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036
PREVENÇÃO DE Emissão: 15/04/2019
INFECÇÃO ASSOCIADA A
Versão: 0
CATETER VASCULAR
CENTRAL EM ADULTOS Revisão: 00/00/00
Página: 1 de 14
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
As infecções primárias de corrente sanguínea (IPCS) estão entre as mais comumente
relacionadas à assistência à saúde. Na maternidade de Referência Professor José
Maria de Magalhães Netto a densidade de incidência de infecção de corrente
sanguínea associada a um cateter vascular central foi de 3,24 por 1000 cateteres dia
no ano de 2018, sendo o único microrganismo isolado a Candida Tropicalis. Segundo
a literatura nacional e internacional a infecção de corrente sanguínea associada a um
Cateter Vascular Central sempre foi a principal infecção relacionada à assistência
A
(IRA).
D
2. OBJETIVOS
LA
Orientar ações de boas práticas de inserção, manutenção e remoção de CVC,
Sorensen e PICC visando a redução de complicações de ordem infecciosa em adultos.
O
3. DEFINIÇÕES E CONCEITOS:
3.3 Sorensen
Definição: É um dispositivo com grande calibre e lúmen duplo ou triplo que permite o
acesso venoso à circulação central para a realização de hemodiálise temporária ou
aguda.
3.4 PICC
Definição: é um dispositivo de acesso vascular inserido perifericamente, tendo a
ponta localizada em nível central, na altura do terço distal da veia cava, podendo
possuir lúmen único ou duplo.
A seguir são elencados os tipos de cateteres vasculares centrais e suas principais
características:
Indicação: CVC:
Programação de terapia intravenosa acima de sete dias;
Cateter Venoso Central
A
D
Complicações: mecânicas na passagem (ex.: pneumotórax) e infecciosas.
Permanência: Não deve ter troca pré-programada.
LA
Indicação: Quando há necessidade de realizar hemodiálise.
Sorensen
O
Permanência: Não deve ter troca pré-programada.
TR
Indicação: adultos com necessidade de terapia intravenosa por períodos
Cateter Central de Inserção
prolongados.
N
Periférica (PICC)
venosa.
Permanência: Não deve ter troca pré-programada.
A
4. RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS
PI
Medidas Recomendadas
Local de punção:
Escolha do Sítio de
A
femoral (maior risco de infecção nesse sítio);
III. PICC: rotineiramente inserido na fossa anticubital (veias basílica,
D
cubital média, cefálica e braquial). Iniciar avaliação de punção nas
LA
extremidades superiores e depois inferiores, de preferência à direita. A
veia jugular externa também pode ser utilizada, porém esse sítio não
é o ideal.
O
B. Higiene das Mãos TR
A higiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar o sítio de inserção do
N
cateter, bem como antes e após inserção, remoção, manipulação ou troca de
O
curativo.
C
Medidas Recomendadas
A
Recomendações
Higiene das mãos;
Equipamentos de Proteção individual: no momento da inserção
Máxima de
Precaução
A
abertura no local de inserção.
D
D. Preparo da Pele
LA
Recomendações
O
CVC, Sorensen e PICC: Realizar a degermação da pele com
Preparo da Pele
Medidas Recomendadas
A
Checklist
(ANEXO I).
C
Medidas Recomendadas
Estabilização da cânula do cateter:
I. Logo após a sua inserção, para preservar a integridade
do acesso e prevenir sua migração e perda;
Estabiliza- II. Estabilizar o cateter de forma que permita a
ção monitorização do sítio de inserção e que não obstrua a
infusão da terapia venosa;
III. Os materiais utilizados para estabilização dos cateteres
A
devem ser estéreis (ex.: fita adesiva);
D
IV. O cateter que migrar (exteriorizar) por falha na
estabilização,
LA
NÃO deverá ser reintroduzido.
O
4.4 Curativo
vaso.
C
Medidas Recomendadas
O
Ã
Troca do curativo:
PI
Medidas Recomendadas
Manipulação do cateter:
A
Manutenção Diária
D
70%, com movimentos de fricção mecânica, de 5 a 15 segundos;
LA
III. Utilizar seringa de 10 ml para administração de medicamentos
em bolus no PICC a cada 8 horas;
IV. Avaliação do sítio de inserção: no mínimo duas vezes ao dia,
O
através da inspeção e/ou palpação sobre curativo intacto, com o
TR
registro no impresso de enfermagem:
CVC, Sorensen e PICC: avaliar presença de sinais flogisticos
(edema, hiperemia, calor, secreção purulenta).
N
O
4.6 Remoção
C
removido quando ele não for mais necessário ou quando houver indicação por
Ã
Medidas Recomendadas
A
5. INDICADORES
Nome Densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a um cateter
venoso central (CVC)
Descrição Indicador que avalia a incidência de infecção hospitalar associada a dispositivos invasivos
de origem vascular na unidade de terapia intensiva.
Justificativa Aproximadamente 50% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva
A
utilizam dispositivos invasivos que podem desencadear complicações e efeitos colaterais.
Entre essas complicações, a infecção hospitalar se destaca pela sua frequência e
D
importância clínica (morbidade e mortalidade associadas).
LA
Categoria Indicador de Processo
O
Medida
pela Coleta de
Dados
C
Avaliação: mensal.
Ã
Responsável CCIH
PI
pela Análise
Ó
Ação
Responsável CCIH
pela Divulgação
Benchmark: ANVISA
Observações: NA
Contato: NA
Justificativa Aproximadamente 50% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva utilizam
dispositivos invasivos que podem desencadear complicações e efeitos colaterais. Entre
essas complicações, a infecção hospitalar se destaca pela sua frequência e importância
A
clínica (morbidade e mortalidade associadas).
D
Categoria Indicador de Processo
LA
Unidade de Taxa
Medida
O
Interpretação Quanto maior a taxa, maior a quantidade de pacientes com dispositivo venoso invasivo
Avaliação: mensal
Meta
O
Metodologia de Numerador: Número de paciente com cateter central por dia no período x 100.
Ã
pela Análise
PI
Ação
C
Benchmark: ANVISA
Observações: NA
Contato: NA
A
Categoria Indicador de processo.
D
Unidade de Taxa
Medida
LA
Quanto maior a taxa, maior a quantidade de falhas no processo de
Interpretação
inserção/manutenção/retirada de dispositivos invasivos de origem vascular.
O
Fonte de Dados Prontuário
Periodicidade
Avaliação: mensal
C
Meta
O
pelo Plano de
Ação
Ó
Benchmark: NA
Observações: NA
Contato: NA
ATENÇÃO: O número de cateter venoso central inserido DEVE ser maior ou igual ao número
de checklist aplicados. Bem como, o número de checklist aplicados DEVE ser maior ou igual
ao número de checklist com 100% de conformidade.
6. FLUXOS
A
vascular central. Higienização simples das mãos: Seguir Protocolo Institucional e a NR32.
Precaução Máxima de Barreiras:
Equipamentos de Proteção individual: no momento da inserção (gorro, máscara, avental estéril de
D
manga longa, luvas estéreis). O gorro deve cobrir completamente os cabelos, e a máscara deve
estar bem ajustada sob nariz e boca. Utilizar também óculos de proteção;
Cobrir o cliente com campo estéril, deixando apenas uma pequena abertura no local de inserção.
LA
Preparo da Pele:
Boas Práticas para
Realizar a degermação da pele com Clorexidina degermante e na sequência a antissepsia
Inserção complementar com Gliconato de Clorexidina alcoólica de 0,5% a 2%;
Aguardar a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção;
A remoção de cabelos, quando necessária, deverá ser realizada com tricotomizador ou tesouras
O
(nunca usar bisturi).
Avaliação da Adesão
TR
Avaliação da Adesão para Boas Práticas de Inserção
Técnica de inserção: deve ser observada e registrada por um enfermeiro, um médico ou outro
profissional de saúde devidamente treinado de acordo com a técnica correta e na utilização do
para Boas Práticas de Check list;
Inserção Quebra de técnica asséptica: O observador da técnica de inserção deve interromper o procedimento
N
se forem observadas quebras na técnica asséptica.
O
Estabilizar o cateter de forma que permita a monitorização do sítio de inserção e que não obstrua a
Estabilização do Cateter infusão da terapia venosa;
Os materiais utilizados para estabilização dos cateteres devem ser estéreis (ex.: fita adesiva);
O cateter que migrar (exteriorizar) por falha na estabilização, NÂO deverá ser reintroduzido.
O
Ã
III. Trocar qualquer tipo de curativo, independente do prazo, se estiver sujo, solto ou úmido;
IV. No ato da troca, limpar o sítio de inserção com antisséptico alcoólico à base de Gliconato de
Clorexidina 0,5% a 2%;
PI
V. Não utilizar compostos a base de éter, álcool ou benzina na remoção dos curativos.
Banho: proteger a cobertura, cateter e conexões com plástico.
Ó
Manipulação do cateter:
SEMPRE precedida de higiene das mãos;
Desinfetar as conexões e conectores valvulados com álcool à 70%, com movimentos de fricção
C
mecânica, de 5 a 15 segundos;
Manutenção Diária Utilizar seringa de 10 ml para administração de medicamentos em bolus no PICC a cada 8 horas;
Avaliação do sítio de inserção: avaliar presença de sinais flogisticos (edema, hiperemia, calor,
secreção purulenta)no mínimo duas vezes ao dia, através da inspeção e/ou palpaçãosobre curativo
intacto, com o registro no impresso de enfermagem.
Remoção do Cateter:
Reavaliar diariamente a necessidade de manutenção do CVC, Sorensen e PICC (decisão médica
baseada na clínica do paciente);
Cultura de ponta do cateter: antes da remoção deve ser feita limpeza do sítio de inserção com álcool
a 70%;
Remoção Remoção de cateter: deve ser de forma lenta e cuidadosa, sem forçar, para evitar rompimentos.
Registrar data de remoção do cateter na Ficha de Manutenção;
Situações de emergência: cateteres inseridos nesta situação devem ser trocados para outro sítio
assim que possível (máximo 24 horas).
Fim
7. REFERÊNCIAS
Bork, AMT. Enfermagem baseada em evidências – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
A
em Serviços de Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
D
Saúde. Brasília. 2017.
LA
Infusion Nurses Society. Diretrizes Práticas para Terapia Intravenosa. Edição 2008.
O
nacional das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), Resistência Microbiana
(RM) e monitoramento do consumo de antimicrobianos – Brasília. 2018.
TR
8. ANEXOS/APÊNDICE
N
8.1 Elaboradores do protocolo:
O
C
8.2 ANEXOS
ANEXO 1 - CHECKLIST DE VERIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE INSERÇÃO
Ã
REMOÇÃO CVC/SORENSEN/PICC
ANEXO 3 - MANUTENÇÃO DO CATETER – AVALIAÇÃO DIÁRIA
A
PI
Ó
C
A
D
Tipo de procedimento: PICC CVC Sorensen
LA
Para Inserir o Cateter o Profissional: SIM NÃO NSA
O
1. Escovou as mãos com Clorexidina degermante? TR
2. Utilizou barreira máxima de precaução (gorro, máscara, luva estéril, avental
estéril e óculos de proteção)?
N
O
b) Pode ser aplicado por qualquer profissional da saúde treinado e envolvido no procedimento.
c) Deve ser aplicado para todo cateter central passado no setor (Dissecção, Punção Venosa Profunda).
PACIENTE:
LEITO: SETOR: UTI MATERNA
A
INSERÇÃO
D
1. Indicações
NPT
LA
Drogas vasoativas/Vesicantes Outro: _____________________
2. Tipo de cateter
CVC SORENSEN PICC
O
3. Condição da Inserção
Eletiva Urgência Emergência
4. Realizado analgesia/Sedação
Inserido no CO/CC TR Inserido em outra Instituição
Sim Não
Qual a posição do cateter? Central Periférico
Ó
Profissional: Conselho:
REMOÇÃO DO CATETER
1. Motivo da remoção:
Término da TIV Obstrução Fratura Infecção Óbito Outro: _____________________________
2. Enviado ponta para cultura?
Sim Não Caso afirmativo, qual o microrganismo isolado?
Profissional: Conselho:
A
ANEXO 3 - MANUTENÇÃO DO CATETER – AVALIAÇÃO DIÁRIA
D
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
LA
Apresenta sinais
CVC/SORENSE
flogisticos?
Apresenta sinais de
O
obstrução?
N/PICC
TR
Existe possibilidade de
remoção?
Outras observações
N
O
C
Assinatura do Enfermeiro
O
Legenda
Ã
S (SIM); N (Não); NSA (Não se aplica)
N
REGISTRO DE CURATIVO
A