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Antes de mais nada, para desenvolver sua avaliação, assim como para toda a preparação
do seu curso, certifique-se de possuir acesso ao Plano de Ensino do bloco no qual você
está lecionando. Neste Plano de Ensino, você tem acesso às competências que deve
trabalhar nas suas disciplinas. O documento também te permite fazer um planejamento
de que competências você ministrará em cada aula, o que denominamos de Mapa de
Competências. Pode ser útil você subdividir uma competência em subcompetências para
ajudar na organização do curso.
Os exercícios que você irá criar, que denominamos de Testes de Performance (TPs), são
4 em cada Disciplina Regular. Além deles, também há uma avaliação final, que
denominamos de Assessment. Enquanto os Testes de Performance podem avaliar
apenas parte das competências da disciplina, o Assessment deve avaliar todas elas.
Cada um dos TPs deve seguir o mapeamento das competências ensinadas a cada etapa.
O Enunciado deve ser muito fácil de entender e o mais auto-contido possível. Um aluno
que não foi à aula deveria ser capaz de ler o enunciado e entendê-lo sem dificuldades.
O principal propósito dos TPs é permitir que o aluno pratique conceitos e práticas,
preparando-se para o Assessment. É importante, portanto, calibrar o seu nível de
dificuldade. Uma boa prática é pedirmos coisas mais fáceis e também inserir desafios
dentro dos trabalhos, até porque sempre lidamos com alunos desnivelados. Outra boa
prática é os TPs iniciais serem mais fáceis.
Você pode criar uma ou mais atividades, mas fique atento à competência que será
avaliada, pois existem competências mais práticas e competências mais teóricas ou
conceituais. O que você deve cobrar no TP é intimamente ligado à competência, em
particular, ao verbo presente na competência. Não deixe de atentar para isso.
Por exemplo, se a competência utilizar o verbo “explicar”, peça para o aluno construir
explicações usando suas próprias palavras e justificativas. Se a competência utilizar o
verbo “descrever”, peça apenas descrições, também com as próprias palavras do aluno.
Quando a competência exigir uma prática, utilizando um verbo como “aplicar”, “executar”,
ou mesmo “criar”, peça para o aluno entregar evidências que comprovam que atingiu tal
competência.
Outra excelente prática, para evitarmos a cola, é você pedir que os alunos incluam, nas
suas entregas, telas de software, “screenshots”, códigos de programas, entre outros, que
personalizem o trabalho que ele entregou. Especialmente no Assessment, devemos dar
atenção total a este ponto.
Ao final de um capítulo, são propostos muitos exercícios, no começo eles pedem que os
alunos realizem as mesmas ações e talvez alguns contenham uma pequena variação
para que o aluno comece a raciocinar, em seguida os exercícios vão se tornando mais
complexos, mas mesmo assim há repetições, para no final da lista ele realizar os
exercícios que utilizam mais raciocínio e até fazem pontes com outros conteúdos dados
em outros capítulos.
A questão é que alguns alunos, aqueles que não conseguem fazer um TP contendo
apenas uma tarefa mais complexa, ou novos entrantes, se sentem desestimulados e,
algumas vezes, até envergonhados para tirar as dúvidas, por não saberem nem ao
menos por onde começar. Ao criar uma lista que começa com conceitos simples a
probabilidade deles entregarem/desenvolverem alguma coisa é maior, claro que eles
podem até não conseguir fazer alguns dos exercícios, mas mesmo assim teriam uma
participação maior do que teriam em uma única atividade.