays e lésbicas mudar sua orientação sexual?
200 participantes que relataram mudança de orientação homossexual para
heterossexual. Arquivos do Comportamento Sexual, 32(5), outubro de 2003, 403-417.
Weiss, D. (2002). Sexo, homens e Deus. Lake Mary, FL: Siloam Press.
Wolkomir, M. (2006). Não vos enganeis. New Brunswick, NJ: Rutgers University
Press.
Yarhouse, M., & Burkett, L. (2003). A identidade sexual: um guia para viver no
tempo entre os tempos. Lanham, MD: University Press of America.
Yarhouse, M., & Tan, E. (2004). Síntese da identidade sexual. Oxford, UK:
University Press of America.
165
Capítulo Sete
Terapia de Crianças e
Adolescentes como Prevenção
de Atrações Homossexuais na
Maioridade
George A. Rekers e Kimberly Barnett Oram
166
prévia para desvios de desenvolvimento que, caso se ausente de terapia,
irá levar provavelmente a uma condição adulta disfuncional. Essa
perspectiva geral de desenvolvimento na etimologia das disfunções
adultas tem seu paralelo, em muitos casos, em desviar padrões de
desenvolvimento infantil que possa eventualmente se tornar a atração e o
comportamento homossexual indesejado na vida adulta.
167
Em um estudo de longo termo de acompanhamento (em séries de
periódicos acompanhamentos) de cinquenta e cinco jovens garotos
efeminados na adolescência sem tratamento, Zuger (1984) encontrou que
63,6% desenvolveram uma orientação homossexual enquanto 5,5%
desenvolveu uma orientação heterossexual; o resultado para 18% foi
incerto, e 9% se perderam do acompanhamento. Em uma prévia de vinte
anos de acompanhamento prospectivo desses mesmos jovens garotos da
infância, Zuger (1978) reportou que 63% possuíam uma orientação
homossexual, 12% possuíam uma orientação heterossexual, 6% se
tornaram transexuais (desordem de identidade de gênero da vida adulta),
e 6% se tornaram travestis. Entendendo a urgência de prover terapias
para garotos efeminados enquanto ainda eram crianças, Zuger (1978)
também descobriu que 25% dos jovens garotos tentaram suicídio e 6%
atualmente cometeram suicídio. Esse resultado trágico ressalta a urgência
de fornecer terapia para garotos efeminados enquanto eles ainda são
crianças, com a esperança razoável de que as psicodinâmicas que levaram
ao suicídio sejam prevenidas. Como um resultado dessa pesquisa
prospectiva no resultado da feminilidade nos garotos que não recebem
intervenção psicoterapêutica pelo seu comportamento de gênero
cruzado, Zuger (1988) ofereceu essa interpretação teórica “É concluído
que o comportamento efeminado precoce não é meramente um
precursor da homossexualidade no que prevê a homossexualidade, mas é
de fato o estágio mais precoce da homossexualidade em si” (p. 509).
168
Similarmente, em um estudo da homossexualidade não desejada
em 882 adultos que estavam tanto buscando mudança da orientação
homossexual para heterossexual quanto adultos que já tinham
experimentado um grau de tal mudança através de terapia, Nicolosi, Byrd
e Potts (2000) viram que 520 (59%) deles relataram que engajaram em
relações homossexuais na idade média de 10.9 anos, enquanto a pessoa
que iniciou o contato homossexual tinha a idade de 17.2 anos. Mais
discussões da etimologia de tendências homossexuais em crianças e
adolescentes estão disponíveis em outros lugares (Nicolosi, 2009; Nicolosi
& Nicolosi, 2002; Rekers, 1995c, 1999, 2001).
169
grande risco de vida pelo HIV e AIDS (Rekers, 1989), mas também
associados à alta probabilidade de desordens psiquiátricas, a abusos de
substâncias e tentativas de suicídio, comparado aos heterossexuais
(Sandfort, de Graaf, Bijl, & Schnabel, 2001; Sandfort et. Al., 2003; Sandfort
et al., 2006; Phelan, Whitehead, & Sutton, 2009; veja também estudos de
numerosas populações representativas sumarizadas na revisão por
Rekers, 2006).
170
Tentativas de suicídio tiveram 2.45 vezes mais probabilidade
entre garotos adolescentes com orientação pelo mesmo sexo do
que entre garotos heterossexuais;
Tentativas de suicídio tiveram 2.48 vezes mais probabilidade
entre garotas adolescentes com orientação pelo mesmo sexo do
que entre garotas heterossexuais;
171
grande e representativo estudo por Sandfort e colegas (2001) resultou
que, a maioria dos homens (56,1%) e mulheres homossexuais (67,4%)
sofre durante a vida com a prevalência de uma ou mais desordens
psiquiátricas, enquanto a maioria de homens (58,6%) e mulheres
heterossexuais (60,9%) não possui nenhuma prevalência de desordens
psiquiátricas durante a vida.
172
2.05 mais chances de risco de depressão (p. 77);
1.82 mais chances de risco de tentativas de suicídio (p. 74).
173
homossexualmente (veja o raciocínio extensivamente detalhado para
intervenções clínicas apresentado por Goldberg, 2008; Lundy & Rekers,
1995a; Nicolosi e Nicolosi, 2002; Rekers, 1977; Rekers, 1995b; Rekers &
Mead, 1980; Rekers, Rosen, Lovaas, & Bentler 1978; Rosen, Rekers, &
Bentler, 1978; Phelan et al., 2009). Precursores da infância e adolescência
para atrações homossexuais na vida adulta devem ser psicologicamente
tratado por essas grandes razões: (a) Intervenção clínica é necessária para
detectar e tratar o atual mau ajuste psicológico que é associado com os
precursores para atrações homossexuais adultas. (b) Intervenção clínica é
necessária para detectar e tratar maus ajustes sociais menores entre
família e colegas que são associados com os precursores para tendências
homossexuais na vida adulta. (c) Intervenção clínica é necessária para
prever desforia de gênero adulta e/ou comportamento homossexual,
porque essas condições adultas são substancialmente associadas com
maiores riscos de saúde ameaçadores à vida, riscos associados a suicídio,
riscos associados a desordens psiquiatras debilitantes e riscos associados à
automutilação por abuso de substância. Assim, a intervenção clínica para
detectar e tratar os precursores das atrações homossexuais na vida adulta
e o comportamento homossexual é ético, clínico e legalmente apropriado
em resposta às solicitações dos pais.
174
guardião/guardiões. Avaliar para descobrir desordens psiquiatras
simultâneas, depressão particular, abuso de substâncias,
idealização e planos de suicídio, e seu ajuste geral acadêmico,
familiar, e pessoal. Avaliar onde o teste psicológico clínico é
necessário para clarificação do diagnóstico diferencial;
175
sexualmente abusada por agressores (também geralmente
homens) não tem o risco de desaperceber o abuso como
provável “prova” de que elas são “homossexuais”. No entanto,
as situações da vida, incluindo o abuso sexual, criam atitudes
ambivalentes em relação à feminilidade ao converter a
mensagem de que ser mulher não é seguro ou desejável, são vias
conhecidas por criar atrações homossexuais nas mulheres
(Nicolosi & Nicolosi, 2002, pp. 150-151, 159). Shrier e Johnson
(1988) descobriram que a metade das vítimas de abuso sexual se
identificava como “homossexuais” e que explicaram sua
“homossexualidade” com referência à sua experiência de
vitimização sexual. Assim, muitos garotos e adolescentes
percebem erroneamente o contato sexual com o mesmo sexo
que é iniciado por um colega ou um agressor de abuso sexual
como uma “prova” de que o iniciador de alguma forma
reconheceu que eles (o receptor do contato sexual)
supostamente são “diferentes” dos heterossexuais. Eles muitas
vezes concluem que o abuso sexual que está interno indica sua
“homossexualidade”, até mesmo se nunca previamente ocorreu
à criança/adolescente receptor a possibilidade de serem
“homossexuais” (veja também Finkelhor, 1984);
176
6. Se a criança ou adolescente tem um padrão de busca ou
iniciação do contato sexual com o mesmo sexo, avaliar a
motivação da criança ou adolescente para que mude o padrão
de contato sexual com o mesmo sexo. Se a criança ou
adolescente é indiferente ou inicialmente relutante a mudar o
padrão de contato sexual com mesmo sexo, o objetivo clínico
deve ser de prover uma educação sexual baseada
cientificamente em relação aos substanciais riscos de saúde e
psicológicos associados com o contato sexual contínuo com o
mesmo sexo. Avaliar atitudes internas e a extensão do conflito
(se alguma) entre comportamento sexual, orientação sexual e
desenvolvimento de identidade de gênero. Devido a sua
imaturidade no desenvolvimento, os conceitos de ego sintônico
e ego distônico descritos para um comportamento e orientação
homossexual são tipicamente não aplicáveis a adolescentes
(Lundy & Rekers, 1995c.). Avaliar o stress relatado sobre o
comportamento sexual particular. Avaliar o grau de consciência
da orientação heterossexual;
177
contraprodutivo para um eventual ajuste heterossexual no
adulto;
178
comparados a comportamentos e gestos masculinos que é
significativo de diagnóstico em não conformidade de gênero
(Bentler, Rekers & Rosen, 1979; Rosen, Rekers, & Brigham,
1982);
179
No entanto, as três sessões iniciais para pré-escola e crianças antes do
elementar que apresentam distúrbios potenciais de gênero são bastante
previsível como segue:
180
criança ou adolescente pode requerer tanto uma avaliação de
comportamento de gênero e identidade de gênero ou uma avaliação do
comportamento e orientação sexual pelo mesmo sexo, ou ambos. Então
dependendo do resultado da avaliação, a uma criança ou adolescente
pode ser oferecida o tratamento para problemas de gênero, problemas de
orientação sexual, ou problemas de comportamento sexual, ou alguma
combinação desses três. A avaliação diagnóstica e técnicas terapeutas
brevemente descritas aqui são apresentadas em muito mais detalhes em
Rekers (1995c), o qual cita mais dezenas de artigos de revistas que provê
ainda mais uma extensiva avaliação e tratamento clínico para esses
problemas de crianças e adolescentes.
181
7. Quais são as idades de cada uma das mulheres que seu filho se
relaciona?
182
relatório específico de um pai que foi validado com crianças normais de
várias idades, o que é útil para diagnosticar o desvio de comportamento
de gênero. O Games Inventory (Bates & Bentler, 1973) tem um índex
composto para comportamento feminino o qual Rekers e Morey (1990)
descobriu ser significantemente correlacionado com o grau de severidade
de um distúrbio de gênero. O Gender Behavior Inventory (Bates, Bentler &
Thompson, 1973) tem uma subescala de comportamento feminino no
qual Rekers e Morey (1989b) descobriram que garotos com distúrbios de
gênero pontuam significantemente mais da média do que um grupo
padronizado de garotos normais. O Gender Identity Questionnaire
desenvolvido por Elizabeth e Green (1984) tem demonstrado ter
propriedades psicométricas razoáveis (Zucker & Torkos, 1987).
183
Observação Clínica de Gestos Sexuais e Maneirismos. Embora
crianças e adolescentes com um gênero não conforme e/ou uma
identidade do gênero oposto possam aprender a ocultar seu
comportamento manifesto do gênero oposto (Rekers, 1975) e suprimir
afirmações expressando uma identidade de gênero oposto na presença de
um terapeuta e de outros em seu ambiente, seus gestos sexuais com a
mão e braço e maneirismos do corpo são difíceis de suprimirem à vontade
(Rekers, Willis, Yates, Rosen & Low, 1977). Ainda, as observações de
comportamento sistemáticas de gestos e maneirismos podem ser
especialmente úteis para diagnosticar um desvio de desenvolvimento de
gênero. Rekers, Lovaas, e Low (1974) observaram e definiram
clinicamente gestos femininos expressivos. Subsequentemente, estudos
desses mesmos gestos em garotos e garotas normais de idade de 4 à 18
anos foram conduzidos para prover uma comparação normativa (Rekers,
Amaro-Plotkin, & Low, 1977); Rekers e Rudy, 1978; Rekers, Sanders, &
Strauss, 1981). Então em um estudo de garotos com distúrbios de gênero
de 7 à 17 anos, Rekers e Morey (1989c) descobriram que esses garotos
tem altas frequências de três gestos: “pulso mole”, “fecho de mão”
(tocando as mãos juntas na frente do corpo), e “hiper extensão” (o
extremo oposto de “pulso mole” no qual a*s+ mão*s+ se movem na direção
da superfície posterior do antebraço). Para uma qualificação precisa sobre
esses três gestos comparados a taxas básicas em garotos e garotas
normais em sua idade respectiva de criança ou adolescente, esses artigos
acadêmicos contêm procedimentos e dados normativos. Se esses três
gestos aparecem em uma grande frequência, o terapeuta que está o
acompanhando tem uma grande indicação de que o distúrbio de gênero
está presente.
184
primeiro, o Brown IT Scale for Children (Rosen et al., 1990), e o
Schneidman Make-a-Picture-Story Test (Rosen et al., 1990). Para
adolescentes, o Feminine Gender Identity Scale for Males (Freund,
Langevin, Sateerberg, & Steiner, 1977) ajuda no diagnóstico de diferenciar
as condições de desordem de identidade de gênero, travestismo, e
homossexualidade. Outros testes psicológicos clínicos gerais devem ser
usados para excluir outras desordens psicológicas, no que tais pesquisas
indicam que um distúrbio de gênero coexiste com outras formas de
psicopatologia (Rekers & Morey, 1989a).
185
Exame Médico. Da maioria das crianças diagnosticadas com
distúrbio de comportamento de gênero ou desordem de identidade de
gênero não foi encontrado nenhuma anormalidade física em seu histórico
pré natal, histórico médico, exame físico dos genitais externos, análise do
cromossomo e estudos da cromatina sexual (Rekers, Crandall, Rosen &
Bentler, 1979). No entanto, para excluir hermafroditismo, anormalidade
hormonais, ou outra condição médica contributiva, é boa prática obter
uma cópia de um exame médico da criança ou do adolescente.
186
as experiências clínicas indicam que uma minuciosa avaliação psicológica
clínica deve ser provida para que inclua o uso do Millon Adolescent
Personality Inventory, o Minnesota Multiphasic Personality Inventory-
AdolescentTM, o Thematic Apperception Test, e Projective Sentence
Completion Test. Esses testes não somente avaliam as psicopatologias –
incluindo a importância de avaliar a depressão e impulsividade em
adolescentes com tendências homossexuais – mas também provêm um
guia para intervenção psicoterapêutica efetiva.
Estratégias Gerais de Gerência. Prior aos anos 70, não havia terapia
para reverter a identidade de gênero oposto em crianças ou adolescentes,
mas uma série de estudos experimentais demonstraram que a terapia
comportamental específica e técnicas de terapia em família podem
efetivamente normalizar uma desordem de identidade de gênero e/ou
padrão de não conformidade de gênero (Rekers, 1972; 1979; Rekers &
Lovaas, 1974; Rekers et. al., 1974) e a desordem de identidade de uma
garota (Rekers & Mead, 1979). Como resultado de uma pesquisa
programática extensiva e décadas de experiência clínica em tratar a
desordem de identidade de gênero, várias estratégias gerais de gestão
têm sido bem efetivas (Rekers, 1995a):
187
próximo de um pai ou filho ou de outro relacionamento substitutivo
de relacionamento masculino adulto (Mead & Rekers, 1979;
Nicolosi & Nicolosi, 2002; Rekers, 1986; Rekers, Mead, Rosen &
Brigham, 1983; Rekers & Swihart, 1989). Ainda, para garotas, uma
saudável relação com a mãe, no qual a mãe compartilha de seu eu
emocional e vulnerabilidades e constrói um relacionamento mútuo
com sua filha, provê a mais importante fundação para uma
identidade de gênero saudável e heterossexualidade (Nicolosi &
Nicolosi, 2002, capítulo 7). Nicolosi & Nicolosi (2002) recomendou
que pais dessem conforto emocional aos seus filhos, entrem em
brincadeiras fisicamente agressivas com seus filhos, tomem banho
com seus filhos mais novos, e envolvam seus garotos em correr por
aí e façam outros passeios juntos (p. 89). Ele cita Dr. Charles
Socarides como tendo dito “... qualquer coisa que os pais possam
fazer para que seus filhos se sintam orgulhosos de sua identidade –
como jovens homens, e jovens mulheres – irá ajudar no processo
*tratamento+” (p. 154).
2. Mães que são altamente envolvidas com seus filhos devem ser
encorajadas a “se afastar” porque Nicolosi e Nicolosi (2002, p. 71-
72) relata que pesquisadores encontraram um padrão de família em
trio nos backgrounds de homens homossexuais no qual há um pai
fora de sincronia e uma mãe muito envolvida, e um garoto
temperamentalmente sensível, emocionalmente sintonizado que
busca completar a falta do pai nas necessidades emocionais da mãe.
Ainda, eles afirmam que pais devem prover amor e consideração
positiva por suas filhas, mas não promover a identificação de suas
filhas com eles mesmos, pelo contrário, refletir sua diferença de
gênero com respeito e apreciação.
188
1995a), e quando ocorrer [a] ativamente e gentilmente
desencorajar as distorções do gênero oposto, consistentemente,
sem rejeitar a criança (cf., Nicolosi & Nicolosi, 2002, pp. 72, 190), [b]
redirecionar a criança para um comportamento mais apropriado em
relação ao seu gênero como uma atividade substituta (Rekers,
1995a), e [c] ser aberto com a criança de que você (o pai) está
gradualmente trocando sua coleção de brinquedos de gênero
inconsistente para uma coleção de brinquedos de gênero
apropriado (Nicolosi & Nicolosi, 2002).
189
(como um tio, avô ou amigo da família) ou por um “Big Brother”. De
acordo com Nicolosi & Nicolosi (2002), “Uma imagem do corpo
pobre é muito comum entre homossexuais... De fato, o garoto que
não romantiza a força de outros homens, mas se esforça em
desenvolver isso nele mesmo irá ser menos provável de desenvolver
homossexualidade” (p. 131-132).
11. Pais devem ser aconselhados para aceitar e amar seu filho
incondicionalmente, enquanto dão suporte e encorajam seu filho a
considerar a possibilidade de mudança (Nicolosi & Nicolosi, 2002).
190
consistente com a anatomia da criança sem causar rigidez ou qualquer
outro estereótipo masculino ou feminino nocivo (Rosen, Rekers &
Brigham, 1982).
191
técnicas terapêuticas mais efetivas para abuso sexual (e.g. Cuffe & Frick-
helms, 1995; Ellsworth, 2007; Faller, 1995; Gartner, 2005) e integrar essas
técnicas com as recomendações específicas para tratar comportamento
sexual de alto risco pelo mesmo sexo.
192
mais rápida de alto risco de comportamento homossexual e deve então
ser empregada cedo no tratamento. E ainda a abstinência de
comportamento homossexual pede atenção psicoterapêutica mais longa
por dinâmicas motivacionais e emocionais mais profundas que extraiam o
impulso de sexualmente agir com um parceiro do mesmo sexo
(Baumeister & Vohs, K. D., 2004; Nicolosi 2009; Wiederman, 2004). Por
exemplo, o comportamento pode ser motivado por tentar completar um
déficit emocional no qual o adolescente está buscando atenção, afeição e
aprovação masculina (Nicolosi & Nicolosi, 2002). E, a interação entre
inadequação de gênero e o desenvolvimento de uma defesa contra a
identificação com um papel masculino pode ter contribuído ou causado
esse déficit emocional.
193
Descartar qualquer pornografia fixada e evitar a pornografia homossexual
na internet são objetivos que precisam ser terapeuticamente tratados
para reduzir os anseios de comportamento homossexual. O adolescente
precisa aprender que ver pornografia homossexual ou visualizar fantasias
homossexuais durante a masturbação irá somente fortalecer os impulsos
para se engajar em comportamento homossexual. O adolescente pode ser
solicitado para que use as sessões de terapia como o lugar para relatar
impulsos homossexuais, relatar progresso ou regresso em quebrar o ciclo
de masturbação por imagens homossexuais, e assim se beneficiar do
elemento de responsabilidade oferecido nas sessões de terapia.
Exemplo de Casos
194
mais velhos originalmente seduziram-no para atividade sexual quando ele
era mais novo “Sinto que tomaram vantagem disso, mas não é culpa deles
que eu continuo fazendo isso com outros garotos depois que eu descobri
que era errado. É como com o Ted agora. Eu não me importaria de ir para
a cama com ele, mas ao mesmo tempo eu não gostaria de fazê-lo. Ted não
parece incomodado sobre o que sinto por ele, mas talvez porque ele seja
afetuoso com todo mundo”.
195
mês de terapia para frente. No vigésimo mês, ele começou a sair com
garotas, curtir elas como sendo “namoradas” de uma maneira hetero-
social ao invés de “amigas”, e isso deu a ele mais confiança em um novo
conceito de si emergente como um “garoto normal”.
Não foi até o quinto mês de terapia que João timidamente revelou
que ele estava usando regularmente pornografia homossexual junto com
sua razão que ele expressou da forma “Pelo menos pornografia não é tão
ruim quanto sair com um cara, é?” Seu terapeuta discutiu que os efeitos
condicionadores contraprodutivos de ligar uma imagem pornô
homossexual com masturbação ao orgasmo que tem um efeito
cumulativo de gradualmente fortificar a associação de excitação sexual em
seu sistema nervoso com pensamentos sexuais sobre homens. Enquanto
João expressou o desejo de uma “cura instantânea” aos seus interesses
sexuais, sua taxa de mudança foi gradual. Seu terapeuta o direcionou para
trocar seu já existente, porém fraco, pensamento heterossexual quando
ele se masturbasse, e depois de meses João se tornou cada vez mais bem
sucedido em abster-se de fantasias homossexuais e experimentou uma
unidade heterossexual maior.
196
amigos ouviram rumores de que ele era “gay”. Mas na nova cidade, se
tornara “muito mais fácil” ser aceito por colegas e de se aceitar
totalmente como um “cara normal” interessado em namorar garotas. Ele
se sentiu calorosamente aceitado e amado por esses novos amigos na
escola e em seu novo bairro. Ele revelou que por uma vez ou duas ele teve
pensamentos homossexuais passageiros sobre seus encontros sexuais
passados, mas que estava apto a redirecionar esses pensamentos sem se
deter neles ou de se masturbar pensando em uma fantasia homossexual.
Seu terapeuta elogiou João por todo seu contínuo trabalho árduo para
gerir sua vida de pensamentos e ações, e repetiu seu principal conselho
para João estar aberto a ver outro terapeuta em sua nova cidade se
qualquer questão ou problema aparecessem no futuro. A ligação terminou
com João agradecendo seu antigo terapeuta por ajudá-lo a se tornar um
“cara normal”. (Esse caso foi parafraseado de Lundy e Rekers 1995b,
páginas 362-364).
197
indiretos, como quando seu irmão a olhava desaprovando e balançando
sua cabeça.
198
complexidades multifacetadas, Tammy se tornou aberta para explorar que
opções ela tinha como uma maneira de sair de suas emoções
angustiantes. As várias alternativas de sua direção futura, baseada em
suas próprias decisões, foram exploradas em duas sessões. Seu terapeuta
enfatizou sua liberdade de escolher entre suas opções, sua habilidade
racional de medir riscos em curto prazo e em longo prazo e as
recompensas de cada uma dessas opções, e a terapia de suporte
disponível para auxiliá-la.
199
referenciada na terapia na idade de sete anos e onze meses. Seu pai
estava ausente de casa, por conta de divórcio, e ela tinha duas irmãs, de
dois e de seis anos. Ao longo do que sua mãe pode lembrar Becky sempre
usou exclusivamente calças de meninos, frequentes com botas de
cowboy, e ela consistentemente se recusava a vestir vestidos e outros
acessórios de meninas, e não mostrava nenhum interesse em joias
femininas. A única vez que ela usaria artigos cosméticos foi quando ela
repetidamente desenhava um bigode e/ou barba na face para parecer um
homem. Ela continuamente mostrava exageros masculinos nos gestos
com os braços, maneirismos no corpo, e estilo de caminhada. Ela
frequentemente projetava sua voz como baixa para que parecesse um
homem, pegava os papéis masculinos nas brincadeiras e fazia repetidas
afirmações de que ela queria ser um garoto. Ela ocasionalmente se
masturbava em público, esfregando seu corpo em garotas de uma
maneira como se estivesse “transando”. Ela não se relacionava bem com
garotas, e claramente preferia brincar com garotos. Alegadamente, ela
suprimiu vastamente esses padrões atípicos de gênero de comportamento
enquanto estava na escola sem medo de desaprovação de seu professor.
A mãe de Becky explicou a ela que ela estava indo à terapia porque
ela “agia muito como um garoto” e porque ela não queria que ela “fosse
um garoto” quando ela crescesse. Becky pareceu aceitar isso sem criticar e
pareceu gostar das sessões clínicas para brincar com brinquedos. Depois
das medidas de base, a terapia na clínica deixou de ser somente de 16
minutos para ser de 30 à 45 minutos por sessão. Foi dado a ela um
cronometro de pulso para vestir com as instruções, “Você pode brincar
com qualquer brinquedo que gostar, mas somente pode pressionar o
contador quando estiver brincando com brinquedos de garotas”. Cada
brinquedo foi rotulado como “brinquedos de garotas” ou “brinquedos de
garotos” pelo terapeuta. Nas sessões iniciais, Becky estava pronta a
apertar o contador da sala de observação através do “ponto” em sua
orelha. Esses prompts foram gradualmente desaparecendo. Becky se
tornou emocionalmente dependente da terapeuta mulher e parecia
ansiosa para agradá-la. Depois das três primeiras sessões de
automonitoramento, essa intervenção consistiu em um alto nível de
brincadeiras de garotas na ausência de brincadeiras de garotos.
Eventualmente, o contador foi extinto e generalização do tratamento
ocorreu sem ele.
200
Em um design de base múltiplo, a data no comportamento
masculino e feminino foi também coletada na residência. Um processo de
automonitoramento combinado com a ausência de prompts de
comportamento foi também aplicado no ambiente de casa no período de
12 semanas pelo terapeuta que fez visitas na casa. Brincadeiras femininas
exclusivas resultaram na casa.
201
do sexo oposto com acessórios femininos desde a idade de dois anos
quando ele também começou a brincar com itens de cosméticos que eram
de sua mãe e avó. Quando as roupas de meninas não estavam disponíveis,
Craig improvisava usando um rodo ou toalha em sua cabeça para “cabelo
grande” e a camiseta de seu pai como um “vestido”. Ele poderia imitar
notavelmente muitos dos sutis comportamentos femininos de uma
mulher adulta, mostrando altas e exageradas taxas de muitos gestos
femininos, maneirismos, e de andar, tudo junto com uma alta e exagerada
inflação na voz. Tópicos femininos dominaram sua linguagem. Ele evitava
brincadeiras de garotos, regularmente evitava brincar com seu irmão, e
claramente preferia brincar com garotas. Ao brincar com garotas de
“casinha”, ele insistiria invariavelmente em fazer o papel de “mãe” e
rigidamente recusava o papel de “pai”. Ele satisfez o atual critério de
diagnóstico de Distúrbio de Identidade de Gênero na Infância.
202
reaplicação para estabilizar a eficácia das técnicas de tratamento
sumarizadas acima.
Conclusão
203
pesquisa demonstrar em alto e bom som que esses precursores colocam
os menores em um alto risco de desordens de afetividade na adolescência
e na vida adulta, suicídios, abuso de substâncias, e doenças mortais
sexualmente transmissíveis, é eticamente apropriado e clinicamente
imperativo que terapeutas cooperem com pais que buscam terapia para
seus filhos ou adolescentes para prevenir comportamento sexual na vida
adulta. Técnicas de entrevista específicas e métodos de testes psicológicos
clínicos têm sido mostrados como efetivos para diferenciar crianças
problemáticas e condições adolescentes na necessidade de intervenção
dos padrões dentro dos limites normais de desenvolvimento da criança.
Pesquisa e experiência clínica demonstram que ambos os padrões
precursores (comportamento sexual repetido pelo mesmo sexo e
comportamento do sexo oposto) são tratáveis se os pais e os filhos
cooperarem e completarem um curso de terapia usando as técnicas
sumarizadas nesse capítulo. Limitações do comprimento da página
necessitaram de breves visões de avaliações específicas e técnicas de
tratamento, e também o terapeuta que provê serviços para uma criança
ou adolescente com as questões clinicas discutidas acima deve consultar
as referências específicas citadas para uma orientação mais específica em
programar uma avaliação clínica e técnicas de tratamento, que tem sido
demonstrada como efetivas com outros clientes.
204
Recursos para o Terapeuta
Nicolosi, J. (2009) Vergonha e Perda de Conexão: Trabalhos Práticos de Terapia
Reparativa. Downers Grove, IL: IVP Academic. Ver particularmente o capítulo muito
útil sobre as específicas intervenções psicoterapêuticas para adolescentes que têm um
anormal desenvolvimento em relação às atrações homossexuais.
205
Nicolosi, J. (2009) Vergonha e Perda de Conexão: Trabalhos Práticos de Terapia
Reparativa. Downers Grove, IL: IVP Academic. Os pais podem obter insights tanto a
partir do material dirigido às necessidades de adolescentes, e também podem ganhar
esperança dos capítulos em psicoterapia para atrações homossexuais indesejadas na
idade adulta. Embora a maior parte deste livro aborde técnicas psicoterapêuticas que
tem diminuído e eliminado com êxito as atrações homossexuais na idade adulta, existe
um capítulo muito útil em intervenções terapêuticas em adolescentes que têm um
desenvolvimento anormal em direção às atrações homossexuais.
Referências
206
Cuffe, S. P., & Frick-Helms, S. B. (1995). Intervenções de tratamento para o
abuso sexual infantil. Capítulo 11 em G. A. Rekers (Ed.), Manual dos Problemas Sexuais
da Criança e do Adolescente (pp.232-251). New York, NY: Lexington Books da
Macmillan / Simon & Schuster.
DuRant, RH, Krowchuck, DP, & Sinal, SH (1998). Vitimização, o uso da violência
e uso de drogas na escola entre os adolescentes do sexo masculino que engajam em
comportamento sexual com pessoas do mesmo sexo. Journal of Pediatrics, 138, 113-
118.
Freund, K., Langevin, R., Satteerberg, J., e Steiner, B. (1977). Extensão da escala
de identidade de gênero para homens. Archives of Sexual Behavior, 6, 507-514.
Garofalo, R., Wolf, RC, Kessel, S., Palfrey, J., & DuRant, R. H. (1998). A
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amostra de adolescentes na escola. Pediatria, 101, 895-
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Goldberg, A. (2008). Luz no Closet. Beverly Hills, CA: Red Novilha Press.
207
King, M., Semlyen, J., Tai, SS, Killaspy, H., Osborn, D., Popelyuk, D., & Nazareth,
I. (2008). Uma revisão sistemática de transtorno mental, suicídio, e auto dano
deliberado em lésbicas, gays e bissexuais. BMC Psiquiatria, 8 (1), 70-86.
208
Rekers, G. A. (1975). Controle de estímulos sobre brincadeiras sexuais em
meninos identificadas como gênero oposto. Journal of Experimental Child Psychology,
20, 136-148.
209
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