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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

Origem do Ordenamento Territorial e Sistemas de Planeamento Territorial.............................3

Ordenamento Territorial na Perspectiva do Land Use Planning (Visão positivista do


Planeamento do Território).........................................................................................................5

Criticas ao Land use Planning.....................................................................................................6

Origem de Sistemas de Planeamento Territorial........................................................................7

Objectivos gerais.........................................................................................................................7

Objectivos específicos................................................................................................................8

Relação Planeamento Territorial e Recursos Naturais..............................................................10

Recursos hidrográficos, fluviais, lacustres e outros..................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Referencias Bibliográficas........................................................................................................12
Introdução
Dentre os objectivos de estudo de Gestão Ambiental, interessa a presente pesquisa
abortar algumas análises ao campo de estudo da Cadeira de Avaliação Integrada de Recursos
Naturais e Ordenamento Território, que tange aos Sistemas Estruturais do Território.
No desenvolver da pesquisa, ira destacar os temas, tais como: origem do ordenamento
territorial e sistemas do planeamento territorial, objectivos do planeamento territorial e
relação existente entre planeamento territorial e recursos naturais.
A pesquisa tem como objectivo, explicar de maneira clara sobre a origem do
ordenamento territorial e sistemas do planeamento territorial, bem como as criticas
formuladas à alguns autores sobre algumas afirmações feitas durante o processo da origem,
ilustrar objectivos que levaram a origem do ordenamento territorial, sendo objectivos gerais e
específicos, que relação o ordenamento territorial tem com recursos naturais para o
desenvolvimento do território assim como podemos gerir os nossos espaços.

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Origem do Ordenamento Territorial e Sistemas de
Planeamento Territorial
O ordenamento do território é a gestão da interacção homem∕ espaço natural. Consiste
no planeamento das ocupações, no potencial do aproveitamento das infra-estruturas existentes
e no assegurar da preservação de recursos limitados.
Desde as últimas décadas do século XX e início do século XXI, percebe-se, na
academia, aumento do interesse em apreender o papel desempenhado pelo Estado frente às
transformações contemporâneas de carácter económico, político, social e ideológico.
As transformações nos domínios indicados acarretam modificações estruturais nas
formas de organização e acção do Estado, notado principalmente, na instituição da crise do
Estado moderno. Evidencia-se lógica dando vazão à implementação de políticas de
ordenamento associadas aos anseios dos Governos locais (Dantas, 2002), sendo, portanto
concebidas conforme as diferentes parcelas do espaço considerado.
Deste amálgama, reflexões sobre o redireccionamento das acções do Estado
(concepções ideológicas, formação histórico-cultural e valores locais) vêm se consolidando na
busca incessante de compreensão da maneira como ele repensa e ordena o seu território face
ao incremento crescente das variáveis internas nas tomadas de decisões Knielind e
Othengrafen (2009b). Embora seja forte a influência de contextos supranacionais no repensar
o direccionamento do território, a análise de contextos locais e regionais ganha peso na busca
de entendimento do papel desempenhado pelo Estado. As acções e políticas tomadas pelo
Estado em relação a seu território são dotadas, também levando em conta a forca de variáveis
endógenas, a envolver diferentes elementos e actores locais formados por peculiares
constructos culturais.
Contudo, o ordenamento territorial adotado pelo Estado, embora imbuído em
concepções ideológicas genéricas e conceitos discutidos e definidos no âmbito académico e
de Governo, carrega elementos característicos dos locais nos quais suas acções se
especializam, implicando, nestes termos em uma necessária revisão teórica-conceitual, bem
como histórico-analítica, do conceito de ordenamento territorial. Fenómeno a envolver no
decurso do tempo, mudanças paradigmáticas importantes na gestão de constructo favorável ao
tratamento das culturas locais de território, o que geraria culturas de ordenamento territorial.
O conteúdo teórico e prático do ordenamento do territorial evoluiu no tempo. Embora
a temática se desenvolva (pós-décadas de 1970 e 1980) a partir do ressurgimento do conceito
de território como objecto estratégico de análise (Farinós, 2006), o ordenamento territorial
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sempre foi uma prática de Estado. Nesta perspectiva o estudo das mudanças no ordenamento
do território se assemelha ao estudo do Estado e de como suas práticas são modificadas no
tempo.
Afirma Ferrão não se reconhecer anteriormente nas práticas Estatais, a importância de
ʺenraizamentos políticos, institucionais e sociaisʺ (Ferrão, 2011, p.11), relacionados aos
diferentes territórios. Nos mesmos termos não se tinha clareza de como o Estado assimilou as
mudanças paradigmáticas ocorridas no século XX até o presente momento, no qual toma
carácter estratégico e mediador. Desenvolvendo essa vertente de análise, rica bibliografia se
dedica à consideração, a partir das acções do Estado, das mudanças ocorridas no conceito e
nas práticas de ordenamento territorial.
Spatial Planning, em língua inglesa, caracteriza a acepção contemporânea de
ordenamento do território. De visão estratégica e prospectiva, spatial planning traduz as
acções actuais de ordenamento do território de um Estado pós-estruturalista ou pós-moderno,
a partir de sua característica de mediador de conflitos e interesses. Tal acepção expressa que o
ordenamento territorial adotado pelo Estado perdeu actualmente sua característica positivista
e de importante instrumento da elite centralizadora que, segundo a literatura, compreendia a
fase do ordenamento territorial do Estado Moderno, caracterizado como land use planning.
Albrechts (2004), como preferência metodológica, utiliza essa mesma concepção de
spatial planning no termo strategic spatial planning. A partir de uma construção histórica das
diferentes acepções do conceito de ordenamento territorial, bem como de exemplos de
práticas de ordenamento no contexto Europeu, o autor citado empreende discussão sobre o
ordenamento territorial e sua importância no pensar racional do espaço contemporâneo.
Afirma que, na década de 1990, o desenvolvimento aparente, problemas no aumento da
fragmentação territorial, bem como a preocupação com a questão ambiental, gerassem quadro
a apontar necessidade crescente de criação de estratégias a pensar o espaço com
racionalidade. Contudo, para qualquer visão prospectiva de ordenamento, a compreensão de
suas práticas passadas, dadas em outros contextos históricos, tornou-se importante elemento
para se progredir, teórico-empiricamente, o ordenamento territorial.
Nesse contexto, baseado na realidade Europeia, Davoudi e Strange (2009), Albrechts
(2004) e demais autores fazem uma releitura do ordenamento do território, resgatando a
antiga concepção de land use planning para introduzir a discussão.
A expressão do ordenamento do território surge nos anos 20, no Reino Unido e na
Alemanha, derivando da ʻʻnecessidade de limitar o desenvolvimento das cidades dentro do

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seu âmbito territorial (ʻʻhinterlandʼʼ)ʼʼ (oliveira, 2002, p.9). Foi utilizada pela primeira vez
como expressão, em Franca, em 1950, por Claudiusc Petit (Ministro Francês da Reconstrução
e do Urbanismo). Neste Pais, o ordenamento do território surge inicialmente como resposta à
necessidade de reorganização das cidades destruídas pelas guerras, mais tarde como forma de
resolver os problemas gerados pela existência de disparidades regionais, em termos
económicos e sociais.
Na Espanha, Luciano Parejo Alfonso (referido por Frade,1999,p.36), ʻʻconfirma que a
experiencia espanhola esteve sempre ligada ao modelo Francês, ou seja, a uma concepção
tecnocrática do ordenamento do território como planificação regional que traduz
espacialmente tanto a política económica, como a base da política de urbanismo, o que
pressupõem um sistema político administrativo centralizado.
Também Fernanda Oliveira (2002, p.11) afirma que “o ordenamento do território teve
a sua origem na planificação económica tendente à correcção dos referidos desequilíbrios.”
Ambos os autores consideram que as movimentações da economia e suas evoluções foram o
mote da definição do ordenamento do território em conjunto com a crescente urbanização do
espaço. Com base nestes problemas o ordenamento do território foi ganhando sustentação,
fruto não só do desenvolvimento das sociedades mas também, das necessidades. Na Europa, o
ordenamento do território evoluiu em termos cronológicos e espaciais de modos diferentes
nos diversos países.

Ordenamento Territorial na Perspectiva do Land Use


Planning (Visão positivista do Planeamento do Território)
Para (Davoud & Strange, 2009), lidam com o processo de transição das práticas do
ordenamento territorial no tempo. Iniciam análise abordando o paradigma do positivismo e
sua influência nas ciências sociais, mais especificamente na geografia e práticas de
planeamento na perspectiva do land use planning. Nesta altura, o ordenamento territorial
surgiu como importante elemento do planeamento espacial e a justificar as acções do Estado.
Seus porta-vozes (geógrafos, arquitectos e demais profissionais do planeamento territorial),
reforçam seu carácter centralizador, não flexível, focado em técnicas, principalmente as de
mapeamento. Schaefer foi na ciência geográfica, uma referência. Reconhecidamente pertence
à corrente quantitativista, adotou o método hipotético-dedutivo para suas análises espaciais e
fez do levantamento e análise de dados quantitativos, caminho a ser percorrido pela ciência à
época.

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Desde as ultimas décadas do século XIX, o pensamento filosófico do positivismo
norteia análises quantitativas dos problemas sociais londrinos. Estudos realizados por Charles
Booth possibilitaram, ao ordenamento territorial, atingir suas metas com utilização de técnicas
de colecta de dados, classificação dos espaços, planeamento por zoneamento e métodos
survey. Seu apogeu se dá na década de 1960, quando Reino Unido formula seus primeiros
structure plans e sub-regional studies, lançados efectivamente na década seguinte. (Davoudi;
Strange, 2009).
A origem do ordenamento territorial é de carácter instrumentalizada, sendo o espaço
apreendido como um recipiente neutro. Davoudi e Strange, (2009, p.17). Sem ser
influenciador e influenciado pelas acções humanas, o ordenamento territorial no land use
planning, descarta as relações sociais dialécticas de conflitos, culturas locais, bem como lutas
de classes na construção do espaço; fecha-se no determinado físico para o planeamento
territorial e o espaço não estabelece inter-relações com os demais elementos.
Para Albrechts (2004), no início do século XX e pautado na perspectiva do land use
planning, vários países Europeus começaram a pensar formas de organização do espaço
influenciadas, principalmente, pela realidade de acelerado crescimento populacional notado
nas cidades. Contudo, diferenças culturais, institucionais e legais, associadas na junção,
inclusive, de diferentes nações em únicos Estados (fruto da reorganização geopolítica sofrida
pela Europa no inicio e meados do século XX), originaram uma gama de diferentes sistemas
de planeamento no continente.

Criticas ao Land use Planning


Segundo Albrechts (2004,2009ª,2009ᵇ), o ordenamento territorial na perspectiva do
Land Use Planning tinha carácter passivo, localista e pragmático, controlando o uso do solo
unicamente por zoneamento. Sem dúvidas, através das práticas de zoneamento, os governos
locais teriam o controlo da não construção e implementação de equipamentos indesejáveis.
Contudo, segundo o autor, essa prática não seria capaz de garantir que o território evoluísse à
alocação de equipamentos no momento e localidades realmente necessários.
De acordo com Nadin (2007), a crítica direccionada aos planos de ordenamento do
território no land use planning originava-seda necessidade de adaptação a um novo mundo,
cujas mudanças espaciais ocorriam frequentemente, directamente e com rapidez, dado a
justificar uma releitura dos mecanismos burocráticas do Estado.

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Origem de Sistemas de Planeamento Territorial
A institucionalização do novo sistema de planeamento territorial exigindo o reforço da
função de planeamento e o robustecimento das Administrações Publicas, é contemporâneo
(estamos, relembro, no inicio da década 90) de um novo ciclo do neoliberalismo na união
Europeia, reforçado com a criação da União Económica e Monetária (o Euro é criado em
1999 e entra em circulação em 2002), e contemporâneo também de todo um novo quadro
regressivo de desenvolvimento das politicas publicas e intervenção do Estado na economia. A
palavra de ordem defendida passou a ser: todo poder aos mercados! As políticas e as
administrações públicas sofrem uma significativa retracção. E como consequência directa, a
função de planeamento perde espaço, forca e adesão política, técnica, social e cultural. Factor
determinante para esta retracção do planeamento foi, também, não esquecendo a derrota do
socialismo (a outra face da moeda da ascensão do neoliberalismo) e que arrastou consigo, por
esse mundo fora, a degradação do planeamento como forma de intervenção e de gestão
pública de economia.
A evolução da vida (ainda curta) do sistema de planeamento territorial é vítima deste
ciclo histórico e reflecte a contradição entre a necessidade da sua consolidação e o contexto
nacional e europeu fortemente contraria a esta nova função.
Contudo, hoje uma coisa pode dar como certa atendendo ao grau de desenvolvimento
e de maturidade que o sistema de planeamento territorial já atingiu após a publicação da Lei
de Bases e da consequente regulamentação: o problema do ordenamento do território (do
urbanismo e de solos) é cada vez menos um problema de instrumentos de intervenção
(globalmente subutilizados, registe-se) e cada vez mais-decisivamente- um problema de
práticas administrativas, de opções estratégicas e das consequentes opções de políticas
(Municipais, Regionais e Nacionais).

Objectivos do Planeamento Territorial

Objectivos gerais
São objectivos gerais do sistema de planeamento territorial a programação da
utilização racional dos recursos efectivos e potencial do espaço físico, para, através da
respectiva estrutura, viabilizar, a um primeiro nível de enquadramento e orientação da gestão
do espaço territorial, a concretização dos fins do sistema do ordenamento do território,
consagrados no art.4ͦ da lei numero 3∕04, de 25 de Junho, sujeito a critérios de coordenação e
valia socioeconómica e ambiental, a nível regional, e local assegurando, assim, em estreita
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interacção com o planeamento económico, a coordenação das politicas do ordenamento do
território com as politicas económicas, de ambiente e conservação da natureza, de educação e
cultura, de bem-estar social e de qualidade de vida.
Os efeitos previstos neste diploma, os planos visam a salvaguarda de objectivos de
interesse nacional com incidência territorial delimitada, bem como a tutela de princípios
fundamentais consagrados na lei de ordenamento do território e urbanismo e demais
legislação.

Objectivos específicos
 Aproveitar racionalmente a terra como recurso finito, através da correcta
localização das actividades produtivas e não produtivas, assim como a qualificação e
classificação dos solos de acordo com as suas características;
 Alcançar o desenvolvimento territorial equilibrado entre as regiões, os
assentamentos populacionais, no campo e na cidade, e no âmbito urbano de cidades e
povoações;
 Contribuir para o melhoramento da qualidade de vida da população, em
especial o acesso a empregos, os serviços e equipamentos urbanos;
 Preservar o território para o uso social;
 Utilizar os recursos naturais, conservar a natureza assim como proteger e
reabilitar o meio ambiente não só natural como o urbano para atingir o desenvolvimento
sustentável, prevendo os desastres naturais e tecnológicos;
 Proteger e reabilitar o património imobiliário, histórico e cultural, velando pela
qualidade arquitectónica, urbanística e paisagística dos projectos a construir em áreas urbana e
rurais;
 Cumprir e fazer cumprir o estipulado nos documentos normativos próprios da
actividade;
 Propiciar a participação de todos os sectores implicados nas actividades de
planeamento;
 Caracterização, avaliação e gestão de sistemas ambientais nas suas
componentes biofísicas e humanas;
 Analise e concessão de modelos e instrumentos de planeamento e de gestão de
recursos naturais, assim como de espaço carácter de protecção ambiental;

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 Planeamento, gestão e requalificação de recursos hídricos e respectiva bacias
hidrográficas, incluindo zonas sensíveis como as zonas húmidas e costeiras;
 Implementação e certificação de sistemas de gestão ambiental;
 Avaliação da natureza evolutiva dos modelos de desenvolvimento e
intervenção nos processos de ordenamento do território, nos espaços urbanos, rurais e peri-
urbanos, no planeamento sectorial e ambiental;
 Experimentar tecnologias e metodologias de representação geográfica, de
análise espacial e edição no âmbito da formação e aplicação dos Sistemas de Informação
Geográfica (SIG) em projectos de Governação digital e inovação empresarial;
 Implementação de medidas que visem a preservação e o controlo integrado da
poluição, nomeadamente as Melhores Tecnologias Disponíveis;
 Realização de auditorias ambientais, uma vez que o recurso contribui para o
cumprimento de requisitos necessários para a certificação como Auditor Interno de Ambiente
pela APCER- Associação Portuguesa de Certificação;
Analise, desenvolvimento e participação activa em projectos de investigação,
inovação, de transferência de tecnologia e empreendedorismo.
Winters (1994) diz que o planeamento territorial sempre integrou princípios de
sustentabilidade (definição de objectivos e programas de longo prazo, inter-relação entre
dimensões sociais, económicas e ambientais, protecção de recursos escassos e promoção de
estratégias de reconversão e protecção ambiental), mas há que critique esta contribuição do
planeamento.
Redclift (1989) argumenta que o planeamento territorial se limita a procurar melhores
localizações para as actividades admitindo mais crescimento, e que dificilmente é suportado
por consenso social no que diz respeito aos objectivos de qualidade ambiental local.
Segundo Marshall (1992), o papel do planeamento territorial para o desenvolvimento
sustentável assenta em evitar ou reduzir impactos adversos e em exercer um papel proactivo
através de respostas adaptativas à alteração ambiental.
A definição de estratégias, politicas e métodos que assegurem o desenvolvimento
sustentável devera ser determinada pela definição de objectivos das incertezas envolvidas; e
pela articulação dos diversos valores e organizações sociais envolvidos.

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Relação Planeamento Territorial e Recursos Naturais
Os planos territoriais devem identificar e caracterizar o sistema natural e ecológico
existente no respectivo âmbito territorial, descrevendo sumariamente os recursos naturais
estratégicos e os espaços ou áreas naturais protegidas sobre os quais assenta a sustentabilidade
do equilíbrio ecológico e da renovação e reprodução dos recursos em termos que assegurem a
solidariedade entre as gerações actuais e futuras, destacando:
 Tipos de coberto vegetal natural da área abrangida pelo plano em causa,
incluindo os recursos florestais existentes;
 Tipos de solos e da sua aptidão agraria, sem prejuízo do disposto sobre as
reservas agrícolas e florestais nacionais;
 Taxas demográficas de ocupação e uso dos solos;
 As reservas totais, que nos termos da Lei de Terras, e da legislação ambiental
são estabelecidas param fins de protecção da natureza;
 Outros recursos naturais, designadamente do subsolo, conhecidos ou que
revelem para a sustentabilidade e a conservação da natureza;
 Recursos da fauna e áreas reservadas à sua protecção;

Recursos hidrográficos, fluviais, lacustres e outros.


Os planos de âmbito nacional podem limitar-se a consagrar, através de directivas
gerais, uma estratégia de uso, protecção e conservação dos recursos naturais que os planos
provinciais e enter-provinciais, quando os houver, aplicam e adaptam aos recursos típica e
genericamente identificados para os respectivos âmbitos espaciais de aplicação.
Os planos municipais, para além da identificação detalhada dos recursos naturais da
respectiva área municipal, devem definir os parâmetros de ocupação e de uso dos solos rurais
e dos recursos hídricos compatíveis com os imperativos da sustentabilidade e conservação dos
mesmos.
As medidas de usos preferenciais, proibidos e condicionados impondo critérios de
defesa e conservação da natureza compatíveis com os direitos de uso e fruição das
populações, devem constar dos planos de pormenor e especiais em razão dos recursos ou
matéria em causa.

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Conclusão
Após a pesquisa, conclui que, o ordenamento territorial e os sistemas de planeamento
territorial tiveram origem nos anos 20, no Reino Unido e na Alemanha, com a necessidade de
limitar o desenvolvimento das cidades dentro dos territórios, de que os Estados poderiam ter
facilidade de ordenar os seus territórios duma forma fácil e controlada, com isso, o
ordenamento territorial é caracterizado com objectivos tais como:
Gerais que também estes têm finalidade de programação da utilização racional dos
recursos efectivos e potencial do espaço físico, para, através da respectiva estrutura,
viabilizarem, a um primeiro nível de enquadramento e orientação da gestão do espaço
territorial, a concretização dos fins do sistema do ordenamento do território.
Objectivos específicos que também têm a finalidade de explicar sobre o uso dos
recursos naturais, conservar a natureza assim como proteger e reabilitar o meio ambiente não
só natural como o urbano para atingir o desenvolvimento sustentável, prevendo os desastres
naturais e tecnológicos e explicar de como podemos Proteger e reabilitar o património
imobiliário, histórico e cultural, velando pela qualidade arquitectónica, urbanística e
paisagística dos projectos a construir em áreas urbanas e rurais, entre outros.
O ordenamento territorial tem uma relação muito importante com os recursos naturais
porque facilita a descoberta dos tipos de coberto vegetal natural da área abrangida pelo plano
em causa, incluindo os recursos florestais existentes, tipos de solos e da sua aptidão agraria,
sem prejuízo do disposto sobre as reservas agrícolas e florestais nacionais e permite
identificar as taxas demográficas de ocupação e uso dos solos.

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Referencias Bibliográficas
Marshall, T. (1992). A Review of Recent Developments in European Enviromental planning,
in Journal of Environmental Planning and Management, vol35, N2, pp129-144.

Redclift, M. (1989). Sustainable Development, exploring the contradictions, London,


Routledg 221p.

Winter, P. (1994). Planning and sustainability: and examination of the role of the planning
system as an instrument for delivery of sustainable law, October 1994, pp883’900.

Recuperado em www.ipvc.pt-gestao-ambiental-ordenamentoterritorial.- 29∕09∕2020 as


08horas.

Recuperado em www.fau.usp.br-docentes-c_deak. - 30.09.2020 as 16horas.

Pires, C.M.S. Avaliação dos recursos naturais e ordenamento territorial, Beira, Moçambique:
Universidade Católica Editora.

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