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História A
Surrealismo
12ºD
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Sumário
Nº de Página
Introdução 3
Desenvolvimento 4
Contexto 4
Características do Movimento 4
As Artes Visuais 6
A Escrita 7
Surrealismo Pós-Breton 7
Impacto do Surrealismo 7
O Surrealismo em Portugal 8
Conclusão 19
Bibliografia 20
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Introdução
A palavra surreal vem de super real; supra real.
O surrealismo foi lançado em 1924, por André Breton, defende o afeto pela imaginação, pelo
sonho e pela loucura da mente humana em quadros e poesias. Isto foi baseado na sua
experiência de vida num hospital psiquiátrico.
O surrealismo em Portugal apareceu por volta de 1936 e a partir dai o interesse sobre ele foi
despertado. O movimento durou pouco tempo mas deixou grandes marcas tanto na literatura
como na pintura.
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Desenvolvimento
Contexto
O Surrealismo surgiu na França em 1924, entre as duas grandes guerras mundiais. Nessa
época o mundo todo sofria as consequências da Primeira Guerra e sentia a tensão que
antecedia a Segunda.
Surgem a psicanálise e os escritos de Freud sobre as suas experiências com o sonho e com
os sono hipnótico, procurando explorar o inconsciente. Grande parte de nossa alma estava
submersa nas profundezas deste inconsciente.
Os estudos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para uma arte que
criticava a cultura europeia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais
complexo.
Características do Movimento
O Surrealismo pregava a revolta contra tudo aquilo que reprimia a liberdade. E nada é mais
livre que os nossos sonhos, o nosso subconsciente. Assim, imagens visuais do subconsciente
são usadas sem qualquer intenção de realizar um trabalho artístico lógico e compreensível.
A influência dos estudos psicanalíticos de Freud foi bastante nítida. Valorizava-se o sonho, o
devaneio, a loucura. Só com mudanças psicológicas profundas no indivíduo é que se poderia
chegar a uma verdadeira transformação social e política.
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Sobre a escrita automática, há uma
passagem bastante curiosa. No final da vida,
André Breton recebeu o jovem poeta mexicano
Otavio Paz, que, intrigado, perguntou:
Durante a guerra André Breton, que viria a ser o líder dos surrealistas, que tinha formação
em medicina e psiquiatria, serviu em um hospital neurológico, onde ele usou os métodos da
psicanálise de Sigmund Freud com os soldados que estavam em estado de choque.
Em 1924, este, publicou em Paris o primeiro manifesto do novo movimento artístico. Este
propunha aos artistas e escritores a manifestarem seus pensamentos de uma maneira livre,
espontânea e irracional; que deixassem as manifestações do subconsciente aflorarem, sem
qualquer interferência de reflexão intelectual, por mais absurdas e ilógicas que pudessem ser.
O subconsciente é o marco do surrealismo. As associações, o estudo psicanalítico do
inconsciente e do sonho deviam permitir a expressão do irracional, do intocável. Refugiando-se
em si mesmo, graças aos sonhos e ao maravilhoso, o homem poderia viver na mais completa
liberdade superando assim as limitações da vida consciente
- Salvador Dali
Durante os anos 20 e 30, o Surrealismo espalhou-se do seu centro - Paris - para outros
países, inclusive fora da Europa, ganhando novos adeptos.
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No início dos anos 30 o grupo surrealista publicou a revista “Surrealismo ao Serviço da
Revolução”, tentando uma síntese entre a teoria política de Marx e o método psicanalítico de
Freud. Considerava a expressão das fantasias reprimidas a base da revolução política: através
delas seria possível derrotar o capitalismo.
Mas esta tentativa foi apenas temporária. Moscovo exigia total fidelidade e subordinação da
arte aos propósitos do Estado, o que não combinava com o ideal de liberdade desejado pelos
surrealistas. Liberdade para criar e expressar-se sem qualquer tipo de repressão ou censura,
seja ela interna ou externa.
Embora grande parte dos artistas simpatizasse com o comunismo, isso não foi uma regra.
Salvador Dalí, por exemplo, declarou abertamente o seu apoio ao Franquismo, e também não
fez questão de escondera sua admiração por Hitler.
As Artes Visuais
Breton inicialmente duvidou de que as artes visuais poderiam ser úteis ao movimento
surrealista, uma vez que pareciam ser menos maleáveis e abertas ao acaso. Essa cautela foi
superada com a descoberta de técnicas como a frottage e decalcomania.
Giorgio de Chirico foi uma importante figura de ligação entre os apetos filosóficos e visuais
do Surrealismo.
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A Escrita
A primeira obra surrealista, segundo o líder Breton, foi Les Champs Magnétiques (maio-
junho 1919).
Surrealismo Pós-Breton
Não há um consenso claro sobre o fim do movimento surrealista. Alguns historiadores
sugerem que a II Guerra Mundial efetivamente dissolveu o movimento. No entanto, o
historiador de arte Sarane Alexandrino (1970) afirma: "A morte de André Breton em 1966
marcou o fim do surrealismo como um movimento organizado". Houve também tentativas de
vincular o obituário do movimento para a morte de Salvador Dalí em 1989.
Impacto do Surrealismo
Enquanto o Surrealismo é normalmente associado às artes, como já foi dito para
transcendê-las, o movimento teve um impacto em muitos outros campos.
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Além dos princípios surrealistas que se baseiam nas ideias de Hegel, Marx e Freud, o
surrealismo é visto pelos seus defensores como o esforço da humanidade para libertar a
imaginação como um ato de revolta contra a sociedade.
O Surrealismo Em Portugal
O surrealismo surge em Portugal a partir de 1936, em experiências literárias «automáticas»
realizadas por António Pedro e alguns amigos. Em 1940 é realizada uma exposição que reúne
dezasseis pinturas de Pedro, dez de António Dacosta e seis esculturas abstratas de Pamela
Boden, abrindo a pintura nacional para outros horizontes que ali se
definiam.
Em 1947 Cândido Costa Pinto, que desde 1942 seguia uma linha
estética surrealista, contacta, em Paris, com o recém organizado
Grupo Surrealista; André Breton sugere-lhe a organização de um
grupo idêntico em Portugal. É deste desafio que irá nascer o Grupo
Surrealista de Lisboa.
Por volta dos 20 anos de idade, sob a influência do pintor simbolista Arnold
Böcklin, de Chirico começou a pintar paisagens de cidades estranhas e oníricas.
Quando vistas em Paris, em 1911, as telas foram aclamadas, fazendo de de Chirico
um dos grandes nomes e heróis do Surrealismo. Esta fase de seu trabalho, que durou
até 1918, ficou conhecida como Pittura Metafisica. Durante a fase da Pittura
Metafisica, as cidades de de Chirico povoaram a imaginação modernista. Muitas das
características das cidades pintadas por de Chirico foram retiradas de lugares reais
em que ele viveu. Italiano, passou parte da vida na Grécia, lugar em que o seu pai,
engenheiro, planeou e construiu estradas de ferro. As suas cidades eram um
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sanatório, no qual habitavam frustração, tensão e memória. Giorgio de Chirico também foi um
grande poeta, condensando sentimentos em metáforas e associações.
Para ele, o mundo visível é uma fonte inesgotável de revelações lúcidas. Por
isso, ele não precisava de sonhos, alucinações ou fenómenos ocultos. Escolhia
coisas comuns para construir a sua obra: cadeiras, árvores, mesas, portas, janelas,
sapatos, luvas, cachimbo, pessoas.
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Salvador Dalí (1904 - 1989)
LITERATURA
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Análise de Algumas Obras Surrealistas
PINTURA
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“As Musas Inquietas” de De Chirico
Na obra "As Musas Inquietas", de De Chirico , os elementos surgem coexistindo num mesmo
contexto de maneira aparentemente inexplicável. Manequins vestidos em trajes clássicos,
inseridos no meio de uma atmosfera sem vida, cercados por construções arquitetónicas como
a fábrica ao fundo, não possuem nenhuma identificação aparente.
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“Metamorfose de Narciso” de Salvador Dalí
"Metamorfose de Narciso" representa o mito de Narciso, vindo da mitologia grega.
NARCISO: O jovem olha a água obcecado pelo próprio reflexo. Com o rosto baixo, imóvel, já
começou a definhar. A sombra no seu couro cabeludo assemelha-se à rachadura apresentada
no ovo ao lado.
MÃO SEGURANDO O OVO: Essa parte do quadro é uma re-elaboração criativa do final
trágico do conto, quando o jovem morre e se transforma num narciso. Dalí justapõe, nessa
situação, dois temas importantes e contraditórios: a criação de uma nova vida, afirmada pela
flor, e a rachadura da mão que a segura, ossificada e morta.
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“Os Amantes” de Rene Magritte
Outra possível causa para as faces ocultas está na morte da mãe do pintor, que cometeu
suicídio e foi encontrada no Rio Sambre, no norte da França. A cabeça da mulher estava
enrolada no vestido que ela usava.
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“A Memória” de Magritte
Aparece um busto a sangrar tendo por trás um muro de madeira. A memória é aqui
representada sob o signo da dor. Porque é que ela sangra? Porque possivelmente recordar é
sofrer, talvez porque alguém gostasse de voltar a viver certas situações e contudo isso não é
possível. O muro simboliza essa impossibilidade de voltar atrás, de se voltar a viver algo que
nos deu muito prazer. Mas também pode significar que quanto mais vivemos mais sofremos,
mais momentos dolorosos vamos registar na nossa memória. Finalmente, este quadro também
pode simbolizar a dor de quem sabe que a vida tem um fim. A bola que aparece ao lado do
busto, quase fechada, pode querer dizer que a vida está a atingir o fim.
ESCULTURA
“A Fonte” de Duchamp
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um
elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das
artes. A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao redor do mundo,
especialmente depois da sua morte, está baseada nesse conceito de ready
made: pensada inicialmente por Duchamp, "A Fonte" foi enviada para
figurar entre as obras a serem julgadas num concurso de arte promovido
nos Estados Unidos. A escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na
avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico. Com efeito,
trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de
construção e assim mesmo enviado ao júri. Entretanto, a despeito do gesto
contra ícones de Duchamp, há quem veja nas formas do urinol uma
semelhança com as formas femininas, de modo que se pode ensaiar uma
explicação psicanalítica quando se tem em mente o membro masculino
lançando urina sobre a forma feminina.
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“O Canto do Mar” de Maria Martins
Em "O canto do mar" de Maria Martins, as formas tornam-se mais arredondadas, mais
indefinidas, mais abstratas, numa possível tentativa de dar forma ao que não é palpável, como
a voz.
LITERATURA
Ao longo da narração das cenas horríveis que são descritas, o narrador vai antecipando
questões, dirigindo-se explicitamente ao leitor (que aqui aparece mais ou menos identificado
como sendo os destinatários do poema – ainda que por vezes se dirija especificamente a um
leitor singular), explicando o que é dito, lembrando o leitor de que tais situações são fictícias.
«Tal como um jovem que aspira à glória ouve um ruído que não
sabe a que atribuir, assim eu ouço uma voz melodiosa que me diz
ao ouvido: “Maldoror!” Mas, antes de desfazer o engano, ele
julgava ouvir as asas de um mosquito... debruçado sobre a sua
mesa de trabalho. No entanto, eu não estou a sonhar; que importa
que eu esteja estendido no meu leito de cetim? Faço com sangue-
frio a observação perspicaz de que tenho os olhos abertos, embora
seja a hora dos dominós cor-de- rosa e dos bailes de máscaras.
Nunca... Oh! não, nunca!.., nunca uma voz mortal fez ouvir estas
tonalidades seráficas ao pronunciar com tão dolorosa elegância as
sílabas do meu nome! As asas de um mosquito... Como é indulgente
a sua voz... Ter-me-á então perdoado?... O seu corpo foi embater no
tronco de um carvalho... “Maldoror!”»
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“As Mamas de Tirésias” de Guillaume Apollinaire
ACTO PRIMEIRO
(...)
CENA SEGUNDA
O MARIDO (Entra com um grande ramo de flores, e como ela não lhe presta atenção atira as
flores para a sala. Daqui em diante O MARIDO perde a pronúncia belga)
Apetece-me marmelada ouve o que eu te digo
TERESA
Vai mas é pentear macacos
O MARIDO (Enquanto fala, TERESA eleva o som do seu cacarejo. Ele aproxima-se como se fosse
esbofeteá-la, mas diz a rir-se)
Ah esta coisa não é a Teresa minha mulher
(Uma pausa, e depois num tom severo ao megafone)
Mas que mal-amanhado lhe vestiu a roupa
(Examina-a de perto e volta para trás. Ao megafone)
Isto é um assassino e matou-a sem dúvida
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(Sem megafone)
Teresa minha querida Teresa onde estás
(Reflecte com a cabeça entre as mãos; e depois, com os pés bem assentes e as mãos nas ancas)
TERESA
Tens razão já não sou tua mulher
O MARIDO
Não querem lá ver
TERESA
Mas no entanto sou eu a Teresa
O MARIDO
Não querem lá ver
TERESA
Embora uma Teresa que deixou de ser mulher
O MARIDO
É forte de mais
TERESA
E como passei a ser um tipo bonito
O MARIDO
Pormenor que eu ignorava
TERESA
Daqui em diante vou usar um nome de homem
Tirésias
(...)
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Conclusão
O movimento surrealista nasceu no início do século XX, em Paris, fruto das teses de
Sigmund Freud, criador da Psicanálise, e do contexto político indefinido que marcou este
período, especialmente a década de 20. O Surrealismo questionava as crenças culturais
então vigentes na Europa, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade
cada vez mais difícil de compreender e dominar.
“Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo
Antes de Acordar” de Salvador Dalí
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Bibliografia
• http://amemoriadassombras.blogspot.pt/2007/11/surrealismo.html
• http://anosloucos.blogspot.pt/2010/01/surrealismo.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_04.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_05.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_01.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_03.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_06.html
• http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_09.html
• https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Persist%C3%AAncia_da_Mem%C3%B3ria
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Sonho_Causado_Pelo_Voo_de_uma_Abelha_ao_Red
or_de_Uma_Rom%C3%A3_um_Segundo_Antes_de_Acordar
• https://carlosduarte12av1.wordpress.com/os-autores-surrealistas/surrealismo-em-
portugal-2/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Persist%C3%AAncia_da_Mem%C3%B3ria
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Chants_de_Maldoror
• http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/11/930041/conheca-
metamorfose-narciso-salvador-dali.html
• http://lrsr1.blogspot.pt/2011/03/interpretacao-da-
obra-de-arte.html
• http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2
014/02/26/1084786/surrealismo-os-amantes-rene-
magritte.html
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp
• http://sopadada.blogspot.pt/2013/02/chirico-uma-
arte-acima-da-historia.html
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