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GESTÃO D O
F Á B I O G O M E S D A S I L V A e (orgs.)
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GESTÃO D O
2ª EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA (organizadores)
Richard L. Daft
respectivos clientes e, para tanto, as organizações devem ter bastante claro quem são os 2ª EDIÇÃO
COM O Fazendo a estratégia acontecer: como
CLIENTE
organização
É exatamente desse tema que trata Gestão do relacionamento com o cliente, nesta Fernando Luzio
segunda edição renovada, ao discutir assuntos como definição do conceito de cliente, clientes
como início e fim dos processos organizacionais, segmentação de mercado e identificação de Inovação e espírito empreendedor –
clientes-alvo, identificação e priorização das necessidades e expectativas de clientes, e Prática e princípios
tratamento das manifestações dos clientes (solicitações, reclamações e sugestões). Peter F. Drucker
Por fim, o livro trata da compra impulsiva e da dissonância cognitiva, temas essenciais quando
se discute o comportamento dos clientes e das organizações. A obra inclui um capítulo
dedicado ao estudo de um caso que discorre sobre a avaliação da satisfação de clientes. Este
capítulo está disponível na internet aos leitores interessados.
APLICAÇÕES
No mundo acadêmico, este livro é recomendado para disciplinas como marketing,
comportamento do cliente, relacionamento com o cliente, gestão de processos e gestão de
projetos, em cursos de graduação e pós-graduação em Administração, Marketing e Produção.
No mundo corporativo (de âmbito público ou privado), a obra capacita seus líderes para um
melhor alinhamento dos processos organizacionais na direção do atendimento das
necessidades e expectativas dos clientes.
12-09221 CDD–658.812
Gestão do
relacionamento
com o cliente
2ª edição revista e ampliada
Cristiane Betanho
José Eduardo Azevedo
Manuel Meireles
Maria Rosa Sequeira de Velardez
Taciana Lemes de Luccas
Austrália : Brasil : Japão : Coreia : México : Cingapura : Espanha : Reino Unido : Estados Unidos
ISBN-13: 978-85-221-1602-7
ISBN-10: 85-221-1602-4
Cengage Learning
Condomínio E-Business Park
Rua Werner Siemens, – Prédio – Torre A –
Conjunto – Lapa de Baixo
CEP 6 - – São Paulo – SP
Tel.: ( - – Fax: (
SAC:
Impresso no Brasil.
Printed in Brazil.
1 2 3 4 15 14 13 12
13. Requisitos exigidos das pessoas que interagem com os clientes . . . . . 249
Maria Rosa Sequeira de Velardez
Introdução 249
Requisitos exigidos das pessoas que interagem com os clientes 250
Casos para reflexão 257
Resumo 259
Exercícios 259
Referências 260
ix
Porém, para praticar uma adequada gestão de clientes, não basta pos-
suir os mais sofisticados softwares de processamento de dados ou hardwares
de última geração. Muitas vezes – na maioria delas – são necessários com-
petente administração e forte comprometimento, o que inclui até mesmo a
sensibilidade de se colocar no lugar do cliente. Esse princípio de bem atender
e com lucro acabou tornando-se nome de sistema de gestão empresarial, co-
nhecido como Customer Relationship Management (CRM) em português Ge-
renciamento do Relacionamento com o Cliente, aliás, nunca é demais apontar
que o CRM é fruto da necessidade de ligar, com grande quantidade de infor-
mações sobre os clientes, o próprio número de clientes cada vez maior e suas
preferências. Com ele realiza-se a utilização e a contínua inovação de tecno-
logias que tornam possível o contato entre organização e cliente, objetivando
responder às condições da demanda cada vez mais complexas por certo lucro.
Todavia, mais importante que qualquer sistema de gerenciamento de
relacionamento são as pessoas, são os profissionais que conhecem os clientes
de perto, que os entendem, sabem ouvi-los e responder a eles. Um bom re-
lacionamento só é possível porque as partes estão interessadas em fazer com
que a negociação seja um sucesso, e isso significa muito mais que realizar a
venda (ponto de vista da organização) ou realizar a compra (ponto de vista do
cliente), significa estabelecer uma relação de confiança entre as partes e gerar
o sentimento de ganha-ganha.
Por exemplo, no início do século XIX ou mesmo início do século XX,
quando um ‘dono de venda’ atendia a seus clientes, por certo, já praticava uma
boa gestão de clientes. Ele conhecia cada um de seus clientes, suas preferên-
cias, o que e quando compravam, de quais produtos gostavam, de quais não,
quais clientes compravam as novidades quando chegavam, quais as formas
de pagamento etc., ou seja, fazia-se o mesmo que as organizações estão bus-
cando hoje, indiferentemente de se chamar CRM ou não. Então, a ARC ou
o CRM não são exatamente novidades, mas a viabilização de um princípio
antigo de bem atender e relacionar-se.
Nesse contexto, nasce o interesse deste livro em estudar elementos im-
portantes para a prática da Administração do Relacionamento com o Cliente,
na tentativa de construir nas organizações uma cultura que propicie a sua
aproximação com os clientes, e vice-versa, buscando estabelecer uma relação
de vantagens mútuas, na qual seja importante e vantajoso que tanto uma par-
te como a outra permaneçam juntas. Sendo assim, é fundamental que os pro-
fissionais saibam quem são os clientes, o que significa o termo cliente, quais
as aplicações e diferenciações que o termo carrega, e quais as diferenças entre
a figura do cliente, consumidor, pagante e usuário.
Além disso, é importante compreender que os clientes são o início e
o fim dos processos organizacionais. O que é o mercado? A quem se aten-
de, por que, e como? É imprescindível entender a segmentação de mercado
e a identificação de clientes-alvo. Com isso, saber quais são os atributos
valorizados pelos clientes e priorizá-los também deve ser profundamente
estudado por quem deseja ter clientes fiéis e, quem sabe, até leais (o desejo
de toda organização).
Para que essas aspirações sejam atingidas, é necessário saber ouvir os
clientes, logo, é preciso desenvolver a capacidade de ouvir e principalmente
desenvolver os cuidados ao fazê-lo.
Talvez nem todos os clientes sejam interessantes, portanto, as organiza-
ções também precisam saber selecioná-los e não apenas aguardar serem elas
as escolhidas, principalmente porque há clientes que não dão lucro e, pior,
dão prejuízo.
Os canais de acesso são outra pauta presente. As organizações preci-
sam não só fornecer aos clientes os canais de acesso que eles desejarem como
também têm de cuidar para que esses canais estejam ativos, inclusive quando
elas mesmas precisarem ou desejarem entrar em contato com os clientes.
Do mesmo modo que a existência dos canais de acesso é importante para o
relacionamento, é fundamental que haja padronização do atendimento pres-
tado ao cliente, devendo ser direto, facilitado, objetivo e apresentar uma só
personalidade.
Os requisitos exigidos das pessoas que interagem com os clientes é
outro ponto primordial: não se deve atribuir à qualquer pessoa a tarefa de
manter contato com os clientes. Isso deve ser feito por profissionais que apre-
sentam o perfil e o potencial para fazê-lo bem (e, de preferência foram trei-
nados). Além disso, compreender quais são as novas regras da economia e
quais as novas variáveis tecnológicas que recaem sobre a dimensão relaciona-
mento cliente–empresa certamente dará às organizações melhores chances de
xi
xii
xiii
Este capítulo tem por objetivo o entendimento do significado do termo cliente para
os mais diferentes tipos de organizações ou processos organizacionais. O que se
verá é que cliente significa muito mais do que comprador ou consumidor.
Introdução
Unidade produtora
Qualquer organização voltada para a produção de mercadorias ou servi-
ços (privados ou públicos), com ou sem fins lucrativos. São exemplos de
unidades produtoras:
• Empresas privadas (comércio, indústria, agricultura, serviços etc.);
• Empresas estatais;
• Cooperativas de produção e/ou comercialização;
• Terceiro setor (organizações não governamentais sem fins lucrativos,
como APAEs, Casas André Luiz, Greenpeace e SOS Mata Atlântica,
entre outros);
É objetivo das unidades produtora obterem êxito. O êxito, por sua vez,
pode depender de muitos fatores, mas um dos principais é simples: as unida-
des produtoras têm de ter clientes1. O cliente é uma figura que existe, ou ao
menos deveria existir, em toda e qualquer unidade produtora. Não há como
imaginar a existência de qualquer unidade produtora, pública ou privada,
com ou sem fins lucrativos, que não tenha clientes2. Saber identificar quem
são os seus clientes é o primeiro passo para o êxito de qualquer unidade pro-
dutora. Para tanto, um passo intermediário é requerido: saber qual o signifi-
cado do termo cliente.
Insumos Produtos
Fornecedores u u Processos u u Clientes
(entradas) (saída)
1
O êxito organizacional não está relacionado somente à existência de clientes. Esta é somente uma
parte do foco gerencial. Para que sejam bem-sucedidas, as unidades produtoras também devem
saber atender de forma equilibrada às expectativas, desejos ou necessidades das outras partes inte-
ressadas, como acionistas ou proprietários, força de trabalho, sociedade e fornecedores, entre outros
(Daft, 2008, p. 22).
2
O que normalmente se recomenda às unidades produtoras (organizações) que não conseguem iden-
tificar seus clientes é que revejam a necessidade da sua existência.
Clientes
Produtor u u Clientes Finais
Intermediários
Clientes intermediários
São clientes intermediários todas as unidades produtoras que adquirem os
produtos para revenda, transformação ou distribuição gratuita (sem contra-
prestação direta). Elas não adquirem os produtos para si, mas sim para repas-
sá-los, transformados ou não. Assim, todas as organizações que se dedicam
às atividades comerciais, no atacado ou varejo, são clientes intermediários de
algum ou de alguns fornecedores. Os supermercados são clientes intermedi-
ários típicos de um número muito grande de itens de alimentação, de higiene
e limpeza, entre outros; os Ceasas e as feiras livres são clientes intermediários
típicos de muitos produtos rurais; os distribuidores de remédios e as farmá-
cias são clientes intermediários típicos da indústria farmacêutica, e assim por
diante. A indústria, por sua vez, também é um cliente intermediário de seus
Clientes finais
Clientes finais são os destinatários finais dos produtos (mercadorias ou servi-
ços). O grupo principal dos clientes finais é formado pelas pessoas, pelas uni-
dades familiares ou por empresas. Organizações não governamentais (ONGs)
e governos também são, muitas vezes, clientes finais.
Neste sentido, quando empresas, ONGs e governos fazem aquisições de
bens e serviços que não serão de alguma forma repassados adiante, são con-
siderados clientes finais. Este é o caso, por exemplo, das aquisições de máqui-
nas e equipamentos ou materiais de uso e consumo pelas empresas ou pelas
ONGs, e de aquisições de veículos, computadores, armamentos, combustíveis
ou materiais de consumo pelos governos. Em termos da realização de negó-
cios, também é possível considerar que os governos são clientes finais no caso
de contratações de obras como estradas, pontes, viadutos, portos e aeroportos,
ainda que o beneficiário final desses produtos seja a sociedade como um todo.
Clientes finais
Pessoas ou grupos
Empresas ONGs Governos
de pessoas
• Tratamento do esgoto
• Água potável • Tratamento e disposição
Empresas de saneamento • Afastamento do esgoto final do lixo
• Coleta de lixo • Canalização de
águas pluviais
Distribuidoras de
• Energia elétrica • Iluminação pública
energia elétrica
• Documentos de identidade
Segurança Pública • Segurança
• Boletins de ocorrência
• Manutenção das
• Aprovação de plantas
Prefeituras vias públicas
para construções
• Combate à dengue
3
Nada impede que algumas organizações vendam seus produtos para os próprios funcionários. Nesse
caso, os funcionários também serão considerados clientes externos.
A esse respeito, o que o autor sugere para descobrir quem são os clientes
de um setor ou departamento, ainda que em tom de brincadeira, é simples:
“Caso você não saiba quem são seus clientes, existe um teste simples que pode
fazer para descobrir. Simplesmente pare de fazer seja lá o que estiver fazendo
e observe quem vai reclamar. Este é o seu cliente. Caso ninguém reclame, o
melhor é ligar o processador de textos e revisar seu currículo.”
A solução proposta por Albrecht, mesmo que jocosa, é séria, pois se o
que for feito por um setor ou departamento não tiver utilidade para ninguém
além dele próprio, ele não terá razão de existir. Em outras palavras, unidades
produtoras que tenham como objetivo otimizar o uso de seus recursos deve-
rão saber identificar com clareza os clientes internos e os clientes externos dos
seus diferentes processos, sob o risco de arcar com custos inúteis de atividades
inúteis. Identificados os clientes (internos ou externos), a questão passa a ser
como atendê-los, e isso será tratado nos capítulos subsequentes deste livro.
Por sua vez, para Bretzke (apud Dias, 2003:38), os clientes podem fazer
o papel de:
• especificadores;
• influenciadores;
• compradores;
• pagantes; e
• usuários.
Processo de captação de
Empresa
ï
pedidos de compra
Clientes
10
11
Resumo
Todas as “unidades produtoras” (empresas, instituições governamentais,
ONGs) e todos os processos organizacionais têm (ou devem ter) clientes. Esses
clientes podem ser externos ou internos, e podem ser representados por dife-
rentes agentes que, individual ou separadamente, exercem diferentes papéis,
como os de comprador, influenciador, usuário ou pagante. Os clientes externos
podem ser divididos em clientes intermediários e clientes finais; os clientes
finais podem ser clientes individuais (pessoas, famílias, empresas, prefeituras)
ou coletivos. Conhecer quem são seus clientes (tipos) e quem exerce entre eles
os diferentes papéis de comprador, usuário e pagante são requisitos essenciais
para quem deseja ser bem-sucedido com seus clientes-alvo.
Clientes
Papéis
Tipos
Comprador Usuário Pagante
Individual X X X
Final
Externo Coletivo X
Intermediário X X
Interno X
Exercícios
1. Sabe-se que tanto um laboratório de produtos farmacêuticos como uma
indústria siderúrgica têm seus clientes intermediários e seus clientes finais.
O que se pergunta é:
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GESTÃO D O
2ª EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA (organizadores)
Richard L. Daft
respectivos clientes e, para tanto, as organizações devem ter bastante claro quem são os 2ª EDIÇÃO
COM O Fazendo a estratégia acontecer: como
CLIENTE
organização
É exatamente desse tema que trata Gestão do relacionamento com o cliente, nesta Fernando Luzio
segunda edição renovada, ao discutir assuntos como definição do conceito de cliente, clientes
como início e fim dos processos organizacionais, segmentação de mercado e identificação de Inovação e espírito empreendedor –
clientes-alvo, identificação e priorização das necessidades e expectativas de clientes, e Prática e princípios
tratamento das manifestações dos clientes (solicitações, reclamações e sugestões). Peter F. Drucker
Por fim, o livro trata da compra impulsiva e da dissonância cognitiva, temas essenciais quando
se discute o comportamento dos clientes e das organizações. A obra inclui um capítulo
dedicado ao estudo de um caso que discorre sobre a avaliação da satisfação de clientes. Este
capítulo está disponível na internet aos leitores interessados.
APLICAÇÕES
No mundo acadêmico, este livro é recomendado para disciplinas como marketing,
comportamento do cliente, relacionamento com o cliente, gestão de processos e gestão de
projetos, em cursos de graduação e pós-graduação em Administração, Marketing e Produção.
No mundo corporativo (de âmbito público ou privado), a obra capacita seus líderes para um
melhor alinhamento dos processos organizacionais na direção do atendimento das
necessidades e expectativas dos clientes.
ISBN 13 978-85-221-1602-7
ISBN 10 85-221-1602-4