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Direito a Educação

A educação é um componente da rede de proteção social, na Declaração Universal dos


Direitos Humanos, da ONU de 1918, consta seu art. 26 – 1. Todo homem tem direito a educação. 2.
A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre tosas as nações e grupos
nacionais ou religiosos e ajudará na paz mundial.
O Pacto Internacional sobre direitos econômicos, sociais e culturais, de 1966, no art. 13
declara – 1. todos os Estados-Partes do Pacto reconhecem o direito de toda pessoa a educação. 2. a -
a educação primária deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a todos. b - a educação
secundária técnica e profissional torna-se generalizada e acessível a todos. c – a educação de nível
superior deverá ser igualmente acessível a todos. e – implementa-se bolsa de estudos e melhor
condições de materiais do corpo docente. 3 – respeitar a liberdade dos pais. 4 – restringir a
liberdade de indivíduos e de entidades de criar e dirigir instituições de ensino.
Na constituição de 1824 (art.179) já se tinha o direito gratuito a todos do ensino fundamental
(instrução primária), mas os colégios e universidades não eram gratuitos. Cabia ao Império cuidar
de todo tipo da educação, em 1834 com ato adicional, descentralizou, sendo o Governo Central
tratava da educação superior e secundário e as províncias tratavam da educação primária e ténico-
profissional. (PINHEIRO ET ALII, 2006, p.289), já na constituição de 1891 durante a primeira
República, a União não podia intervir na educação primária, e os Estados não tinham condições de
arcar com tais despesas. Na constituição de 1934 teve um capítulo dedicado a educação e cultura,
sendo a educação elevada a condição de direito e ministrada pela família e poderes públicos, se deu
início a criação de um sistema nacional de educação. (art. 149 e 150) No art. 156 fica declarado que
a União e Municípios aplicarão 10% e os Estados e DF 20% referente renda de impostos nos
sistemas educativos. Na Constituição de 1937 a educação é função reservada à iniciativa privada,
cabendo o Estado apenas de com o dever de oferecer aos pobres, dá grande ênfase ao ensino
profissional destinado aos pobres, no art. 129 declara que “é dever das indústrias e dos sindicatos
econômicos criar na esfera de suas especialidades, escolar de aprendizes”. Ocorreu um divisor de
águas na constituição de 1946, acabando com a dualidade do sistema educacional vigente e ainda
prevista na de 1937, que dividia a educação humanista das elites e a educação para a ação dos
pobres. E o ápice aconteceu na constituição de 1988, a obrigatoriedade da matrícula, e considerando
a educação o primeiro e mais importante dos direitos sociais e também criado o FUNDEB ( Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério).
A educação como direito de todos de acordo no art. 205 diz “todo brasileiro tem direito a
educação em todos os níveis, desde que satisfeitos os requisitos legais, independente de cor, de
sexo, de condição social, de religião, de orientação política ou sexual, de idade, etc.”
A educação como dever do Estado garante “educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos
17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiverem acesso
na idade própria, ou seja, os adultos que por algum motivo não puderam estudar na juventude. Foi
na emenda 59/2009 que estendeu a obrigatoriedade e gratuidade a toda educação básica (educação
infantil, ensino fundamentos e ensino médio), em 2016no art.208 declara atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência e educação infantil em creche e pré-escola às crianças
de 5 anos, oferta de ensino noturno regular, programas de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde ao educando.
A educação como dever da família de acordo com o art.205 “ os pais têm o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores”, que é reiterada no Estatuto da Criança e do Adolescente. E de
acordo com a Lei n.12.796/2013 é dever dos pais ou responsáveis.
Princípios – trata-se a igualdade de acesso e permanência implica no estabelecimento de
critérios gerais e não discriminatórios; a liberdade de expressão (art. 206/1988 – liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber).
Liberdade de ciência é liberdade de investigação e ensino; investigação científica não deve,
em seu método e em seus resultados, ser vinculada por objetivos transcendente-cientificos ou a
priori ideológicos. (HESSE, 1998)
Na lei 12.796/2013 art. 210 declara o ensino religioso facultativo; a gratuidade do ensino
público se constitui em das formas de concretização da igualdade de oportunidades, frisando com a
igualdade de qualidade do ensino ministrados nas escolas públicas, valorização dos profissionais da
educação escolar, garantindo plano de carreira mediante concurso público.
Também ficou estabelecido em lei (9.394/96) a participação dos profissionais da educação
na elaboração do projeto pedagógico da escola, como a participação das comunidades escolar e
local em conselhos escolares.
É de responsabilidade da União: coletar, analisar e disseminar informações sobre a
educação; assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar; baixar normas gerais
sobre os cursos de graduação e pós-graduação; autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
avaliar os cursos de educação superior.
É de responsabilidade dos Estados: autorizar, reconhecer , credenciar, supervisionar e avaliar
os cursos superiores.
É de responsabilidade do Municípios: autorizar, credenciar e supervisionar os
estabelecimentos do sistema de ensino.
A instituição universidade conquistou sua independência em relação à Igreja e ao Estado
ainda no séc. 13, através de sua autonomia administrativa, financeira e principalmente de ensino e
transmissão de conhecimento.

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