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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO –UNIFSA

DIREÇÃO DE ENSINO
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO - NUAPE
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PRINCÍPIO DOS
TRABALHOS VIRTUAIS
LEONARDO DO NASCIMENTO CUNHA

MARÇO
2023
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO
PRINCÍPIODOS
DOS PEQUENOS
PEQUENOS DESLOCAMENTOS
DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE;

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V

EXEMPLOS;

USO DE TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
1.0 Princípio dos Pequenos Deslocamentos:

Quando a Geometria da estrutura não sofrer grandes deslocamentos sob a aplicação


do carregamento externo. Pode-se afirmar:

 A forma final da estrutura não afetará significativamente aos cálculos e


resultados finais;
TRABALHOS VIRTUAIS
1.0 Princípio dos Pequenos Deslocamentos:

L
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO DOS PEQUENOS DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO
PRINCÍPIODA
DA LINEARIDADE;
LINEARIDADE

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V

EXEMPLOS;

USO DE TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
2.0 Princípio da Linearidade (Cargas x Deslocamentos)

Este Princípio supõe que a relação existente entre as cargas atuantes na


estrutura e os deslocamentos provocados por elas, é linear.
TRABALHOS VIRTUAIS
2.0 Princípio da Linearidade (Cargas x Deslocamentos)

δV
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO DOS PEQUENOS DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE;

PRINCÍPIO
PRINCÍPIODA
DA SUPERPOSIÇÃO DEEFEITOS
SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V

EXEMPLOS;

USO DE TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
3.0 Princípio da Superposição dos efeitos
Este Princípio supõe que uma estrutura submetida a um carregamento qualquer
apresenta os mesmos efeitos:

Esforços simples (Cortante, Flexão, Normal e Torção);


Tensões;
Deformações.

Que aqueles provocados pela soma dos efeitos dados pelos deslocamentos
particulares
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO DOS PEQUENOS DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE;

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V
P.T.V.

EXEMPLOS;

USO DE TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
4.0 Trabalhos Virtuais

O princípio dos trabalhos virtuais é de fundamental importância no estudo das


estruturas lineares para determinação de :

I. Linhas de Influência de estruturas isostáticas (Cadeias Cinemáticas);


II. Análise de estruturas Hiperestáticas;
III. Deslocamentos em Estruturas.
TRABALHOS VIRTUAIS
4.0 Trabalhos Virtuais

Mas afinal de contas, o que é Virtual?


TRABALHOS VIRTUAIS
4.0 Trabalhos Virtuais
A palavra virtual significa susceptível de exerce-se, embora não esteja em
exercício (Potencial).

Logo Deslocamento Virtual é:


 Deslocamento hipotético (Infinitesimal de um ponto ou conjunto de pontos
materiais).
TRABALHOS VIRTUAIS
4.0 Trabalhos Virtuais

Esse deslocamento hipotético é suposto infinitesimal de modo a não alterar a


configuração estática e geométrica do sistema (Princípio dos pequenos
deslocamento).
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

Pi
P1
m m1
δ
P2
P4
P3

O ponto material “m” está em equilíbrio (R=0). Aplica-se um deslocamento


virtual , cuja à ação externa que dá origem independe das forças Pi (Não há
introdução de nenhuma nova força).
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

Pi
P1
m
δ
m1

P2
P4
P3

O δ é uma entidade puramente matemática.


TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

Wvirtual = R . δvirtual;

R = Resultante das forças externas;


(R = 0, corpo em equilíbrio), logo:

Wvirtual = 0
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

“Para um ponto material em equilíbrio (R=0), o trabalho virtual realizado


pelo sistema de forças reais em equilíbrio que atua sobre o ponto, quando este
sofre um deslocamento virtual arbitrário qualquer, é nulo”.
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

Sabe-se que:

Wreal = R . δreal;

R = Resultante das forças externas;


(R = 0, corpo em equilíbrio), logo:

Wreal = 0
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

A partir dessas considerações, podemos extrapolar os teoremas gerais da


Mecânica sobre trabalhos reais para teoremas sobre trabalhos virtuais.

Desta forma, há a substituição da palavra “real” do enunciado da proposição da


Mecânica sobre Trabalho (real), por “Virtual”.
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)
Considerando corpos elásticos e sabendo que eles nada mais são que um
somatório ao infinito de pontos materiais. Então, temos:

“Para um corpo elástico, que atingiu sua configuração de equilíbrio, o trabalho real
total das forças externas que sobre ele atuam é igual ao trabalho real das forças
internas nele atuantes, para todos os deslocamentos reais.”
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Princípio de Jean D’Alembert (Trabalhos Virtuais)

Wvirtual (ext) = Wvirtual (int)


TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
externo-Fórmula de Mohr.
Estrutura submetida a
carregamentos externos
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
externo-Fórmula de Mohr.
Objetiva-se determinar o deslocamento
do ponto m na direção Δ

 Levando-se em conta duas seções vizinhas,


distantes de ds, terão deformações relativas
devidas aos esforços simples M, N, Q.

 Estas deformações relativas são:

-dφ (rotação relativa);


-Δds (Deslocamento axial relativo);
-dh (Deslizamento relativo).
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
externo-Fórmula de Mohr.

𝑀
𝑑𝜃 = 𝑑𝑥
𝐸. 𝐼
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
externo-Fórmula de Mohr.

𝑁
Δ𝑑𝑠 = 𝑑𝑠
𝐸. 𝐴
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
externo-Fórmula de Mohr.

χ. 𝑄
𝑑ℎ = 𝑑𝑠
𝐺. 𝐴
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento
Esta configuração que relaciona cargas reais da
externo-Fórmula de Mohr. estrutura e deformações reais é conhecida como
Estado de Deformação

Esforços Deformações
Solicitantes relativas
M dθ
N Δds
Q dh
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento externo-
Fórmula de Mohr.

Estrutura submetida a carregamento


virtual unitário na direção de Δ

 Considerando que após a aplicação de um carga


unitária virtual em uma estrutura apresente a sua
configuração deformada igual a configuração
indeformada da estrutura anterior (traço cheio).

 Admite-se deslocamentos virtuais a esta


estrutura exatamente iguais aos provocados pelo
carregamento externo no E.D. (Traço
pontilhado).
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento externo-
Fórmula de Mohr.
Esta configuração que relaciona carga virtual e
deformações virtuais é conhecida como Estado de
Carregamento

Esforços Deformações
Solicitantes relativas
𝑀 𝑑𝜃 = dθ
𝑁 𝑑𝛿 = dδ
𝑄 𝑑ℎ = dh
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Cálculo de deformações devidas à atuação de carregamento externo-
Fórmula de Mohr.
 Aplica-se a estrutura o teorema de trabalhos virtuais aplicado aos corpos
elásticos, que é:

 Onde o trabalho virtual devido as forças externas é causa somente da carga


unitária

𝑊𝑣𝑖𝑟𝑡(𝑒𝑥𝑡) = 𝑃. 𝛿
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Deformações devidas ao carregamento externo-Fórmula de Mohr.
 E o trabalho virtual das forças internas é a soma dos trabalhos virtuais de
deformação de todos os elementos de comprimento ds ao longo da estrutura:

𝑊𝑣𝑖𝑟𝑡(𝑖𝑛𝑡) = 𝑀. 𝑑𝜃 + 𝑁. 𝑑𝛿 + 𝑄. 𝑑ℎ

 Substituindo as deformações virtuais (iguais as deformações reais) relativas pelas


expressões encontradas anteriormente, têm-se:

𝑀. 𝑀 𝑁. 𝑁 𝑄. 𝑄. χ
𝑊𝑣𝑖𝑟𝑡(𝑖𝑛𝑡) = 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠
𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐴 𝐺. 𝐴
𝑙 𝑙 𝑙
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Deformações devidas ao carregamento externo-Fórmula de Mohr.
 Igualando o trabalho virtual interno com o externo:

𝑀. 𝑀 𝑁. 𝑁 𝑄. 𝑄. χ
𝑃. 𝛿 = 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠
𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐴 𝐺. 𝐴
𝑙 𝑙 𝑙

Esta é a conhecida Fórmula de Morh, obtida


através do método da carga unitária
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Deformações devidas ao carregamento externo-Fórmula de Mohr.
Observações:
 O estado de deformação (E.D.) pode ser provocado por: carregamento externo,
variação de temperatura, movimentos de apoios (recalques), modificações
impostas na montagem.

 No caso mais geral (estruturas no espaço), tem que acrescentar o trabalho virtual
das forças internas devido ao momento torsor.

𝑇. 𝑇
𝑇. 𝑑𝜃 = 𝑑𝑠
𝐺. 𝐼𝑡
𝑙
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Deformações devidas ao carregamento externo-Fórmula de Mohr.
Observações:
 Para estruturas mais usuais tem-se simplificações na fórmula de Morh:
a) Treliças (com cargas aplicadas diretamente sobre os nós) -somente efeito axial:

𝑁. 𝑁
𝑃. 𝛿 = 𝑑𝑠
𝐸. 𝐴
𝑙

Entre 1 e 2%
b) Grelhas (Não tem efeito axial e pode-se desprezar o cortante):

𝑀. 𝑀 𝑇. 𝑇
𝑃. 𝛿 = 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠
𝐸. 𝐼 𝐺. 𝐼𝑡
𝑙 𝑙
TRABALHOS VIRTUAIS
4.1 Deformações devidas ao carregamento externo-Fórmula de Mohr.
Observações:
 Para estruturas mais usuais tem-se simplificações na fórmula de Morh:
c) Pórticos, vigas e etc... (Despreza-se o efeito do cortante, exceto para vãos muito
curtos e cargas muito elevadas, ex.: Viga de equilíbrio)

𝑀. 𝑀 𝑁. 𝑁
𝑃. 𝛿 = 𝑑𝑠 + 𝑑𝑠
𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐴
𝑙 𝑙

Se essa viga ou pórtico não tiver


tirante/escora ou não for arco também
pode-se desprezar o efeito axial
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO DOS PEQUENOS DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE;

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V

EXEMPLOS;
EXEMPLOS;

USO DE TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
5.0 Exemplos:
5.1-Determinar o deslocamento vertical da seção s utilizando a fórmula de Morh:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PRINCÍPIO DOS PEQUENOS DESLOCAMENTOS;

PRINCÍPIO DA LINEARIDADE;

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS;

P.T.V

EXEMPLOS;

USO
USODE
DE TABELA
TABELA
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
E.D.
𝑀. 𝑀 1
𝑑𝑥 = 𝑀. 𝑀. 𝑑𝑥
𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐼
𝑙 𝑙

𝑀. 𝑀𝑑𝑥 = [𝑡𝑔𝛼. 𝑥]. 𝑀 𝑥 . 𝑑𝑥 =


𝑙 𝑙
E.C.
= 𝑡𝑔𝛼. 𝑀 𝑥 . 𝑥. 𝑑𝑥 =
𝑙

𝑀(𝑥) = 𝑡𝑔𝛼. 𝑥
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
E.D.
𝑀. 𝑀 1
𝑑𝑥 = 𝑀. 𝑀. 𝑑𝑥
𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐼
𝑙 𝑙

𝑀. 𝑀𝑑𝑥 = [𝑡𝑔𝛼. 𝑥]. 𝑀 𝑥 . 𝑑𝑥 =


𝑙 𝑙
E.C.
= 𝑡𝑔𝛼. 𝑀 𝑥 . 𝑥. 𝑑𝑥 == (𝑡𝑔𝛼. 𝑥). 𝐴𝑚.
𝑙

Momento estático

𝑀. 𝑀𝑑𝑥 = 𝑦. 𝐴𝑚.
𝑙
𝑀(𝑥) = 𝑡𝑔𝛼. 𝑥
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
 Exemplo de aplicação:

E.D.

𝑀𝐴. 𝑀𝐴. 𝐿
𝑀. 𝑀𝑑𝑥 =
3
𝑙

E.C.
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
 Ex.01: Determinar o deslocamento horizontal em B. Dados: E.I = 2.104 tf.m²
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
 Ex.01: Determinar a rotação do nó B. Dados: E.I = 2.104 tf.m²
TRABALHOS VIRTUAIS
6.0 Exemplos:
6.1-Uso de Tabelas para a aplicação da fórmula de Morh:
 Ex.02: Determinar o deslocamento horizontal em A. Dados: E.I = 4.104 tf.m² e
(𝐸. 𝐴)𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎 𝐴𝐵 = 105 𝑡𝑓
TRABALHOS VIRTUAIS
I) - Estado de Deformação:
TRABALHOS VIRTUAIS
I) - Estado de Deformação:
D.M.F (tf.m)
TRABALHOS VIRTUAIS
II) - Estado de Carregamento:
TRABALHOS VIRTUAIS
II) - Estado de Carregamento:
D.M.F (tf.m)
REFERÊNCIAS

SUSSEKIN,J.C. Curso de Análise Estrutural. Vol-2,Edit. Globo.


Obrigado!

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