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Provavelmente, um pouco menos especulativa, é a ligação, entre cognição e doenças mentais, feita
pelo grupo liderada por James Sikela, da Universidade do Colorado. O grupo descobriu uma correlação
entre o alto número de cópias de um gene, numa certa região do DNA humano, e o desenvolvimento
do cérebro. Essa região, dizem outros estudos mais heterodoxos, estaria, também, implicada com
Autismo e Esquizofrenia. O perigo das afirmações científicas, muitas vezes, significa o materialismo,
qual véu posto entre a realidade e os olhos dos cientistas.
"O Autismo continua sendo um desafio, um enigma, uma esfinge." (4) Todos os geneticistas e
biotecnólogos, que se apoiam no determinismo genético,(5) não cedem espaço para a existência do
Espírito, e, muito menos, para a reencarnação. Sabe-se que são mais de 3 bilhões as combinações
genéticas possíveis no ser humano. Normalmente, nenhum cientista materialista pensa em existência
de vida na dimensão do além-túmulo, e, muito menos, nas leis de Causa e Efeito. Contudo, sabem que
há dificuldades nos dois aspectos, tanto no genótipo (genes que acarretariam uma característica),
quanto no fenótipo (características, de fato, manifestadas no indivíduo).
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O pesquisador Stephen Jay Gould, já desencarnado, também tinha um filho autista [Josh, um exímio
calculista de calendários, capaz de dizer, em segundos, em que dia da semana cai uma data qualquer].
Paradoxalmente, Gould se tornou um estóico adversário do determinismo genético - "o que não deixa
de ser uma indicação de que parece haver muito mais determinações entre genes e cultura do que
pode supor a biotecnologia." (6) "Em verdade, o esquema um gene/uma doença não é aplicável, nem
mesmo a males com mecanismos mais imediatamente bioquímicos, como o câncer". (7) Menos ainda
podem ser usados para entender e/ou controlar manifestações complexas como "inteligência" ou
"burrice".
Nesse estado mental patológico, que leva a pessoa a se fechar em seu próprio mundo, alheando-se,
em grande medida, do mundo exterior, há débitos passados muito graves, acompanhados,
normalmente, pela consequente obsessão espiritual, pelo que o tratamento indicado pode ser o da
desobsessão, da aplicação de passes e da utilização de água fluidificada. Há casos de autistas que
conseguiram a cura completa, embora muito raros. No entanto, na literatura médica, há casos de
pacientes que conseguiram certa autonomia e uma melhoria surpreendente, insólitos, incomuns.
Existem pessoas que estão dentro do chamado Autismo clássico, outras apresentam algumas das
características autistas, aliadas a uma inteligência fora do comum, geralmente voltada a um assunto
específico, sendo que essas pessoas têm extrema dificuldade de relacionamento inter-pessoal, grande
rigidez nas rotinas do dia-a-dia, e aparente desprezo pelos sentimentos dos outros. Mas, ao menos,
conseguem viver em sociedade... mesmo sendo chamados de difíceis, geniosos, ou termos menos
elegantes.
Sabemos que há vida antes da vida, vida após a vida e vida entre as vidas. Quando houver maior
integração da ciência, entendendo o ser humano de forma mais completa, com corpo, cérebro e
espírito, creio que compreenderemos mais acerca das muitas psicopatologias desafiadoras. Nas obras
da litero-médico-espírita, vamos encontrar inúmeros esclarecimentos sobre as suas causas e sobre o
processo de formação dos sintomas, e que vêm lançar uma nova luz sobre estes mesmos sintomas,
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dado que, nas instruções kardecianas, cada pessoa é vista sob a óptica da reencarnação. "Mesmo
quando os imperativos genéticos produzem situações orgânicas ou psíquicas constrangedoras no
indivíduo, tais como: gêmeos siameses, síndrome de down, autismo, cegos e aleijados, esses se
derivam da conduta pessoal anterior em vidas passadas, e devem ser considerados como estímulo ou
métodos corretivos, educacionais, a que as Leis da Vida recorrem para o aprimoramento dos seres
humanos." (10) Como se observa, do ponto de vista doutrinário, há esses aspectos determinantes da
patologia, o autista é um ser que, por algum motivo, não "acordou" no mundo material. Permanece
escondido, no patamar da existência carnal e espiritual. Muitas vezes, até, observa-se, nalguns casos,
que não há propriamente autismo, mas espectros autísticos, graus e níveis de distúrbios mentais e
emocionais. Destarte, o máximo que se poderia afirmar, em termos de consenso, seria dizer que,
dentre os sintomas básicos atribuídos à síndrome, cada autista apresenta diferentes ênfases sobre
esta ou aquela característica intrínseca. Até porque, "murado dentro de si mesmo, o autista vive em
um mundo de isolamento. Os cientistas que buscam implodir essa barreira trabalham baseados em
hipóteses diversas e conflitantes, utilizando uma gama imensa de abordagens e terapias. (11)
Podemos reafirmar, então, que o Autismo é uma corrigenda natural da vida imposta ao espírito,
objetivando a restrição do seu relacionamento com os que o rodeiam. Isso, porém, não impede que o
espírito receba as manifestações de afeto e carinho a ele endereçadas que, certamente, graças a essas
impressões vigorosas do amor, contribuirão para minimizar a alienação temporária em que vive, e,
quem sabe, acelerar a sua cura.
FONTES:
(1) O termo Autismo foi utilizado pela 1ª vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, para designar não um
quadro clínico, mas um dos sintomas da Esquizofrenia. Em 1911, Bleuler mudou o nome da então
chamada "Demência precoce" para "Grupo das Esquizofrenias".
(2) Watson apresentou sua tese durante o 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia
Quantitativa (3) Reportagem publicada na Folha Online em 03/06/2009 - "Autismo é o preço da
inteligência, diz descobridor da estrutura do DNA" disponível no site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u575851.shtml
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u575851.shtml) – acesso em 18-06-2009
(4) idem
(5) Tese de que tudo num organismo é prefixado pelos genes
(6) Disponível no site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8580.shtml
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8580.shtml) – acesso em 19-06-2009
(7) Disponível no site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8580.shtml
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8580.shtml) – acesso em 17-06-2009
(8) Miranda, Hermínio. "Autismo - uma leitura espiritual", São Paulo: Editora Lachâtre, 2003
(9) Cf. afirma a Federación Española del Síndrome X Fragil, disponível no site: http://www.xfragil.org/
(http://www.xfragil.org/) – acesso em 19-06-2009
(https://www.espiritismo.net/congresso)
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