Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tumores
gastrointestinais
10. Sobre a terapia neoadjuvante total (TNT) para o câncer de reto, assi- nale a
alternativa INCORRETA:
(A) A TNT está associada a uma maior adesão da quimioterapia, quando
com- parada com o tratamento adjuvante.
(B) Pacientes submetidos à TNT podem ser candidatos a terapia
conservadora, sem cirurgia.
(C) Os dados do PRODIGE-23 consolidaram o FOLFIRINOX como regime
padrão para pacientes com tumores de reto T4 ou N2.
(D) Tanto a estratégia de short course como a radioterapia convencional
podem ser aplicadas no cenário da TNT.
13. Paciente de 65 anos, sexo feminino, com histórico de cirrose hepá- tica
por hepatite C e em progressão a sorafenibe por carcinoma hepa- tocelular
multifocal metastático para pulmão, comparece ao consultório para discussão
sobre estratégias de segunda linha. Últimos exames de
11 – B 12 – C 13 – B 14 – D 15 – D
16 – E 17 – B 18 – D 19 – E 20 – A
Comentários
2. QuantoCarcinomas neuroendócrinos
ao câncer colorretal costumam assinale
(CCR) metastático, apresentar prognóstico
a alternativa
ruim e não há papel para uso de análogos de somatostatina. Além
INCORRETA:
disso, é uma doença que costuma captar bem no PET-CT tradicional,
Resposta correta – (B) Num paciente com adenocarcinoma de cólon sigmoi-
e não no PET-Gálio-68, visto que carcinomas neuroendócrinos não
de metastático, KRAS mutado, baseado na lateralidade, o uso de doublet com
expressam re- ceptores de somatostatina. Já TNE G1 bem
anticorpo anti-EGFR é a escolha na primeira linha mais associada a ganho de
diferenciados não costumam ter expressão metabólica no PET-CT
sobrevida global.
com FDG, ao passo que costumam captar bem no PET-Gálio-68,
tornando a alternativa D a única correta.
Comentários
A única alternativa errada é a B, uma vez que a lateralidade só
im- porta na escolha entre anti-EGFR e bevacizumabe para a
primeira linha se o paciente for RAS selvagem. CCR metastático RAS
mutado não deve receber terapia anti-EGFR em nenhuma linha.
Comentários
4. QuantoA aalternativa
um TNE de errada
íleo, égrau
a C. Quando
1, bem uma biópsia
diferenciado, é necessária
assinale a alter-
(exemplo:
nativa INCORRETA:doença metastática ou necessidade de neoadjuvância), deve-
se preferir
Resposta bi- –ópsia
correta (A) por
Em agulha
caso defina guiada
doença por ultrassom
localizada endoscópico
ressecada, deve-se indi-
car tratamento adjuvante com análogo de somatostatina por umAsano.
em vez de biópsia percutânea, pelo risco de ruptura. demais
alternativas estão corretas.
Comentários
A única
5. Quanto alternativa
ao câncer errada
colorretal é ametastático,
(CCR) A, uma vez que não
assinale há benefício
a alternativa
de uso
INCORRETA: de análogo de somatostatina de maneira adjuvante. As demais
alter- nativas
Resposta corretaestão
– (D)corretas.
Num paciente com doença metastática para fígado,
ressecável, lado esquerdo e RAS selvagem, a quimioterapia perioperatória de
escolha é FOLFOX com panitumumabe ou cetuximabe.
Comentários
A única alternativa incorreta é a D, uma vez que, quando a
doença é ressecável, não há papel para adição de anticorpos
monoclonais no esquema de tratamento sistêmico e a quimioterapia
à base de oxaliplati- na permanece sendo o padrão no contexto
perioperatório em pacientes
Comentários
7. Paciente, 65 anos,
Os dados foi diagnosticado com
da imuno-histoquímica tumor de cólon
são compatíveis obstrutivo e
com ausência
submetido
de instabilidade microssatélite, já que as enzimas de reparoevidenciou
a colectomia de urgência. Anatomopatológico estão
adenocarcinoma moderadamente
presentes. Apesar diferenciado
disso, a adjuvância comindicada,
não está infiltração detrata-se
pois peri- tônio
visceral,
de um presença de com
pa- ciente invasão angiolinfática
estádio II de baixoe risco
perineural, margens
(ausência cirúrgicas
de invasão
livres, presença de metástase
angiolinfática em quatro
ou perineural, mais dede 12
17 linfonodos
linfonodos res- secados.CEA
ressecados, Exames
de imagem
pré-operatório normal, tumor bem diferenciado e ausência de a
após a cirurgia não mostraram doença à distância. Assinale
alternativa VERDADEIRA:
perfuração ou obstru- ção). Dessa forma, o paciente é candidato a
Resposta correta – (D) apenas.
seguimento clínico Paciente deverá receber FOLFOX por seis meses.
Comentários
9. SobreOo tratamento
tratamentode padrão
câncer depara CEC dea alternativa
reto, assinale canal anal localmente
CORRETA:
Resposta correta – (E) A QT-RT neoadjuvante aumenta o controle Na
avançado é QT-RT exclusiva, baseada em 5-FU e mitomicina. local e
indisponibilidade
proporciona da mitomicina,
maior chance a cisplatina
de preservação deve ser associada. A
esfincteriana.
cirurgia não deve ser indicada de rotina, apenas nos casos de
persistência de doença ou reci- diva local. A capecitabina pode
substituir o 5-FU, porém em associação com mitomicina ou
cisplatina. Atualmente, está disponível a aplicação de vacina
tetravalente, que protege contra os principais tipos de HPV
associados à carcinogênese desses tumores.
10. Sobre a terapia neoadjuvante total (TNT) para o câncer de reto, assi- nale a
alternativa INCORRETA:
Resposta correta – (C) Os dados do PRODIGE-23 consolidaram o FOLFI-
RINOX como regime padrão para pacientes com tumores de reto T4 ou N2.
Comentários
O estudo OPRA avaliou a estratégia de watch and wait em
pacien- tes com tumores de reto baixo, demonstrando taxas de
preservação de órgão em três anos de 58% no braço de consolidação
e 43% no braço da indução. O estudo RAPIDO teve como braço
experimental quimio- terapia concomitante à radioterapia short
course, seguidos de CAPOX/ FOLFOX, com benefício nas taxas de
falência de tratamento em três anos. Não existem dados de
segurança em relação ao uso da oxaliplatina em conjunto com a
radioterapia e os estudos avaliaram a droga apenas no contexto antes
ou após a radioterapia.
Apesar de o estudo PRODIGE-23 ter demonstrado um ganho em
SLD em três anos no braço experimental (FOLFIRINOX
neoadjuvan- te, capecitabina concomitante à radioterapia, cirurgia e
adjuvância com FOLFOX/capecitabina), o braço controle não
recebeu nenhum esque- ma de indução menos intenso, o que levanta
algumas questões, como a real necessidade de esquema triplo em
Comentários
12. Paciente, 55 anos,aosexo
Em relação feminino,deé internada
tratamento primeira no setor
linha dodecâncer
emer- de
gência
por pâncreas,
quadro deosdor emprotocolos
dois hipocôndrio esquerdo eincluem
preferenciais icteríciaFOLFIRINOX
iniciado há dois
meses.
(ouTomografia do abdômen
FOLFIRI- NOX com contraste
modificado) revelougencitabina-nab-
e a combinação lesão na cabeça do
pâncreas
paclitaxel, conforme respectivos estudos de fase III. Oemestudo
com 3cm e linfonodos peripancreáticos au- mentados número e
diâmetro,
MPACT além de dilatação
randomizou de vias
pacien- tes biliares até colédoco
em primeira linha paradistal. Não foram
gencitabina
evidenciadas lesões
+ nab-paclitaxel focais isoladamente,
ou gencitabina hepáticas. mostrando
Foi submetida
ganho de a
colangiopancreatografia
sobrevida a favor da retrógrada endoscópica
combinação. Nesse com
estudo, foram incluídos
pacientes com menor desempenho clíni- co (ECOG 0-2),
diferentemente do observado do estudo ACCORD 11, que comparou
FOLFIRINOX à gencitabina, no qual foram permitidos somente
pacientes < 75 anos e ECOG 0-1.
Comentários
Uma de
13. Paciente vez65estabelecido
anos, sexo ofeminino,
diagnóstico,
com ahistórico
avaliaçãodepor imagem
cirrose hepá-é tica
fun- damental no estadiamento do câncer de pâncreas
por hepatite C e em progressão a sorafenibe por carcinoma hepa- tocelular e está
recomendada a realização de tomografia de abdômen
multifocal metastático para pulmão, comparece ao consultório para discussãoe pelve
sobrededicada paradeavaliação
estratégias segunda do pâncreas
linha. Últimos(protocolo
exames de de pâncreas) para
imagem revelaram
todo paciente,
surgimento por ser
de quatro novos impor-
nódulos tante para
pulmonares a avaliação
suspeitos para metástasesda e
ressecabilidade da lesão.
crescimento das lesões hepáticas pré- A ressonância nuclear magnética do
abdômen
-existentes. No pode ser útil
momento na identificação
da avaliação, ECOG PS de 1.lesões hepáti-físico,
Ao exame cas são
suspeitassinais
observados por tomografia.
de circulaçãoApesar do potencial
colateral apenas. papel
Exames do PET-CT, ele não
laboratoriais
não está rotineiramente indicado no estadiamento.
mostram anormalidades, exceto leve hipoalbuminemia (3g/dl) e AFP
100ng/dl. Assinale a alternativa CORRETA sobre a melhor estraté- gia de
tratamento:
Resposta correta – (B) Regorafenibe.
Comentários
A melhor opção de tratamento para a paciente corresponde ao
rego- rafenibe, baseado nos dados do estudo RESORCE, que
mostrou ganho de sobrevida global a favor do regorafenibe em
relação ao placebo, após
Comentários
A paciente em questão apresenta critérios (LI-RADS 5, cirrose
15. Em relação ao tratamento dos tumores avançados de vias biliares, é
hepá- tica) para diagnóstico clínico de CHC e não é necessária,
CORRETO afirmar:
nesses casos, a realização de biópsia. Pelos parâmetros clínicos e
Resposta correta apre-
laboratoriais – (D) sentados,
Gencitabina + cisplatina
conclui-se corresponde
claramente que àseopção
trata padrão
de
em primeira linha.
paciente com função hepática severamente comprometida,
certamente CHILD PUGH C (bi- lirrubina total 4; albumina 1.5,
ascite volumosa) e, portanto, não candi- data a tratamento sistêmico,
apenas sintomático.
Comentários
O estadiamento dos tumores gastroesofágicos deve incluir a
endos- copia digestiva alta e tomografias de tórax, abdômen e pelve.
Pacientes sem sinais de disseminação de doença à distância, com
tumores loca- lizados e candidatos a tratamento local exclusivo,
devem ser submeti- dos a USE para confirmação do estadiamento
locorregional. Embora o PET-CT tenha baixa sensibilidade para
tumores com células em anel de sinete, tumores mucinosos,
disseminação peritoneal e detecção de linfonodos regionais que
fiquem próximos ao tumor primário, deve sempre que possível ser
solicitado na presença de doença localmente avançada, devido a sua
maior sensibilidade para detecção de doença metastática.
Laparoscopia com lavado peritoneal deve ser realizada em
Comentários
18. Paciente de 65 anos,
Os tumores de tabagista
intestinoe delgado
etilista, com tosse, disfagia
representam cercae perda
de 2%ponderal
de
progressiva,
todos os étumores
encaminhada
do tratoao oncologista devido
gastrointestinal. ao diag-
São tumores nóstico de
geralmente
carcinoma
agressi-espinocelular
vos, geralmentede esôfago. Traz EDA, que 83%)
MSS (aproximadamente descre-e ve
maislesão
estenosante que se inicia a 26cm da arcada dentária
frequentemente acometem o duodeno. Devido a sua maior superior. Tomografias
não descrevem sinaismesmo
agressividade, de doença
na àausência
distância.de estudos prospectivos que
embasem
Resposta corretatratamento adjuvante,
– (D) Trata-se a esôfago
de lesão do quimioterapia
médio e,costuma ser
caso não alcance
indicada, seguindo os mesmos princípios dos tumores colorretais.
resposta patológica completa com tratamento trimodal, deverá receber
imuno- terapia adjuvante.
Comentários
A paciente apresenta um CEC localmente avançada do esôfa-
go médio. Nesses casos, a traqueobroncoscopia se faz necessária
para
Comentários
20. Paciente feminino, de 32 anos, sem comorbidades, com adenocar-
cinoma MSI-H/dMMR é encontrada localizado
gástrico recém-diagnosticado em cerca 3cm
de abaixo
22% dos tumores
da JEG. Exames
gástricos. Tumores EBV positivos correspondem a cerca de 8%
de estadiamento confirmam estádio clínico III. Assinale a opção CORRETA. dos
tumores gás- tricos e, em geral, apresentam melhor prognóstico.
Resposta correta – (A) Quimioterapia perioperatória é a estratégia indicada.
HER-2 positivo está presente em 12%-22% dos adenocarcinomas
gástricos e de JEG. São mais comuns em lesões proximais e
raramente são encontrados em CEC de esôfago. Fusões de NTRK são
Comentários
incomuns (menos de 1% dos casos).
Trata-se de adenocarcinoma de JEG Siewert III, localmente
avan- çado em mulher jovem e sem comorbidades A melhor
estratégia para esse contexto é o tratamento perioperatório baseado
no estudo FLOT4. A presença de hiperexpressão/amplificação de
HER-2 não interfere na conduta do tratamento curativo.