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Introdução

Existem as gorduras insaturadas:


● de origem vegetal -> Azeite de oliva, azeitona, abacate, açaí, oleaginosas
(amendoim, castanhas, nozes, avelãs
● de origem animal, que têm Ômega 3 e ômega 6 -> Salmão, sardinha, atum,
peixe branco

Existem também as gorduras saturadas:


● de origem animal: carnes vermelhas, carnes brancas, leite e derivados
integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata).

Obesidade é genética ou ambiente?


● a obesidade tornou-se desenfreada nos anos 70, logo, teorias convencionais
põem a culpa no ambiente tóxico, incluindo :
- + restaurantes fast-foods;
- aumento da popularidade dos video games;
- adoção de uma dieta com baixo teor de gordura e alto teor de
carboidrato;
- maior uso de açúcar nas dietas;
- menor quantidade de exercício físico.

Todos esses fatores supracitados podem contribuir para o ambiente


obesogênico.

Diversos estudos demonstram de forma evidente a participação do componente genético


na incidência da obesidade. Estima-se que entre 40% e 70% da variação no fenótipo
associado à obesidade tem um caráter hereditário. A influência genética como causa de
obesidade pode manifestar-se através de alterações no apetite (hormônio da fome
aumenta, e o da saciedade diminui) ou no gasto energético

Em um estudo realizado em 1991, com gêmeos idênticos e fraternos constatou-se


que, 70% de sua tendência a ganhar peso é determinada pelo seu parentesco.

No entanto, a incidência da obesidade tem sido relativamente estável ao longo dos


anos, até 1970, quando deu-se início a essa epidemia. O grosso da epidemia da
obesidade se materializou dentro de uma geração. Nossos genes não mudaram.

A hipótese do gene econômico:


● Todos os seres humanos estão predispostos a ganhar peso como mecanismo de
sobrevivência. (Devido aos nossos antepassados do período Paleolítico sofrerem com a
comida escassa, eram obrigados a comer o máximo possível para estocar essa comida,
como sobrevivência) → inválida
Existe uma diferença importante entre ser gordo e ser obeso. A obesidade é o
estado de ser gordo até trazer consequências prejudiciais para a saúde.

A decisão de comer é hormonal. Uma vez que os hormônios controlam a


ingestão de calorias, a obesidade é um transtorno hormonal, e não
calórico.
Todas as calorias são igualmente suscetíveis a causar o ganho de gordura?
Não! ex: uma caloria do azeite causa a mesma reação metabólica que uma
caloria de açúcar? Não! Os dois alimentos evocam respostas hormonais e
metabólicas diferentes.

A ingestão de calorias e a queima de calorias são variáveis altamente


dependentes. O corpo humano reage à redução de calorias reduzindo o gasto
de energia. da seguinte forma:
● diminui o calor do corpo, diminui a frequência cardíaca, pressão arterial
diminui, fraqueza durante atividade física, letargia e incapacidade de
concentração, etc.
O corpo humano desacelera o metabolismo para sobreviver, já que não seria
inteligente continuar com o gasto calórico alto quando a ingestão de calorias
é baixa.

Se certa pessoa tem uma dieta de 2.000kcal, e começa uma dieta restritiva que
diminui 500kcal, seu gasto energético diminui 500kcal imediatamente. Ela fica
deprimida, estressada e com fome. Passado um tempo, volta a fazer sua
antiga dieta de 2.000kcal, porém, uma vez que seu metabolismo desacelerou
para uma produção de 1.500kcal, todo o seu peso anterior retorna
rapidamente-- em forma de gordura. --- este é o caso de uma pessoa
sedentária que não tem uma vida ativa.

Homeostase: adaptação à mudança.


Perda de peso resulta em aumento de fome e desaceleração do metabolismo.
Tirar o carboidrato da dieta deve alterar o seu humor, ficar nervoso.

Exercício e Perda de Peso


Para pessoas obesas, o exercício físico não é a chave para tornar-se uma pessoa
saudável. O grande responsável por solucionar a obesidade é a dieta (95%), o
exercício contribui apenas com 5%. Isto não quer dizer que exercícios físicos não
trazem benefícios para a saúde, muito pelo contrário.

→ Sobrealimentação não leva, no fim das contas, à obesidade. Da mesma forma, a


subalimentação não leva à perda de peso. Isso se dá por conta do metabolismo basal,
que pode variar consideravelmente de acordo com a ingestão calórica.
-
O corpo responde à ingestão de calorias em excesso, tentando queimá-las (o
metabolismo acelerou). Quando a ingestão de calorias é menor que o gasto
energético, o metabolismo tenta ganhar mais calorias (o metabolismo
desacelera)
-
O tratamento da obesidade está no regulador hormonal, já que essa resulta de
um desequilíbrio hormonal.
-
A obesidade é uma doença dependente do tempo. Ela só se desenvolve em
longos períodos, geralmente décadas.
-
A obesidade é uma desregulação hormonal da massa gorda. O corpo mantém
uma definição de peso em seu mecanismo de ́ ́ajuste``, o nosso termostato de
gordura. Quando o peso corporal definido é muito alto, isso causa obesidade.
No caso do nosso peso estar abaixo daquele definido pelo nosso corpo, este,
estimula a fome e/ou desacelera o metabolismo. Assim, comer em excesso e
metabolismo lento são → resultado← e não a sua causa.

A teoria Hormonal da Obesidade

Qual o papel da insulina?


● A insulina é o regulador chave do metabolismo energético, a insulina facilita a
absorção de glicose nas células para obtenção de energia. Sem insulina
suficiente, a glicose se acumula na corrente sanguínea. A diabetes tipo 1
resulta da destruição autoimune, no pâncreas, das células produtoras de
insulina, o que resulta na queda dos níveis de insulina. Logo, na diabetes -1, o
pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
-
O papel da insulina é controlar a glicemia. (nível de glicose no sangue)
-

Quando nós comemos, a insulina aumenta. ( guardamos energia em forma de


glicogênio e gordura) Quando nós ficamos sem comer, a insulina baixa e
usamos nossas reservas de energia.
-
Em condições normais, níveis elevados de insulina propiciam o
armazenamento de açúcar e gordura. Baixos níveis de insulina são propícios a
queima de gordura e glicogênio → aeróbico em jejum.
-
Níveis altos de insulina aumentam o peso definido pelo mecanismo corporal (o
termostato de gordura) de ajuste de peso.
-
Se qualquer pessoa receber insulina, vai engordar! A resistência à insulina
desempenha um papel fundamental na causa da obesidade.
Na diabetes tipo 1, há destruição das células do pâncreas criadoras de
insulina, resultando em níveis baixos de insulina. Pacientes necessitam de
injeções de insulina para sobreviver.
Na diabetes tipo 2, as células são resistentes à insulina e os níveis de insulina
são elevados. Pacientes nem sempre precisam de insulina e são tratados
primeiro com medicamento via oral.
-
Nós não engordamos porque comemos demais. Comemos demais porque
engordamos. E por que engordamos? Porque o nosso termostato de peso do
nosso corpo está muito alto. Por quê? Porque o nível de insulina está muito
alto.
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Analisando a leptina (hormônio da saciedade), observou-se que seus níveis
aumentaram após a ingestão de alimentos em indivíduos magros. Porém, em
indivíduos obesos, apesar da refeição, seu cérebro não estava recebendo a
mensagem para parar de comer.
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O ponto mais importante no que se refere à obesidade é como baixar os níveis
de insulina.
-
O açúcar promove a resistência de insulina no sangue, e os níveis desse
hormônio no sangue.
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A resistência à insulina ocorre quando a ação de transportar a glicose do
sangue para o interior das células, está diminuída, aumentando a insulina e
fazendo com que a glicose acumule-se no sangue.
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Caso seus níveis de insulina permaneçam altos, o peso do seu corpo
permanece alto. O termostato é ajustado para cima, e seu peso
inevitavelmente vai para cima.
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Quanto mais tempo você for obeso, mais difícil fica de reverter a situação.
-
No início da obesidade, uma pessoa vai manifestar pouca resistência à
insulina, mas ela desenvolve-se ao longo do tempo. Quanto mais tempo você é
obeso, mais resistência à insulina você desenvolve ( aumentando sua
insulina). Gradualmente, essa insulina fará com que até seus níveis de insulina
em jejum aumentem.
alto nível de insulina persistente → resistência à insulina → maiores níveis de insulina.
-
Os níveis de insulina em jejum são normalmente baixos. Agora, em vez de começar o dia
com insulina em baixa após o jejum, começamos com ela alta → obesidade
-
Ao se adotar uma dieta com baixo teor de gordura, o consumo de
carboidratos refinados aumentou inadvertidamente, o que estimula níveis elevados
de insulina → aumento de peso
Comer com frequência aumentará sua taxa metabólica → MITO
-
O fator determinante da obesidade é a insulina e, em muitos casos, amplo e
fácil acesso a carboidratos refinados.
-
A obesidade infantil é um preditor de aumento da mortalidade, porém, é um
fator de risco reversível.
-
→ Reduzir os níveis de açúcar e carboidratos refinados reduzirá os níveis de insulina.
Reduzindo estes, será impedido altos níveis de insulina persistentes de insulina,
componente-chave da resistência à insulina. obesidade diminuirá. Já que, com a insulina
alta, o organismo cria resistência a ela e consequentemente, é produzida ainda mais
insulina. → tratamento da obesidade.

Qual o papel do cortisol?


● O cortisol ( hormônio do estresse), com seu estímulo prolongado, elevará os
níveis de glicose e, em seguida, de insulina. Esse aumento da insulina
desempenha um papel substancial no ganho de peso.
-
Em nossa vida moderna, temos muitos estressores crônicos, não físicos, que
aumentam os níveis de cortisol. Sob condições de estresse crônico, os níveis
de glicose permanecem altos e não há solução para o estressor. Nossa glicose
no sangue pode manter-se elevada por meses, provocando a liberação de
insulina.
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O cortisol aumenta o nível de açúcar do sangue, a insulina diminui. → A resistência à
insulina é crucial para o desenvolvimento da obesidade.
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O cortisol, cronicamente alto, aumenta os níveis de insulina, além de criar
resistência, o que, por sua vez, leva à obesidade. Insuficiência adrenal (baixo
nível de cortisol) causa perda de peso.
-
A privação do sono é uma das principais causas de estresse crônico do nosso
tempo.

Porque o açúcar é tão prejudicial?


● O problema está relacionado à sacarose, ou melhor, na frutose, mesmo tendo
um menor índice glicêmico.
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Seu uso benigno está entre 15g e 20g diários (quantidade encontrada em uso
considerável de frutas no dia), porém esse número aumentou para constantemente 72,8g
por dia → com o uso do xarope de milho de alta frutose, suas vantagens são:
→ mais doce que a glicose; evita a queima de comida no freezer;
ajuda a dourar; mistura facilmente por ser líquido; aumenta a
validade; e mantém pães macios e tem baixo índice glicêmico.
O xarope de milho de alta frutose logo passou a integrar os alimentos
processados.
-
O fator decisivo é que o excesso de frutose é transformado em gordura no
fígado. Níveis elevados de frutose deixam o fígado gordo. O fígado gordo é
absolutamente crucial para o desenvolvimento da resistência à insulina.
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Em curto prazo, a glicose é armazenada como glicogênio no fígado, mas o
espaço de armazenamento desse órgão para essa substância é limitado. Uma
vez cheio, o excesso de glicose é armazenado como gordura.
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O consumo excessivo de frutose causa o fígado gordo, que imediatamente
resulta na resistência à insulina. Em longo prazo, a resistência à insulina
também leva ao aumento dos níveis de insulina.
Qual o problema dos carboidratos?
● Essa discussão é medida a partir do índice glicêmico. O índice glicêmico e a
carga glicêmica dos carboidratos refinados e dos carboidratos integrais é
completamente diferente. A sua toxicidade reside na forma como são processados.
Refinar algum alimento aumenta significamente o seu índice glicêmico ao
purificar e concentrar os carboidratos. Sabe-se que pós muito finos são absorvidos
mais rapidamente na corrente sanguínea do que grãos→ o trigo refinado faz com que
nossos níveis de glicose aumentam, e os de insulina acompanham esse movimento. O
índice de carga glicêmica ajusta a distor

melancia têm alto índice glicêmico, porém baixa carga glicêmica. O índice de
carga glicêmica é a porção ingerida usualmente pelas pessoas. Alimentos com
baixa carga glicêmica:
-Laticínios, como leite, iogurte natural, manteiga ou queijos;
-Alguns cereais integrais não refinados, como aveia, arroz integral, milho, farelo de
aveia ou quinoa;
-Leguminosas não refinadas, como feijão, soja, broto de feijão, lentilha ou grão de bico.

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