Você está na página 1de 2

SER HUMANO, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE

ALUNO: RAFAEL CARVALHO VANI 23334

Q1 - Trace uma discussão sobre a neutralidade da ciência e a criação de teorias ditas científicas que
nascem para embasar o colonialismo e o neocolonialismo.

RESPOSTA:
A ciência deve ser neutra de forma a permitir que diferentes tipos de ideias que embasam
pensamentos e teorias possam ser comprovadas de igual modo e intensidade, para que não haja prioridades
em comprovações a favor de ideias políticas ou discriminatórias que, por fim, possam causar algum atraso
na evolução dessa sociedade e problemas em sua qualidade de vida. Dessa forma, quando uma determinada
linha de pensamento tem pesquisas financiadas a interesse do governo, por exemplo, há uma parcialidade
nas decisões e ideias que querem este governo comprovar.
Uma demonstração explícita desse fato é o caso das pesquisas científicas ao redor do mundo
comprovarem as consequências negativas do aquecimento global e o quão importante é combatê-lo para o
bem do futuro da humanidade. Em contrapartida, tem-se a negação dos Estados Unidos frente a esse fato.
Assim, os Estados Unidos financiam estudos científicos que vão contra essa afirmação para justificar
políticas que garantem o lucro de empresas que são grandes poluidoras e preservar o sistema de produção
voltado para o petróleo, carvão mineral e queimas, que na verdade favorecem o aquecimento global. O
governo tenta provar que o aquecimento global é um fenômeno natural cíclico, e que não tem correlação
com emissões de gás carbônico e outros poluentes na atmosfera. Isso mostra que uma falta de neutralidade
na ciência pode influenciar na evolução científica negativamente.
Do mesmo modo, quando pensamos no colonialismo e neocolonialismo, vemos historicamente a
criação de ciências parciais que nasceram para embasar e justificar posicionamentos políticos prejudiciais
para o ser humano como espécie e até mesmo ajudaram a dizimar etnias inteiras. É possível verificar esse
fato quando se observa nesse período da história o posicionamento da igreja frente aos indígenas que não
queriam aceitar a religião dos europeus e que eram dizimados por isso, com a justificativa de que eram
diferentes e inferiores ao colonizador e por isso deveriam ser dizimados. Mas na verdade, o fim não era
pregar e ensinar uma religião, mas sim dominar o território com a justificativa religiosa e embasamentos
científicos falsos.Com esse embasamento científico, se tornava aceitável aos olhos dos colonizadores e da
população européia a morte daqueles que eram diferentes e, portanto, inferiores ou "malignos".
Logo, percebe-se a falta de neutralidade nas ciências criadas ao longo da história da humanidade até
os dias de hoje, devendo ser constantemente criticadas e analisadas para que nós como humanidade não
venhamos a cometer os mesmos erros do passado. Mesmo assim, é possível observar essas características
parciais nos dias presentes.
Q2 – Explique o estranhamente e traga exemplos.

RESPOSTA:

O estranhamento é o sentimento de perplexidade quando nos deparamos com uma cultura diferente
da qual estamos acostumados. É comum que ao longo da história de uma determinada sociedade sejam
desenvolvidos costumes que aos olhos da população são normais. A exemplo, têm-se a história contada em
aula da mulher indígena que buscou seus direitos contratuais de casamento. Nesse caso, a tribo tinha como
cultura que quando uma mulher se casava, ela se casava com todos da casa, podendo ter relações sexuais
entre ela e os membros da família que ali moram sem nenhum tipo de problema ou constrangimento. Mas,
nesse caso, os primos, que nem mesmo moravam com a família, começaram a participar das relações, o que
fez com que ela questionasse o contrato. Para a sociedade tida como cristã ocidental, o casamento é
monogâmico e esse fato traz um estranhamento aos olhos. Para essa mulher o único problema era o fato dos
parentes distantes querem participar do casamento, sendo que a poligamia em si não era o problema.
Para uns, o caso citado pode ser considerado absurdo, por causa do estranhamento relativo à essa
cultura. Para a antropologia, não há problemas em nenhum tipo de comportamento desde de que este não
destrua aquele que o criou. Deve-se, portanto, meditar nos fatos que causam estranhamento para que se
avalie se eles são saudáveis ou não e se podem contribuir positivamente na saúde física e mental do ser
humano. Do mesmo modo, enquanto esse caso traz estranheza para a cultura ocidental cristã, para outros
pode trazer fascínio, fazendo com que o indivíduo enalteça essas atitudes da nova cultura conhecida. É
importante ressaltar que o estranhamento e o fascínio, apesar de naturais do ser humano, são perigosos a
ponto de gerar discriminação ou ainda uma admiração por algo que pode ser ou não saudável.

Você também pode gostar