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INTRODUÇÃO AO CTRMA

OBJETIVO

Familiarizar o aluno quanto aos conceitos e definições


dos termos mais comuns utilizados no âmbito da
aviação civil e nos regulamentos estabelecidos pela
autoridade aeronáutica brasileira, principalmente
aqueles relacionados ao controle da aeronavegabilidade
continuada das aeronaves civis operadas no Brasil.
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DEFINIÇÕES:
Aeronave
Aeronave civil
Aeronave de asa fixa
Aeronave de asa rotativa
Aeronave de categoria primária
Aeronavegável
Adendo ao CHE
 Auditoria
 Boletim de Serviço
Categoria
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DEFINIÇÕES:
Categoria
 Certificado de Homologação de Empresa – CHE
 Chefe/Diretor de Manutenção
 Componente
 Componente crítico ou controlado
Dado técnico
 Declaração de Estação de Aeronave
 Declaração de Inspeção Anual de Manutenção – DIAM
Diretriz de Aeronavegabilidade
Elo executivo
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DEFINIÇÕES:
Estrutura primária
Ficha de cumprimento de DA - FCDA
 Ficha de Inspeção Anual de Manutenção - FIAM
 Ficha de Instrumentos de Vôo – FIEV
Grande aeronave
 Grande modificação
 Grande reparo
Grupo motopropulsor
 Homologação
 Inspetor
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DEFINIÇÕES:
Inspetor Chefe
 Inspetor de Aviação Civil - INSPAC
 Inspeção Anual de Manutenção - IAM
 Manutenção
 Manutenção de linha
 Manutenção de base
Manutenção preventiva
 Mecânico Chefe
 Modificação
Motor aeronáutico
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DEFINIÇÕES:
Motor convencional
Motor a turbina
Turboélice
Turboeixo
Motor a reação ou motor turbo
 Não-aeronavegável
 Não-conformidade
 Notificação de Condição Irregular de Aeronave - NCIA
 NPR
 País de origem
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DEFINIÇÕES:
País exportador
Pequena aeronave
Pequena modificação
Pequeno reparo
Produto aeronáutico
Produto aeronáutico classe I
Produto aeronáutico classe II
Produto aeronáutico classe III
Produtos aeronáuticos isentos
Programa de manutenção – PM
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DEFINIÇÕES:
Publicações técnicas
 Recondicionamento
 Registro primário de manutenção
 Registro secundário de manutenção
 Relação Anexa ao Adendo ao CHE
 Reparo
 Resp. Qual. do Serviço - RPQS/Responsável Técnico-RT
Resumo das não conformidades – RNC
Seção de Consulta Técnica
 Segurança de vôo
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DEFINIÇÕES:
TBO (Time Between Overhaul)
TSO (Time Since Overhaul)
TSLI (Time Since Last Inspection)
Teste em vôo – flight test
 Tipo
 Vistoria
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PROJETO DE TIPO APROVADO significa que a aeronave


teve seu projeto avaliado (ANAC/SAR/GGCP) e considerado
em conformidade com os requisitos de homologação (RBHA
21, 23, 25, 27, 29...) - nesta fase são definidos quais
instrumentos e equipamentos são mínimos.
 ADEQUADAMENTE INSTRUMENTADA E EQUIPADA
significa possuir TODOS os instrumentos e equipamentos
requeridos, tanto pelos regulamentos de homologação
quanto pelos de operação (RBHA 91, 121, 133, 135, 137...),
instalados, operantes e em conformidade com o projeto de
tipo aprovado.
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MANUTENÇÃO EM DIA

 significa que a aeronave, seus motores, hélices e demais


equipamentos vêm sofrendo inspeção e manutenção
periódicas, conforme plano aprovado (ou aceito) pela ANAC.
E ainda, que as panes de instrumentos e equipamentos
encontram-se “administradas”, também conforme
procedimentos aprovados (ou aceitos) pela autoridade
aeronáutica. Já durante a homologação do projeto de tipo
são avaliadas as ações de manutenção as quais um
determinado modelo de aeronave, motor, hélice ou
componente estará submetido, bem como são definidos
aqueles componentes que podem estar inoperantes, sem
comprometimento da aeronavegabilidade (Master Minimum
Equipament List ).
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LIMITAÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE
Uma seção das Instruções para Aeronavegabilidade Continuada
que contém cada momento de substituição, intervalo de inspeção
estrutural e tarefa de inspeção estrutural relacionada obrigatórios
[normalmente estão inseridos nos Manuais de Manutenção das
aeronaves Capítulo 4 (ATA 100)]. Esta seção pode também ser
usada para definir um limite para as inspeções relacionadas a
fadiga, e a necessidade de controlar a corrosão no Nível 1 ou
melhor. As informações contidas na seção de Limitações de
Aeronavegabilidade podem ser modificadas, para refletirem a
experiência de serviço e/ou teste, ou novos métodos de exame.
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LIMITAÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE

Os tempos de substituição obrigatórios para peças de duração


de segurança estrutural estão incluídos nas Limitações de
Aeronavegabilidade, exigidas pelas autoridades normativas como
parte das Instruções para Aeronavegabilidade Permanente. Alguns
dos itens que requerem inspeções relacionadas a fadiga podem
também ser incluídos, bem como tarefas específicas do Programa
de Prevenção e Controle de Corrosão (CPCP - Corrosion
Prevention and Control Program) que posteriormente garantem
inclusão, com base na experiência em serviço das operadoras .
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PROCESSOS DE MANUTENÇÃO:

TRÊS CATEGORIAS OU PROCESSOS

 “HARD TIME” (HT)

 “ON CONDITION” (OC)

 “CONDITION MONITORING” (CM)


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HARD TIME (HT)


 Aplicado quando o item é programado para “overhaul” –
Revisão geral
 O item é removido da aeronave e revisado antes de
exceder o tempo ou intervalo especificado (TBO)
 Após revisão geral o item é zerado, recebendo uma nova
vida, ou seja, fica disponível para mais um ciclo de TBO.
 É um processo de manutenção preventiva.
 Itens não sujeitos a desgastes, corrosão ou outras
deteriorações não são HT, ou seja, não devem ser
controlados por esse processo.
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 HARD TIME (HT)


 O controle adequado por HT-TBO elimina ou reduz
drasticamente falhas devido a desgastes, porém não elimina
falhas aleatórias, falhas por sobrecarga e falhas devido a má
manutenção ou má utilização.
 Deve ser usado para controlar os períodos de revisão geral
dos itens que, em caso de falha, comprometem a segurança
de vôo e itens que se deterioram com o uso mas não é
possível uma verificação “on condition”.
 TLV (Tempo Limite de Vida) de um item é o tempo máximo
de operação permitido (normalmente pelo fabricante) para
um item, após o qual o mesmo é descartado para o uso.
Após TLV o item deve ser destruído.
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 HARD TIME (HT)

 MTBF (Tempo Médio Entre Falhas) é a média dos tempos

que um determinado grupo de itens operam até falharem.

 Para itens controlados por TBO, o ideal é que o valor do

MTBF coincida com o TBO.


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CRÍTICA:
 “HARD TIME” (HT)
 Pode levar a um sub aproveitamento da vida útil do
componente.
 Ineficiência econômica
 Reação negativa à manutenção
 Manutenção não executada Segurança comprometida
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 ON CONDITION (OC)
 Processo de controle de Revisão Geral no qual se
enquadram os itens que são periodicamente submetidos a
verificações quanto ao estado de desgaste ou de
deterioração.
 É aplicado quando um item é acompanhado, sendo
verificadas regularmente determinadas condições
preestabelecidas.
 O item é removido quando a condição verificada não
atende aos requisitos estabelecidos, podendo tratar-se da
medida de uma folga, nível de vibração, condição de
operação, etc.
 “OC” é também um processo de manutenção preventiva.
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 ON CONDITION (OC)
 A verificação OC deve assegurar a aeronavegabilidade,
sua operação continuada até a próxima verificação.
 Processo normalmente utilizado a itens cuja verificação da
condição realizada nas inspeções programadas é suficiente
para assegurar seu funcionamento até a próxima verificação.
 Aplicável, e deve ser restrito, a componentes que a
determinação de sua aeronavegabilidade continuada possa
ser feita através de inspeções visuais, medidas, testes ou
outras maneiras, porém sem a necessidade de que a
verificação seja com o item desmontado.
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ON CONDITION (OC)

 A definição da aeronavegabilidade de um item OC é um


“check” quantitativo das tolerâncias especificadas e/ou limites
de desgastes definidos nos manuais de manutenção.
 “Checks” OC são realizados normalmente com o item
instalado na aeronave, mas, também, são aceitáveis quando
realizados em testes ou bancadas.
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 ON CONDITION (OC)
 Medição periódica de parâmetros em intervalos regulares.
 A comparação do valor medido do parâmetro com um valor
especificado do mesmo parâmetro irá decidir se o
equipamento permanece em serviço ou é removido para
serviço de manutenção.
 Os intervalos de medição e o valor limite especificado são
determinados de modo que se previna a ocorrência de falha
até a próxima medição – é um processo de manutenção
preventiva.
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 CONDITION MONITORING (CM)


 São os itens que não se enquadram em nenhum processo
de controle de manutenção, sofrendo as ações necessárias
da manutenção quando apresentam defeito.
 Componentes CM não têm controle para Revisão Geral e
são operados até falhar.
 A maioria dos componentes CM são itens de sistemas
complexos para os quais não existe meio de prever a falha.
 Temos os equipamentos de navegação e comunicação,
instrumentos e relês, solenóides e outros, onde testes ou
trocas não resultam em melhora na expectativa de vida.
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CONDITION MONITORING(CM)
 Para os itens CM cuja falha é suscetível de conseqüências
na segurança de vôo, são utilizados os recursos da
redundância.
 Freqüentemente os seguintes itens são definidos como
CM: 23-Comunicação, 30-Proteção contra chuva ou gelo, 31-
Instrumentos, 33-Luzes, 34-Navegação.
 Os itens CM são acompanhados (monitorados) através das
listagens de dados de demanda e dos registros das suas
passagens nas respectivas oficinas recuperadoras.
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 CONDITION MONITORING(CM)
 Não é processo de manutenção preventiva. Não visa a
prevenção de falhas.
 Só é admitido como processo primário em componentes
cuja falha não afete diretamente a segurança de vôo e seja
perceptível à tripulação.
 A condição de funcionamento da população é monitorada
através da coleta sistemática de dados relativos à
ocorrências individuais matematicamente tratadas. Os
índices obtidos poderão recomendar ações de manutenção.
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DIAGONAL DE MANUTENÇÃO:
 É uma ferramenta no Planejamento e Controle da
Manutenção
 É uma técnica utilizada para controlar o uso das aeronaves
e determinados equipamentos, buscando fazer com que seu
uso seja distribuído o mais equilibradamente possível dentro
de um perfil previamente planejado.
 Muito utilizada pela aviação militar.
 São elaboradas para:
• Escalonar a quantidade de aeronaves a entrarem em
inspeção, de modo a haver harmonia com os recursos de
mão de obra disponíveis.
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 Distribuir, entre as aeronaves, os vôos a serem


executados, de modo que cada aeronave voe determinada
média de horas mensais, previamente estabelecida,
objetivando que, ao fim de determinado período, cada uma
tenha cumprido determinado esforço.
 Permitir a visualização planificada da programação das
atividades aéreas e de manutenção das aeronaves, a
serem cumpridas num determinado período (normalmente
mensal)
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Fatores a serem considerados na diagonal de manutenção:


 Quantidade de aeronaves
 Viagens programadas
 Periodicidade das inspeções programadas
 Cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabulidade
 Vencimento de itens controlados
 Programa de lavagem e lubrificação
 Programa de dedetização
 Recursos materiais e mão de Obra.
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Planejamento das inspeções:


 Conhecer o programa de manutenção da aeronave, seus
grandes componentes e acessórios
 Identificar as atividades a serem executadas em cada
ciclo de inspeção
 Alocar os recursos materiais e humanos necessários para
o cumprimento das atividades acima identificadas
 Considerar as necessidades relativas a remoções e/ou
desmontagens de itens, a fim de prever as peças periféricas
de troca obrigatória
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 Identificar os itens que serão substituídos por vencimento


de TBO e TLV, assegurando que os substitutos foram
requisitados e estarão disponíveis no estoque na data
programada para a substituição
 Avaliar quando, onde e quem realizará o Serviço. O
material deve ser previsto com antecedência
 Estar atento às atualizações das publicações técnicas a
serem consultadas

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