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MARCOS LEGAIS E O DIREITO DA EJA

A educação é um direito fundamental de todos e todas em todas as idades.


Cada pessoa  precisa ter a oportunidade de educação formal, voltada para atender as
necessidades básicas de cidadania aprendizagem. Educação é um direito humano!
A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século
XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma plena
participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do
desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade de
cor/raça, gênero, classe social, idade, localização do desenvolvimento
socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de
um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo, à educação e à cultura de paz
baseada na justiça. (Baseado na Declaração de Hamburgo sobre a EJA)
A Constituição de 1937 instituiu o ensino primário obrigatório e gratuito,
porém, essa gratuidade “não exclui o dever de solidariedade para com os mais
necessitados”.
O Decreto Lei nº 8.529, de 2/1/1946, que institui a Lei Orgânica do Ensino
Primário, reserva o capítulo III do Título II ao curso primário supletivo. “Voltado para
adolescentes e adultos, tinha disciplinas obrigatórias e teria dois anos de duração,
devendo seguir os mesmos princípios do ensino primário fundamental”(MEC, 2000,
p.19).  (disciplinas: linguagem oral e escrita, matemática, geografia, história, vida
social, saúde, trabalho, desenho, trabalhos manuais, educação física e canto.
A Lei nº 4.024/1961 - Primeira LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional:
A Constituição de 1967 reafirma a educação como direito de todos e, pela
primeira vez, estende a obrigatoriedade da escola dos 7 até os 14 anos (art.176, § 3º,
II).
Lei nº 5.379/1967 institui a fundação denominada Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL), de duração indeterminada, com sede na cidade do Rio de
Janeiro, cujo objetivo era erradicar o analfabetismo e propiciar a educação
continuada de adolescentes e adultos.
Nova LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei nº 5.692/1971, [...] o
ensino supletivo ganha um capítulo próprio (IV), composto por cinco artigos, cujos
objetivos eram suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não
a tenham seguido ou concluído na idade própria, bem como proporcionar, mediante
repetida volta à escola, estudos de aperfeiçoamento ou atualização para os que
tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte. A lei também previa que os
cursos supletivos poderiam ser ministrados em classes ou mediante a utilização de
rádios, televisão, correspondência e outros meios de comunicação que permitissem
alcançar o maior número de alunos.
A Constituição de 1988 – No Art. 205 diz: “A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será
ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola;
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96),  no Art. 37. A educação
de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que
não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições
de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a
educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de
2008).

"Reconhece a educação como direito de todos e no Título VI, capítulo II, ao


tratar do ensino primário diz no art. 27: O ensino primário é obrigatório a partir dos 7
anos e só será ministrado na língua nacional. Para os que o iniciarem depois dessa
idade poderão ser formadas classes especiais ou cursos supletivos correspondentes
ao seu nível de desenvolvimento" (MEC, 2000, p.19).

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