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Técnico em Zootecnia
Rio Pomba-MG
2013
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a
Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as
universidades e escolas técnicas estaduais e federais.
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Indicação de ícones
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3.1.4- PASTEJO EM FAIXAS ..................................................................................................................56
3.1.5- PASTEJO PRIMEIRO-ŠLTIMO ........................................................................................................56
3.1.6- "CREEP-GRAZING" .....................................................................................................................57
3.1.7- "CREEP-GRAZING AVAN„ADO" ....................................................................................................57
3.1.8- PASTEJO LIMITE ........................................................................................................................57
M†TODO QUE TEM COMO OBJETIVO MANTER OS ANIMAIS EM PASTAGEM DE BAIXA QUALIDADE RECEBENDO OU
RECEBENDO FENO. POR†M, PERMITE QUE TENHAM ACESSO A UMA PASTAGEM ANUAL DE ALTA QUALIDADE
DURANTE POUCAS HORAS DIARIAMENTE OU A CADA DOIS DIAS, PARA REDUZIR AS PERDAS POR PISOTEIO. .....57
3.1.9- PASTEJO DIFERIDO ....................................................................................................................57
4. Conservaˆ‰o de Forragem .............................................................................................. 59
4.1INTRODU„ƒO .................................................................................................................................59
4.2.PLANTIO E ESCOLHA DA …REA ........................................................................................................59
4.3DIMENSIONAMENTO ........................................................................................................................60
4.4.PONTO DE COLHEITA......................................................................................................................62
4.5.ENCHIMENTO DO SILO ....................................................................................................................63
4.6.COMPACTA„ƒO .............................................................................................................................64
4.7.VEDA„ƒO .....................................................................................................................................66
4.8 FASE DE ALIMENTA„ƒO OU DEGRADA„ƒO AER‚BICA DA SILAGEM ........................................................73
4.9.ADITIVOS ......................................................................................................................................74
4.9.1.ALGUNS ADITIVOS UTILIZADOS ......................................................................................................76
5. SISTEMA SILVIOPASTORIL. ................................................................................................................77
5.1.INTRODU„ƒO ................................................................................................................................77
5.2. O SUCESSO NA IMPLANTA„ƒO DO SISTEMA DEPENDE DA ESCOLHA DAS ESP†CIES ARB‚REAS E DAS
FORRAGEIRAS .....................................................................................................................................79
5.3.CARACTER•STICA DAS ESP†CIES ARB‚REAS .....................................................................................79
5.4.A ESCOLHA DA PLANTA FORRAGEIRA................................................................................................81
5.5.CARACTER•STICAS MORFOL‚GICAS E COMPOSI„ƒO BROMATOL‚GICA DAS ESP†CIES FORRAGEIRAS .....82
5.6.BEM-ESTAR E DESEMPENHO ANIMAL ................................................................................................84
6. Capineiras........................................................................................................................ 86
6.1 UTILIZA„ƒO RACIONAL DAS CAPINEIRAS............................................................................................86
6.2 RECURSOS PARA PRODU„ƒO DE SILAGEM DE CAPIM ..........................................................................87
6.3 ALGUNS ADITIVOS PARA PRODU„ƒO DE SILAGEM DE CAPIM:................................................................87
6.4 USO DA CAPINEIRA PARA PASTEJO COM POSTERIOR VEDA„ƒO (ALTERNATIVA)....................................88
6.5 CUIDADOS COM A …REA DE CAPIM PARA CORTE .................................................................................88
7 Uso da cana na alimentaˆ‰o animal ................................................................................. 90
7.1CANA SUPLEMENTADA COM UR†IA ....................................................................................................91
7.1.1COMO PREPARAR A MISTURA CANA E UR†IA ....................................................................................93
7.1.3OUTRAS OP„‹ES DE USO DA UR†IA ...............................................................................................96
8 Fenaˆ‰o............................................................................................................................ 98
8.1 †POCA PARA FENA„ƒO ...................................................................................................................99
8.3 PROCESSO DE FENA„ƒO ..............................................................................................................100
8.4 DESIDRATA„ƒO DA FORRAGEM......................................................................................................101
8.5 FATORES QUE INTERFEREM NA DESIDRATA„ƒO ...............................................................................102
8.5. 1 FATORES CLIM…TICOS ..............................................................................................................102
8.5.2 FATORES INERENTES Œ PLANTA ..................................................................................................103
8.5.3 FATORES DE MANEJO ...............................................................................................................104
8.5.4 ARMAZENAMENTO DE FENO ........................................................................................................106
8.5.5 QUALIDADE E VALOR NUTRITIVO DOS FENOS ................................................................................107
8.5.6 CARACTER•STICAS DE PLANTAS PARA FENA„ƒO ...........................................................................109
8.5.7 CAMPO DE FENO .......................................................................................................................111
8.5.8 NECESSIDADE ANIMAL ...............................................................................................................111
8.5.9 GASTO TOTAL DE FENO .............................................................................................................111
8.5.10 FORNECIMENTO DO FENO ........................................................................................................112
8.5.11ADITIVOS PARA CONSERVA„ƒO DE FENOS ..................................................................................112
8.5.12 M†TODOS DE APLICA„ƒO DE ADITIVOS......................................................................................114
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1 - Planta Forrageira
3
Culturalmente, o produtor brasileiro tende a buscar “ forrageira milagrosa” como forma
de aumento de produtivadade, facilidade de manejo e sustentabilidade do sistema de
exploraˆ‰o de aumento de produtividade, facilidade de manejo e sustentabilidade do
sistema de exploraˆ‰o. Por•m na maioria dos casos, as subestimativas de exig•ncias
nutricionais e o desconhecimento do manejo da forrageira utilizada, somados ” inadequaˆ‰o
desta ao ecossistema, resultam em diminuiˆ‰o da produtividade e, posteriormente, na
degradaˆ‰o da pastagem. Al•m disso, a simples substituiˆ‰o da planta forrageira tem pouco
efeito no sistema de produˆ‰o. Ainda assim, • de extrema import’ncia o conhecimento das
caracterŽsticas agron—micas, morfol“gicas e fisiol“gicas da forrageira a ser utilizada, pois
este • a base que norteia a adequada escolha e o eficiente manejo das forrageiras.
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Ao arrancar uma gramŽnea remove-se apenas uma pequena parcela do sistema
radicular o qual em muitas esp•cies alcanˆa uma profundidade de 2 metros ou mais, sendo
que anualmente s‰o repostas cerca metade das raŽzes existentes, em deˆorr•cia da morte e
formaˆ‰o de novas raŽzes. A profundidade m‡xima • frequentemente alcanˆada no primeiro
ano. As raŽzes de algumas gramŽneas (Paspalum notatum) cont•m ou s‰o circundadas por
bact•rias, principalmente do g•nero Beijerinkia, que fixam nitrog•nio atmosf•rico (Pedreira,
1975).
1.2.2. Caule - O caule das gramŽneas • do tipo colmo, dotado de n“s e entren“s, podendo
ser:
1.2.3. Ocos ou fistulosos
1.2.4. Cheios
a) Macios e suculentos – via de regra preferido pelos animais.
Ex.: Cana-de-aˆ•car, Capim-elefante, etc.
b) Duros e secos – dep“sito de sŽlica nos tecidos Ex.: Milho (ap“s o florescimento e
maturaˆ‰o dos gr‰os). Obs. A quantidade de fibra e sŽlica presente nos tecidos do colmo •
inversamente proporcional ” aceitabilidade dos mesmos pelos animais e tamb•m o que
pode ser digerido no trato gastrointestinal do animal. Resumindo quanto mais a forragem
passar do ponto de colheita menor valor nutricional da mesma.
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B) Subterr’neos (rizomas). Ex.: Paspalum notatun
As gramŽneas apresentam certas modificaˆ‘es caulinares , visando a facilidade de
disseminaˆ‰o:
- Rizomas - s‰o caules subterr’neos que terminam em uma gema apical pontiaguda,
dotados de n“ e entren“s, aclorofilados, cobertos de escamas as quais representam as
folhas e as estŽpulas reduzidas. Ex. Paspalum.
1.2.3. Folha – As folhas das gramŽneas s‰o constituŽdas de l’mina foIiar ou limbo e bainha.
L’mina foliar ou limbo - Via de regra lanceolada com nervaˆ‰o paralela (presenˆa da
nervura principal), glabras ou n‰o, margem comumente ciliadas ou serreadas.
- Bainha - invaginante ou amplexicaule (envolve totalmente o caule), tipo fendida, com
nervuras paralelas bem pronunciadas (aus•ncia da nervura principal).
Obs. Falso pecŽolo - estreitamento da l’mina foliar, perto da bainha. Ex.; Andropogon
Colmo
LÅmina
LÄgul
Colar
Bainha
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Folha completamente expandida?
1.2.4. Elementos praticamente constantes
Colar - ponto de junˆ‰o da l’mina foliar com a bainha, do lado de fora da folha ou
face inferior da l’mina foliar, com funˆ‰o de propiciar o movimento da l’mina foliar.
LŽgula - ponto de junˆ‰o da l’mina foliar com a bainha, do lado de dentro da folha ou
face superior da l’mina foliar, com funˆ‰o de proteˆ‰o da gema contra o ataque de insetos e
excesso de umidade. A lŽgula pode ser pilosa ou membranosa. Uma das caracterŽsticas do
g•nero • presenˆa da lŽgula membranosa.
Obs. O g•nero Echinochloa n‰o tem lŽgula.
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1.5.2.2. Isolados - a) Pareados Ex. Paspalum
- b) Alternados ao longo do eixo principal – existem mais de
dois racemos ao longo do eixo principal. Ex.Brachiaria
(exceto B. mutica)
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1.5.2.3.3. Pseudo-espiga – ou panŽcula de racemo espiciforme – espiguetas
pediceladas e s•sseis inseridas em ramificaˆ‘es da r‡quis, num mesmo sentido
(Andropogon e Hyparrhenia), (Figura 6). A Figura 7 mostra a estrutura completa de um
perfilho de gramŽnea.
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vol•vel, quando n‰o apresentam “rg‰o de fixaˆ‰o. Ex: Galactia, Centrosema e
Macroptilium.
b) Subarbustivos – At• 1,5 de altura. Ex: Stylosanthes
c) Arbustivo - At• 3m de altura. Ex: Cajanus, Guandu
d) Arb“reo - Acima de 3m de altura. Ex: Lecaena (leucena). Prosopis (algaroba).
2.3. Folha - A folha das leguminosas • constituŽda de base foliar, pecŽolo e limbo, podendo
apresentar pulvino e estŽpulas. O limbo apresenta v‡rias formas, dependendo da esp•cie,
com nervaˆ‰o penada. Pode ser do tipo:
1.3 GramŽneas
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1.3.1.1 Panicum maximum cv ColoniÉo
Nome comum – capim-coloni‰o, capim-touceira.
Origem – …frica tropical e subtropical.
Exig‚ncias – • exigente quanto a solos f•rteis, vegetando melhor em solos arenosos. Para
desenvolver bem necessita de precipitaˆ‰o anual de 800 mm/ano.
Utilizaƒ„o – • mais empregado para pastejo rotacionado, com relaˆ‰o ao continua o
manejo e mais trabalhoso devido esta esp•cie alongar colmo com facilidade e para reduzir
este alongamento tem que aumentar muito a taxa de lotaˆ‰o da pastagem.
Porte e h€bito de crescimento – mais • maioria das cultivares s‰o manejada entre 07 ” 09
cm de altura. † planta perene, cespitosa e suas touceiras apresentam-se com ramos
tombados quando mais desenvolvidos.
Manejo – para esta gramŽnea emprega-se o manejo alto. A entrada dos animais no pastejo
controlado para o capim coloni‰o • feita quando as plantas atingem cerca de 60 a 80 cm, e
” saŽda, quando est‰o reduzidas a 30 a 40 cm. No pastejo contŽnuo procura-se manter a
vegetaˆ‰o com cerca de 30 cm. Para outo tipos de cultivares s‰o adotados outro tipos de
manejo como: Mombaˆa para pastejo rotacionado altura de entrada dos animais com 90 cm
e saŽda com 50 cm e pastejo continuo 60 cm, Tanz’nia para pastejo rotacionado altura de
entrada dos animais com 70 cm e saŽda com 30 cm e pastejo continuo 60 cm Quando
pastejado constantemente, o perfilhamento • estimulado. O emprego de roˆadeira deve ser
feito uma vez por ano no inŽcio da estaˆ‰o chuvosa, em caso de ficar muitos tocos (colmos
secos) ap“s pastejo.
Capacidade de suporte – 3,0 UA/ha/ano.
Rendimento – s‰o encontradas refer•ncias de rendimento de 40 a 100 toneladas de massa
verde por ha, sendo mais comum o rendimento de 40 a 50 toneladas de massa verde por ha
em 2 a 3 cortes; Quando bem conduzido pode ser realizado um corte a cada 5 semanas.
Produz 150 a 200 kg/ha de sementes.
Resist‚ncia – • uma gramŽnea bastante r•stica adaptando-se a condiˆ‘es de
sombreamento; rebrota ap“s fogo, mas n‰o suporta solos com excesso de umidade e n‰o
resiste a geadas.
Multiplicaƒ„o – por sementes, utilizando-se de 10 a 30 kg para plantio em linhas, 40 kg/ha
para plantio a lanˆo, quantidades estas que devem ser modificadas em funˆ‰o do valor
cultural da semente, o tipo de preparo do solo e a correˆ‰o do mesmo. A multiplicaˆ‰o por
mudas pode ser empregada, sendo o gasto de 4 t./ha com espaˆamento de 0,5 x 0,5 m,
colocando-se 3 a 5 mudas por cova (este processo n‰o • econ—mico).
Cultivares – as cultivares de Panicum maximum em uso na atualidade s‰o as seguintes:
‘Coloni‰o’, ‘Sempre-Verde’, ‘Makuani’, ‘Tobiat‰’, ‘Tanz’nia’, ‘Mombaˆa’, ‘Aruana’, ’Massai’.
Composiƒ„o – 4% a 10% de PB na mat•ria seca.
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Consorciaƒ„o – consorcia-se com centrosema, siratro, kudzu tropical e soja perene.
1.3.1.2 MombaÑa
O cv. Mombaˆa • uma planta cespitosa de porte alto, com folhas largas (em torno de 3 cm)
e eretas quebrando nas pontas e com poucas pilosidade na bainha e lamina foliar, sendo os
pelos curtos e duros. Colmos s‰o glabos e sem serosidade , infloresc•ncia tipo panŽcula. E
uma cultivar de panicum muito exigente em fertilidade do solo, ent‰o • uma cultivar para se
manter numa pastagem gasta adubaˆ‰o de manutenˆ‰o.
Com relaˆ‰o ”s pragas e doenˆas n‰o a casos de relatos de ataque de cigarrinhas das
pastagens e cochonilha dos capins.
Na regi‰o norte do paŽs a relatos de morte de equino e muares quanto mantidos por
v‡rios ano em pastagens exclusivamente de Mombaˆa, onde os agentes causais foram
bact•rias e fungos, e ap“s a retirada de animais debilitados da pastagem houve
recuperaˆ‰o dos mesmos. Assim n‰o e indicados manter equinos e muares em pastagens
exclusivas dos capins Mombaˆa e tanzania naquela regi‰o, recomenda-se a rotaˆ‰o de
pastagens para estes animais
1.3.1.3 TanzÄnia
O cv. Tanz’nia-1 • uma planta cespitosa de porte m•dio, com folhas m•dias ( em torno de
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2,5 cm e uma diferenˆa com relaˆ‰o a cultivar monbaˆa que a folha desta cultivar • mais
decumbente. As folhas s‰o glabras • apresenta menos pelos que Mombaˆa na bainha e
pr“ximo ao n“. Com relaˆ‰o ”s pragas e doenˆas n‰o a casos de relatos de ataque de
cigarrinhas das pastagens e cochonilha dos capins. Existem relatos de ataques da lagarta
das pastagens. O cultivar • tamb•m suscetŽvel ao Bipolaris maydis, um helmintosp“rio que
ataca as folhas, sendo recomendado como controle a eliminaˆ‰o das plantas atacadas. Por
causa deste ataque desta praga a Embrapa n‰o aconselha o plantio desta esp•cie. Nas
sementes, a Tilletia ayresii pode ser um problema, principalmente no final da colheita.
Devido a estes relatos n‰o indicamos o plantio desta cultivar.
1.3.1.4 Massai
O cv. Massai • uma planta cespitosa de porte baixo, com folhas estreitas e eretas,
quebrando nas pontas. As laminas foliares e as bainhas apresentam m•dia pilosidade,
sendo os pelos curtos e duros. Os colmos n‰o apresentam serosidade. As infloresc•ncias
s‰o tipo intermedi‡rio entre uma entre uma panŽcula e um racemo. Este capim est‡ sendo
utilizado no sistemas agrossilviopastoris, apresentando uma melhor distribuiˆ‰o da produˆ‰o
quando submetidas a sombreamento de 30% e 50% em relaˆ‰o ao pleno sol. Em relaˆ‰o a
equinos apreciam bem esta cultivar.
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Nome comum – elefante, napier ou capim-cana. O nome napier • dado de maneira errada
a quase todas as variedades, sendo que napier • uma variedade desta gramŽnea.
Origem – …frica (Rod•sia).
Exig‚ncias – Esta • uma gramŽnea das mais exigentes em fertilidade, n‰o se adaptando a
baixadas •midas.
Utilizaƒ„o – apresenta boa aceitabilidade e pode ser empregada para pastejo, forragem
para corte e ensilar. Para ensilar este material • conveniente que se adicione juntamente um
material seco e/ou rico em carboidratos, como cana-de-aˆ•car, melaˆo, sorgo, milho, etc.
Esta adiˆ‰o • necess‡ria em funˆ‰o do alto teor de umidade e do baixo teor de carboidratos
que apresenta o capim-elefante.
Porte e h€bito de crescimento – esta gramŽnea • cespitosa, perene, pode atingir at• 6 m
de altura, sendo comum 3 a 4 m; por•m, a maioria de suas variedades deve ser cortada
com 1,3 a 1,80 m, ocasi‰o em que s‰o mais tenras.
Manejo – para pastejo controlado, recomenda-se a entrada dos animais com 80 a 100 cm e
saŽda com 50 a 60 cm, o que pode ser conseguido com perŽodos de ocupaˆ‰o de 1 a 7 dias
e descanso de 25 a 45 dias, dependendo do manejo de adubaˆ‰o e Žndice pluviom•trico. No
pastejo contŽnuo, procura-se manter a gramŽnea com cerca de 60 cm. O manejo alto, 1,20
m, foi muito adotado em esquema de pastejo rotacionado e impede o desenvolvimento de
invasoras, favorecendo a rebrota, mas atualmente os manejos s‰o os mencionados acima.
Quando o produtor opta para o corte as capineiras devem ser bem manejadas da seguinte
forma: o corte deve ser feito quando o capim atingir 1,8 m de altura Este manejo e para
evitar que o colmos da forrageira fiquem passado e tenha baixo aproveitamento pelos
animais.
Capacidade de suporte – 3 a 8 UA/ha no perŽodo das ‡guas; esta capacidade • reduzida
no perŽodo de escassez de chuvas, quando o crescimento • paralisado, caindo tamb•m seu
teor prot•ico. As maiores capacidades de suporte t•m sido observadas em esquema de
pastejo rotacionado e boa fertilizaˆ‰o.
Rendimento – • comum conseguir 20 a 40 t./ha de massa verde em um corte, o qual deve
ser feito a mais ou menos 20 cm do solo, quando a forrageira apresentar 1,50 a 1,80 m de
altura. O rendimento anual pode ultrapassar a 180 t./ha de massa verde em 3 a 5 cortes.
Para fins de planejamento, toma-se por base a produˆ‰o de 20 t./ha/corte, o que seria
suficiente para manter 10 vacas por 100 dias, ministrando-se 20 kg/vaca/dia.
Resist‚ncia – • uma gramŽnea bastante r•stica, suportando bem o pisoteio, com relativa
resist•ncia ao frio e fogo, ficando crestada com geadas.
Multiplicaƒ„o – em funˆ‰o da baixa produˆ‰o de sementes vi‡veis, a multiplicaˆ‰o por
fraˆ‘es de colmo ou colmos inteiros • mais empregada. Se o colmo for segmentado, cada
parte deve conter de 3 a 5 gemas (olhos). As mudas devem ser retiradas de culturas com
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mais de 100 dias, plantadas em sulcos de 15 a 20 cm de profundidade, espaˆados de 0,5 a
1,0 m, com pouca cobertura de terra. O gasto de mudas est‡ em torno de 2 a 4 t./ha, sendo
empregada a proporˆ‰o de 1:10, ou seja, 1 ha de cultura fornece muda para 10 ha.
As mudas, uma vez colhidas, se forem mantidas ” sombra, suportam at• 20 dias de
transporte.
Existe uma hibrido que se propaga por semente que • um cruzamento de duas
esp•cies Pennisetum glaucum( milheto) x Pennisetum purpureum Schum ( campim-
elefante) o nome comercial do capim • paraiso, quando optar para o plantio desta esp•cie
tem que preparar bem o solo devido que a semente e muito pequena e com isso a um gasto
maior de semente
Foto de capineira de Capim- elefante a primeira no ponto ideal de corte e a segunda muito passada
apresentado colmos lignificados.
Fonte: Ant—nio Ricardo Evangelista
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1.3.3 Brachiarias
A maioria das esp•cies • originada da …frica tropical apresentando plantas anuais ou
perenes, eretas, rizomatosas e/ou estolonŽferas.
Brachiaria inclui cerca de 100 esp•cies, de origem principalmente tropical e subtropical
quinze esp•cies s‰o encontradas comumente no Brasil: cinco s‰o nativas (B. adspersa, B.
fasciculada, B. molis, B. reptans, B. venezuelae), tr•s foram introduzidas provavelmente h‡
v‡rias d•cadas (B. extensa, B. purpurascens, B. plantaginea), sete foram as •ltimas a serem
introduzidas (B. brizantha, B. decumbens cv Basilisk, B. dictyoneura, B. humidicola, B.
radicans, B. ruziziensis, B. Brizanta cv Xara‚s, B. Brizanta cv MG5, B. Brizanta cv MG4 e B.
Brizanta cv Tiapƒ ).
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pecuaristas. Existe o combate biol“gico com o inimigo natural desta cigarrinha, que • o
fungo Metarrhizium anizopliae. O controle quŽmico • perigoso e, em caso de ser empregado,
evitar o uso de “clorados”, que d‰o problemas na carne e leite. Os fosforados podem ser
aplicados com crit•rio, observando de sete a dez dias de intervalo entre a aplicaˆ‰o e o uso.
A - Deois flavopicta
B - Deois schach
C - Notozulia entreriana
D - Mahanarva fimbriolata
E - Mahanarva posticata (macho e f•mea)
Figura 4. Esp‚cies de cigarrinhas-das-pastagens que infestam pastagem e cana-de-a„…car. Fonte:
Gallo et al. (2002).
Foto: cigarrinha das pastagens
Multiplicaƒ„o – Pode ser feita por sementes ou por mudas. Por sementes, gasta-se em
torno de 10 a 20 kg/ha para plantio a lanˆo, semente de valor cultural razo‡vel. As sementes
t•m dorm•ncia de 6 meses e, para plantio anterior a este perŽodo, pode-se empregar a
quebra desta dorm•ncia com ‡cido sulf•rico comercial por 15 minutos e posterior lavagem,
pr‡tica que aumenta a porcentagem de germinaˆ‰o. O emprego de mudas pode ser feita
para plantio em covas, sulcos ou distribuiˆ‰o sobre o solo e gradagem superficial. O
espaˆamento pode ser 0,50 x 1,0 m, vari‡vel de acordo com a disponibilidade de mudas e
qualidade destas.
Composiƒ„o qu…mica – variaˆ‰o de 4,1% a 7,4% de PB na mat•ria seca.
Cons†rcio – difŽcil em funˆ‰o do vigor vegetativo desta gramŽnea. Por ocasi‰o da colocaˆ‰o
da leguminosa na pastagem formada, • conveniente rebaixar a pastagem com roˆadeira ou
super pastejo, o que vai facilitar o estabelecimento da leguminosa que deve ser introduzida
em covas ou sulcos, com fertilizaˆ‰o especŽfica, podendo ser empregado: soja perene,
centrosema, siratro, leucaena, etc.
Cultivares – Brachiaria decumbens cv. IPEAN, introduzida diretamente da …frica, por isso
tamb•m dita B. decumbens cv. Africana. Brachiaria decumbens cv. Basilisk ou B.
decumbens cv. Australiana.
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Foto: Baracharia decumbens
Fonte: Valdir Botega Tavares
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1.3.3.3 Brachiaria ruziziensis Germain. et Everard.
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Cultivares – Brachiaria brizantha cv. Marandu. Nomes comuns freq›entemente
empregados para esta cultivar s‰o brachiar‰o, brizant‰o e rodeslana. Esta cultivar • a
brachiaria que vem sendo mais difundida nos •ltimos anos para bovino de corte e, em
escala menor para bovino de leite. Atualmente tiveram novas cultivares como MG 4, Xar’es
, MG 5 e Tiap‰. No caso da Xar’es j‡ tem ataque de cigarrinha nesta esp•cie.
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de onde se selecionou um gen“tipo sexual para voltar a cruzar, gerando o uma nova cultivar
MULATO II. Em ambas as geraˆ‘es de cruzamento aberto, a respectiva m‰e sexual foi
exposta ao p“len de hŽbridos de B. brizantha e de acessos de B. brizantha. Com isso esta
nova cultivar Mulato II apresenta caracterŽsticas da B. Brizanta, diferente do primeiro
cruzamento que apresentava caracterŽsticas das B. ruziziensis e B. decumbens
Utilizaƒ„o – apresenta boa aceitabilidade e pode ser empregada para pastejo, forragem
para corte e ensilar. Foi obtido um rendimento 120 t por hectare em silagem, com tr•s
cortes, por ano,
Manejo – para pastejo controlado, recomenda-se a entrada dos animais com 50 cm e saŽda
com 30 cm, o que pode ser conseguido com perŽodos de ocupaˆ‰o de 1 a 7 dias e
descanso de 35 a 45 dias.
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Multiplicaƒ„o – Seu estabelecimento por sementes. Para um bom estabelecimento •
recomend‡vel utilizar uma taxa de 5-8 kg de sementes por hectare com um valor cultural
mŽnimo de 60%, o que significa uma semente com 80% de pureza e 75% de germinaˆ‰o
. † importante lembrar que as sementes n‰o devem se aprofundar a mais do que 1 cm, para
evitar problemas de baixa emerg•ncia de pl’ntulas.
Composiƒ„o qu…mica – Suas caracterŽsticas nutricionais variam com a idade da pastagem
e com a •poca do ano, como todas as gramŽneas, por•m em geral t•m sido encontrados
normalmente percentuais de PB entre 8% e 12%, al•m de nŽveis de digestibilidade “in vitro”
em rebrotes de 25 a 35 dias entre 55% e 62%.
Consorciaƒ„o – • difŽcil devido ao porte podem ser empregados Arachis Pintoi,
Centrosema e Desmodium
1.3.4 Cynodon
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O capim ‘Tifton 68’ (Cynodon spp) • um hŽbrido F1 do cruzamento de duas
introduˆ‘es, PI255450 e PI293606, as mais digerŽveis provenientes do Qu•nia, …frica,
presentes na coleˆ‰o das 500 gramŽneas do g•nero Cynodon do Professor Glenn W.
Burton. A cultivar Tifton 68 foi registrada e liberada em 1984: • um capim perene, gigante,
com hastes grossas, sem rizomas mas com estol‘es muito robustos com pigmentaˆ‰o roxa
pronunciada, folhas largas, mais pilosas e mais compridas do que as demais cultivares
selecionadas. Multiplica-se por meio de mudas enraizadas ou estol‘es. Bem manejado e em
regi‘es tropicais e subtropicais apresenta alta produtividade e alta aceitabilidade pelos
animais.
O capim ‘Tifton 85’ (Cynodon spp) • tamb•m perene e tem sua origem na Coastal
Plain Experiment Station (USDA-University of Ge“rgia), localizada em Tifton, sul do estado
norte-americano da Ge“rgia, sendo o melhor hŽbrido F1 entre uma introduˆ‰o sul-africana
(PI 290884) e a ‘Tifton 68’ que n‰o apresenta rizomas e estol‘es vigorosos. Trata-se de um
hŽbrido pentapl“ide (2n=5x=45), de porte mais alto que os demais hŽbridos, com colmos
tamb•m maiores, relaˆ‰o folha-colmo maior que o ‘Tifton 68’; multiplica-se atrav•s de
mudas enraizadas ou estol‘es, desenvolvendo-se bem em regi‘es tropicais e subtropicais,
apresentando alta produtividade e alta digestibilidade.
Foto: Cynodon
Fonte: www.agronomia.com
23
Utilizaƒ„o – pastejo e fenaˆ‰o.
Porte e h€bito de crescimento – perene, cespitoso, com 2,0 m ou mais de altura.
Apresenta folhas abundantes com pilosidade aveludada, coloraˆ‰o verde azulado
estreitamento tŽpico na base, assemelhando-se a um pecŽolo.
Manejo – em pastejo deve ser utilizado na altura compreendida entre 30 a 70 cm. Para a
produˆ‰o de sementes deve ser cortado ou pastejado 90 a 120 dias antes da floraˆ‰o para
n‰o acamar, o que dificulta grandemente a colheita.
Capacidade de suporte – 1,5 a 2,0 UA/ha/ano.
Rendimento – 40 a 80 t./ha/ano de massa verde e 100 a 150 kg/ha de sementes.
Resist‚ncia – boa ” seca, pois apresenta sistema radicular profundo (0,80 m de
profundidade e 1,0 m em torno da planta) e tamb•m a corte e fogo.
Multiplicaƒ„o – por meio de sementes, gastando-se 5 kg/ha de sementes de bom valor
cultural e quantidade bem maior quando o valor cultural • baixo.
Composiƒ„o qu…mica – • considerado um capim de valor nutritivo m•dio, apresentando de
4,8% a 12,9% de PB na MS.
Consorciaƒ„o – siratro, calopog—nio, estilosantes.
Cultivares – a EMBRAPA lanˆou a cultivar Planaltina no primeiro semestre de 1980
(Andropogon gayanus var. Bisquamulatus cv. Planaltina), que se encontra em cultivo
atualmente.
24
Origem – Brasil Central (segundo alguns autores). Continente Africano ou •ndia (segundo
outros).
Exig‚ncias – medianamente exigente em fertilidade do solo e exige pluviosidade acima de
800 mm anuais. Desenvolve-se bem em solos sŽlico-argilosos ou argilosos.
Utilizaƒ„o – aceitabilidade boa, utilizado para pastejo, fenaˆ‰o e raramente para silagem.
Quando o porte ultrapassa de 0,5 a 0,6 m, a aceitabilidade decresce.
Porte e h€bito de crescimento – • uma gramŽnea cespitosa, perene, que atinge at• 3 m de
altura, formando grandes e densas touceiras. Pastado repetidamente pode formar gramado
que cobre o terreno.
Manejo – quando empregado pastejo controlado, os animais entram na pastagem quando
est‡ com 0,4 m e saem quando o porte for reduzido cerca de 0,2 m. No pastejo contŽnuo
procurar manter a pastagem com cerca de 0,2 m.
Capacidade de suporte – 2,5 UA/ha/ano.
Rendimento – 40 a 60 toneladas de massa verde por ha/ano em 4 cortes, rendimento
vari‡vel, de acordo com o manejo, podem produzir de 150 a 200 kg/ha de sementes e 20
ton./ha de feno/ano.
Resist‚ncia – • um capim r•stico, vigoroso, mas que apresenta baixa resist•ncia ao
encharcamento, seca e temperaturas baixas. Tem boa resist•ncia a pisoteio, corte mec’nico
e fogo e • bastante atacado pela sa•va.
Multiplicaƒ„o – por sementes, gastando de 8 a 10 kg/ha em sulco e 15 a 20 kg/ha a lanˆo.
Podem empregar-se mudas que dever‰o ser espaˆadas de 0,8 x 0,8 m, sendo as mudas
constituŽdas de fraˆ‰o de touceiras com raŽzes.
Composiƒ„o qu…mica – 5,3% a 12,8% de PB na mat•ria seca.
Consorciaƒ„o – kudzu tropical, jitiranas, siratro, soja perene, etc.
1.3.7.SetÖrias
S‰o gramŽneas perenes, originadas da …frica, que apresentam boa resist•ncia ao frio
e a geadas. Estas plantas t•m boa versatilidade quanto ao tipo de solo, adaptando-se dos
arenosos aos argilosos. Suportam bem as secas e toleram solos mal drenados e at• sujeitos
a inundaˆ‘es. As cultivares mais importantes s‰o: ‘Nandi’, ‘Kazungula ‘e ‘Narok’.
25
fenaˆ‰o. Das tr•s cultivares de Setaria anceps a cv.Nandi • a que apresenta menor
quantidade de oxalatos em suas folhas; concentraˆ‘es elevadas de oxalatos (acima de
0,5% na mat•ria seca) podem provocar defici•ncias de c‡lcio em ruminantes jovens e,
notadamente, nos equŽdeos.
Porte e h€bito de crescimento – atinge 1,5 a 2,0 m no florescimento. Apresenta rizomas
curtos, forma touceira • perene e cespitosa.
Manejo – no pastejo controlado, colocar os animais quando a forrageira estiver com 40 a 60
cm e retir‡-los quando reduzir a vegetaˆ‰o a 15 a 20 cm. Apesar de cespitosa, se bem
pastejada esta gramŽnea pode dar boa cobertura ao solo. O florescimento • intenso, o que
pode diminuir se adotar pastejo intenso no perŽodo que antecede a floraˆ‰o.
Capacidade de suporte – 2 UA/ha/ano.
Rendimento – 60 t./ha/ano de massa verde e 150 kg/ha de sementes com razo‡vel valor
cultural.
Resist‚ncia – resiste bem ao frio, adaptando-se bem no Sul de S‰o Paulo, Mato Grosso e
Norte do Paran‡.
Multiplicaƒ„o – sementes, gastando-se 20 a 40 kg/ha no plantio a lanˆo, gasto que ser‡
menor se o plantio for em linha. A germinaˆ‰o desta gramŽnea • lenta e irregular, exigindo
uma semeadura superficial.
Composiƒ„o qu…mica – 4% a 11% de PB na MS.
26
1.3.8 Hemartria
1.3.9Milheto
27
1.3.10 AzevÜm anual
1.3.11.Aveia
28
se um segundo corte a 15 cm do solo e, ap“s igual perŽodo, faz-se um terceiro corte, a 5 cm
do solo. † comum n‰o se fazer um terceiro j‡ que o rendimento de massa verde deste •
pequeno. Neste caso, faz-se o pastejo direto. Nas condiˆ‘es do Brasil Central, a cultura •
conduzida com irrigaˆ‰o, em sulcos ou por aspers‰o. A f“rmula 20-60-40 • usada
freq›entemente. Responde extremamente bem ” adubaˆ‰o nitrogenada em cobertura,
utilizando-se comumente 20 kg N/ha, 35 dias ap“s o plantio e a mesma dose repetida ap“s
o primeiro e segundo cortes.
Rendimento – 50 a 60 t./ha/ano de massa verde, 5 a 6 t./ha de feno e 1,0 a 2,5 t./ha de
gr‰os. Um rendimento m•dio de massa verde por ha por corte pode ser assim explicado:
24,5 t./ha – 1œ corte; 16,5 t./ha – 2œ corte; 9,5 t./ha – 3œ corte.
Resist‚ncia – n‰o tolera solos encharcados ou mal drenados. A umidade alta favorece o
aparecimento de doenˆas f•ngicas e bacterianas. Apresenta boa resist•ncia a temperaturas
baixas.
Multiplicaƒ„o – por sementes: 80 kg/ha para aveias branca e amarela; 60 kg/ha para aveia
preta.
A semeadura • feita com semeadeiras-adubadeiras de arroz e trigo, no espaˆamento
de 20 cm entre linhas. Na semeadura a lanˆo gastam-se 100 kg/ha de sementes. As
sementes devem ser tratadas com inseticidas, antes do plantio, para combater
principalmente o cupim nesta •poca do ano.
Composiƒ„o qu…mica – 15% a 17% de MS na forragem verde; 13% a 15% de PB na MS;
0,54% de Ca e 0,22% de P.
Consorciaƒ„o – principalmente com leguminosas anuais, como a ervilha e serradela e
tamb•m o trevo branco (perene). No Brasil Central, a aveia • cultivada solteira.
1.4 Leguminosas
29
flores s‰o diclamŽdeas, unicarpelar e multiovuladas; a infloresc•ncia • uma panŽcula ou
r‡cemo e o fruto • do tipo legume.
1.4.1Stylosanthes
Este • o g•nero a que pertence ” maior parte das leguminosas nativas brasileiras; 25
de um total de 40 esp•cies s‰o encontradas no Brasil; mais de 19 esp•cies s‰o encontradas
em terras do estado de Minas Gerais.
Stylosanthes
Stylosanthes capitata e S. marcrocephala (Campo Grande) .
Nome comum -alfafa brasileira, vassourinha e “stylo”.
Origem – Embrapa Gado de Corte em 2000 Mistura fŽsica de duas sementes de linhas
melhoradas, sendo na seguinte proporˆ‰o 80% Stylosanthes capitata e 20% S.
marcrocephala. Na foto abaixo representa a mistura fŽsica de sementes, sendo as plantas de
folhas menores Stylosanthes capitata e maiores S. marcrocephala
Fonte: www.campogrande.olx.com
30
Manejo – quando empregada para fenar, fazer o corte rente ao solo. Quando empregada
em pastejo, evitar o rebaixamento excessivo que pode eliminar a coroa que se eleva com
facilidade. Quando utilizada em cons“rcio, evitar o abafamento pela gramŽnea. O porte da
cultura favor‡vel ao corte • em torno de 50 a 60 cm, quando a planta j‡ tem bom valor
forrageiro e ainda boa digestibilidade.
Rendimento – pode produzir de 15 a 20 t./ha/ano de massa verde. A produˆ‰o de
sementes varia de 150 a 500 kg/ha (60 a 200 kg/ha, com maior seguranˆa).
Resist‚ncia – apresenta susceptibilidade ” antracnose, boa resist•ncia ” seca e a solos
‡cidos; desenvolve-se bem em solos de cerrados; n‰o tolera geada e solos alagados. No
CIAT Col—mbia, foi obtida uma cultivar resistente ” antracnose, cujo nome • “la libertad”.
Multiplicaƒ„o – por meio de sementes escarificadas com ‡gua a 60œC por 5 minutos. A
inoculaˆ‰o das sementes devem ser com inoculante que contenha riz“bios do grupo
stylosanthes. O gasto de sementes • de 2 a 5 kg/ha para espaˆamento de 0,5 m entre
linhas. Para plantio em cons“rcio, a lanˆo ou em linha, empregam-se de 2 a 5 kg/ha. A
multiplicaˆ‰o pode ser por mudas (estacas enraizadas), no espaˆamento de 0,5 x 0,5.
Composiƒ„o qu…mica – apresenta de 12% a 18% de PB na MS.
1.4.2.Amendoim forrageiro
31
Foto: Amendoim Forrageiro
Fonte Valdir Botega Tavares
Nome comum – calopog—nio, calopo, falso or“, enxada verde, catinga de macaco.
Origem – Am•rica do Sul tropical.
Exig‚ncias – pouco exigente em fertilidade do solo, vegetando bem nos pobres e ‡cidos
(solos de cerrado). Sua adaptaˆ‰o • melhor em regi‘es tropicais com umidade e
temperaturas elevadas, ou seja, regi‘es com precipitaˆ‘es acima de 1.220 mm anuais.
Utilizaƒ„o – pastejo, em consorciaˆ‰o com gramŽneas ou mesmo cultura pura. Na fase
vegetativa • de baixa aceitaˆ‰o pelos animais, por•m, quando mais velho, • mais
consumido, pois a gramŽnea se encontra seca. Tamb•m • utilizado na forma de feno.
Porte e h€bito de crescimento – perene (semiperene para alguns), de ciclo curto,
morrendo com seca prolongada, por•m, de ressemeaduras naturais. Apresenta
hastes,folhas, infloresc•ncias e frutos bastantes semelhantes ” soja perene e kudzu tropical.
As folhas s‰o pequenas e de coloraˆ‰o azulada.
Manejo – o pastejo normal nos meses quentes e chuvosos beneficia o calopog—nio na
consorciaˆ‰o, j‡ que ele, nessa •poca, • rejeitado pelos animais. Entretanto, do mesmo
modo que as demais leguminosas herb‡ceas tropicais, ele n‰o tolera altas cargas de
animais.
Rendimento – 40 a 50 t./ha/ano de massa verde e 200 a 300 kg/ha de sementes na
Austr‡lia e Brasil (n‰o muito comumente aqui, esta produˆ‰o de sementes).
Resist‚ncia – baixa ” seca e temperaturas baixas e mediana ao encharcamento.
32
Multiplicaƒ„o – por meio de sementes que devem ser escarificadas, inoculadas com
inoculante do grupo 1 e peletizadas com fosfato natural. Gastam-se de 10 a 12 kg/ha de
sementes na formaˆ‰o de cultivo, cujo espaˆamento entre fileiras • de 0,4 a 0,5 m.
Composiƒ„o qu…mica – 16,5% de PB em forragem nova, com cerca de 60 dias de
crescimento.
Consorciaƒ„o – brachiarias, gordura, andropogon, set‡rias, jaragu‡.
33
verde; 8 a 10t./ha/ano de feno; 300 a 400 kg/ha de sementes. Estas s‰o provenientes de
fecundaˆ‰o cruzada, sendo a atividade de insetos polinizadores extremamente importante.
Floresce no outono e produz sementes no inverno.
Resist‚ncia – boa sob temperatura baixa ou mesmo geadas. Ap“s a fase de pl’ntula, ela
resiste bem ” seca desde que n‰o muito prolongada. N‰o tolera solos pobres, ‡cidos,
arenosos e mal drenados; n‰o tolera secas prolongadas e nem fogo. Tamb•m • bastante
atacada por pragas e doenˆas.
Multiplicaƒ„o – por sementes que devem ser escarificadas, inoculadas com Rhizobium
especŽfico (grupo Medicago) e peletizada com calc‡rio ou hiperfosfato. Semeadura com
semeadora de forragens (Terence, Natal, Brillion) em linhas espaˆadas de 20 a 30 cm e 2 a
5 cm de profundidade, gastando, neste caso, de 15 a 25 kg/ha.
Cultivares – ‘Crioula’ (selecionada no Rio Grande do Sul), ‘Moapa’, ‘Europa’, ‘Saladina’,
‘Rairy peruvian’, ‘Hunter river’, ‘Smooth peruvian’, ‘Fortinera’, ’WL-320’, ‘CUF-101’,
‘Precident’, ‘Pioneer’.
Composiƒ„o qu…mica – 14,7% a 20% de PB na MS.
Consorciaƒ„o – com gramŽneas dos g•neros Paspalum, Set‡ria e outros, no Rio Grande do
Sul.
1.5 Cact‡ceas
Obtidas pelo geneticista americano Burbanks, a partir de cactos espinhosos e
introduzidas no Brasil em 1980, por Herman Lundgeen, sueco e vendedor de navios, em
Pernambuco.
34
cicatrizaˆ‰o do ferimento. O tempo para dar o primeiro corte • vari‡vel em funˆ‰o da t•cnica
de plantio empregada e varia de 1 a 3 anos. A massa a ser fornecida aos animais deve ser
mantida ” sombra e, assim, a forragem n‰o ser‡ laxativa e fica palat‡vel. O material pode
ser desidratado e utilizado em forma de farelo.
Rendimento – pode produzir de 110 a 150 kg de massa verde por p•/ano. Cada raquete
pesa de 0,350 a 1,0 kg. O rendimento por hectare pode chegar a 300 toneladas de massa
verde no terceiro ano (planta m•dia).
Resist‚ncia – • forragem r•stica, resistente ” seca; n‰o resiste bem a umidade excessiva.
Multiplicaƒ„o – por raquetes ou artŽculos sadios e vigorosos com mais de 1 ano. A raquete
para multiplicaˆ‰o deve ser colhida e deixar murchar para evitar doenˆas. O plantio certo •
feito colocando-se duas raquetes juntas e em p•, sendo este o m•todo que proporciona
produˆ‰o mais r‡pida (1 a 2 anos). Se o plantio for feito com a raquetes tombadas, o
primeiro corte ser‡ demorado, ocorrendo com 2 a 3 anos. O espaˆamento empregado • de
1,5 x 1,0 m e as covas com profundidade de 20 cm, onde • enterrada a metade da raquete.
Composiƒ„o qu…mica – vari‡vel, at• 7% de PB na MS.
Outras Cact€ceas
Opuntia sp – • mais tenra e aceit‡vel que a anterior. Recebe nomes comuns de
palma redonda e palma m•dia. A raquete pesa cerca de 0,8 kg.
Opuntia cochenillifera Sal. – • mais apreciada pelos animais, mas n‰o resiste bem
” seca. Recebe nomes comuns de palma mi•da, palma doce e lŽngua de vaca. A raquete
pesa cerca de 0,35 kg.
35
2.Formaƒ„o de Pastagem
† importante ressaltar que, para cada tipo de clima e solo, existente existem
esp•cies ou cultivares mais indicadas. Algumas pastagens n‰o se mantem por muito
tempo, pelo fato de terem sido formadas com esp•cies forrageiras n‰o adaptadas ”s
condiˆ‘es de clima e solo ou com esp•cies de h‡bito de crescimento inadequado ”
topografia da ‡rea, ou ainda, a utilizaˆ‰o inadequada ao h‡bito de crescimento da esp•cie.
Por exemplo, pastagem formada por esp•cies de alta exig•ncia nutricional em solos ‡cidos
e de baixa fertilidade, ou com forrageiras de h‡bito de crescimento cespitoso em ‡reas de
declividade acentuada, certamente est‡ fadada ao fracasso, pois n‰o se manter‡ produtiva
por muito tempo.
a)Planejamento da atividade
Qual o tipo de atividade com animais que vai utilizar. Ex gado de leite ou corte,
36
Caprinos ou ovinos. Cada esp•cie de ruminantes tem um habito alimentar diferente e
com isso uma gramŽnea que melhor se adapta ao mesmo
b)Topografia da regi„o
Regi‘es com topografia mais acidentada • mais indicado a utilizar gramŽneas que fazem
uma boa cobertura do solo para atenuar o processo de eros‰o e tamb•m n‰o t‰o exigente
em fertilidade do solo, devido que nestas a•reas as praticas de adubaˆ‰o se tonam mais
difŽcil pelo fato que n‰o consegue mecanizaˆ‰o agrŽcola. Nas regi‘es mais planas utilizar
gramŽneas de alto produˆ‰o mais exigentes em fertilidade, mas isso tem que levar em
consideraˆ‰o o manejo que produtor quer exercer sobre a mesma
37
3‰ Etapa: Em cada gleba ou talh„o deve-se colher de 20 a 30 amostras em zigue e
zague e colocar as amostragem um recipiente n„o contaminado com adubo
38
Fonte: Adilson de Paula Almeida Aguiar
2.2.1. CultivaÑÉo
A preparaˆ‰o da ‡rea de semeadura empregando meios mec’nicos para a formaˆ‰o
de pastagens • um dos m•todos mais tradicionais. A probabilidade de estabelecimento das
forrageiras quando se utiliza este m•todo geralmente est‡ associada com o grau de
acabamento do preparo do solo. Sim embargo, em alguns tipos de solo como aqueles muito
argilosos ou nas ‡reas de altas precipitaˆ‘es dos tr“picos, uma cama de semeadura muito
fina e pulverizada poderia promover formaˆ‰o de uma crosta superficial que impediria a
emerg•ncia das pl’ntulas mais do que a germinaˆ‰o e o desenvolvimento.
39
germinar. A falta de observaˆ‰o destes fatores poderia conduzir ao retorno da vegetaˆ‰o
nativa e desaparecimento das esp•cies forrageiras em pouco tempo. As probabilidades de
estabelecimento quando se utiliza este tipo de cama de semeadura seriam maiores do que o
emprego de outros m•todos. Sem embargo, as mesmas t•m o inconveniente de serem
caras e demoradas (COOK, 1977; SPAIN, 1978).
O preparo do solo deve ser feito de maneira a propiciar um bom estabelecimento das
forrageiras, com equipamento apropriado e na •poca recomendada. ZIMMER & MIRANDA
(1994) destacam a import’ncia de se efetuarem pelo menos duas gradagens com grade
pesada ou uma araˆ‰o seguida de gradagem com grade niveladora, visando reduzir a
rebrota das plantas perenes do cerrado. Para reduzir o curto de formaˆ‰o, o plantio pode ser
precedido de um ou dois cultivos anuais, ou ainda ser feito um plantio conjunto. Desta
forma, promove-se um melhor preparo do solo, evita-se o rebrote de cerrado e proporciona-
se aumento de resŽduos de fertilizantes para a pastagem.
Proteˆ‰o do topo dos morros, cerca de 1/3 do declive coberto com vegetaˆ‰o de
mata para evitar formaˆ‰o de enxurradas;
Melhor utilizaˆ‰o de ‡reas de tabuleiros e baixadas, que, em geral, s‰o mais f•rteis;
40
Em toda ‡rea que apresentar susceptibilidade ” eros‰o ou escorrimento superficial de ‡gua
devem ser construŽdos terraˆos e, ou, curvas de nŽvel e evitar a queima.
2.2.3 Herbicidas
2.3. Sementes
2.3.1. Qualidade
As sementes utilizadas na formaˆ‰o de pastagens devem ter uma alta pureza fŽsica.
Sementes com ervas daninhas ou outras impurezas (talos, folhas etc.) poderiam afetar no
normal desenvolvimento da pastagem e obstaculizar o trabalho de semeadura,
respectivamente. A germinaˆ‰o das sementes • outro aspecto importante a considerar para
se obter um r‡pido e uniforme estabelecimento. Isso • expresso em valor cultural da
semente que • calculado pela seguinte express‰o abaixo:
41
VC (%) = % pureza x % germinaÄÅo
100
% SPG
42
Forrageira Sementes/grama Taxa de semeadura
(aprox.) (kg/ha SPV)
A determinaˆ‰o de SPG ou SPV permitiria tamb•m fazer comparaˆ‘es de preˆos entre lotes
de sementes. Aquelas sementes de baixa qualidade custariam menos, mas implicaria uma
maior gasto de semente.
Q = kg de SPV *100
VC
43
Plantio em •pocas normal de chuva
Solo analisado e corrigido
Solo bem preparado
Reposiˆ‰o de nutrientes
Equipamentos em boas condiˆ‘es
Uso de rolo compactador para acomodar as sementes no solo
Plantio solteiro
Nestas condiˆ‘es ainda devemos multiplicar a taxa de semeadura por 2
CondiƒŠes mˆdias para a Taxa de semeadura
Plantio tardio
Plantio em terreno com declive
Plantio com pouco preparo do solo
Plantio em v‡rzeas •midas
Plantio a lanˆo (superfŽcie) manual
Plantio no p“, sem previs‰o de chuva
Equipamentos com m‡ regulagem
Plantio-queimada (antes das chuva)
Nestas condiˆ‘es ainda devemos multiplicar a taxa de semeadura por 4
44
2.6 MÜtodos de semeadura
2.6.1. A LanÑo
Nas ‡reas de chuvas intensas de curta duraˆ‰o, este m•todo n‰o tem se mostrado
conveniente na formaˆ‰o de pastagens, dado que a falta de umidade na superfŽcie do solo,
poderia afetar tanto a germinaˆ‰o quanto o estabelecimento. Segundo KORNELIUS et al.
(1978), a semeadura a lanˆo incrementaria os custos de formaˆ‰o de pastagens, enquanto
que as taxas de semeaduras deveriam ser muito elevadas para obter um adequado stand.
Nas ‡reas onde algum tipo de cobertura pode ser realizado ap“s o plantio a lanˆo, um
consider‡vel aumento poderia ser obtido no estabelecimento. Em Brachiaria decumbens foi
obtido 41% a mais de plantas jovens quando se utilizou a semeadura a lanˆo superficial
(ZIMMER & MIRANDA, 1994). Quando se efetua semeaduras a lanˆo por avi‰o, a
peletizaˆ‰o da semente seria aconselh‡vel para uma melhor distribuiˆ‰o das mesmas.
45
2.6.2. Sulcos
As plantadeiras de sulcos geralmente permitem distribuir e cobrir as sementes em
uma s“ operaˆ‰o, obtendo-se um melhor contato das mesmas com o solo, o que
favoreceria a taxa reabsorˆ‰o de ‡gua e, por conseguinte, a germinaˆ‰o. A semeadura por
sulcos geralmente permite obter um adequado estabelecimento mesmo nas ‡reas onde
nenhuma preparaˆ‰o de solo foi realizada (NASCIMENTO, 1974; GOMIDE, 1979).
A semeadura em sulcos pouco separados poderia ser melhor nas ‡reas com
problemas de ervas daninhas para obter-se uma mais r‡pida cobertura do solo. Em geral a
dist’ncia entre sulcos variaria com o h‡bito de crescimento das esp•cies e com o regime de
precipitaˆ‰o. Nas ‡reas onde a umidade n‰o • limitada durante o perŽodo de
estabelecimento, dist’ncias de 0,40 a 0,50 m entre sulcos, permitiria conseguir uma
46
adequada sobreviv•ncia e implantaˆ‰o. Entretanto, nos locais com baixas precipitaˆ‘es,
maiores dist’ncias entre sulcos seriam mais aconselhadas.
2.6.3. Faixas
O estabelecimento das pastagens com lavouras anuais • uma pr‡tica que poderia
ocasionar muitos benefŽcios. Os custos de desenvolvimento do solo com pastagens
poderiam ser em parte absorvidos pelos lucros obtidos do cultivo anual. Por ocasi‰o da
colheita da cultura, o solo permaneceria coberto, diminuindo os riscos de eros‰o. A
formaˆ‰o de uma pastagem de leguminosa junto com a lavoura melhoraria
consideravelmente a qualidade do restolho remanescente para pastejo. Nas ‡reas
derrubadas de floresta, depois de 2-3 anos de cultivos anuais, a fertilidade do solo declina, o
estabelecimento de uma pastagem com a •ltima lavoura permitiria passar da atividade
agrŽcola para uma atividade rent‡vel.
Um dos principais objetivos quando se realiza este tipo de operaˆ‰o dever‡ ser a
obtenˆ‰o de uma adequada formaˆ‰o de pastagens e minimizar as perdas da cultura. Os
cereais devido ao seu mais r‡pido crescimento apresentariam um balanˆo competitivo
favor‡vel com relaˆ‰o ” forrageira. Entretanto, o emprego de certas t•cnicas para melhorar
o comportamento das •ltimas poderia diminuir e comprometer a produˆ‰o da lavoura.
Alguns dos fatores mais importantes a considerar quando se emprega esta t•cnica
seriam: tempo de semeadura, m•todo de estabelecimento, fertilizaˆ‰o e taxa de semeadura.
O tempo de semeadura em relaˆ‰o ” lavoura • uma caracterŽstica desta e da esp•cie de
forrageira a ser semeada. Stylosantes guyanensis semeado a 0, 31 e 60 dias ap“s o plantio
do arroz, mostrou uma densidade de plantas decrescentes com o protelamento do tempo de
semeadura.
47
As semeaduras entre linhas da cultura seriam mais ben•ficas para as pastagens do
que as semeaduras a lanˆo dentro da lavoura e as semeaduras na mesma linha do cereal.
Todavia, uma excessiva separaˆ‰o entre linhas do cereal, poderiam aumentar
excessivamente o crescimento da pastagem, devido a uma maior penetraˆ‰o de luz e
reduzir a produˆ‰o da cultura. A aplicaˆ‰o de fertilizantes tamb•m pode modificar o
comportamento das esp•cies. Brachiaria decumbens, semeada entre linhas de arroz,
apresentou uma boa populaˆ‰o de plantas sem afetar a lavoura. A fertilizaˆ‰o na ‡rea de
cultivo com 230 Kg de P2O5 por hectare reduziu sensivelmente a produˆ‰o de arroz
(KORNELIUS, 1978).
48
plantas de cobertura, por meio de rotaˆ‰o de cultura, sendo o solo removido apenas para
que seja possŽvel depositar a semente e o adubo no suco de plantio
1- Controle da eros‰o
Como o solo n‰o • pulverizado pela araˆ‰o e gradagem, resiste melhor ” aˆ‰o
erosiva dos ventos e da chuva, que encontram, na palhada, uma barreira importante
49
Al•m de favorecer a aˆ‰o das minhocas e insetos que funcionam como arados
naturais , destruindo camadas endurecidas, a palhada minimiza a press‰o das maquinas no
solo e evita a sua compactaˆ‰o tamb•m constitui uma barreira fŽsica para invasoras,
impedindo a sua emerg•ncia.
Como o planto direto n‰o exige revolvimento do solo, possibilita econ—mica de capital
imobilizado: utiliza-se apenas parte do maquin‡rio agrŽcola empregado no cultivo
convencional. O trator usado pode ter pot•ncia menor, pois n‰o precisa puxar arados
pesados, que mexam no solo a grandes profundidades. Al•m disso, m‰o-de-obra e
combustŽvel s‰o reduzidos pela metade.
Seja pela reduˆ‰o da eros‰o e elevaˆ‰o da fertilidade do solo, seja pelo menor uso
de determinados produtos quŽmicos.
No Brasil a forrageira mais plantada pro muda e capim elefante devido a sua baixa
produˆ‰o de semente e f‡cil capacidade de encontrar mudas em quase todas as regi‘es
brasileiras.
50
3.Manejo da Pastagem
51
Pastejo Çtimo – ocorre equilŽbrio entre a produˆ‰o de forragem e o n•mero de
animais em uma determinada ‡rea. Compreende o ponto adequado de utilizaˆ‰o das
pastagens, permitindo uma produˆ‰o animal sem prejudicar as plantas e o solo. A carga
animal adequada n‰o s“ • importante para a conservaˆ‰o da fertilidade do solo, como
tamb•m para manter o equilŽbrio entre as esp•cies que integram a pastagem.
Em pastejo “timo, a produˆ‰o animal pode n‰o se m‡xima, porque n‰o h‡ sobra de
forragem que proporcione melhor seleˆ‰o como no subpastejo, por•m, a produˆ‰o por
hectare • m‡xima.
Subpastejo – poucos animais em relaˆ‰o ” disponibilidade de forragem. Neste caso,
ocorre perda de forragem e a produˆ‰o por animal torna-se m‡xima, em funˆ‰o da
oportunidade de seleˆ‰o de alimentos, mas a produˆ‰o por ‡rea • baixa, pelo pequeno
n•mero de animais na pastagem. O animal, neste caso, tem condiˆ‘es de atingir o seu
m‡ximo potencial gen•tico da produˆ‰o, por•m, a produˆ‰o por hectare torna-se
antiecon—mica, visto que implica em perdas de forragem e forˆaria a adoˆ‰o da queima para
eliminar a macega deixada pelos animais.
Capacidade de suporte -† o n•mero de animais por unidade de ‡rea observando-se a
press‰o de pastejo “tima, ou seja, a disponibilidade de forragem. Capacidade de suporte •,
sem d•vida, uma medida de avaliaˆ‰o da forragem (caracterŽstica pr“pria da esp•cie). Ex.:
Brachiaria decumbens, capacidade de suporte 3 UA/ha/ano.
Ciclo de pastejo- Ciclo de pastejo • o perŽodo de tempo que decorre entre o inŽcio de um
perŽodo de pastejo e o perŽodo de pastejo seguinte, isto •, o ciclo de pastejo • o resultado
do somat“rio entre o perŽodo de descanso e o perŽodo de pastejo. O ciclo de pastejo
determina, portanto, a produˆ‰o e a qualidade da planta forrageira. Como um dos
componentes na determinaˆ‰o do ciclo de pastejo, a frequ•ncia entre os pastejos assume
elevada import’ncia porque • um dos principais fatores que interfere na qualidade e na
quantidade da forragem produzida.
52
3.1.2- LotaÑÉo ContÅnuo
O m•todo de pastejo sobre lotaˆ‰o contŽnua • um sistema de pastejo no qual os
animais permanecem numa mesma ‡rea durante o perŽodo de produˆ‰o da pastagem. A
perman•ncia pode ser de algumas semanas ou meses, como em pastagens tempor‡rias e
anuais, ou at• mesmo v‡rios anos. Embora simples, tamb•m oferece oportunidade para
planificaˆ‰o, como ocorre com os m•todos mais sofisticados. Diversas pr‡ticas podem ser
adotadas para aumentar sua efici•ncia e promover maiores produˆ‘es de produto animal
com oportunidades de melhoramento crescente das condiˆ‘es da comunidade vegetal.
b. Utilizar a categoria de animal indicada para cada tipo de pastagem e estaˆ‰o por ano;
Entre as desvantagens apontadas para o m•todo pastejo sobre lotaˆ‰o contŽnua, podem ser
citadas:
c. Aumento de esp•cies invasoras quando o pastejo • mantido com alta lotaˆ‰o, mesmo em
perŽodos crŽticos.
53
3.1.3- LotaÑÉo Rotativa ou rotacionado
Diretrizes
• Hip“tese – 100UA
• PO=3 e PD=30
• Nœ de piquetes= (PD/PO)+ 1
54
• Nœ de piquetes= (PD/PO) + 1 = (30/3)+1= (10) +1 = 11 piquetes
• = 100 X 80 m2 X 3 dias
• = 2,4 Ha
Um produtor tem uma ‡rea de 30ha. E resolveu fazer pastejo rotacionado com 3 dias de
ocupaˆ‰o, 30 de descanso e uma ‡rea •til por animal dia 80m2. Qual o numero de piquetes,
‡rea dos piquetes e numero de animais pode ser alojado neste pasto?
• Nœ de piquetes= (PD/PO)+ 1
• …rea do piquete?
• 30 h‡ /11= 2,7 ha
• 80 m2
• = 112 UA
55
N•mero de piquetes = PerŽodo de descanso (dias) + 1
† caracterizado pelo acesso dos animais a uma ‡rea limitada ainda n‰o pastejada.
Neste m•todo o manejo • conduzido com o auxŽlio de cercas el•tricas, de forma que a cerca
de tr‡s impeˆa o retorno dos animais ”s ‡reas pastejadas anteriormente. O tamanho da
‡rea • calculado para fornecer aos animais a quantidade de forragem que estes necessitam
por dia. † um sistema mais utilizado em rebanhos leiteiros de alta produˆ‰o, devendo ser
utilizadas esp•cies forrageiras que apresentem alto valor nutritivo.
56
3.1.6- "Creep-grazing"
M•todo que permite que bezerros passem atrav•s de uma abertura na cerca para
uma ‡rea contendo forragem de melhor qualidade do que aquela onde suas m‰es s‰o
mantidas. † um sistema que n‰o exige tantos investimentos. Os gastos se concentram na
formaˆ‰o de uma ‡rea de pasto de melhor qualidade e da despesa com cercas. O sistema
possibilita uma melhor condiˆ‰o tanto do bezerro quanto da vaca.
M•todo que tem como objetivo manter os animais em pastagem de baixa qualidade
recebendo ou recebendo feno. Por•m, permite que tenham acesso a uma pastagem anual
de alta qualidade durante poucas horas diariamente ou a cada dois dias, para reduzir as
perdas por pisoteio.
57
CaracterŽsticas morfol“gicas e fisiol“gicas que favorece o uso do m•todo de pastejo
diferido para seca: maior proporˆ‰o de folhas em relaˆ‰o a talos, talos finos (Ex Braqui‡rias
e o Cynodon) e florescimento tardio (no caso do Tanz’nia e do Braquiar‰o) ou n‰o
florescem (Cynodon spp).
A oferta de forragem para os animais para este tipo de pastejo deve ser alta entorno
de 8 kg de mat•ria seca/100 kg de peso vivo para permitir que o animal exerˆa a
seletividade das partes mais ricas da planta, durante o ato de pastejo, logo o valor nutritivo
deste material • baixo.
Fonte: www.forrageirasdow.com.br
58
4. Conservaƒ„o de Forragem
4.1IntroduÑÉo
A produˆ‰o animal baseada em pastagens encontra entraves para manter a efici•ncia
produtiva dos rebanhos em raz‰o da sazonalidade na distribuiˆ‰o da produˆ‰o forrageira ao
longo do ano (ANDRADE et al., 2010). Uma soluˆ‰o seria a confecˆ‰o de silagens, para
suplementaˆ‰o dos animais na •poca de sazonalidade da produˆ‰o das forrageiras.
59
‡rea, possuindo planejamento da atividade para ter condiˆ‘es para tomar decis‘es corretas
(NOVAES, et al., 2004).
4.3Dimensionamento
Alimentaˆ‰o de 50 garrotes com silagem, durante 120 dias. A cada garrote ser‰o fornecidos
16 kg de silagem por dia. Considerar :
60
QS = 50*16*120
Volume do silo
1 t ------------ 2 m3
C = 24 metros;
Seƒ„o trapezoidal
9.16 m2 = [(B+b)/2]*2 m
B = b+0,5*(altura do silo)
B = b+0,5*(2,0)
B = b+1
61
b+b+1 = 9,16
2b = 9,16-1
b = 4,08 metros
B+b = 9,16 m
5,08 metros
B = 9,16 - 4,08
4,08 metros
4.4.Ponto de colheita
Neste t“pico vou colocar alguns pontos de colheitas das gramŽneas mais importantes
Milho metade da linha do leite, devido o este est‡gio o milho apresenta as melhores
condiˆ‘es para o processo de silagem, ver foto ilustrativa
62
Foto:Sorgo este ponto quando a panŽcula apresenta a metade com gr‰o duro para farin‡ceo
Foto:Ponto de colheita do capim elefante quanto o capim atingi uma idade de 90 dias
Fonte:www. uipi.com.br
4.5.Enchimento do silo
63
Quando mais a massa ensilada for porosa, maior ser‡ a facilidade para o ar penetrar
no seu interior. A prerrogativa essencial para conter a deterioraˆ‰o aer“bica •, portanto, a
reduˆ‰o da porosidade da silagem, ou seja, aumentar a quantidade de forragem por unidade
de volume ( elevar a densidade). Alguns trabalhos de pesquisa realizados em fazendas na
It‡lia mostraram que dentre os fatores que afetam a densidade da massa em silos
horizontais destacam-se o teor de MS da forragem, o tamanho de partŽcula, altura da
camada distribuŽda no silo durante o enchimento, o peso do veiculo e a press‰o que este
exerce, tempo de compactaˆ‰o e altura do silo (TABACCO & BORREANI, 2002).
Para que a fase de deposiˆ‰o de forragem possa ser de forma que se reduza
superfŽcie de exposiˆ‰o ao ar, recomenda-se que em silos do tipo trincheira, o enchimento
seja executado de forma a ser criada uma rampa onde camadas oblŽquas sucessivas devem
ser depositadas diariamente (Figura 2). Al•m disso, sugere-se o abaulamento da massa
ensilada, compactada acima do nŽvel de contorno da borda superior do silo, pois auxilia no
escoamento de ‡gua de superfŽcie precipitada sobre o silo (EVANGELISTA & LIMA, 2000).
Em silos do tipo superfŽcie, silos trincheira de pequena capacidade e/ou efetivo operacional
de colheita superdimensionado • permitido ” deposiˆ‰o de camadas horizontais, desde que
o tempo de confecˆ‰o n‰o seja prolongado.
4.6.CompactaÑÉo
64
estudos conduzidos por SHEARES & CORDUKES (1990) citados por MCDONALD et al.
(1991).
Al•m do TMP, outros fatores como tipo de silo, carga de press‰o aplicada, tempo total
de compactaˆ‰o, espessura de camada adicionada, teor de MS da forragem, afetam a
efici•ncia de compactaˆ‰o e a densidade final obtida (MUCK & HOLMES, 2000).
Embora n‰o haja um valor considerado ideal para avaliaˆ‰o em um silo, recomenda-
se densidades superiores a 550 kg de MV/m3 (RUPPEL et al., 1995), e inferiores a 850 kg
de MV/m3, sendo esse alto valor obtido apenas em condiˆ‘es bastante favor‡veis.
65
reduzir o pool de carboidratos sol•veis essenciais ” boa fermentaˆ‰o. Esse processo • mais
crŽtico em volumosos •midos, como as gramŽneas tropicais (JOBIM et al., 2007).
160 20,2
224 16,8
256 15,1
288 13,4
352 10,0
4.7.VedaÑÉo
Ap“s o silo Cheio e compactado deve ser vedado completamente com lona pl‡stica,
de alta resist•ncia. Silo do tipo trincheira e superfŽcie s‰o geralmente atrativos em raz‰o da
66
maior economia no armazenamento de forragens sob a forma de silagem. Entretanto, silos
horizontais permitem grande superfŽcie de exposiˆ‰o a trocas gasosas com o ambiente,
durante o enchimento e ap“s a vedaˆ‰o. Em silos do tipo superfŽcie, a presenˆa da lona
tamb•m se torna relevante, devido ” falta de paredes laterais para proteˆ‰o (SAVOIE &
JOFRIET, 2003).
A contribuiˆ‰o mais expressiva da etapa de vedaˆ‰o • em evitar a penetraˆ‰o de ar
do ambiente externo para o interior do silo. Porem • comum o filme de polietileno apresentar
permeabilidade ao oxig•nio, em torno de 4000 cm3 de O2/ m2 durante 24 horas a
temperatura de 23œ C ( espessura da lona de 45 Ÿm) a qual tende a aumentar notavelmente
com a elevaˆ‰o da temperatura ambiental, passando para 12000 cm3 de O2/ m2 durante 24
horas a temperatura de 50œ C( BERNARDES, 2007).
A proteˆ‰o da lona do silo com terra, areia ou capim, aumenta a ades‰o entre a
massa, diminuindo a incid•ncia de raios solares e consequentemente reduzindo as trocas
gasosas com o ambiente. Por•m, podem representar grande demanda de m‰o de obra, seja
durante a confecˆ‰o ou na retirada da silagem, principalmente quando o silo • extenso.
Silo trincheira
Como o pr“prio nome indica, este silo caracteriza-se por uma vala aberta no
solo, aproveitando-se um desnŽvel (barranco) pr“ximo ao local de tratar dos animais.
† um tipo de silo de construˆ‰o mais barata do que os tipos a•reo, cisterna ou de
encosta.
Abertura da vala – • feita com l’mina acoplada a trator ou, ainda, manualmente,
67
deixando as paredes com 25% de inclinaˆ‰o, o que facilita a compactaˆ‰o do
material e evita desmoronamentos. A base ou fundo deve ter a inclinaˆ‰o de 1% a
2%, o que evita ac•mulo de umidade.
Revestimento – • feito de alvenaria, podendo ser utilizado tijolo em espelho. Esta
operaˆ‰o • necess‡ria. Por•m, em solos mais firmes e na tentativa de baratear o
custo, ela • dispens‡vel, o que implica em maiores cuidados no enchimento do silo,
porque este procedimento aumenta o risco de perdas de material pr“ximos ”s
paredes; a substituiˆ‰o da alvenaria por lona pl‡stica • uma operaˆ‰o que pode ser
utilizada.
Canaletas – construir canaletas ao redor do silo, para evitar a penetraˆ‰o de ‡gua
de chuva na massa ensilada.
Dimensionamento - N‰o existe tamanho pr•-fixado para este tipo de silo e a
determinaˆ‰o do seu volume depende de um estudo da propriedade, verificando-se:
n•mero de animais a serem tratados, tempo de fornecimento da silagem,
possibilidade de produˆ‰o de massa verde, etc. Carregamento – Para carregar este
tipo de silo, o material picado deve ser bem distribuŽdo em toda a sua extens‰o e
faz-se uma compactaˆ‰o criteriosa. A compactaˆ‰o • facilitada porque podem-se
empregar m‡quinas ou animais nesta operaˆ‰o.
O carregamento deve ser feito at• acima da boca do silo, fazendo com que
fique abaulado depois de vedado, isto facilitar‡ o escoamento de ‡gua, visto que
nesse tipo n‰o se emprega cobertura (telhado) para este fim (figura 15).
68
Descarga – passando o perŽodo de fermentaˆ‰o (30 dias), o silo pode ser aberto e,
para isso, retira-se a vedaˆ‰o do topo (t‡buas) e vai-se retirando diariamente o
material do silo em camadas verticais (fatias) de, no mŽnimo, 15 cm de largura; a
cobertura (vedaˆ‰o), vai sendo afastada ” medida em que vai retirando-se a
silagem.
69
Dimensionamento – a dimens‰o • vari‡vel, de acordo com as observaˆ‘es feitas
para o dimensionamento do silo trincheira.
Carregamento – para este tipo de silo, embora a altura ajude na compactaˆ‰o das
camadas inferiores da massa, • mais difŽcil de realizar esta pr‡tica com outro meio
que n‰o seja a presenˆa de oper‡rios no interior do silo. Os cuidados no enchimento
do silo devem ser os mesmos recomendados para o silo trincheira. No carregamento
a massa de forragem deve ficar bem acima da boca do silo, pois esta se abate, o
que acarreta perda de espaˆo. Recomenda-se que, diariamente, antes da entrada
de homens para pisotear a massa, seja colocada mais forragem no silo, com a
finalidade de expulsar gases t“xicos formados de um dia para o outro.
Vedaƒ„o – pode ser com lona pl‡stica e, sobre esta, colocar areia, visto que neste
tipo de silo existe telhado para proteˆ‰o contra chuvas.
Descarga – aberto o silo, deve-se retirar a silagem diariamente em toda a superfŽcio
exposta ao ar. Para a descida do oper‡rio no interior do silo, recomendam-se
escadas regul‡veis de madeira ou de cordas, n‰o sendo conveniente os tipos
afixados ” parede, que dificultam a compactaˆ‰o, tornando-se mais um fator de
perda no armazenamento.
A silagem • retirada por meio de balaios presos em corda, ” semelhanˆa da
retirada de ‡gua em cisterna. Um artifŽcio que pode facilitar a retirada do material
(diminui o peso) • o emprego de duas carretilhas roldanas ver detalhe na figura.
70
Fonte : Valdir Botega Tavares
71
Silo de superf…cie
Este tipo de silo, j‡ usado em muitos paŽses da Europa, est‡ hoje bastante
difundido no Brasil, principalmente por apresentar a vantagem de eliminar gastos de
construˆ‰o.
Carregamento – escolhe-se uma ‡rea plana e pr“xima ao local de tratar os animais
bem compactada. Sobre ela pode-se colocar algum material para evitar o contato
direto da forragem com o solo (Ex.: casca de arroz). Em seguida, coloca-se a
forragem picada em camadas homog•neas e compactadas, com trator, at• atingir a
altura desejada e cobre-se com lona pl‡stica toda a extens‰o da massa. Deve ser
utilizado um artifŽcio para auxiliar na expuls‰o do ar, colocando sobre a lona areia,
capim, etc., e a construˆ‰o de duas valetas, sendo uma para prender os lados da
lona pl‡stica e a outra para impedir a entrada de ‡gua.
72
diminui perdas.
Dimensionamento – podemos considerar que o silo de superfŽcie • um silo de
trincheira de boca para baixo e, no dimensionamento, aumentar as medidas do silo
de trincheira em 20%, em funˆ‰o do menor volume armazenado por m3 no silo de
superfŽcie.
Esta fase tem seu inŽcio no instante em que o silo • aberto, desta forma a
silagem fica exposta ao ar, propiciando o crescimento de microrganismos aer“bicos
facultativos que permaneceram dormentes na aus•ncia do oxig•nio. Tais
microrganismos s‰o capazes de provocar aquecimento e perdas de MS. Bact•rias
‡cido ac•ticas e/ou leveduras provocam o aquecimento prim‡rio, caso o consumo da
forragem seja lento h‡ o desenvolvimento de bacilos e fungos. A atividade de
leveduras e mofos acarreta um ou dois picos de temperatura, tŽpicos desta fase que
tem como caracterŽsticas as perdas de nutrientes, por isso definida como
deterioraˆ‰o aer“bica (Nishino et al., 2002).
De acordo com Tavares & Rezende (2008) acreditava-se que a funˆ‰o das
bact•rias era secund‡ria na deterioraˆ‰o aer“bica da silagem, no entanto segundo
McDonald (1991), o papel das bact•rias na deterioraˆ‰o das silagens • muito mais
importante do que se pensava. Pesquisas indicam que as esp•cies de Bacillus s‰o
os principais microrganismos que participam do processo de deterioraˆ‰o aer“bica
das silagens, no entanto tem sido observado o crescimento de algumas bact•rias
‡cido-l‡ticas (Tavares & Rezende, 2008). Por terem a capacidade de oxidar lactato e
acetato a CO2 e ‡gua dando inŽcio a deterioraˆ‰o aer“bica, as bact•rias ‡cido
ac•tica podem apresentar um papel importante neste processo. A silagem
73
proporciona um ambiente adequado para o desenvolvimento destas bact•rias, haja
vista serem tolerantes as condiˆ‘es ‡cidas e aer“bicas obrigat“rias (Oude Elfernk et
al., 2000). O processo de deterioraˆ‰o das silagens envolve tamb•m, as
enterobact•rias e a list•ria (Listeria monocytogenes), apresentando uma relaˆ‰o
direta entre a contaminaˆ‰o com estas duas esp•cies. PossŽveis prejuŽzos sanit‡rios
aos animais e ao homem, e a degradaˆ‰o da silagem s‰o efeitos decorrentes da
contaminaˆ‰o, portanto a deterioraˆ‰o • indesej‡vel (Jobim & Gonˆalves, 2003).
4.9.Aditivos
74
ensilada e com o sistema de alimentaˆ‰o dos animais na propriedade. Antes de
decidir pela utilizaˆ‰o
o seu custo • menor que o valor da silagem inaproveitada sem a sua aplicaˆ‰o;
Funˆ‘es :
Estimulantes da fermentaƒ„o
Inibidores da fermentaƒ„o
75
4.9.1.Alguns aditivos utilizados
Raspa de mandioca - por ter elevada concentraˆ‰o de amido e este ser de baixa
fermentaˆ‰o no silo, seu uso tem pouca aplicaˆ‰o na ensilagem de forrageiras tropicais
como o capim-elefante.
Concentrados — fub‡ de milho, farelo de soja, milho desintegrado com palha e sabugo,
entre outros, n‰o devem ser utilizados, uma vez que nenhum resultado de pesquisa at• o
momento apresentou uma relaˆ‰o custo: benefŽcio favor‡vel que recomende seu uso. A
prefer•ncia ainda • utiliz‡-los na suplementaˆ‰o das silagens durante a alimentaˆ‰o.
• Sal comum — por ser inibidor da fermentaˆ‰o, deve-se ter cautela ao recomend‡-lo na
ensilagem de capim-elefante que normalmente necessita de estimulantes de fermentaˆ‰o.•
Polpa cŽtrica desidratada — de f‡cil aquisiˆ‰o e manipulaˆ‰o, possui elevado teor de aˆ•car
e de mat•ria seca, boa palatabilidade, alto valor nutritivo e elevada capacidade de reter
‡gua.
76
5. Sistema silviopastoril.
5.1.IntroduÑÉo
Num cen‡rio onde as vari‡veis ambientais sofrem grandes transformaˆ‘es,
atribuŽdas, em parte, pelo processo “hist“rico” de degradaˆ‰o de florestas, paralelamente se
buscam estrat•gias de manejo e uso da terra que se “adaptem” a tais transformaˆ‘es,
ironicamente geradas pela pr“pria expans‰o das fronteiras agrŽcolas.
Com o recente reconhecimento e a conscientizaˆ‰o da import’ncia dos valores
ambientais, econ—micos e sociais das florestas, pode-se perceber, no cen‡rio mundial,
fortes tend•ncias para mudanˆas significativas na forma de uso da terra, com a utilizaˆ‰o de
sistemas produtivos sustent‡veis que considerem, al•m da produtividade biol“gica, os
aspectos s“cio-econ—micos e ambientais (Ribaski et al., 2002).
Buscando integrar as atividades agropecu‡rias ” manutenˆ‰o de ambientes de
florestas desenvolveram-se os sistemas silvipastoris. Segundo Aroeira & Pacciulo (2006)
tais sistemas podem contribuir, parcialmente, para reduzir os problemas decorrentes do
desmatamento e da degradaˆ‰o de diferentes ecossistemas. Al•m do mais, apresentam
vantagens em relaˆ‰o ”s monoculturas no que diz respeito ao seq›estro de carbono para a
reduˆ‰o do efeito estufa, tema t‰o discutido, atualmente.
77
do uso da terra, da m‰o-de-obra, da renda e da produˆ‰o de serviˆos ambientais. Os
Sistemas Agroflorestais tamb•m apresentam-se como eficientes reservat“rios de g‡s
carb—nico (CO2) e constituem-se em fonte renov‡vel de energia, al•m de prestarem-se ”
recuperaˆ‰o de solos marginais e/ou degradados.
Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi discorrer sobre os principais fatores que
interferem no estabelecimento e persist•ncia de sistemas silvipastoris.
78
5.2. O sucesso na implantaÑÉo do sistema depende da escolha das
espÜcies arbÇreas e das forrageiras
79
nitrog•nio; capacidade de rebrotar e ter fenologia conhecida, apresentar tronco alto e copa
pouco densa.
80
Oliveira et al. (2007) demonstraram que nos perŽodos onde a declinaˆ‰o solar torna-se igual
a latitude h‡ transmiss‰o de luz plena na entre-linha e m‡ximo sombreamento na linha, (em
maiores espaˆamentos).
Alguns trabalhos com SSP associando eucalipto ou pinus com pastagens atribuem o
baixo desempenho dos pastos a um efeito alelop‡tico das esp•cies arb“reas. A alelopatia
distingue-se da competiˆ‰o, pois essa envolve a reduˆ‰o ou a retirada de algum fator do
ambiente, necess‡rio a outra planta no mesmo ecossistema, tal como ‡gua, luz e nutrientes.
Como • um fen—meno que ocorre largamente em comunidades de plantas, a alelopatia • um
dos mecanismos por meio dos quais determinadas plantas interferem no desenvolvimento
de outras, alterando-lhes o padr‰o e a densidade (Rezende et al., 2005).
Para cada situaˆ‰o s‰o necess‡rios estudos especŽficos sobre qual a melhor
associaˆ‰o, em funˆ‰o da esp•cie florestal, do grau de sombreamento, do solo e do clima.
Mesmo assim, algumas esp•cies j‡ testadas parecem ser mais promissoras, entre elas as
gramŽneas do g•nero panicum (Panicum maximum) e braqui‡rias como quicuio (Brachiaria
humidicola) e capim-Marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu), gordura (Melinis
minutiflora) e as leguminosas calopog—nio (Calopogonium mucunoides), d“licos
81
(Macrotyloma axillare) e siratro (Macroptilium atropurpureum cv. siratro), enquanto outras
n‰o foram recomendadas: set‡ria narok (Setaria anceps cv. Narok), algumas esp•cies do
g•nero Cynodon sp., capim-jaragu‡ (Hyparrhenia rufa), mucuna (Stizolobium aterrimum) e
trevo branco (Trifolium repens) (Gutmanis, 2004; Andrade et al., 2001; Souto, 2005) .
Andrade et al. (2003) alertam que a utilizaˆ‰o em larga escala de apenas uma esp•cie
forrageira • uma situaˆ‰o indesej‡vel, devido ” possibilidade da ocorr•ncia de alguma praga
ou enfermidade vir a causar grandes prejuŽzos.
Nesse sentido, um requisito importante para assegurar a sustentabilidade de sistemas
silvipastoris, notadamente para aqueles com menor diversidade de esp•cies, consiste na
agregaˆ‰o de leguminosas para aumentar o aporte de nitrog•nio ao ecossistema.
Andrade et al. (2003) verificou o favorecimento da produtividade de forrageiras em
sistema silvipastoril quando associadas com estilosantes (Stylosanthes guianensis cv.
Mineir‰o)
82
espessas. Entretanto, apesar de verificar-se maior ‡rea foliar especŽfica a produˆ‰o total de
mat•ria seca • significativamente reduzida em condiˆ‘es de sombreamento (Carvalho et al.,
2002).
Segundo Gutmanis (2004) a adaptaˆ‰o morfol“gica ao stress associada ” alteraˆ‰o
na partiˆ‰o de fotoassimilados pode influenciar a qualidade da forragem. As plantas
respondem ao sombreamento pelo maior direcionamento de mat•ria seca para aumentar a
‡rea foliar e o comprimento dos colmos e pelo decr•scimo na mat•ria seca enviada para o
crescimento das raŽzes. A ‡rea foliar de plantas sombreadas • mantida ou aumentada ”s
expensas da espessura das folhas, resultando em l’minas de folhas mais longas, mais
estreitas e mais finas do que as de plantas que cresceram a pleno sol. Da mesma forma,
mesmo que o peso seco de colmos diminua em condiˆ‘es de sombra, o comprimento dos
mesmos pode aumentar e assim resultar em colmos finos e estiolados.
WILSON & LUDLOW (1991) citado por Gutmanis (2004) chamam atenˆ‰o para o fato
de que em capins sombreados h‡ um aumento substancial da parte a•rea em relaˆ‰o ”s
raŽzes e que seleˆ‰o de plantas considerando apenas a parte a•rea pode levar a
dificuldades quando ocorrerem perŽodos de seca ou quando a press‰o de pastejo for alta. O
menor desenvolvimento do sistema radicular pode tornar as plantas susceptŽveis a serem
arrancadas do solo pela boca do animal e a sua rebrota pode ficar limitada devido ” reduˆ‰o
das reservas de carboidratos e de minerais na sua base e nas raŽzes (Souto, 2005).
Gutmanis (2004) recomenda que se deva dar maior atenˆ‰o ”queles capins que
apresentem maior produˆ‰o de biomassa nas raŽzes e/ou rizomas e estol‘es, estes
provavelmente mais tolerantes a alta press‰o de pastejo e mais persistentes em maiores
intensidades de sombreamento do que esp•cies de capins eretos que maximizam a
produˆ‰o de ‡rea foliar.
Quanto ” composiˆ‰o mineral, Clark (1981) citado por Castro (2001) afirma que a luz
n‰o atua diretamente na absorˆ‰o de nutrientes minerais, mas afeta processos fisiol“gicos
passŽveis de alterar sua composiˆ‰o mineral, como a fotossŽntese, respiraˆ‰o e
83
transpiraˆ‰o. Ou seja, a luz fornece energia para absorˆ‰o e metabolizaˆ‰o dos minerais,
sendo que sob d•ficit energ•tico a absorˆ‰o ativa de Žons • reduzida. Castro et al. (2001)
demonstraram padr‘es distintos na concentraˆ‰o de P, K, Ca e Mg com nŽveis crescentes
de sombreamento (0, 30 e 60%). Tais padr‘es podem estar ligados aos distintos h‡bitos de
crescimento das esp•cies forrageiras estudadas, assim como estrat•gias diferenciadas para
adaptar-se ao ambiente. Muitos trabalhos demonstram que capins sombreados apresentam
maiores teores de nitrog•nio (% N). De maneira geral, os nutrientes na planta forrageira que
aumentam com o sombreamento s‰o, ainda: P, K, Ca, Mg, S, B e Cu, enquanto que alguns
diminuem: Mn, Zn e Mo (Gutmanis, 2004; Souto, 2005).
84
amenizam a temperatura do ar, regulam a umidade do ar e interceptam a radiaˆ‰o solar
direta.
85
6. Capineiras
Dentre os recursos dos quais o agricultor pode lanˆar m‰o, podem-se citar a
utilizaˆ‰o de capim para corte, produto resultante de ‡rea formada para este fim que •
denominada de capineira. Ressalta-se, desde logo, que as capineiras, se bem utilizadas e o
capim cortado em •pocas adequadas, constituem recurso valioso, produzindo forragem de
boa qualidade. Se planejadas adequadamente, podem produzir volumoso suficiente para
utilizaˆ‰o em •pocas crŽticas da produˆ‰o de pastagens.
86
Para o uso racional que se prop‘e, o capim produzido nos meses de ver‰o deve ser
armazenado para ser utilizado quando a disponibilidade • reduzida. Assim procedendo, o
capim dever‡ ser cortado duas a tr•s vezes por ano, executando-se o primeiro corte com a
finalidade de ensilar e o segundo e terceiro (rebrota) para fornecimento no cocho e/ou para
ensilar novamente.
Os capins do grupo elefante, no manejo racional, devem ser cortados at•, no
m‡ximo, 90 dias ap“s inŽcio de crescimento, quando atingem a altura de 1,5 a 2,0 metros,
obtendo-se, dessa forma, bom rendimento e valor nutritivo. No entanto, no est‡dio sugerido
para o corte, essa forragem apresenta teor de ‡gua elevado para a ensilagem, sendo
necess‡rios alguns recursos adicionais para a produˆ‰o de boa silagem
Melaƒo – pode ser aplicado diluŽdo em ‡gua, uma parte de melaˆo para tr•s partes de ‡gua,
regando esta soluˆ‰o sobre a massa de forragem, na proporˆ‰o de 2% a 3% em peso para
gramŽneas ou 5% para leguminosas. Os melhores resultados s‰o obtidos quando a mistura
• bem feita e a forragem n‰o est‡ excessivamente •mida.
Cana-de-aƒ‹car – pode ser adicionada na proporˆ‰o de at• 20%, quando ensŽlam-se
gramŽneas e, at• 50% quando ensilam-se leguminosas, devendo ser utilizada cana madura,
o que ocorre entre marˆo e setembro.
Fub€ de milho – podem ser adicionados em torno de 70 a 100 kg por tonelada de forragem
para leguminosas e 50 kg por tonelada em gramŽneas.
87
Produtos qu…micos – s‰o encontrados no mercado com diversos nomes comerciais que,
quando adicionados ” silagem, podem causar efeitos estimulantes nas fermentaˆ‘es
desej‡veis ou inibindo as indesej‡veis. Estes tipos de aditivos necessitam de maiores
estudos em condiˆ‘es brasileiras.
Outros produtos que s„o adicionados • silagem – sal comum, que melhora a
aceitabilidade; cama de galinheiro (at• 10%), que aumenta os carboidratos e a proteŽna;
soro de leite (at• 5%), que • rico em lactose; farelo de trigo e/ou de arroz (4% a 10%).
Urˆia – a ur•ia pode ser adicionada em nŽveis de 0,5% a 1,0% em peso da forragem.
Adiˆ‰o acima de 1,0%, pode causar reduˆ‰o de consumo. A inclus‰o de ur•ia leva a
melhores resultados com plantas forrageiras com teores de 30% a 40% de mat•ria seca.
Polpa de citrus – pode ser adicionada na proporˆ‰o de 4% a 7%, sendo a limitaˆ‰o de uso
acima de 7%, de ordem econ—mica, pois efeitos ben•ficos s‰o observados com at• 20%.
88
conservaˆ‰o ou para fornecimento no cocho. A reposiˆ‰o de nutrientes deve ser feita, de
prefer•ncia, ap“s cada corte, ou, na pior das hip“teses, pelo menos uma vez por ano.
Para adubaˆ‰o de reposiˆ‰o (manutenˆ‰o), tem-se como sugest‰o a aplicaˆ‰o de
20 kg/ha de f“sforo, 60 kg/ha de pot‡ssio e 40 kg/ha de nitrog•nio, ap“s cada corte. Esta
recomendaˆ‰o leva em consideraˆ‰o o uso de 20 t/ha de adubo org’nico. Caso n‰o se
utilize adubo org’nico, dobrar a dose do adubo quŽmico.
O uso contŽnuo de adubo org’nico causa aumento de acidez solo e, quando
necess‡rio, aplicar calc‡rio na capineira formada.
Normalmente, uma capina em cada perŽodo de produˆ‰o para corte • suficiente para
manter a capineira livre de invasoras, o que • importante para obter bons rendimentos.
89
7 Uso da cana na alimentaƒ„o animal
- • bem aceita e consumida pelos animais (cerca de 6% do peso vivo de mat•ria fresca/dia);
A cana para ser utilizada na forma de alimento volumoso para os animais, deve
estar atendendo alguma necessidade moment’nea, e o ideal • que esteja somando com
outras opˆ‘es.
Uma outra situaˆ‰o que pode ser considerada • aquela em que se disp‘e de
forragem, mas para economizar na quantidade gasta, usa-se a cana juntamente com este
produto, no mesmo cocho ou para uma determinada categoria de animal existente na
propriedade, visando dar cobertura a todo o perŽodo de car•ncia.
A limitaˆ‰o mais s•ria ao uso da cana reside no seu baixo teor de proteŽna bruta,
minerais e degradabilidade da fibra, resultando em baixo consumo. Nessas condiˆ‘es, o uso
isolado da cana-de-aˆ•car n‰o • capaz de atender nem mesmo ”s necessidades de
mantenˆa do animal. Entretanto, o seu uso, associado com uma fonte prot•ica, tal como a
ur•ia + sulfato de am—nio, pode resultar em ganhos de at• 300 g/cab.
90
Trabalhos experimentais tem demonstrado que a cana, em alguns casos, pode
substituir a silagem de milho, desde que, devidamente suplementada com concentrados
prot•icos (farelo de algod‰o, de soja, de amendoim, etc.), ou mesmo com ur•ia.
Esta suplementaˆ‰o • geralmente feita com 0,5 a 1,0% de ur•ia (90% de ur•ia +
10% de Sulfato de am—nio) que deve ser dissolvido em ‡gua para permitir uniformizaˆ‰o da
mistura com cana, na proporˆ‰o de 1 Kg de ur•ia para 4 litros de ‡gua, evitando
escorrimento de lŽquido, que arrasta consigo a ur•ia.
Pesquisas t•m indicado que na suplementaˆ‰o de cana com ur•ia, o uso de 1,5 a
2,0 Kg de farelo de arroz por cabeˆa, por dia, permite obtenˆ‰o de ganho de peso entre 0,45
e 0,60 Kg/cabeˆa/dia. O uso de 0,5 a 1,0 Kg de farelo de algod‰o ou de soja promove
ganhos de peso na mesma ordem mencionada acima (quadro 4).
QUADRO 4. Efeito de nŽveis de farelo de arroz sobre o ganho de peso e consumo de cana e
ur•ia por novilhas mestiˆas Holand•s-zebu *.
91
Obt•m-se melhora acentuada na convers‰o alimentar (passando de 54,7 para 10,9
Kg de mat•ria seca por Kg de ganho) quando se fornece 1,6 Kg de farelo de trigo (quadro
5).
QUADRO 2. Efeito de nŽveis de farelo de trigo sobre o ganho e consumo de cana - ur•ia por
novilhos Zebus.
92
Palha e sabugo de milho + Ur•ia 75
cana 2
Exemplo:
de Am‘nio
ou
de C€lcio
2) Colheita da cana-de-aˆ•car
A colheita da cana pode ser efetuada a cada dois dias, utilizando toda a planta (caule
e folhas) para alimentaˆ‰o de ruminantes. A picagem da cana • feita no momento de
93
fornecer aos animais, de modo a evitar fermentaˆ‘es indesej‡veis, que ir‡ reduzir o
consumo.
Ex.: Para cada 100 Kg de cana picada, adicionar 500 g da mistura ur•ia + fonte de enxofre,
diluŽda em 4 litros de ‡gua.
94
4) Recomendaˆ‘es gerais para uso de cana + ur•ia
aˆ•car;
IMPORTANTE:
Caso o animal deixe de receber cana + ur•ia por dois ou mais dias, o
95
mencionadas anteriormente
A suplementaˆ‰o da cana com a ur•ia tem sido um artifŽcio muito usado pelos
produtores rurais, por•m, muitos dos mesmos n‰o a utilizam de forma correta.
96
Taxa de Peso Consumo Ganho mˆdio
vivo
Atravˆs da mistura de concentrados - Ao que nos parece, a ur•ia fornecida atrav•s dos
concentrados • uma realidade em termos do uso deste produto e, as opˆ‘es s‰o vari‡veis,
dependendo dos alimentos disponŽveis nas propriedades, podendo ser ministrada com
maior seguranˆa para prevenir da possŽvel intoxicaˆ‰o.
97
8 Fenaƒ„o
Pode ser armazenado por longos perŽodos com pequenas alteraˆ‘es no valor
nutritivo;
V‡rias esp•cies forrageiras podem ser usadas no processo;
Pode ser produzido e utilizado em grande e pequena escala;
Pode ser colhido, armazenado e fornecido aos animais manualmente ou num
processo inteiramente mecanizado;
Pode atender o requerimento nutricional de diferentes categorias animal.
As operaˆ‘es envolvidas no processo de fenaˆ‰o incluem a implantaˆ‰o da cultura,
aplicaˆ‰o de fertilizante, corte, revolvimento da forragem, enleiramento, enfardamento,
recolhimento e armazenamento dos fardos.
98
Um dos entraves na produˆ‰o de feno • em que as plantas forrageiras est‰o no
est‡dio mais oportuno, geralmente ocorre chuva, sendo este um fator que limita a execuˆ‰o
desta pr‡tica em grande parte do paŽs. A adoˆ‰o da secagem artificial permite livrar-se
deste problema, por•m, s“ • vi‡vel quando o secador utilzado tem uso para secagem de
outros produtos na propriedade.
Dentre as forrageiras tropicais que t•m se destacado para a produˆ‰o de feno,
podemos citar: coast-cross, estrela africana, capim de rhodes e brachiarias. Eventualmente,
dependendo da regi‰o, uma s•rie de outras forrageiras pode ser utilizada para este fim.
Quanto ”s leguminosas, prefere-se utilizar as que formam relvado, tais como: soja
perene, centrosema, galactia e siratro. Cabe lembrar que estas forrageiras perdem muita
folha quando da desidrataˆ‰o a campo, o que concorre para o abaixamento de qualidade do
produto.
Hoje, no paŽs, h‡ uma tend•ncia de algumas propriedades se especializarem na
produˆ‰o de feno, para a comercializaˆ‰o do produto para outras propriedades ou regi‘es.
Atualmente, sabe-se que o perŽodo mais indicado para a pr‡tica de fenar, em grande
parte do territ“rio brasileiro, • de outubro a marˆo, quando ocorre maior produˆ‰o aliada ao
alto valor nutritivo das forrageiras.
A id•ia de que a melhor •poca para a produˆ‰o de feno • a do inŽcio da seca •
altamente rejeitada, pois o valor nutritivo das forrageiras decresce sensivelmente at• este
perŽodo, tornando-as impr“prias para a fenaˆ‰o.
As chuvas que ocorrem de outubro a marˆo n‰o chegam a impedir a elaboraˆ‰o do
feno, tendo, entretanto, que ser aproveitados os dias de c•u aberto e quentes que ocorrem
nesta •poca, geralmente agrupados em n•mero de dois ou mais, suficientes para a pr‡tica
de fenaˆ‰o que leva, em m•dia, de 10 a 48 horas. O aproveitamento desta condiˆ‰o torna-
se mais vi‡vel ” medida que se observam as previs‘es feitas pelos serviˆos de
meteorologia na regi‰o em que pretende-se elaborar o feno e utilizem-se forrageiras que
perdem ‡gua mais facilmente.
N‰o podemos nos esquecer de levar em consideraˆ‰o a umidade relativa do ar, que
tem estreita relaˆ‰o com a elaboraˆ‰o de bons fenos. O chamado “ponto de feno”, para ser
atingido naturalmente, depende de umidade relativa em torno de 60% – 70%, caracterŽstica
que impossibilita a elaboraˆ‰o de bons fenos em regi‘es excessivamente •midas.
A idade da planta tamb•m contribui para a determinaˆ‰o da •poca do corte. Dessa
99
forma, o corte pode ser feito no perŽodo que antecede a floraˆ‰o ou mesmo durante ela.
Este princŽpio n‰o • b‡sico para forrageiras que florescem apenas uma vez por ano e
proporcionam mais de um corte econ—mico. Tem que associar rendimento e qualidade.
A relaˆ‰o folha:colmo e um indŽcio de qualidade do feno e ela muda com a
maturidade da planta. Em gramŽneas, a transiˆ‰o do est‡dio vegetativo para o reprodutivo,
pode modificar o conte•do de folhas drasticamente. Na m•dia de 2 anos, o conte•do de
l’minas foliares de azev•m perene (Lolium perenne L.) declinou de 85 para 20% da mat•ria
seca (MS) entre a fase inicial vegetativa e o est‡gio completamente florescido (Minson et al.,
1990). Alfafa pode conter mais de 300 g kg-1 de proteŽna bruta (PB) quando em est‡dio
vegetativo, mas diminui para pr“ximo de 150 g kg-1 at• o completo florescimento.
Glicose e frutose s‰o os principais aˆ•cares reduzidos em forragens e
sucrose • o principal aˆ•car n‰o reduzido. PolŽmeros de frutose (frutanas) est‰o presentes
em gramŽneas temperadas e amido • o principal polŽmero disponŽvel em gramŽneas tropicais
e leguminosas. Estes carboidratos s‰o prontamente metabolizados pelas plantas ap“s o
corte e representam material que s‰o aproximadamente 100% digestŽvel para os animais.
GramŽneas de estaˆ‰o fria cont•m 80 a 100 g kg-1 de carboidratos n‰o estruturais (CNE),
enquanto leguminosas cont•m de 70 a 110 g kg-1 (Smith, 1973). Holt & Hilst (1969) reportam
a significante flutuaˆ‰o diurna em CNE. Menores valores foram pr“ximos das 6 horas e
maiores valores ”s 18 horas.
100
vari‡vel de acordo com o modelo e rendimento m•dio em torno de 2 ha por dia.
Existem tamb•m as segadeiras condicionadoras que, ao cortarem, racham os n“s e
entren“s da forrageira, proporcionando secagem mais r‡pida e uniforme com menores
riscos de perdas de folhas.
As roˆadeiras tamb•m podem ser empregadas no corte do material, mas podem
dificultar o enleiramento, o enfardamento e aumentar as perdas de material no campo.
Outro tipo de implemento que pode ser empregado • a colhedeira de forragem tipo
“faca-boba”, principalmente quando se v‰o fenar leguminosas ou gramŽneas mais
grosseiras, porque dilacera os talos, colmos e folhas, permitindo uma desidrataˆ‰o mais
r‡pida e uniforme. O inconveniente na utilizaˆ‰o desta m‡quina • que os colmos das
gramŽneas que permanecem nas touceiras ficam rachados, comprometendo a rebrota
futura. Portanto, recomenda-se o uso desta m‡quina apenas uma vez ao ano.
O ritmo de desidrataˆ‰o a campo pode ser acelerado de tr•s a quatro vezes nas
etapas iniciais, se a forragem for submetida a tratamento para afofar e virar, permitindo a
entrada de ar, vento e raios solares, reduzindo a quantidades mŽnimas as perdas nesta fase.
A viragem do material deve iniciar-se logo ap“s o corte e ser repetida tantas vezes
quanto possŽvel. Pode ser feita manualmente ou com o uso de ancinhos de traˆ‰o mec’nica
de v‡rios tipos que, dependendo da regulagem, podem realizar tamb•m as pr‡ticas de
enleiramento e esparramaˆ‰o.
Se o material permanecer no campo por mais de um dia, este dever‡ ser enleirado ”
tarde e esparramado no dia seguinte, evitando assim o efeito do orvalho e melhorando
homogeneidade da desidrataˆ‰o.
Ocorrendo chuva durante o dia, o material tamb•m dever‡ estar enleirado, voltando ao
processo de viragens ap“s enxugar os espaˆos entre as leiras onde o material • espalhado
novamente.
Quando h‡ ocorr•ncia de chuvas durante o perŽodo de secagem da forrageira,
perdas no rendimento e na qualidade da forragem podem ser altas. Perdas de mat•ria seca
de at• 30% s‰o reportadas pela literatura, sendo que estas podem chegar acima de 50%
quando severos danos s‰o causados por chuvas, o que pode tornar o alimento invi‡vel para
fornecimento aos animais, pois geralmente o que se perde s‰o os nutrientes da planta
altamente sol•veis e digestŽveis.
101
umidade desejada mais uniformemente e facilitando o recolhimento do material pelas
enfardadeiras.
A determinaˆ‰o do final da desidrataˆ‰o “ponto de feno” pode ser feita por
equipamentos adequados ou por maneiras pr‡ticas, devendo a umidade final estar entre
10% e 20%.
Dentre as maneiras pr‡ticas de verificaˆ‰o, podemos citar o processo de torcer um
feixe de forragem e observar. Se surgir umidade e, ao soltar, o material voltar ” posiˆ‰o
inicial rapidamente, ainda n‰o est‡ no ponto; se houver rompimento das hastes, passou do
ponto e, se n‰o eliminar umidade e, ao soltar, o material voltar lentamente ” posiˆ‰o inicial,
sem rompimento de hastes, est‡ no ponto. Com a pr‡tica, pelo tato e cor, • possivel
identificar o ponto do feno.
A umidade ao final da desidrataˆ‰o • respons‡vel pelo •xito ou fracasso da fenaˆ‰o e,
em alguns casos, quando em excesso, ocorre tamb•m grande elevaˆ‰o de temperatura,
que pode chegar at• a combust‰o.
O feno que n‰o desidratou o suficiente apresenta risco de intoxicar os animais que o
consomem, devido ” ingest‰o de fungos patog•nicos, tais como Aspergillus glaucus,
Apergillus flavus, Aspergillus fumigatus, actinomicetos e termoactinomicetos, que
causam transtornos digestivos e aborto nos animais. Dessa maneira, h‡ quem diga que “•
preferŽvel perder por secagem excessiva do que por umidade excessiva”.
A secagem artificial leva ” obtenˆ‰o de feno de qualidade superior e com perdas
bastante baixas, podendo ser feita por meio de ventilaˆ‰o forˆada ou utilizando ar quente
em secadores especiais. Por•m, estes processos somente s‰o vi‡veis nos casos de
produˆ‰o de feno em grande escala ou quando os secadores proporcionem a secagem de
outros produtos.
102
higrosc“pico, ou seja, absorve ‡gua do ambiente, a UR tamb•m influencia a umidade de
equilŽbrio da forragem, a fim de atingir valores adequados para o armazenamento (Tabela
5).
95 35,0
90 30,0
80 21,5
77 20,0
70 16,0
60 12,5
A radiaˆ‰o solar tem sido identificada como o principal fator ambiental que influencia
a desidrataˆ‰o de gramŽneas e de leguminosas e consequentemente, est‡ associada ” taxa
de secagem das forrageiras. Al•m disso, deve-se considerar a influ•ncia acentuada da
umidade relativa do ar, da evapotranspiraˆ‰o potencial (ETP) ou d•ficit de press‰o de vapor
(DPV), da temperatura, dos ventos e da umidade do solo (Rotz, 1995).
103
Os fatores relativos a planta que afetam a taxa de secagem s‰o: conte•do de
umidade inicial, esp•cie forrageira e caracterŽsticas fŽsicas da forragem. A taxa de secagem
apresenta correlaˆ‰o com caracterŽsticas morfol“gicas, principalmente a raz‰o de peso de
folhas e relaˆ‰o folha:caule (McDonald & Clark, 1987).
104
O uso freq›ente de ancinhos pode ser mais eficiente quando o conte•do de ‡gua da
leira varia de 66 a 50%. Durante esta fase, a forragem na superfŽcie seca rapidamente,
enquanto dentro da leira a desidrataˆ‰o • lenta. Assim, cada movimentaˆ‰o da leira
proporciona condiˆ‘es apropriadas para a secagem. Al•m disto, com a forragem tornando-
se mais leve devido ” perda de ‡gua, uma nova aˆ‰o do ancinho propicia leiras mais
abertas, com menor resist•ncia a perda de ‡gua. Com o conte•do de ‡gua abaixo de 50% a
leira entra em um est‡gio onde o uso do ancinho n‰o • t‰o eficiente. Tal fato ocorre, pois
nessa fase a taxa de secagem • mais influenciada pela resist•ncia da planta do que pela
estrutura da leira. Nessa fase a umidade de equilŽbrio entre o ambiente e a planta assume
grande import’ncia no processo (Rotz, 1995, Raymond & Waltmam, 1996).
105
Taxa de perda de ‡gua da fileira = fator manejo X disponibilidade de umidade na
forragem X taxa do potencial de evaporaˆ‰o
106
menor valor nutritivo e tamb•m ocorrem desperdŽcios pelos animais no momento da
utilizaˆ‰o.
De acordo com o formato da m•dia, podemos calcular a sua tonelagem, considerando
que o m3 comporta 60 kg de feno. Para uma meda, pode-se calcular seu volume pelas
seguintes f“rmulas:
Volume do cone: V1 = R2 x H/
3
em que, R = raio; H = altura do cone e = 3,1416
Armazenamento em fardos – na forma de fardos, o armazenamento pode ser feito em
galp‘es especiais ou a campo, cobertos com lona, sap•, etc. O material enfardado ocupa
menor espaˆo, tem melhor conservaˆ‰o, facilita o transporte e possibilita o controle da
disponibilidade de feno.
Este m•todo requer enfardadeira, que pode ser manual ou mec’nica, arame ou
cord‰o apropriado para amarrio, sendo, portanto, mais caro e trabalhoso do que o
armazenamento do feno solto.
As enfardadeiras mec’nicas autom‡ticas captam a forragem enleiradas, fazem a
prensagem dos fardos com dimens‘es vari‡veis, geralmente com 0,40 m de largura por
1,00 m de comprimento e altura de 0,30 m. Estes fardos v‰o sendo deixados no campo
para, posteriormente, serem recolhidos. O rendimento • vari‡vel, de acordo com a
enfardadeira, podendo chegar a 12.000 kg por hora. Para fins de c‡lculos, podemos
3
considerar que o m de feno enfardado pesa aproximadamente 90-100 kg.
Existem, atualmente, enfaradeiras que confeccionam rolos de feno prensado, com
peso superior a 500 kg que s‰o armazenados a campo, com acesso direto dos animais.
Este mecanismo • justific‡vel para grandes produˆ‘es.
Dentre os fatores que influenciam na qualidade e valor nutritivo dos fenos, podemos
citar: esp•cie forrageira, idade da planta, rapidez na desidrataˆ‰o, processo adotado na
fenaˆ‰o, umidade na ocasi‰o do armazenamento, forma de armazenamento, fertilidade do
solo para produˆ‰o da forrageira e condiˆ‘es clim‡ticas na ocasi‰o da fenaˆ‰o.
Um bom feno deve possuir coloraˆ‰o esverdeada, cheiro agrad‡vel, ter boa
percentagem de folhas, ser macio, livre de impurezas e elementos t“xicos e ter boa
digestibilidade.
AlteraƒŠes do valor nutritivo dos fenos devido • fenaƒ„o – no processo de fenaˆ‰o, as
107
folhas se desprendem com facilidade durante o manuseio da forragem e, sendo estas mais
ricas que o caule, concorrem para baixar o valor nutritivo do feno.
A ocorr•ncia de chuva durante a fenaˆ‰o causa lavagem de minerais sol•veis,
aˆ•cares e compostos nitrogenados, obtendo-se um feno de qualidade inferior ao que n‰o
toma chuva.
Alteraƒ„o do valor nutritivo do feno durante o armazenamento – a alteraˆ‰o nesta fase
pode se dar pelo decr•scimo da digestibilidade de alguns nutrientes. Por exemplo, o
aquecimento pode reduzir a digestibilidade da proteŽna, diminuir de 5% a 15% o valor
energ•tico e, se excessivamente aquecido, o feno apresenta coloraˆ‰o marrom e perda de
at• 70% do valor energ•tico. Isto pode ocorrer com feno muito •mido.
O recolhimento dos fenos com umidade acima de 20%, reduz as perdas no campo,
diminuindo os riscos de ocorr•ncia de chuvas e as perdas de folhas, principalmente em
leguminosas ( Reis & Rodrigues, 1998).
As principais causas de perdas de MS no armazenamento de fenos com alto
conte•do de ‡gua est‰o relacionadas com a continuaˆ‰o da respiraˆ‰o celular, e ao
desenvolvimento de bact•rias, fungos e leveduras. Em funˆ‰o da respiraˆ‰o celular e do
crescimento de microrganismos, tem-se a utilizaˆ‰o de carboidratos sol•veis, compostos
nitrogenados, vitaminas e minerais. Desta forma, h‡ diminuiˆ‰o no conte•do celular e
aumento percentual na porˆ‰o referente aos constituintes da parede celular, o que resulta
em diminuiˆ‰o do VN (Rees, 1982).
108
A populaˆ‰o de fungos de campo • menos diversificada do que a registrada no
armazenamento dos fenos, sendo que os microrganismos presentes durante este perŽodo
s‰o xerotolerantes e mais termotolerantes do que os de campo. Neste grupo est‰o incluŽdos
os g•neros Aspergillus, Absidia, Rhizopus, Paecilomyces, Penicillium, Emericella, Eurotium
e Humicola (Kaspersson et al., 1984).
Valor nutritivo – ao escolher a forrageira a ser fenada, deve-se observar o seu valor
nutritivo, normalmente avaliado em termos de sua composiˆ‰o quŽmica, destacando-se os
teores de f“sforo, c‡lcio, digestibilidade da mat•ria seca e teor de proteŽna.
Em geral, as leguminosas s‰o mais ricas em proteŽna e c‡lcio que as gramŽneas. Œ
medida que a planta se desenvolve, ocorre queda do valor nutritivo em funˆ‰o da diminuiˆ‰o
das percentagens de proteŽna, f“sforo, digestibilidade e, conseq›entemente, do consumo.
Facilidade de corte – o porte de algumas plantas dificulta o trabalho de corte, o que
acontece tamb•m com a presenˆa de cip“s ou pegajosidade. Nesse caso, s‰o mais f‡ceis
de serem cortadas as plantas cespitosas (crescimento vertical), quando comparadas ”s
estolonŽferas e decumbentes ou prostradas (crescimento horizontal).
109
Rendimento por hectare – • vari‡vel, de acordo com a forrageira de tratos culturais.
Podemos, para fins de c‡lculos, considerar de 1,5 a 2,0 toneladas por corte e a realizaˆ‰o
de 3 a 5 cortes por ano, em campos de feno.
110
8.5.7 Campo de feno
† vari‡vel com a idade, peso e facilidade de produˆ‰o dos animais. Depende tamb•m
do restante da alimentaˆ‰o que o animal poder‡ consumir. De maneira geral, bezerros
mamando podem consumir ” vontade; bezerros desmamados – 2 a 3 kg/dia, novilhos e
novilhas em pastoreio – 3 a 4 kg/dia e animais de engorda ou vacas de leite de 4 – 8 kg/dia.
De maneira geral, para fins de c‡lculos, podemos considerar que um animal adulto
pode consumir, tendo como alimento volumoso s“ feno, cerca de 8 kg por dia. Para
111
determinar-se o gasto total de feno, devemos saber o tempo em que se vai utiliz‡-lo, a
populaˆ‰o do rebanho da propriedade nas diversas categorias e se h‡ disponibilidade para
utilizaˆ‰o de outros volumosos, tais como silagem, capim e cana.
Os agentes dessecantes do feno s‰o soluˆ‘es salinas que s‰o pulverizados sobre a
cultura cortada para acelerar a secagem no campo. Geralmente consiste em carbonato de
s“dio e/ou carbonato de s“dio e um surfactante que auxilia no espalhamento. Como n‰o s‰o
altamente corrosivos s‰o facilmente manejados. Os agentes dessecantes agem causando
dist•rbio na cutŽcula cerosa do caule reduzindo a resist•ncia a perda de ‡gua durante o
processo de secagem da planta.
112
Assim, os efeitos dos fatores que determinam a taxa de secagem no campo pode ser
alterada com a introduˆ‰o de dessecantes no processo de fenaˆ‰o. O fator cultura/manejo •
aumentado com a utilizaˆ‰o do aditivo o que reduz a taxa de perda de ‡gua necess‡ria para
alcanˆar a umidade de enfardamento.
113
forragem submetida ” amonizaˆ‰o, resultando em incremento na digestibilidade e consumo
de MS (Rotz, 1995).
† importante salientar que bovinos consumindo fenos de alta qualidade tratados com
altas doses de NH3 (3,0% da MS) podem apresentar hipersensibilidade, causando danos ao
animal e reduˆ‰o no consumo de forragem (Collins, 1995).
Al•m disto, deve-se considerar que o manuseio da NH3 requer cuidados especiais,
pois o contato deste produto com a pele pode causar queimaduras, e a sua inalaˆ‰o
acarreta problemas cardŽacos e respirat“rios (Rotz, 1995; Muck & Shinnes, 2001).
114
- Aplicaƒ„o na planta antes do corte: A aplicaˆ‰o de aditivos na cultura antes do corte
implica em aumento de uma operaˆ‰o no campo, e o uso de aditivos que devem
permanecer efetivos durante o armazenamento.
A aplicaˆ‰o de gases, como am—nia anidra, na fase de armazenamento dos fenos tem se
apresentado como uma alternativa adequada em termos pr‡ticos.
Os procedimentos para a aplicaˆ‰o de am—nia s‰o simples, n‰o s‰o caros, podendo
ser feito com materiais de f‡cil aquisiˆ‰o. H‡ v‡rios m•todos para a aplicaˆ‰o de am—nia
anidra, dependendo da disponibilidade de equipamentos. O m•todo tem como base manter
a forragem em contato com a am—nia, em condiˆ‘es hermeticamente fechadas durante 4
semanas.
O feno pode ser tratado enfardado, ou triturado, contudo este m•todo demanda
maior gasto de pl‡stico para a cobertura da forragem. Uma alternativa interessante • a
utilizaˆ‰o de silos trincheira, silo tipo poˆo para a amonizaˆ‰o, reduzindo o gasto com
pl‡stico.
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fardos no solo depende do equipamento disponŽvel, tamanho do pl‡stico, e a quantidade de
forragem a ser tratada.
Equipamentos
At• cerca da metade do s•culo XIX todo feno era cortado manualmente. Para isto
contava com duas ferramentas b‡sicas: a foice e a foicinha. Foi no final do s•culo XIX em
que as ceifadeiras tracionadas por animais foram introduzidas nos Estados Unidos e foram
rapidamente difundidas em produˆ‘es de grande escala.
Nas primeiras se requerem duas peˆas, uma delas m“vel, a l’mina entre outra que
pode ser fixa ou m“vel, atuando contra a l’mina (Figura 5). Os talos s‰o cortados por aˆ‰o
conjunta das peˆas que exercem forˆas contr‡rias sobre o vegetal, trabalhando como
tesouras. Quando a forragem • muito densa a velocidade do corte deve ser elevada afim de
n‰o encontrar em cada corte demasiados talos, o que causaria dificuldades na operaˆ‰o.
Figura. Ceifadora
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As ceifadoras de discos tem uma barra de corte com dois a seis discos de r‡pida
rotaˆ‰o e adaptam melhor em condiˆ‘es de campo mal nivelado (Figura 6). A capacidade
de produˆ‰o m‡xima de corte • de 3 a 4 ha/hora, variando de acordo com a quantidade de
forragem a ser cortada. A pot•ncia requerida • de 35 cv e a velocidade de rotaˆ‰o da
tomada de forˆa • de 1800 rpm.
O princŽpio do corte • distinto das segadoras alternativas, este se produz por impacto
sobre o talo de uma l’mina que gira em grande velocidade ao redor de feixe. A secˆ‰o
cortada n‰o • t‰o limpa como no caso anterior. As rotativas produzem uma aˆ‰o de
rasgamento sobre o vegetal, podendo ocasionar v‡rios cortes em distintas zonas da planta.
Este fato • interessante ” fenaˆ‰o, j‡ que ao haver v‡rias zonas de ruptura a secagem
natural se torna mais r‡pida. Como limitaˆ‘es tem-se a manutenˆ‰o e a afiaˆ‰o peri“dica
das facas do disco e o padr‰o da ceifagem que pode ser pobre em forragens •midas e
deitadas ou acamadas que podem levar ao embuchamento.
Grande parte das ceifadeiras utilizadas hoje tem uma unidade condiocionadora que
rompem os talos atrav•s da aˆ‰o dos cilindros ou dos impulsores para uma r‡pida secagem
(Figura 7). As primeiras ceifadeiras-condicionadoras foram desenvolvidas nos Estados
Unidos para o cultivo da alfafa. Esta pr‡tica • de grande import’ncia em leguminosas, em
que as folhas secam mais r‡pido do que os talos, e em ‡reas semi-•midas que requerem
uma r‡pida secagem para que se reduza os riscos de perdas no campo. Como principais
limitaˆ‘es destaca-se que para que haja uma efetiva perda de umidade • necess‡ria
condiˆ‘es ambientais adequadas, al•m de ocorrerem perdas de nutrientes devido a ruptura
do planta.
9.2 Condicionador-secador
117
produˆ‰o de feno e melhora a qualidade do produto. S‰o comuns dois tipos de
equipamentos, aqueles que esmagam a forragem, por fazerem esta passar entre dois rolos
de borracha ou aqueles que dilaceram a forragem por baterem a mesma atrav•s de dedos
girat“rios, que promovem uma dilaceraˆ‰o parcial. De acordo com Denerde (1980), as
condicionadoras com dedos girat“rios, que causam abras‰o e dilaceraˆ‰o parcial da
forragem, s‰o mais eficientes que aquelas que esmagam a forragem entre dois rolos,
principalmente para gramŽneas. J‡ para o caso das leguminosas, as de rolos s‰o mais
preferidas na pr‡tica.
Esta pr‡tica • de grande import’ncia para as condiˆ‘es do Brasil, pois com um clima
predominantemente tropical, temos no ver‰o, a ocorr•ncia de pancadas de chuvas nos fins
das tardes ou ” noite, e no inverno, apesar de algumas chuvas, o dia • mais curto, com
pouco tempo de sol.
Uma leira ideal deveria n‰o requerer mais nenhum outro adicional tratamento entre o
corte e a colheita, mas isto • raramente possŽvel na pr‡tica, exceto para culturas que
necessitam de baixo emurchecimento.
118
Com o uso de espalhador se reduz o tempo de tratamento em 2 a 4 horas, isto com
m•dia di‡ria de aumento de 30% na taxa de secagem. A desvantagem do espalhador inclui
aumento de combustŽvel, m‰o-de-obra, e custo com maquin‡rio, al•m de aumentos na
quebra de folhas. A invers‰o das leiras tamb•m pode melhorar a taxa de secagem, no
entanto n‰o • t‰o efetiva quanto ao espalhador, mas ela tem uma vantagem, a perda por
quebra de folhas • menor.
Figura. Ancinhos –
119
9.4 Enfardadora
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bastante similar ao utilizado no passado para fardos redondos pequenos. Basicamente, o
processo de formaˆ‰o do fardo redondo • semelhante ao processo de enrolar um tapete.
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